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Guilherme Superti

Guilherme Superti

Passados 8 meses do decreto estadual de calamidade pública, o executivo municipal se mobiliza para frear avanço da pandemia. Fotos: João Alves (PMSM)

O primeiro caso positivo de coronavírus em Santa Maria ocorreu em 21 de março de 2020. Foi de um homem que adquiriu o vírus em viagem para Joinville, em Santa Catarina. Comparada com o estado do Rio Grande do Sul, que teve o primeiro caso confirmado no dia 10 do mesmo mês, na cidade de Campo Bom, nota-se que a pandemia não demorou a chegar no quinto maior município do estado. De lá para cá, diversas medidas, ações, decretos e protocolos foram e estão sendo tomados para que a disseminação da covid-19 seja freada.

Em conversa com o chefe de gabinete da Secretaria de Município de Santa Maria, Matheus Marafiga, uma das principais medidas adotadas pelo executivo no combate à disseminação do coronavírus foi a criação do Centro de Referência Municipal da Covid-19. Trata-se de um local em que a Prefeitura reuniu uma equipe de multiprofissionais com o objetivo de centralizar informações e decisões para minimizar o avanço do vírus no Município. Vale destacar que o Centro não é um local para atendimento à população, e sim um espaço onde a Vigilância em Saúde e demais profissionais possam atuar para melhor definir fluxos, organizar dados, discutir casos.

O Secretário de Saúde, Guilherme Ribas, conta que além do Centro de Referência, também foi criado o Comitê Estratégico de Covid-19. “É no Comitê onde são tomadas as decisões sobre as medidas de combate à covid. Conta com a presença da Secretaria de Saúde, da Casa Civil e da Controladoria. Recebemos os protocolos com todas as orientações do Ministério da Saúde e buscamos adaptá-los para nossa realidade”, destaca Guilherme.

Equipe atua na fiscalização do cumprimento da legislação protetiva

Em relação às Unidades Básicas de Saúde (UBSs) foram realizadas alterações na legislação sanitária para os atendimentos dos serviços de saúde, onde, além de contar com a utilização obrigatória dos equipamentos de proteção individual, também foi alterado os fluxos de trabalho dos servidores, a maneira como são realizados os atendimentos nos locais e adotado o distanciamento social. Todos os profissionais receberam os EPIs da Superintendência Administrativa e Financeira, que faz parte da Secretaria de Saúde.  Além dessa Superintendência, a Secretaria também conta com outras três. São elas: Superintendência de Atenção Básica, que cuida das questões relacionadas às unidades de saúde, Superintendência Especializada que trata de questões hospitalares e do pronto atendimento e a Superintendência de Vigilância em Saúde.

Sobre os testes RT-PCR para covid-19, quem realiza a aplicação e disponibiliza para a população é o município, porém a aquisição é feita via verba do Ministério Público do Trabalho (MPT-RS). Segundo o Chefe de Gabinete, se fez todo um termo de cooperação entre os órgãos e a Secretaria de Saúde por parte da Prefeitura, para o recebimento dos testes e valores para compra de EPIs. Ainda sobre a aplicação dos testes, o único local que os realiza é a Unidade de Pronto Atendimento, a UPA. As Unidades Básicas de Saúde fazem o acolhimento dos pacientes e os encaminham para lá, onde, dependendo dos sintomas, são realizados os testes e as internações.

Outra iniciativa foi a criação do Disque Covid, por meio do número (55) 3220-0390. Através do telefone, a pessoa entra em contato com o Centro Covid e é inserida no sistema como caso suspeito. Conforme disponibilidade, o Centro Covid entra em contato com a pessoa para realizar o agendamento do teste, que pode inclusive ser feito na casa da própria pessoa. Além disso, por meio da Coordenação de Atenção Psicossocial da Secretaria de Saúde, a Prefeitura disponibiliza, via telefone (55) 3219-2333, acolhimento e orientação aos santa-marienses em saúde mental. O objetivo é acolher, prevendo ansiedade e agitação entre a população diante do isolamento social devido à COVID- 19.

Patrulha da Máscara atuando na cidade.

Junto aos esforços da Secretaria de Saúde, outros repartimentos da Prefeitura também atuam no combate, como a Secretaria de Meio Ambiente, através das sanitizações de locais públicos como ruas, avenidas, praças e pontos de ônibus, e também por parte das equipes de fiscalização da Guarda Municipal, que recebem denúncias da população e também fiscaliza o cumprimento dos decretos no comércio. Também existe a colaboração da Secretaria de Gestão e Modernização, por meio da Patrulha da Máscara. Ela é uma iniciativa que tem como objetivo orientar a população sobre higiene, distanciamento e o uso da máscara de proteção. Os servidores percorrem pontos de maior concentração de pessoas e realizam uma fiscalização educativa, abordando e orientando as pessoas sem máscara ou utilizando a mesma de forma incorreta.

Na última atualização do boletim epidemiológico da Prefeitura de Santa Maria, a Secretaria de Saúde confirmava 6.878 casos positivos de coronavírus e 1.284 casos suspeitos. Outra informação é o número de óbitos que chegou a 106, e o de curados que chegou a 6.349 casos. Todas as informações são divulgadas diariamente no site da Prefeitura, pelo link http://www.santamaria.rs.gov.br/coronavirus/.

Matéria produzida na disciplina de Jornalismo Científico

Leonardo Colvero é um nome marcante quando se fala na modalidade

Dos gramados para a quadra, Colvero acumula mais de 40 anos no esporte. Foto: Allan Carrion

Professor Leonardo Colvero, um nome de grande relevância e que merece destaque no futsal de Santa Maria e do Rio Grande do Sul. Com 74 anos, o ex-treinador ainda guarda em sua memória diversas histórias e acontecimentos que viveu em seus mais de 40 anos como comandante de equipes profissionais pelos campos e quadras.

Passou por diversas equipes no Estado, deixando sua marca em cada lugar e cidade que trabalhou. Lembrado por seu profissionalismo, dedicação e principalmente amor ao esporte, conquistou diversos títulos e acumulou boas campanhas ao passar dos anos. Mas engana-se quem acha que Leonardo já começou no antigo futebol de salão. Sua trajetória começa nos gramados, como jogador e, posteriormente, treinador.

Na primeira experiência no comando de uma equipe de futebol, Leonardo Colvero tinha apenas 22 anos. Foi na categoria juvenil do Riograndense Futebol Clube, tradicional equipe santa-mariense, que Leonardo deu os primeiros passos. O primeiro trabalho ocorreu em 1976. No ano de 1978, ele assumiu o Internacional de Santa Maria.

Leonardo Colvero ganhou gosto pelo futebol de salão no início da década de 80, e, em 1984, acabou trocando o campo pelo ginásio. Começou treinando a equipe de Alvorada, de Santa Maria. Ele lembra que, na época, sua equipe era a melhor equipe “das outras”, pois considerava os times do Veículos Pozzobon e da Brahma acima da média, com mais estrutura e investimentos.

No ano de 1986, Leonardo assumiu a equipe do Veículos Pozzobon, ganhando grande destaque no âmbito estadual. Nos 3 anos em que ficou à frente da equipe, Colvero garantiu o 4º, 3º e o 2º lugares nos anos de 86, 87 e 88, deixando sua marca na equipe. O time não seguiu com os trabalhos no ano de 1989.

Após ficar um ano fora das quadras, Leonardo Colvero assumiu a equipe das Dores/Bambino. Motivado pelo seu último trabalho, Leonardo buscou os jogadores que comandou na equipe do Veículos Pozzobon, garantindo assim um elenco forte, comprometido e que entendia o jeito do treinador. Uma marca que o treinador faz questão de lembrar é de uma sequência de 30 jogos invictos com a equipe.

Quando questionado a respeito do que o motivava e o faz amar o futebol de salão, Leonardo responde que, na época em que era treinador, as mudanças nas regras do esporte foram fundamentais para a manutenção do mesmo. O início dos anos 90 foi um divisor de águas na modalidade, que inclusive trocou de nome, passando a ser chamada como conhecemos hoje, de futsal.

O objetivo foi deixar o esporte ainda mais atraente, ágil e dinâmico, agradando ainda mais os jogadores, comissões técnicas e torcedores. Leonardo destaca que as mudanças ocorreram desde a regra número um, com o aumento nas dimensões da quadra de jogo até a regra 18, com o arremesso de canto sendo cobrado com os pés. Vale destacar também a utilização do tiro livre sem barreira após a 6ª falta coletiva, cobrado a 12 metros de distância.

Mas não para por aí. Leonardo também destaca a alteração no número de substituições, passando de 7, 10, 12  e, por fim, a serem ilimitadas durante a partida sem a necessidade da paralisação do jogo. A bola também não escapou das mudanças, sofrendo alterações no seu material, peso e dimensões.

Enquanto o futsal se modificava, Leonardo Colvero seguia sua carreira de treinador e aperfeiçoando seus trabalhos. No final da década de 90, assumiu a equipe do Jobi, umas das mais promissoras do Estado. No ano de 1997, Leonardo colocou a equipe da Jobi como umas das 8 melhores do Rio Grande do Sul. Por problemas envolvendo a diretoria, no ano seguinte, Leonardo trocou de equipe e assumiu a Associação Esportiva Sobradinho, por qual ainda tem grande carinho e prestígio.

Além de diversos campeonatos citadinos por todo o Estado, o grande feito na carreira do treinador santa-mariense foi o título estadual da categoria juvenil com a equipe da AABB/Corintians em 2004. A final foi disputada contra a favorita Semeato, da cidade de Passo Fundo. Além de levantar o caneco, Leonardo considera que este título mostrou para o Estado que Santa Maria, além de possuir boas equipes, também tinha a capacidade de formar grandes atletas.

No final de 2014, Leonardo Colvero abandonou as quadras para descansar e cuidar da família. Quando questionado sobre a vontade de retornar às quadras, o professor comenta que recebe muitos convites, tanto de equipes locais quanto de outras cidades. Segundo ele, o mercado sempre estará aberto em algumas cidades, seja pelos dirigentes conhecerem seus antigos trabalhos, seja por atletas e comissões que o conhecem e o indicam.

Para finalizar, ele conta que não deixa de colaborar com seu filho, Sandro Colvero, que treinou a Associação Esportiva Uruguaianense de Futsal em 2019, na Liga Gaúcha. Leonardo comenta que Sandro começou como seu auxiliar no início dos anos 2000 e 2001, mas que atualmente ele mais aprende com o filho do que passa ensinamentos.

Por Guilherme Superti, Alam Carrion e Wander Schlottfeldt, reportagem produzida na disciplina de Jornalismo Esportivo sob orientação do professor Gilson Piber

Entre as novidades apresentadas na Feisma estavam os games. Foto: Guilherme Superti

Com destaque a exposição de robôs, games e produtos tecnológicos e inovadores, a 30ª Feisma encerrou suas atividades no dia 19 de novembro. A feira teve quase 100 mil visitantes em nove dias.

Gustavo de Freitas, funcionário da Sfhera Software, empresa com mais de 15 anos de experiência no desenvolvimento de sistemas para gestão empresarial e com mais de 700 clientes na região, afirma que estar na feira oportuniza divulgação da empresa e dos serviços. Entre os interessados estão restaurantes e empresas que emitem o documento auxiliar de Nota Fiscal Eletrônica (DANFE).

Também presente na feira, a Qiron Robotics, empresa ligada à robótica e à educação, incubada na UFSM, e foi a única startup de Santa Maria aprovada na segunda etapa do Programa InovAtiva, programa gratuito de aceleração em larga escala para negócios inovadores. Expondo o robô Beo, que tem câmera, microfone, autofalantes, sensores e computador interno, Nicolas de Carvalho e o CEO Rafael Miranda, contam que o objetivo da empresa é aliar a robótica e a programação na questão da educação. A Qiron planeja utilizar robôs na salas de aula, de forma atrativa para alunos e crianças. Atualmente com oito colaboradores, entre sócios e estagiários, a empresa oferece, em parceria com o Yázigi, cursos de programação para adolescentes e crianças a partir de três anos.

Outra empresa incubada na UFSM e que participou da FEISMA foi a Warp Technologies, voltada para o mercado de games em realidade virtual e entretenimento. Expondo o jogo Soriel, Isaias Machado e Bruno Fialho contam que, inicialmente, o jogo foi planejado para ser utilizado com óculos de realidade virtual. Porém, o jogo foi adaptado para uma plataforma em que o programa interpreta as posições e movimentos do jogador sem o uso de controle. Com cinco sócios no projeto, o desenvolvimento teve início neste ano. Atualmente o foco da empresa é em vendas e aluguéis da plataforma para casas de festas e playcenters. Não é necessário um operador para que ela funcione. Isaias diz que houve bastante interesse pelas crianças e adolescentes na feira e que a empresa está buscando investimentos e parceiros para cada vez mais melhorar o jogo e a condição de logística.