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Nicolas Krawczyk

De tempos em tempos, o mercado imobiliário se transforma, a depender da situação econômica e política do país.

Segundo a professora do curso de Economia da UFN, Taíze Lopes, o público trabalhador  depende dos bancos públicos na hora de comprar um imóvel na cidade e, caso as condições de financiamento sejam altas e restritas, as chances de ocorrer uma compra e venda ficam mais difíceis. “Períodos de recessão, alta taxa de juros ou alta taxa de desemprego levam este público a ter dificuldades de financiamento.”, frisa a professora. 

Em 2015, uma pesquisa realizada pela consultoria Prospecta Inteligência Imobiliária mostrou que na lista de 100 melhores cidades do Brasil para investir em imóveis , o município de Santa Maria estava na 79ª posição. A pesquisa indicou à época que a cidade tinha um déficit habitacional de 28,17%, enquanto outras acima do ranking estavam acima de 30%. 

Taize pontua que “Santa Maria tem passado por um boom imobiliário, pois há investidores que desejam colocar seu dinheiro em um bem, que quase sempre só se valoriza.” Além disso, a professora destaca que as taxas de juros são definidas pelos próprios bancos.

Taxa de juros de cada banco do mês de Outubro/2024 extraídas do site do Banco Central do Brasil  

“Há um grupo de trabalhadores que financiam seus únicos imóveis com entrada usando o FGTS. Este público financia em torno de 30 anos, mas consegue pagar antes dos 30 anos, justamente por causa do FGTS acumulado a cada ano” , pontua a professora. 

Segundo o proprietário da Cancian Imóveis, Giuliano Cancian, que atua no ramo imobiliário há 20 anos, em 2019 o mercado estava em crescimento na cidade. Neste período, a empresa se reinventou e Giuliano dividiu a equipe em presencial e home office. “A empresa deu todo suporte para os moradores ao invés de proporcionar um atendimento frio, como outras imobiliárias fizeram. E funcionou, pois a empresa cresceu em todos os aspectos”, relata o dono da imobiliária. 

Apesar da pandemia, 2020 e 2021 foram os anos de maior venda na história da Cancian Imóveis. Foto: Nelson Bofill/LABFEM 

Segundo Cancian, o lucro aumentou durante os anos de 2020 e 2021. “Na pandemia, nunca as pessoas utilizaram tanto os seus imóveis. Como elas ficaram em casa, deram mais valor para o seu lar. Naquela época, também a taxa selic estava muito baixa, então o crédito estava barato, o juro estava baixo para você financiar”, comenta o empresário.

No ano de 2023, o empresário ressalta que foi um ótimo ano para a empresa devido a volta total das faculdades. “Em 2022 ainda tava naquele misto um pouco home office e presencial. Então, neste período alguns estudantes acabaram entregando o imóvel, e voltando para a sua terra natal, pois eles não quiseram deixar o apartamento fechado.“, frisa o empresário. 

Segundo dados do IBGE, em abril deste ano a cidade tinha 17 mil imóveis fechados. Foto: Michélli Silveira/LABFEM

Por outro lado, há também as dificuldades dos pequenos empresários. Este é o caso do proprietário da Douglas Maia Imóveis, envolvido no mercado imobiliário desde 2014 quando entrou no ramo por meio da empresa Casarão Imóveis. O empresário abriu a sua própria empresa em 2023, e ressalta que o maior aprendizado que se tira de momentos como a pandemia e as enchentes é o de possuir um capital de giro que será utilizado caso for necessário para sustentar a empresa. “O mercado é um ramo competitivo e sendo menor em tamanho, nem sempre teremos um capital disponível para enfrentar crises”, pontua Douglas Maia. 

O mercado imobiliário de Santa Maria passou por transformações significativas nos últimos anos, impulsionadas pela pandemia e pelas condições econômicas. Para os próximos anos, a cidade necessita de uma melhor infraestrutura para a segurança de atuais e futuros moradores, o que irá atrair novos investimentos dentro do ramo imobiliário. 

Veja a seguir o debate sobre Mercado Imobiliário.

Reportagem produzida por Nicolas Krawczyk na disciplina de Narrativa Multímidia no 2ª semestre de 2024, sob a supervisão da professora Glaise Palma.

Na tarde desta segunda, 25 de novembro, em meio ao Vestibular de Verão 2025 da UFN, a reitora da instituição, como de praxe, falou em coletiva à imprensa. Além da presença da Reitora Iraní Rupolo, participaram a Vice-Reitora de Graduação Solange Binotto Fagan, o Pró-Reitor de Pós-graduação e Pesquisa Marcos Alves, e o Diretor Acadêmico Leonardo Carmargo .

Reitora Iraní Rupolo participou de coletiva de imprensa com outras autoridades da instituição. Foto: Nelson Bofill/LABFEM

A reitora salientou que a instituição busca dar espaço para todos estudarem na Universidade: “Em todos os cursos há possibilidades de bolsas e auxílios. Nós somos uma universidade comunitária, e temos conexão com o programa Universidade Para Todos do Governo Federal, também temos para os cursos de pós-graduação, mestrado e doutorado, subsídios da CAPES, do CNPQ , do estudo para a pesquisa”.

A reitora pontuou que, durante esta semana, haverá reuniões importantes para tratar sobre as áreas de ensino e pesquisa nas áreas de engenharias e de pós-graduação. Segundo a gestora, aqui o acadêmico pode ingressar na Universidade e estudar desde a graduação até o doutorado.

Reitora destaca os novos ambientes que os alunos podem acessar para as práticas Foto: Michélli Silveira/LABFEM

Para o futuro como Universidade Franciscana, a projeção é promover cada vez mais a internacionalização e a relação com outras instituições. “Todos os semestres nós temos alunos e professores em intercâmbio e isto enriquece a comunidade universitária e a ampliação da cultura”, destaca a reitora.

Além dos 1.300 vestibulandos esperados hoje, familiares e professores lotaram o pátio do conjunto 3 da Universidade Franciscana antes das provas começarem.

O professor de Matemática de cursinho pré-vestibular, Mateus Beltrame, destaca que a prova da UFN é tradicional, onde as questões mais cobradas são de funções, geometria plana e geometria espacial.

O professor Mateus Beltrame traz a relevância de alguns pontos para os vestibulandos. Foto: Michélli Silveira/LABFEM

A aluna do 3ª ano do Ensino Médio, Laurah Ribeiro, acredita estar preparada para a prova e está segura que irá responder as questões com calma e terá um ótimo resultado. “Em relação à redação, independente do tema, eu estou tranquila, pois já tenho uma base e também sei como fazer uma estrutura”, pontua a estudante.

Laurah Ribeiro, vestibulanda do curso de Medicina, diz estar pronta para a prova de hoje. Foto: Michélli Silveira/LABFEM

A professora de redação de cursinho pré-vestibular, Mariane Lazzari, ressalta que a redação geral para os cursos tem a tendência de ser bem pontual com um texto específico, em que o texto motivador deverá ser aproveitado para a construção do texto. “O aluno muitas vezes tenta buscar o que já escreveu, mas às vezes é um assunto que não foi trabalhado antes. Então o texto tem que nascer no ato da prova e a originalidade precisa ser a marca do texto hoje. Por isso a importância de aproveitar o texto base para a escrita”, frisa a professora.

A professora Mariane Lazzari destaca as principais diferenças entre as provas de redação de Medicina e dos demais cursos. Foto: Michélli Silveira

Quando se trata da prova de Medicina, Mariane destaca que, neste caso, é necessário dominar o tempo pois a prova é mais corrida. Outra dica é de ler atentamente os textos motivadores, não se esquecendo de fazer uso de palavras chave do tema ao longo da produção do texto.

Na quinta, 21 de novembro, ocorre o Crie o Impossível, evento para as escolas públicas de todo o estado do Rio Grande do Sul. O projeto é um braço da ONG Embaixadores da Educação e promove o ensino gratuito com uma aula aberta para mais de 10 mil alunos (presencial no estádio e online). Em especial a iniciativa conta com o apoio do Grêmio e Internacional para a reconstrução do ensino público após as enchentes que ocorreram no estado em maio deste ano. Este apoio já se fez presente no Grenal no final de outubro, em que os dois times utilizaram a camiseta do projeto com o objetivo de arrecadar mais doações.

A 5ª edição seria realizada em São Paulo, porém devido às fortes chuvas que assolaram o estado o evento foi realocado para o Beira-Rio. Foto: Vitória Oliveira/LABFEM

Caravana Crie o Impossível

De 24 de setembro à 21 de outubro a Caravana Crie o Impossível percorreu o estado com 50 encontros de reforço escolar presenciais realizados em escolas de diferentes cidades do Rio Grande do Sul. O objetivo foi auxiliar os estudantes do ensino médio de escolas públicas para o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM).

No dia 10 de outubro, a Escola Manoel Ribas, em Santa Maria, foi a escolhida pela caravana para receber os alunos de colégios como Cícero Barreto, Cilon Rosa e Maria Rocha e apresentar aos estudantes e professores sobre a iniciativa. Parte da equipe do Crie o Impossível esteve presente, junto à comunicadora oficial do evento Júlia Lourenço, a pedadoga Raquel Teixeira, a professora Laryssa Salenave, e o intérprete de libras Edmilson Pereira.

O projeto oportuniza aos estudantes blocos de estudo e um quiz para testar os seus conhecimentos. Foto: Vitória Oliveira

Segundo o Coordenador da Secretaria de Escolas Estaduais de Santa Maria, José Luiz Viera Egress, o projeto cria uma conexão entre os estudantes de Ensino Médio e o ENEM, e atua como um incentivo aos jovens vestibulandos. “A secretaria incentiva trazendo professores renomados de múltiplas áreas do conhecimento para fazer um aulão e dar dicas” , destaca o coordenador.

Para a professora Laryssa Salenave, eventos como este auxiliam na construção intelectual dos alunos. Foto: Vitória Oliveira/LABFEM

Para a comunicadora oficial Júlia Lourenço, participar do evento é gratificante, pois é uma oportunidade de conversar com os jovens participantes e reforçar a crença na educação como um caminho possível para o futuro profissional.

Júlia Lourenço entrou no Crie em 2022 atuando na cobertura do evento no estádio Beira-Rio através do seu podcast Preto Pod . Foto: Vitória Oliveira/LABFEM

Já na visão da aluna Amanda Assunção, do 2ª ano do ensino médio, o projeto é essencial para incentivar os estudantes que desejam atingir um objetivo em sua vida, em meio a rotina caótica e pesada dos estudos. “A iniciativa foge do convencional e nos faz sair um pouco da rotina, mas ao mesmo tempo nos traz a disciplina necessária que precisamos para alavancar a nossa preparação”, destaca Amanda.

Amanda Assunção conheceu o Crie através das atividades propostas em sua escola. Foto: Vitória Oliveira/LABFEM

Segundo Raquel Trindade, acadêmica de Geografia da UFSM (Universidade Federal de Santa Maria), voltar aos corredores do Colégio Manoel Ribas carrega um ar de nostalgia e alegria, por saber que a escola a considera como uma inspiração para os alunos. “Entrar na faculdade foi algo muito louco na minha vida, porque eu estava desiludida com a pandemia, e por motivação dos professores eu fiz o ENEM e ingressei na Federal ” , frisa Raquel.

Raquel criou um mapa dos pontos de coleta que auxiliou aos voluntários durante as enchentes de maio no estado do RS. Foto: Vitória Oliveira/LABFEM

Na última quarta, 16 de outubro, o Governo Federal anunciou que não será feita a retomada do horário de verão. A decisão foi adiada para 2025 após uma reunião realizada entre o Ministro de Minas e Energia e o ONS. Segundo Alexandre Silveira, os principais motivos para o horário de verão ser adiado por agora é a economia que permanece estabilizada e a proximidade da data, pois caso houvesse alteração o horário começaria a partir da próxima semana de outubro.

Em reunião realizada no mês passado, a retomada do horário de verão foi sugerida pelo ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico). O motivo foi a seca que assola o Brasil nos últimos meses. Adotado pela primeira vez em 1931, no governo de Getúlio Vargas, e encerrado no ano de 2019 pelo então presidente Jair Bolsonaro, a medida tem por principal objetivo a redução da energia a partir do início de novembro até o começo de fevereiro. Em entrevista na terça, 8 de outubro, o Ministro de Minas e Energia Alexandre Silveira destacou que havia a possibilidade do horário de verão não retornar caso haja aumento de chuvas no país.

Governo Federal reavalia o horário de verão para 2025. Foto: Nicolas Krawczyk/Arquivo Pessoal

Uma pesquisa feita pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes e o portal Reclame Aqui em setembro deste ano mostrou que das, 3 mil pessoas entrevistadas, 54,9 % são favoráveis a volta do horário e 41,8 não concordam com a volta do horário de verão. Nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, em que anteriormente a mudança de horário já havia sido adotada, os índices de preferência são mais relevantes, o total de 55,74% são a favor da volta.

Pesquisa aponta percentual de pessoas a favor ou contra a volta do horário de verão:

Fonte: Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (ABRASEL)

Para Eduardo Neves, CEO e cofundador do Reclame Aqui, os números são positivos e não negativos, devido a uma mudança de comportamento da população. “É perceptível que não há alta preocupação da população com a questão de saúde nem a adequação a um novo ritmo de horário para acordar e dormir, muito compensado pelo nível de satisfação de ter mais luz, um dia claro, mais longo para praticar esportes e socializar, por exemplo”, destacou o CEO.

A pesquisa demonstrou também que o horário de verão traz uma percepção de melhoria na saúde para a maioria das pessoas que aderem a ideia da mudança : 36,1% indicaram que ele influencia positivamente na saúde, contra 22,8% que dizem sentir efeitos negativos.

Danilo Machado, acadêmico de Odontologia, é favoravél a volta do horário de verão. Foto: Nelson Bofill/LABFEM

Foi produzida uma enquete para entender se os alunos da UFN eram contra ou a favor da mudança de horário e a maioria respondeu que sim pois, justificando que esta mudança torna o dia mais longo para concluir as tarefas diárias.

Na próxima sexta, 18 de outubro, ocorre a 12 ª Mostra das Profissões na Universidade Franciscana (UFN). A partir das 9h estudantes e professores de escolas de ensino médio públicas e privadas de Santa Maria e região poderão conhecer os mais de 30 cursos de graduação e pós – graduação ofertados na instituição. Entre as atividades propostas estão: visitas guiadas no laboratório dos cursos, conversas com alunos e professores que estarão na prática atuando na cobertura do evento, entre outras disponibilizadas no site do evento .

Mostra das Profissões ocorre das 9h às 17h, e será aberta ao público. Foto: Divulgação/UFN

N espaço Estude Aqui o público poderá conhecer mais sobre os cursos de pós – graduação, especialização, mestrado, doutorado, informações sobre o Vestibular de Verão 2025, bolsas e financiamentos. A programação conta este ano com novidades, como a visita ao parque científico e tecnológico da UFN , o ITEC PARK, e uma batalha de robôs, além de outras atividades simultâneas de shows, jogos, atividades culturais e artísticas.

Confira como foi a mostra em 2023

Entre os dias 24 e 26 de setembro, o hall do prédio 13 da Universidade Franciscana (UFN) foi palco do XXVIII Simpósio de Ensino, Pesquisa e Extensão (SEPE). O evento, que já se consolidou como um dos mais importantes da instituição, reuniu especialistas, alunos e professores para socializar conhecimentos e discutir o tema “Cuidado com a vida na casa comum”. Durante os três dias, o SEPE ofereceu na sua programação conferências, painéis e apresentações de trabalhos acadêmicos. 

O simpósio contou com a apresentação de mais de 470 trabalhos. Foto: Miguel Cardoso/ASSECOM

As produções, fruto de projetos desenvolvidos no âmbito do ensino, da pesquisa e da extensão, reforçam a importância da integração entre o ambiente acadêmico e a comunidade. Um dos trabalhos em destaque foi o projeto de pesquisa do curso de Nutrição que teve como enfoque a alimentação e saúde de militares coordenado pela professora Natielen Schuch e com a participação das bolsista Vitória Perufo (3ª semestre), e as alunas Gabriela Fogaça e Dienifer Janner (4ª semestre).

O projeto Síndrome Metabólica e Doenças Cardiovasculares em Policiais Militares antes e após pandemia da Covid-19  surgiu da observação de uma particularidade presente na cidade que abriga o segundo maior contingente militar do Brasil. Embora o público militar tenha acesso a alimentação de qualidade e pratique regularmente exercícios físicos, a prevalência de doenças como a síndrome metabólica e problemas cardiovasculares é alta. De acordo com Gabriela, que iniciou o projeto, a pesquisa teve como objetivo entender os fatores por trás desses problemas de saúde, concentrando-se, inicialmente, nos policiais militares. “Percebemos que o estresse do trabalho e a rotina impactavam diretamente na alimentação e nas atividades físicas. Isso, somado a outros fatores, resultaram no aumento de doenças crônicas. Começamos com uma pesquisa de literatura para entender o que já havia sido estudado nessa área antes de atuar com esse público em Santa Maria”, explica Gabriela. No entanto, os desafios do projeto foram muitos, especialmente a falta de literatura científica local e de dados pós-pandemia. “A Covid-19 foi um dos maiores eventos estressores recentes, e não temos dados suficientes para entender totalmente como essa população foi afetada. Sabemos que foi de forma significativa, mas faltam evidências quantitativas sólidas”, comenta a acadêmica.

Impacto para os alunos

Para os alunos envolvidos, a experiência de participar de um projeto de iniciação científica desde o início da graduação tem sido enriquecedora. “É a minha primeira experiência como bolsista e, para mim, isso é muito importante para o futuro, tanto acadêmico quanto profissional”, afirma Jennifer, aluna participante do projeto. Vitória Perufo, bolsista participante da pesquisa, destacou como o projeto agrega valor à formação acadêmica: “Apresentar um trabalho no SEPE, além de ser gratificante, ajuda a desenvolver habilidades que vão além da sala de aula. Aprendemos muito sobre o processo de pesquisa e isso, sem dúvida, vai nos preparar melhor para a carreira.”

O projeto O uso excessivo de telas: uma revisão sistemática sobre os impactos cognitivos no desenvolvimento infantil do curso de Psicologia, composto por estudantes do terceiro semestre orientados pela professora Camila Almeida, também ganhou destaque no SEPE. A pesquisa realizou uma revisão sistemática da literatura, abordando temas relacionados à psicologia e à prática profissional.

A professora ressalta a importância desse tipo de trabalho para a formação dos alunos: “Eles estão começando a aprender como fazer uma revisão de literatura, que é algo burocrático e exige rigor. Apesar de estarem no início da trajetória acadêmica, eles se engajaram bastante e o resultado foi um trabalho muito interessante que trouxeram para o SEPE”, ressalta Camila.

Para a docente, participar de eventos como o SEPE é crucial para o desenvolvimento acadêmico e profissional dos alunos. “Muitos deles pensam apenas na prática, mas a psicologia é uma ciência que depende da pesquisa. Projetos assim ajudam os alunos a enxergar esse outro lado da profissão, que é essencial para quem deseja seguir em áreas como mestrado ou especializações”, conclui.

Confira fotos do SEPE

Fotos: Laura Gomes, Maria Eduarda Rossato, Miguel Cardoso/ ASSECOM, e Michélli Silveira/LABFEM
Colaboração de Aryane Machado

Na última quinta, 26 de setembro acadêmicos e professores de diversas instituições de ensino superior de Santa Maria participaram de uma visita técnica a 6ª Brigada de Infantaria Blindada. A Universidade Fransiscana (UFN) esteve presente por meio dos alunos do curso de Jornalismo e do professor e coordenador Iuri Lammel.

Os alunos Nicolas Krawczyk, Vitória Oliveira e Emily Pilar ao lado do professor do curso de jornalismo Iuri Lammel em visita ao exército. Foto: Saulo Oliveira/Arquivo Pessoal

Segundo o Cononel Vanderson, a história do quartel surgiu em 1919. O prédio histórico foi inaugurado como 7ª Regimento de Infantaria permanecendo no local até a década de 90. Após, o regimento foi transferido para o Boi Morto com o nome de 7ª BIP devido a uma reestruturação que o exército sofreu. ” A Rádio Verde Oliva foi uma forma que o exército encontrou de se aproximar da sociedade, e é um vetor de comunicação social do exército”, destaca o coronel.

Rádio Verde Oliva foi inaugurada em março de 2024 e conta com os jornalistas Thays Ceretta e Diogo Brondani, egressos da UFN .Foto: Vitória Oliveira/LABFEM

A Rádio Verde Oliva surgiu em 2002 em Brasília, e com o passar dos anos migrou para outras regiões do país como Manaus, Três Corações e Rezende que possuem contigentes militares. “Em Santa Maria existe um dos maiores contigentes militares do Brasil. Nós temos um transmissor que fica localizado aqui no quartel, e a rádio possui a capacidade de atingir um raio de 160 km na região que abrange toda a parte central do estado”, destaca o jornalista Diogo Brondani. “Nosso principal produto é informação com prestação de serviço. Temos um espaço conhecido como Especial Verde Oliva, onde fazemos entrevistas a partir das ações que o exército realiza, como o Dia da Árvore em que foi feita uma ação de integração ” , comenta Brondani.

Comandante destaca o papel do exército na construção da sociedade. Foto: Vitória Oliveira/LABFEM

Os alunos participaram de uma palestra em que o Comandante Marcos Augusto Newald destacou o papel do quartel general frente as enchentes de maio deste ano no estado. Segundo ele, as ações do exército foram realizadas mediante a Operação Taquari que já estava em andamento desde do dia 30 de abril onde estava sendo realizada um treinamento de guerra. Foram mais de 95 dias de operação com 5 mil homens e mulheres. “Nós não queríamos passar por isso, mas foi uma oportunidade também de estender a mão amiga do exército neste momento de reconstrução e de ajudar pessoas que perderam tudo”, frisou Newald.

Comandante Newald recepcionou o grupo de visitantes. Imagem: Vitória Oliveira/LABFEM

Para Newald: ” A ideia deste passeio é de interação e troca de experiências, e mostrar um pouco do nosso trabalho” .

Espaço Cultural Niederauer homenageia o soldado santa-mariense que lutou na Guerra do Paraguai. Foto: Vitória Oliveira/LABFEM

Após o almoço, os estudantes tiveram a oportunidade de andar de tanque e assistir a uma simulação de ataque. A TV Verde Oliva Sul produziu uma matéria sobre a atividade disponibilizada esta semana na conta oficial do Instagram da 6ª Infantaria.

Veja momentos da visita ao exército:

Fotos: Vitória Oliveira/LABFEM

No próximo domingo, dia 29 de setembro, às 19 horas, a Orquestra Sinfônica de Santa Maria realiza uma apresentação no Centro de Convenções da UFSM em comemoração aos 200 anos de criação da 9ª Sinfonia de Beethoven que ocorreu no dia 07 de maio deste ano. Os ingressos já estão a venda por meio deste link. A meia – entrada custa R$ 25 e a inteira R$ 50.

A direção é do Maestro Tita Sartor e celebra os 200 anos da Imigração Alemã . Foto: divulgação.

Os momentos da Nona Sinfonia:

1ª Momento: conhecido como Allegro ma non troppo, um poco maestoso é caracterizado por acordes suaves que representam uma orquestra ao ser afinada. Os temas principais surgem a partir da sonata (estrutura musical que conta uma história cronológica) e do modelo clássico.

2ª Momento: conhecido como Molto vivace – Presto – Molto vivace, é caracterizado por apresentar o scherzo, um genêro musical de curta duração e geralmente usado como terceiro movimento das sinfonias.

3ª Momento: conhecido como Adagio molto cantabile, é caracterizado por apresentar o potencial enxergado nas melodias por Beethoven de uma maneira lenta e concisa.

4ª Momento: O momento final é conhecido como Ode da Alegria ou Presto, nele o sentimento de liberdade é trazido em ação conjunta com a fala do barítono e alemão Friedrich Schiller, em uma união de fraternalidade entre os povos e as nações.

A realização do espetáculo é da Orquestra Sinfônica de Santa Maria, em parceria com o Centro de Artes e Letras (CAL) , a Pró-Reitoria de Extensão (PRE) da UFSM, a Orquestra Filarmônica da UFRGS, o Madrigal Presto, além do Coral e do Coro de Câmera da UFSM.

Apresentação da Orquestra Sinfônica de Santa Maria. Foto: divulgação/instagram

Desde a última semana de agosto, o Brasil vem sofrendo com as intensas queimadas no Pantanal, sul da Amazônia, Mato Grosso do Sul, Bolívia e Paraguai e suas consequências para a saúde da sociedade. No começo de setembro, o governo do estado do Rio Grande do Sul emitiu um comunicado em ação conjunta das Secretarias do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) e da Saúde (SES), e a Fundação Estadual de Proteção Ambiental com dicas para a prevenção da fumaça preta presente no céu. A lista completa pode ser encontrada em um post na conta oficial do órgão no Instagram.

Segundo o Serviço de Monitoramento da Atmosfera Copernicus, Cams, agência que integra o programa espacial da União Européia, Amazônia e Pantanal sofrem as piores queimadas dos últimos 20 anos.

O incêndio florestal ocorre quando o fogo se torna descontrolado e avança sobre qualquer forma de vegetação o que o caracteriza como crime, caso os responsáveis sejam identificados. O crime está prescrito na Lei dos Crimes Ambientais e gera uma multa de até R$ 7,5 mil por hectare queimado e no máximo seis anos de prisão.

Saiba como se proteger das consequências dos incêndios. Foto: divulgação/ Gov. RS

Uso de máscaras do tipo cirúrgica, pano, lenços ou bandanas

As máscaras podem reduzir a exposição às partículas grossas, especialmente para populações que residem próximas à fonte de emissão (focos de queimadas) e, portanto, melhoram o desconforto das vias aéreas superiores. O uso de máscaras de modelos respiradores tipo N95, PFF2 ou P100 são adequadas para reduzir a inalação de partículas finas por toda a população.

As consequências também atingem os céus santa-marienses, a fumaça se manteve no céu até quinta, 12 deste mês, quando a umidade e a chuva retornaram. Hoje, 24 de setembro, vemos novamente o céu encoberto.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece que a poluição do ar é um fator de risco crítico para doenças crônicas não transmissíveis. Vale ressaltar que, neste caso, crianças, idosos, gestantes, com doenças cardiorespiratórias estão sob maior risco de apresentar algum efeito na saúde relacionado à poluição do ar.

Márcio Camargo/Agência Brasil

Segundo o Código Florestal, o uso do fogo não é permitido salvo algumas situações como: a agricultura de subsistência produzida por povos tradicionais e indígenas, pesquisas científicas ou de produção e manejo em atividades agropastoris ou florestais. Em casos como estes é chamado de queima controlada, e é necessária autorização prévia e algumas regras tais como delimitação da área que será queimada e a ação deve ser acompanhada por uma equipe.

No dia 10 de setembro o Supremo Tribunal Federal (STF) por meio do ministro Flávio Dino tomou a decisão de que os focos de incêndios na Amazônia e no Pantanal devem ser combatidos com caráter imediato, junto a convocação de bombeiros militares e homens da Força Nacional em uma reunião de conciliação. Dino também estabeleceu um mutirão das Polícias Judiciárias (Federal e Civil) nos 20 munícipios centralizam 85% dos focos de incêndios de todo o país.