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Lilian Streb

Lilian Streb

Para saber o verdadeiro cenário do Coronavírus e os números reais de infectados com a doença, especialistas e Organização Mundial de Saúde (OMS) apresentam uma concordância de ideias: é preciso que a população seja testada o máximo possível, baseados no fato de que países que apresentaram alta capacidade de realizar testes em suas populações também tiveram maior capacidade de controlar a pandemia.

Em contrapartida, no Brasil, por exemplo, existe uma grande insuficiência de testes disponíveis no sistema de saúde. Isso faz com que os profissionais da área priorizem os pacientes com sintomas graves e do grupo de risco, a fim de “economizar” testes para esses casos e ir apenas isolando os possíveis assintomáticos e pessoas que tiveram contato com os infectados. Segundo Eduardo Furtado que atua no setor de virologia da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e está coordenando os testes diagnósticos da região, a prioridade de testagem é dos pacientes internados nas unidades de hospitais da cidade e profissionais da saúde em contato com os pacientes.

Para interpretar os dados da pandemia corretamente, o ideal seria saber quantos testes há disponíveis e quantos são aplicados em cada município de cada estado. No entanto, a Open Knowledge Brasil (OKBR) divulgou em seus índices de transparência da COVID-19 que somente quatro estados estão divulgando em seus boletins oficiais a quantidade de testes disponíveis, são o Espírito Santo (ES), Goiás (GO), Pernambuco (PE) e Paraná (PR).

Tipos de testes para o Coronavírus

Todos os testes para COVID-19 são totalmente seguros e não causam problemas a quem está sendo testado. Quanto à confiança na conclusão, há pontos que devem ser observados na hora da interpretação do resultado.

Os testes RT-PCT são os que identificam o vírus, ou seja, detectam a presença de seu material genético no corpo. Eles são 100% confiáveis se a coleta for realizada na janela de tempo certa, que é entre o 3º e o 10º dia após o início dos sintomas no paciente suspeito, pois esse é o tempo médio em que o vírus está totalmente ativo. Já se a coleta do material for realizada antes ou depois desse período, fica mais difícil detectar o material genético do vírus e, então, os resultados podem ser falsos. O teste RT-PCR é o único capaz de mostrar que a pessoa tem o vírus no momento da coleta e o único que pode provar que a infecção acabou, que é quando o teste para de detectar o material genético do vírus COVID-19 no paciente, pois ele já está recuperado.

Já os testes sorológicos usados para COVID-19 detectam anticorpos, ou seja, revelam se a pessoa teve contato com o vírus, ficou doente e então se recuperou. Com esse tipo de teste o sangue da pessoa deve ser coletado após o décimo dia desde o início dos sintomas. Se o teste for feito antes do décimo dia, haverá resultados falsos negativos, que é quando a pessoa está infectada, mas recebe um resultado negativo em função do exame ter sido feito no período errado. Já quando o sangue é coletado no período de tempo certo, a sensibilidade do teste sorológico é de 85%, ou seja, os resultados detectados nos anticorpos são corretos em 85% dos casos.

Existe também o teste rápido, que mostra o resultado em apenas alguns minutos e detecta a proteína do vírus no sangue do indivíduo. Em contrapartida, se o teste proporciona rapidez no resultado, sua sensibilidade é baixa. Segundo Laura de Freitas, Mestra e Doutora em Biociências e Biotecnologia Aplicadas à Farmácia, a sensibilidade desse teste é de apenas 25%, ou seja: só acerta 1 a cada 4 testes positivos. Isso pode gerar grande insegurança na população e nos dados da pandemia, além de não ajudar na decisão sobre se determinado paciente deve ou não ficar em isolamento.

Os testes mais utilizados para COVID-19 são o RT-PCR e o teste sorológico, ambos têm resultados em algumas horas. No entanto, esses resultados podem demorar para chegar ao paciente, pois precisam ser feitos em laboratórios autorizados e certificados para isso. Como poucos se encaixam nesse padrão, as análises acabam por sobrecarregá-los.

Os testes disponíveis no HUSM são o RT-PCR, já em laboratórios particulares o RT-PCR e teste rápido e em farmácias, o teste rápido. Segundo Flores, o tempo de espera para obter os resultados de testes da COVID-19 leva em torno de 6 a 8 horas desde o recebimento das amostras até o resultado, mas em virtude da logística o HUSM está liberando entre 24h até 48h. Quanto ao custeio e número de testes disponíveis, Flores revela que “os testes disponibilizados pelo HUSM foram custeados pelo Ministério Público do Trabalho, ou seja, seis mil testes que devem durar até agosto/setembro, depois teremos que buscar mais recursos”.

Testes no mercado

 Para que haja liberação dos testes para COVID-19, há um processo com várias etapas. Uma delas é o registro junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) com apresentação de documentos, ensaios clínicos e dados que indiquem sua segurança e eficácia, para que assim o produto seja avaliado, já que só é liberado se for capaz de dar o resultado correto para o qual foi desenvolvido. Segundo a ANVISA, entre os dias 18 de março e 16 de abril houve 157 solicitações, das quais apenas 39 foram aprovadas. Dos 39 aprovados, 21 eram testes rápidos.

Conforme a resolução nº 337 publicada no Diário Oficial da União, as farmácias também podem realizar testes rápidos de anticorpos e antígenos – substâncias estranhas no organismo que provocam a produção de anticorpos –  para o novo Coronavírus, porém a medida tem caráter temporário e excepcional. Mas mesmo que seja permitido, as farmácias devem atender aos requisitos técnicos de segurança para a testagem constantes nas diretrizes e o teste só pode ser realizado por um farmacêutico.

Com isso, a proposta ajuda a ampliar a testagem e acaba por reduzir a sobrecarga dos serviços públicos durante a pandemia, evitando que muitas pessoas vão até hospitais sem necessidade. Os resultados dos testes realizados pelas farmácias devem ser informados às autoridades de saúde, mesmo que sejam negativos.

O que dizem os pesquisadores?

 A Agência Bori divulgou o Webinar “Testes do Coronavírus: Possibilidades e Limites” realizado através do canal Cidacs Fiocruz em que o imunologista Manoel Barral Neto explica que um teste não substitui o outro. Segundo Barral, os testes são necessários e devem ser usados para se complementar e para que se entenda a presença, a eliminação do vírus e o desenvolvimento da resposta imune para uma eventual proteção. Outra medida, segundo ele, é fazer o teste em grupos populacionais.

A necessidade de testagem em massa mostrou a dificuldade que o Brasil tem na produção de testes, pois são poucas empresas que produzem o equipamento aqui no país e muitos componentes ainda são importados. A imunologista e pesquisadora do Laboratório de  Parasitologia Médica, Ester Sabino, é uma das líderes do sequenciamento genético do COVID-19 e esclarece como pode ser possível frear a disseminação do vírus: “É preciso aumentar a oferta de testes e achar formas se seguir rapidamente todos os compactantes das pessoas infectadas, essa é a questão chave para achar os locais de alta transmissão e bloquear populações de forma mais efetiva. Isso vai depender de sistemas de informação”.

A pesquisadora e cientista Jaqueline de Jesus, mestre em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa pelo Instituto de Pesquisas Gonçalo Moniz – Fundação Oswaldo Cruz (IGM-FIOCRUZ), também explica que outro fator importante é fazer a vigilância desse vírus, pois não se sabe como ele está se adaptando ao ambiente e à população brasileira. “A gente recebe amostras de diversos locais do país, mas tudo é subnotificado, por isso a importância da testagem até pra prever novos surtos. Há cidades do Brasil que ainda não foram atingidas pelo COVID-19, mas acreditamos que pelo fato da população não ter a imunidade para o vírus, ainda vão ter casos sim”, declara.

Dados e pesquisa

 Os dados da pandemia divulgados pelos canais oficiais não refletem a real situação do alcance do vírus, pois há vários empecilhos no caminho como a falta de testes e a circulação de pessoas, visto que mesmo que todos fossem testados agora, se a pessoa A está negativa hoje, pode se infectar daqui a dois dias e testar positiva, o que resulta em alteração de dados.

A primeira pesquisa brasileira que busca realizar um levantamento do número de infectados é uma iniciativa do Rio Grande do Sul (RS) que foi ampliada para o país. No estado, o estudo está sendo conduzido por pesquisadores da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e é realizado em nove cidades, sendo elas Porto Alegre, Canoas, Pelotas, Caxias do Sul, Santa Cruz do Sul, Santa Maria, Passo Fundo, Ijuí e Uruguaiana. Com uma amostra representativa da população, o estudo é o único no mundo que tem quatro pontos de dados em uma mesma população, que são estimar o percentual de pessoas com anticorpos para o vírus, a velocidade, o número de infecções assintomáticas e a letalidade.

No dia 27 de maio, o governador do Estado do RS, Eduardo Leite, divulgou em videoconferência conjunta com  o Reitor da UFPel, Pedro Hallal, dados da quarta fase desta pesquisa, na qual foram realizados mais 4.500 testes rápidos, sendo 500 em cada cidade onde o estudo está sendo feito. Dos 4.500 testes, 8 apresentaram resultado positivo (4 deles em Passo Fundo), o que representa um infectado a cada 562 habitantes e uma estimativa de 20.226 pessoas com anticorpos no Rio Grande do Sul. O estudo mostra que não há um crescimento descontrolado do Coronavírus no estado gaúcho, mas, sim, uma estabilidade no crescimento do número de casos. Estima-se, portanto, que há três vezes mais casos confirmados do que os números notificados, mas o Estado é um dos que mais tem apresentado resultados favoráveis em relação ao enfrentamento da COVID-19. Segundo Leite, houve também uma estabilidade nas internações em hospitais do estado.

Das quatro fases já realizadas pelo estudo, esses são os melhores resultados até agora. Conforme anunciado pelo reitor da UFPel, a pesquisa terá ainda mais quatro fases e a previsão é de que ao total 36 mil pessoas sejam entrevistadas e testadas.

A pandemia no município de São Pedro do Sul

 O primeiro caso de Coronavírus em São Pedro do Sul foi confirmado nesta semana, no entanto, as ações solidárias para ajudar aqueles que já sentem os impactos da pandemia já acontecem desde muito antes. A Banda Marcial Independente de São Pedro do Sul (BMISPS) tem pouco menos de um ano de existência e – em decorrência do Coronavírus – as atividades tiveram que ser suspensas. Por conta disso, a BMISPS decidiu realizar uma campanha para contribuir com a sociedade, como a arrecadação de alimentos e materiais de higiene pessoal.

Segundo Emanoel Santos da Rocha, Presidente da Associação da Banda, a campanha possui pontos de coleta no Guincho do Tunicão, próximo à rodoviária, e na Igreja Pentecostal Mistérios da Fé, próximo ao cemitério municipal. “Toda doação é bem vinda e pedimos a colaboração de todos para que ajudem as campanhas que aparecerem. A música serve para unir e integrar as pessoas, e o objetivo da BMISPS é ajudar o máximo de pessoas que mais precisam nesse momento”, ressalta o Presidente. As doações farão parte de cestas básicas que vão ser confeccionadas e distribuídas. A arrecadação irá até o dia 13 de junho. Para mais informações, interessados em colaborar podem entrar em contato pelo telefone (55) 99905-2941, falar com Emanoel.

A Secretaria Municipal de Educação (SMEC) investiu em tecnologia para os professores da rede municipal utilizar para fins de pesquisas, controle, registro de aulas e da vida escolar dos alunos. A medida empregou em torno de 150 mil reais em tablets e capas protetoras. Desde o dia 01 de junho a reportagem tentou contato com a Secretaria para obter mais informações, mas até o fechamento desta reportagem não obteve retorno.

 

Esta  reportagem integra o Projeto Experimental em Jornalismo que busca aproximar a informação científica da comunidade de São Pedro do Sul, a fim de combater a desinformação e as Fake News por meio da produção de conteúdo com base científica, produzido pela acadêmica Lilian Streb sob orientação da professora Carla Torres.

A incessante busca pelo fim da pandemia causada pelo novo Coronavírus (COVID-19) assemelha-se a uma corrida pelo mundo. O vírus foi descoberto em dezembro de 2019, após ter seus primeiro registros na China, e faz parte de uma família de vírus que causa infecções respiratórias e que possui alta taxa de transmissão. Cientistas de todos os cantos se empenham para chegar ao mesmo propósito: conseguir uma vacina para a doença que assombra populações de todos os países.

O Sistema de Saúde do Brasil e de vários países do mundo possui uma capacidade limitada para gerenciar essa onda de pneumonia grave,  além de possuir baixa disponibilidade de pessoal treinado. Além disso, há fatores como a falta de respiradores e leitos para os pacientes, o que fará com que o sistema de saúde entre em colapso caso grande parte da população fique doente, e isso obriga os médicos (as) e enfermeiros (as) a revezar os aparelhos, ou até mesmo ter que escolher quem vai poder utilizar.  A falta de equipamentos de proteção individual (EPI) para os profissionais de saúde que atuam na linha de frente e que encontram-se afetados pela COVID-19 também é um grande problema enfrentado na pandemia.

Descobrir meios de atacar o vírus é o novo foco dos estudos científicos nos laboratórios, pois cada dia que passa os números de mortos e infectados aumentam, reforçando a idéia de que só a ciência pode fazer com que as rotinas de todos possam voltar ao normal. Até o momento não existe vacina nem medicamento específico para o Coronavírus, apenas o tratamento dos sintomas causados por ele. Em contrapartida, são vários os medicamentos analisados em estudos científicos e mais de 100 vacinas em teste.

REMDESIVIR

 Conforme publicado pela Agência Brasil, os Estados Unidos divulgaram estudos científicos relacionados ao uso do medicamento Remdesivir contra o COVID-19, mostrando que pacientes que fizeram o uso do fármaco se recuperaram mais rápido da infecção. A pesquisa foi conduzida pelo Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas e estudou mais de mil pessoas em estado grave da doença em todo o mundo, concluindo que 31% deles se recuperou mais rapidamente do que aqueles que receberam apenas um placebo, que é quando é feito o uso de alguma substância que não produz interação com o organismo, mas apresenta uma melhora fisiológica, aliviando os sintomas.

Um exemplo básico de placebo no nosso dia a dia é ingerir água com açúcar quando estamos nervosos, não há estudos confirmando que a mistura causa efeito, no entanto a sabedoria popular nos leva ao uso na busca por resultado positivo. O Remdesivir também é o primeiro medicamento autorizado pelo Japão para o tratamento de pacientes com a COVID-19.

Segundo o estudo feito com o fármaco, 8% dos pacientes morreram, o que corresponde a 3% a menos do que quem recebeu apenas um placebo. Mesmo assim, nada está comprovado em relação ao medicamento. A revista The Lancet por exemplo, publicou que o tratamento com o Remdesivir não reduz a mortalidade nem mesmo acelera a recuperação, quando comparado ao placebo.

O Professor de Química da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Luiz Carlos Dias, explicou em um vídeo publicado no dia 30 de abril na página da Divisão de Química Orgânica que o medicamento Tamiflu (OSELTAMIVIR) é um dos fármacos deixados para trás nas pesquisas contra o coronavírus, e que ele foi desenhado especialmente para combater H1N1. O uso de alguns corticóides para tentar evitar processos inflamatórios mais nocivos causados por COVID-19 também falharam em pesquisas.

CLOROQUINA E HIDROXICLOROQUINA

O Ministério da Saúde explica que o uso da Cloroquina e Hidroxicloroquina no tratamento contra a COVID-19 é uma prática realizada em casos muito graves e chama-se uso off label, ou seja, é algo que não consta na bula do medicamento, fora das causas para as quais é prescrito.

Nesses casos, o governo do Brasil autorizou o uso desses medicamentos, mas a decisão de aplicação fica a cargo do médico que devem avaliar cada paciente específico. O Conselho Federal de Medicina (CFM) divulgou em seu Parecer nº 04/2020 que essa decisão quando tomada deve seguir os critérios e condições estabelecidas pelo CFM, que inclui a autonomia do médico e a valorização da relação médico-paciente.

Especialistas e cientistas explicam que a população não deve usar a cloroquina ou hidroxicloroquina na tentativa de tratar ou prevenir a COVID-19 sem que isso seja feito e acompanhado por um profissional da saúde, pois os medicamentos possuem efeitos colaterais como danos ao coração, além de poderem levar a morte.

A Sociedade Brasileira de Imunologia (SBI) publicou um parecer no último dia 18, que explica sobre o uso da Cloroquina e Hidroxicloroquina contra COVID-19. Segundo o parecer, ainda é precoce a recomendação de uso deste medicamento, visto que diferentes estudos mostram não haver benefícios para os pacientes que utilizaram hidroxicloroquina. Além disto, trata-se de um medicamento com efeitos adversos graves que devem ser levados em consideração. A SBI recomendou que fossem aguardados os resultados dos estudos em andamento, para obter uma melhor conclusão quanto à real eficácia da hidroxicloroquina e suas associações para o tratamento da doença, já que até o momento não há evidências científicas suficientes que garantam a redução da mortalidade por COVID-19.

A revista científica “Jama” publicou recentemente uma das principais pesquisas  sobre a hidroxicloroquina, feita por pesquisadores da Universidade de Albany, no estado de Nova York. O estudo  analisou 1.438 pacientes com a doença e não encontrou relação entre o uso do medicamento e a redução da mortalidade por Coronavírus, além disso, os pacientes tratados com hidroxicloroquina tiveram muito mais chance de sofrer parada cardíaca e apresentaram taxa de mortalidade muito parecida com a dos que não usaram o fármaco.

Por isso, na ausência da comprovação de efeitos benéficos para a saúde com segurança e eficácia, e sem ensaios clínicos conclusivos e validados, que comprovem do ponto de vista médico e científico sua segurança e eficácia, não há liberação de vacina, nem medicamento.

VITAMINA D

Circularam nos últimos dias várias notícias e comentários populares de que a vitamina D protege contra o coronavírus. Embora a vitamina fortaleça o sistema imunológico, não existe nenhuma evidência científica confirmada de que a mesma reduza o risco de infecção por coronavírus, mas existem estudos feitos por pesquisadores da Universidade de Turim, na Itália, que indicam a ação preventiva que a vitamina D pode ter em relação ao COVID- 19.

Em reportagem, a Universidade publicou que pretende levar a reflexão para a comunidade científica, pois o estudo realizado se baseou apenas em literatura já existente, aliado ao fato de que a vitamina D pode ter efeito preventivo, protetor e terapêutico em infecções respiratórias virais em geral. No entanto, para melhorar a imunidade contra o novo Coronavírus é também muito importante a prática de exercícios físicos em conjunto com uma alimentação saudável, além de ser muito importante que a pessoa não fume, não use drogas e não ingira bebidas alcoólicas.

Ainda não há vacina, nem mesmo medicamento antiviral específico para prevenir ou tratar a COVID-19. Conforme a Folha Informativa publicada pela Associação Pan-Americana da Saúde (OPAS) do Brasil,  as pessoas infectadas devem receber cuidados de saúde para aliviar os sintomas, já quem possui doenças graves deve ser hospitalizado. A maioria dos pacientes se recupera graças aos cuidados de suporte que incluem medicamentos contra os sintomas, e em casos graves o uso de ventilação mecânica e oxigênio suplementar.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) está coordenando esforços para desenvolver vacinas e medicamentos para prevenir e tratar a COVID-19 o mais breve possível, mas por enquanto as recomendações mais eficazes e importantes devem ser mantidas para se proteger contra a COVID-19, que é  lavar frequentemente as mãos com água e sabão, usar máscaras corretamente e manter uma distância de pelo menos 1 metro das pessoas, além do distanciamento social, já que só deve sair de casa quem realmente precisa.

É também muito importante que a população tenha consciência de que a automedicação traz riscos à saúde, podendo haver interação medicamentosa, que é quando os efeitos de um fármaco são alterados pela presença de outro, caso a pessoa tome regularmente outros remédios, podendo agravar sua situação de saúde. Sempre consulte um médico antes de ingerir medicamentos, pois qualquer fármaco deve ser utilizado com prescrição e orientação.

A PANDEMIA NO MUNICÍPIO DE SÃO PEDRO DO SUL

 São Pedro do Sul é uma das cidades que ainda não registraram casos confirmados de Coronavírus no Estado, apesar de estar próximo de Santa Maria, que até esta quarta-feira, 20, já contabilizava 125 casos confirmados da doença e 1.895 suspeitos. Segundo Priscila Martini, Assessora de Comunicação da Prefeitura de São Pedro do Sul, o município estava atento sobre o vírus antes mesmo dele chegar ao Brasil. No dia 9 de fevereiro a Secretaria de Saúde e o Hospital Municipal promoveram uma palestra com um médico infectologista no Lions Clube, mas apesar de ter sido divulgada, não obteve muita participação do público. Além disso, também em fevereiro a Prefeita Ziania Bolzan esteve reunida com os secretários de saúde, educação e administração a fim de discutir estratégias no combate ao coronavírus no município, visto que o cenário da época anunciava a aproximação da doença. Nesta reunião ficou acertado que a higienização seria intensificada em todos os setores, bem como seriam levadas mais informações à população na busca de conscientização. Até o momento a Prefeitura já emitiu decretos que informam a situação de calamidade pública, a intensificação do distanciamento social, suspensão das aulas, fechamento do comércio e a obrigatoriedade do uso de máscara.

AÇÕES MUNICIPAIS

Uma das ações realizadas pelo município nos últimos dias foi a distribuição de máscaras para a população. Segundo a Secretária da Secretaria de Desenvolvimento Social, Cristiane Parnov, a administração ganhou da Associação Comercial e Industrial (ACI) uma grande quantidade de tecido, linha e elásticos, e a Secretaria de Desenvolvimento Social disponibilizou recursos para que uma costureira realizasse a confecção das máscaras. “O pedido total foi para a confecção de 3.375 unidades,  grande quantidade já foi costurada e repassada à Secretaria de Saúde para que as agentes comunitárias façam a distribuição. A Secretaria de Desenvolvimento e Setor do Bolsa Família estão confeccionando mais máscaras. Essas últimas serão distribuídas para usuários da assistência.”, relata a secretária Cristiane.

A Assessoria de Comunicação da Prefeitura informou que a entrega das máscaras produzidas pelas costureiras foi realizada através das Agentes Comunitárias de Saúde na praça, nas filas de bancos e lotérica do município, onde também prestaram orientações sobre o uso correto da máscara e para que sejam evitadas aglomerações.

Além disso, a Secretaria de Desenvolvimento Social distribuiu mais de 500 cestas básicas desde março, com itens comprados pela própria secretaria e também com a colaboração das entidades como Rotary Club, Lions Clube, Lojas Maçônicas e doações da população que doou alimentos nos supermercados da cidade por meio de uma campanha da Secretaria de Desenvolvimento Social. “Aproximadamente 500 famílias receberam esta ajuda, famílias que estavam passando por alguma vulnerabilidade. As 500 cestas resultaram em aproximadamente 5.000 kg de alimentos”, ressalta Cristiane. A Defesa Civil do Estado doou 30 cestas básicas para São Pedro do Sul, embora o município tivesse solicitado um número maior.

A secretaria continua trabalhando nesta ação, pois algumas famílias ainda estão solicitando ajuda. No entanto, a demanda está menor, já que as famílias estão em sua grande maioria recebendo o auxílio dos 600 reais que ajudou muitas pessoas em situação de vulnerabilidade.

 O Boletim é atualizado todos os dias automaticamente pelo sistema da Secretaria de Saúde com informações alimentadas pela equipe epidemiológica do município, e é divulgado na página do Facebook da Prefeitura de São Pedro do Sul aproximadamente três vezes na semana.

 

Esta  reportagem integra o Projeto Experimental em Jornalismo que busca aproximar a informação científica da comunidade de São Pedro do Sul, a fim de combater a desinformação e as Fake News por meio da produção de conteúdo com base científica, produzido pela acadêmica Lilian Streb sob orientação da professora Carla Torres.

Imagem de Olga Lionart /Pixabay 

Uma amizade das raras hoje em dia e que já dura vinte e três anos. Duas meninas que moraram na mesma rua, uma do lado da outra. É esse o início da minha história com ela que é companheira de uma vida. Subimos na mesma árvore, jogamos pedra na mesma casa, vimos os mesmos filmes e matamos muita aula juntas para comer batata frita escondidas durante a tarde.

Foto: Pixabay License

Quando você é criança, dançar na sala ao som de Latino – Festa no Apê com a sua melhor amiga pode ser uma das coisas mais divertidas a se fazer, e pra nós de fato era. Juntas, aprendemos a falar, a andar, a se defender e defender uma a outra. Medo? Só de a minha mãe chegar mais cedo do trabalho e nos pegar com o som no volume trinta em horário de aula. Foram muitos lanches, ‘’pousos’’, aventuras e histórias. ‘’Se você pedir, a minha mãe deixa’’, era a frase mais inteligente usada como uma estratégia para tentar dormir fora de casa.

É por isso e muito mais que eu sabia que o olhar dela era diferente dessa vez. Porque já brincamos muito de boneca, de casinha, pega-pega. Cantamos Zezé Di Camargo e Luciano em fita cassete, colecionamos CD’s da Wanessa Camargo e, anos mais tarde, comemos bolo chorando desilusões amorosas.

Para quem ainda tem uma amizade de infância pode ser fácil lembrar. sem precisar fazer qualquer esforço, de quando foram pequenos. E como – com sorte e vontade – é possível manter a amizade. Muitos obstáculos apareceram, entretanto lembranças são poderosas: brincadeiras, festa junina na escola, amigo secreto no fim do ano, famílias, o pote de margarina que virava panelinha, as duas aprendendo a gostar de coisas novas, a lembrança de nós duas no verão montando a piscina no fundo do pátio, na casa nova azul, ao lado da minha bisavó.

O tempo passou e a minha amiga de infância está me dando uma notícia com o olhar. O mesmo olhar que ela fazia quando brincava de boneca. Não tem mais fita cassete, não ouvimos mais Wanessa Camargo e faz tempo que não vamos a uma festa junina, mas nada disso importa. Porque o tempo é só e unicamente nosso. Ano a ano. Mudou o que fazemos, o que ouvimos e sobre o que falamos, mas ainda fazemos, ouvimos e brindamos juntas.

Amigas de infância são assim: o mundo muda, as relações mudam, mas tem um vínculo que só quem se conhece desde pequeno mantém. Para nós, uma intimidade de irmãs, pois acompanhei todas as histórias dela e ela, as minhas. Acompanhei o desabrochar de uma menina inocente com um chapeuzinho de festa na cabeça em todos os meus aniversários, mas que quando cresceu segurou a minha mão nos momentos em que conheci a maior dor do mundo. E agora ela está ali, diante de mim, um ar sagrado toma conta do lugar e ela nem precisou me explicar o olhar diferente. Somos amigas há vinte e tantos anos. Ela sentada no sofá da minha casa, às onze horas da noite de domingo e aí eu já soube: ela está grávida.

Crônica escrita pela acadêmica de Jornalismo Lilian Dias Streb, na disciplina de Jornalismo II, orientada pelo professor Carlos Alberto Badke.

Não estamos mais na mesma vida, mas continuo sendo filha. Certo dia, do meu quarto, ouvi o barulho das chaves do carro sendo largadas sobre a mesa e senti um frio no estômago. Parecia ser ele, chegando depois do trabalho. Logo constatei que não era, pois ele não vem já fazem alguns anos. Enquanto isso, meus dias seguem normais. Continuo fazendo o que sempre fiz e gostando do que sempre gostei.

Neste momento, fiquei triste ao perceber que estou aguardando a chegada de mais um natal que se aproxima e sabendo que, de novo, não haverá cartões, presentes e nem mesmo uma simples ligação de quem não me já não me procura há algum tempo. Não dói mais. Não o tempo todo, pois sempre existirão outras pessoas ao redor da árvore de natal para lembrar de que eu não fiquei sozinha.

Imagem gratuita px.

Na nossa casa, não há mais vestígios sobre ele, mas sempre algo vai me lembrar de que, por mais que não doa tanto assim, sempre vai machucar. E hoje, o que machuca é o que não existe mais como a chegada depois do trabalho no sábado e o churrasco de domingo. Como a carona na garupa quando eu cansada, sentava na calçada.   Só dói quando as lembranças resolvem aparecer para que eu reflita sobre como seria se estivéssemos na mesma vida. Ainda gosto de parques de diversão, mesmo que quase nunca pudesse ir. Gosto de ler e estudar, mesmo que tenha sido ele quem me orientou sobre isso. Gosto de cerveja e churrasco no final de semana, mesmo que ele tenha me deixado beber quando eu ainda não tinha idade.

A mais recente lembrança que tenho agora é a da pensão. Isso é tudo o que recebo dele, todo mês. Não supre ausência, nem amor, nem saudade, mas está lá todo dia dez. O nosso único contato de pai e filha resumido a um comprovante de depósito que substitui o encontro físico.

Dormir no chão da sala. Risadas e saudades. E quanto mais eu me esforço para lembrar, mais ficam vagas as lembranças. Já não me lembro de tudo, já não me lembro de quase nada. Mas, às vezes, dói saber que tem algo de que já não me lembro. No entanto, não deveria lembrar, deveria viver.

Não estamos mais na mesma vida, mas continuo sendo filha, sabia Pai?

Lanches rápidos são uma alternativa nem sempre saudável. Foto: Lilian Streb

A correria do dia a dia e a falta de tempo tem aumentado o número de pessoas que se alimentam fora de casa. Os alimentos pouco nutritivos, como os fast-foods e outros lanches rápidos, acabam sendo grandes atrativos para quem costuma se alimentar longe da própria cozinha. Com esses novos padrões alimentares e também o sedentarismo que anda junto à falta de tempo de praticar exercícios físicos, muitas pessoas acabam adquirindo sérios problemas de saúde. Mas, será que a alimentação fora de casa (ou má alimentação) pode trazer riscos?  A verdade é que uma alimentação inapropriada pode causar a médio e longo prazo, doenças crônicas, e um grande desequilíbrio no corpo do ser humano, deixando-o mais vulnerável a elas. Algumas das principais doenças decorrentes da má alimentação na atualidade são a obesidade e a hipertensão.

Segundo o Ministério da Saúde, a obesidade no Brasil aumentou em 60% nos últimos dez anos. Profissionais da área da saúde, como clínicos gerais e nutricionistas, associam essa problemática com a escolha errada dos alimentos ingeridos. Os grandes causadores de doenças como obesidade e hipertensão são os alimentos industrializados. Esses vilões podem contribuir até mesmo para o desenvolvimento de um câncer.    Para o clínico geral Fernando Ribas, a relação da má alimentação e o risco de desenvolver um câncer é muito ampla. ‘’A gama dos tipos de câncer é muito grande e a correlação de cada qual com seus diversos fatores de risco muito específica, sendo assim é difícil de generalizar. Mas é claro que uma dieta variada e natural sempre tem seus fatores protetores nas diversas doenças e também na diminuição do risco de desenvolvimento dos diversos tipos de cânceres’’, pondera.   

Feira da Economia Solidária reúne adeptos da alimentação saudável

Para os nutricionistas e os médicos, uma boa alimentação deve ser o mais natural possível. Para isso é preciso ficar longe dos rótulos, embalagens, conservantes e aditivos. Os alimentos industrializados, como doces, refrigerantes e, principalmente, o sal de cozinha, contém grande quantidade de sódio. A ingestão adequada de sal é de 2-3 g de sal por dia, e a recomendação segue sendo o controle da ingestão de sal por paciente hipertensos, dentro dos limites preconizados pela Sociedade Brasileira de Cardiologia. E ao se considerar que a conservação dos alimentos industrializados se dá através do sódio, pode-se perceber os malefícios que ele pode trazer para a saúde, se ingerido de maneira excessiva.

 A nutricionista Cassiana Della Pace, 25, afirma que as pessoas adquirem essas doenças por comerem errado e em exagero. ‘’Foi criada uma sensação de liberdade cultural, onde tudo eu posso. Então, comer menos remete ao fato de se privar, de não ser livre e, por isso, acabam comendo tudo e ainda colocando sentimento na comida. A comida não é inimiga, mas a falta de controle, sim! Não é preciso tratar a comida como refúgio, ela é apenas sobrevivência e nada mais’’, afirma Cassiana.

Obesidade, hipertensão e diabetes

 Um dos fatores que levam ao aumento dos índices de hipertensão e diabetes é o crescimento da obesidade, que também anda ao lado da má alimentação. Uma leva à outra ao não se tomar consciência de que todo alimento ingerido irá refletir no corpo. A recomendação é a de que portadores de diabetes evitem a ingestão de doces, açucares, farinhas brancas e todos os alimentos que não são integrais.

Uma alimentação balanceada é auxiliar no tratamento do câncer em crianças e adultos. Foto: Laboratório de fotografia e memória.

Conforme o sistema de vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico, a VIGITEL que faz parte das ações do Ministério da Saúde para estruturar a vigilância de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) no país, em uma década, doenças crônicas tiveram um aumento preocupante, sendo de 61,8% para casos de diabetes e 14,2% para hipertensão. Mais da metade da população está com peso acima do recomendado e a obesidade atinge 18,9% dos brasileiros. A obesidade, que é mais prevalente em homens, cresceu 60% em 10 anos, junto com o número de pessoas hipertensas que também cresceu 25%.

 A hipertensão, que é o aumento dos valores de pressão arterial de forma sustentada, pode ser prevenida através de dieta, consumo moderado de sal, baixo consumo de álcool e exercícios físicos regulares. Conforme o clínico geral Fernando Ribas, a hipertensão arterial e o diabetes são as doenças que mais crescem no mundo em função das mudanças dos hábitos de vida da população, do sedentarismo e da má alimentação.  ‘’A falta de acompanhamento e tratamento da doença pode desencadear problemas vasculares, insuficiência cardíaca e insuficiência renal’’, afirma o médico.

A diabetes é outra doença que cresce desenfreadamente em função das mudanças nos hábitos de vida da população, bem como a má alimentação aliada a falta de exercícios físicos. Obeso é toda e qualquer pessoa que obtiver índice de massa corpórea maior ou igual a 30kg/m2, o que é um fator de risco importante para o desenvolvimento de doenças como a hipertensão arterial, diabetes, insuficiência cardíaca e distúrbios vasculares periféricos.

Conforme o caderno da Atenção Básica do Ministério da Saúde, a prevalência esperada por pessoas hipertensas é de 22% da população acima de 18 anos. Para evitar adquirir problemas sérios de saúde ao longo do tempo, é preciso planejar e obter bons hábitos alimentares, aproveitar as refeições para escolher alimentos saudáveis variados, como verduras, saladas e legumes e é claro – sempre comer com moderação.

Reportagem produzida na disciplina de Jornalismo Científico

Vila Belga é a primeira vila do interior do Rio Grande do Sul (Fotos: Francine Antunes/ Laboratório de Fotografia e Memória)

O Brique da Vila Belga é uma alternativa de lazer em Santa Maria, que ocorre no primeiro e no terceiro domingo de cada mês, das 16h às 20h no verão e das 17h às 19h no inverno, com recesso no mês de janeiro. Com o objetivo de socializar e promover o convívio entre os moradores do bairro e da cidade, o brique serve como atração para quem busca atividades que envolvam cultura e lazer.

Segundo Schirlei Stock, secretaria geral da Associação Brique da Vila Belga, só podem ser expostos produtos artesanais, gastronomia, brechós, sebos e antiguidades. Qualquer pessoa que tiver interesse em expor sua produção artesanal, pode participar. ‘’Após realizar o cadastro, as pessoas podem expor por duas vezes como expositor visitante, depois devem associar-se a Associação do Brique da Vila Belga’’, ressalta Schirlei.

O Brique da Vila Belga recebe muitos visitantes em suas edições. Por ser um movimento cultural público ao ar livre que promove apresentações, dança, chimarrão, rodas de conversas e intervenções artísticas com o público, além de gastronomia e artesanato. Neste espaço é possível que seja promovida a divulgação de artistas locais em um espaço de lazer oferecido de maneira gratuita para a população.

A expositora Lizandra Zemolin, 48, relata que começou recentemente a expor seus produtos na Vila Belga. ‘’Vendi muito bem no primeiro dia. Aproveitei para distribuir meus cartões de visita e realizar encomendas do meu trabalho. Exponho cuias, enfeites de chimarrão, doces e ainda aproveito as atrações’’, conta Lizandra.

Os domingos de brique têm atraído cada vez mais visitantes. A estudante Vanessa Nascimento, 26, relata que sempre que pode vai à Vila Belga. ‘’É impossível ficar em casa em domingos de sol sabendo que tem brique. Levo chimarrão, acompanho o trabalho dos expositores, compro quando posso e ainda curto as atrações’’, alegra-se Vanessa.

Quem deseja expor pela primeira vez deve preencher a ficha de cadastro, disponível com os coordenadores nos dias de brique ou na secretaria. Para expor, é necessário chegar com uma hora de antecedência para pagar a taxa correspondente e definir com o coordenador de área um espaço disponível. Os expositores devem respeitar as normas de funcionamento do brique.

Para apresentar atividade cultural, os interessados devem enviar e-mail para a coordenação cultural, pelo endereço cultural@briquedavilabelga.com.br. Saiba mais no blog.