A Agência CentralSul de Notícias faz parte do Laboratório de Jornalismo Impresso e Online do curso de Jornalismo da Universidade Franciscana (UFN) em Santa Maria/RS (Brasil).
Pela primeira vez, Santa Maria sedia o 27º Campeonato Estadual de Bandas e Fanfarras do Rio Grande do Sul. O evento estava programado para acontecer na Avenida Rio Branco, mas, devido à chuva no sábado (17), foi transferido para o Centro Desportivo Municipal (Farrezão). A abertura, às 14h, contou com a presença de autoridades e representantes das bandas.
O concurso reuniu 25 bandas de escolas e 18 municípios gaúchos, totalizando cerca de 2 mil participantes, e foi dividido em duas etapas. No sábado, foram apresentadas as categorias mirim, infantil, infanto-juvenil e juvenil. No domingo (18), a categoria sênior, trazendo a anfitriã: a Banda Marcial Manoel Ribas (Banda do Maneco).
A secretária da Cultura, Esporte e Lazer da cidade, Marta Zanella, comenta que este evento veio para a cidade com muita dificuldade e sem muitos recursos financeiros. “Estamos resgatando os festivais. Na minha época, quando eu era adolescente, toquei em bandas por nove anos. Para mim, isso é fantástico!”, lembra, ressaltando a importância da cidade sediar o campeonato. “A nossa cidade merece. Isso traz um novo olhar, com mais sensibilidade e amor. As bandas e fanfarras proporcionam esse espírito”, comenta a secretária.
Para o secretário de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Inovação, Ewerton Falk, é uma grande oportunidade para recuperar a alegria de Santa Maria e a estima valorosa dos bons tempos em que as famílias frequentavam os espaços públicos com naturalidade. Ele explica que a prefeitura se preocupou em acolher os visitantes: “Pode não ser o melhor ginásio, mas está todo mundo com um sorriso no rosto, recebendo as pessoas. Acho que é isso que Santa Maria tem que mostrar”, afirma. “Não haverá vencedor nem perdedor. Hoje a nossa vitória é Santa Maria acolhendo todos vocês!”, exclamou o prefeito Jorge Pozzobom.
O presidente da Associação Amigos da Banda do Maneco, Reinaldo Lima de Azevedo, 54 anos, comemorou: “A associação está em estado de êxtase! Isso nasceu de um sonho. São 62 anos de história, esse é o 27º concurso de bandas e a cidade nunca havia recebido uma edição”. Segundo Azevedo, existe interesse da prefeitura, da Federação de Bandas e Fanfarras do Rio Grande do Sul (Febargs) e também da Associação de trazer, em 2019, o Conesul de Bandas para Santa Maria, com cerca de 50 bandas de vários países.
No domingo (18), o tempo melhorou e o campeonato foi realizado na Avenida Rio Branco, como previsto. A Banda do Maneco abrilhantou a tarde com uma apresentação que arrancou palmas e gritos de alegria da plateia, fazendo com que conquistasse o segundo lugar na categoria “Banda Musical Sênior”. A conquista pelo primeiro lugar na mesma categoria foi da Banda Marcial Polivalente de Alegrete, com o maior número de delegações.
Texto e fotos: Maristela Santos
Produzido para a disciplina de Jornalismo I sob a orientação da professora Sione Gomes
Pelo quarto ano consecutivo, foi realizada, nesse domingo (18), mais uma edição da Parada Alternativa LGBT de Santa Maria. Como nas edições anteriores, mesmo com poucos recursos e apoio, o evento ocorreu no largo da locomotiva. A organização é do Coletivo Voe, grupo formado por estudantes, pesquisadores e ativistas em defesa da diversidade sexual e de gênero.
As paradas LGBT já existem há muitos anos na cidade. Desde 2015, porém, por não concordarem com alguns quesitos propostos pela prefeitura, integrantes do Coletivo Voe preferiram fazer sua própria parada, mesmo que com menos recursos.
Segundo Henrique Pause, 22 anos, integrante do Coletivo Voe, a parada desse ano foi bastante difícil de organizar. Uma das alternativas para obterem dinheiro foi a venda de camisetas e acessórios. Mesmo assim, com dificuldades, a intenção é continuar com o evento nos próximos anos.
Histórico das Paradas LGBT Alternativas
1ª Parada Alternativa – em 15 de novembro de 2015, com o tema: Nossa alternativa é a luta. Teve o apoio do diretório acadêmico dos estudantes (DCE) e da Pró-Reitoria de Extensão (PRE) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)
2ª Parada Alternativa – em 18 de dezembro de 2016, com o tema: Eles estão organizados. E nós? Deu ênfase que vários setores querem tirar os direitos já conquistados pelo grupo LGBT.
3ª Parada Alternativa – em 19 de novembro de 2017, com o tema: Ativismo e resistência popular. Segundo os organizadores, reuniu quase 4 mil pessoas.
4ª Parada Alternativa – nesse domingo (18), com o tema: A saúde mental de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transgêneros.
Texto: Luana Giacomelli
Produzido para a disciplina de Jornalismo I sob a orientação da professora Sione Gomes
O mês de novembro marca o início das vendas de Natal no comércio de Santa Maria. Os shoppings entram no clima com decorações, programações e visita do papai Noel.
A publicitária Lívia Craidy, 28 anos, gerente de Marketing do shopping Praça Nova, conta que a perspectiva de vendas para é positiva, apesar de o Brasil ainda estar passando por uma crise financeira. Segundo ela, o Natal é uma das datas mais importantes do varejo, seguida da Black Friday.
Com relação às estratégias para dar conta do momento de uma troca de governo, Lívia diz que a gerência busca, constantemente, ações para aumentar o fluxo de clientes no Praça Nova. Uma das apostas é a premiação da Promoção de Natal. O shopping irá sortear um ano de compras e uma viagem para Chamonix, na França. Além disso, neste ano, as trocas efetuadas de segunda a quinta ganham cupom em dobro, ou seja, o cliente tem mais possibilidades de ganhar e, desta forma, há incentivo ao fluxo na semana.
A psicóloga Bianca Cechella Garcia, 40 anos, revela que no mês de outubro já começa a comprar os presentes de Natal porque adora dar presentes e gosta de pensar no que quer presentear. Diz que não tem um produto que prioriza, mas que pensa na pessoa, no que ela gosta e consome, o que já deu e o que não foi dado ainda. Vai nessa linha de raciocínio, porém menciona que gosta de presentear livros e acessórios.
A gerente comercial da loja SuperLegal, Jeane Bairros, 45 anos, diz que a expectativa é de crescimento e que tenta fazer o que concorrência não faz. Além de ter produtos diferenciados, tenta proporcionar opções diferenciadas para o cliente. Por exemplo, a loja tem atendimento personalizado, ofertando produtos selecionados para cada faixa etária das crianças e trabalha com marcas conceituadas, para proporcionar encantamento e uma venda assertiva ao cliente. Jeane expõe que as estratégias usadas pela loja envolvem também trazer produtos novos, que chamem a atenção do público infantil. Diz que a loja não sentiu os efeitos da crise financeira, justamente por adotar práticas que visam atrair os clientes em todos os períodos do ano.
A cozinheira Aura Fernanda Fagundes Paz, 39 anos, que estava passeando no shopping Royal Plaza informa que ainda não se organizou para as compras de Natal, que passará em Portugal. O produto que está pensando em priorizar para as compras de Natal é brinquedo, pois tem filha de 8 anos. Também pretende comprar roupas para a filha adolescente.
Na opinião da empresária Ângela Maria Giuliani, 56 anos, da loja Hangar, do Royal Plaza shopping, a perspectiva de venda em tempos de crise traz a necessidade de se reinventar a cada dia. Ela avalia que o ano foi bem difícil e o cenário econômico ainda não deu a resposta a qual está aguardando. Entre as suas estratégias está faz eventos na loja, a comunicação com os clientes pelas redes sociais e a busca por fidelizar os clientes.
Texto: Bárbara Canha
Produzido para a disciplina de Jornalismo I sob a supervisão da professora Sione Gomes
O Brique da Vila Belga teve edição no domingo 21 de outubro. Alusivo ao início da primavera e, também, ao encerramento do mês da diversidade.
Segundo Carlos Alberto da Cunha Flores, também chamado de Kalu, 66 anos, professor aposentado, origamista e um dos organizadores do Brique, a ideia de cria-lo surgiu através de duas moradoras da Vila Belga que manifestaram interesse em expor seus produtos. Elas conversaram com Kalu que sugeriu criar um evento maior. Assim nasceu o Brique da Vila Belga. A partir de um grupo de 16 moradores que, então, formaram uma associação.
Kalu afirma que eles sempre têm bom público e, em geral, as pessoas cativas frequentam sempre o Brique. Ele destaca que a importância do Brique para a cidade é que, além de ser uma área de lazer, de passeio, de entretenimento, é possível fazer, também, uma atividade que gera renda para algumas pessoas que produzem arte, cultura e culinária. O Brique é uma forma de valorizar o patrimônio histórico que não tinha nenhuma atração. Hoje o Brique da Vila Belga serve como ponto de encontro com o passado, entre amigos e vizinhos e das pessoas que passam naquele local.
O Brique atrai muitas pessoas que visitam e expõem os seus produtos. A artesã e também professora Amália Nunes Pinheiro, de 44 anos conta que está expondo no Brique porque lá é um excelente lugar para divulgar seu trabalho. ‘’O Brique é uma família’’ diz. Ela expõe em outras feiras também, no Pátio Rural e quando tem feiras em outras cidades, às vezes vai também.
O visitante Carlos Augusto Machado, comerciante de 60 anos, acredita que o Brique poderia ser um pouco melhor pelo potencial que tem a cidade e trazer novidades, para não cair na mesmice. Ele criticou a pouca quantidade de artesanato comparada à alimentação e comentou que isso pode ser um problema também de falta de apoio do poder público. Carlos vem no Brique porque Santa Maria tem poucas opções de lazer em geral e gosta de passear com a filha de 4 anos.
Texto e foto: Bárbara Canha
Produzido para a disciplina de Jornalismo I sob a supervisão da professora Sione Gomes
A primeira partida válida pela semifinal do Estadual Juvenil B ficou no empate em 1 x1 entre Inter SM e Oriente, na tarde de sexta feira (19/10) em Canoas. O jogo, no Complexo Esportivo Santos & Schein, foi marcada pelo equilíbrio das duas equipes, deixando em aberto a vaga para a final, que acontecerá em Santa Maria.
Quem abriu o placar, aos 10 minutos da primeira etapa, foi Eduardo Tanque do Inter SM. Logo após o zagueiro do time alvirrubro lançar a bola para a área do Oriente, Eduardo dominou no peito, girou e bateu, a bola ainda desviou e entrou no gol.
Mas a alegria do Inter durou pouco, logo em seguida o Dragão empatou o jogo. O gol foi após escanteio, marcado por Ilie Gonçalves. Na segunda etapa, as redes não balançaram e a decisão ficou mesmo para o próximo final de semana.
O autor do gol da equipe Alvirrubra, Tanque falou que a expectativa para o próximo confronto é fazer um ótimo jogo, assim como no primeiro, sabendo aproveitar bem a vantagem de jogar em casa e contando com o apoio da torcida. O jogador Ilie, do Dragão, acredita que o jogo será difícil, e já que deixaram a desejar em casa e agora terão que vir em Santa Maria em busca de um gol para levar o Oriente à final do campeonato.
O técnico do Inter SM, Lucas Fossati, comentou que a partida foi bastante equilibrada. Diz que saiu de Canoas com um sentimento de frustração, pois poderiam ter voltado com uma vitória, ainda mais no segundo tempo, onde o Inter SM deve várias chances de gol. Agora será um jogo difícil em que ambas as equipes tem chance de classificar.
Para o técnico Jéferson Valvassori, do Oriente, foi uma partida muito disputada entre duas grandes equipes. “Tivemos o azar de perder nosso camisa 10 logo no inicio do jogo por lesão e, nesse momento que estávamos com um a menos, sofremos o gol. Mas mantemos a cabeça no lugar, e conseguimos o empate com o Lilo”, avaliou.
Jéferson ainda falou que o próximo jogo será novamente equilibrado, no qual um detalhe pode ser decisivo. “Não há como prever o placar, mas ambas as equipes têm qualidade, e o vencedor chegara em alta pra final”.
Após o jogo, o Inter SM contabilizou nove vitórias, sete empates e uma derrota. Já o Oriente tem oito vitórias, quatro empates e duas derrotas. O próximo jogo esta marcado para sábado (27/10) as 15h30, no Estádio Presidente Vargas. Na outra partida das semifinais, Saturfa e Estância Velha ficaram no 0 x 0, em Marau.
Texto: Luana Giacomelli
Produzido para a disciplina de Jornalismo I sob a orientação da professora Sione Gomes
A atriz, poeta, escritora, apresentadora, roteirista, produtora, palestrante e ativista ambiental Bruna Lombardi esteve, no dia 19 de outubro, na região de Santa Maria. Ela participou da 3ª Convenção do Varejo da Região Centro do RS e da 6ª Convenção da Associação Gaúcha para Desenvolvimento do Varejo (AGV). Realizadas simultaneamente e promovidas em parceria com a Câmara dos Dirigentes Lojistas de Santa Maria, foram sediadas pelo Hotel Business Center Beira Rio, no município de Restinga Seca.
A atração principal da noite foi a atriz, que falou sobre o tema felicidade. Ela abordou assuntos relacionados às escolhas que fazemos na vida, como atitude positiva, qualidade de vida, equilíbrio entre vida pessoal e profissional, autoconhecimento e “mindfulness”. Bruna falou sobre o seu portal, a Rede Felicidade, que é um ponto de encontro interativo e tem como propósito promover o equilíbrio entre o corpo, mente e espírito. Por meio da sua Rede, realiza em diversas cidades do Brasil as Jornadas do Conhecimento, um bate-papo com o público sobre temas essenciais para tornar a vida melhor, feliz e mais produtiva.
O público estava atento às palavras da palestrante, assim como jornalistas, empresários e admiradores. O clima era de contemplação e reflexão da plateia aos assuntos dialogados por Bruna. Logo após o término da palestra, foi feita uma sessão de autógrafos de seu mais recente livro de poesias, “Clímax”, quando as pessoas também puderam tirar fotos com a poeta.
No camarim, ela respondeu algumas perguntas sobre as mudanças que fazemos na vida e salientou que a mudança que buscamos precisa de inovação, uma nova maneira de pensar novos hábitos. As pessoas ficam tão inseguras quando tem que tomar uma decisão importante e tudo isso está relacionado com o medo de errar. “Todas as escolhas feitas hoje, determinam o futuro. A grande satisfação é você descobrir o melhor em você mesmo. Quando você faz isso, você está pleno. Você não tem que ser melhor que os outros”, afirmou Bruna.
A apresentadora ainda deixou uma mensagem para o público daqui: “É um prazer, uma alegria bem grande de estar aqui. Eu agradeço muito o convite e esse convívio, esse carinho de todos, que sempre me lembra o quanto o gaúcho é cordial, hospitaleiro, acolhedor. Que gente maravilhosa!”, disse. “E vir assim, para o campo, para esse lugar lindo, é um privilégio. Vocês têm que ter muita gratidão por morar e poder trabalhar num lugar tão belo quanto essa região toda. Muito obrigada”, completou.
Texto e foto: Maristela Santos
Produzido para a disciplina de Jornalismo I sob a orientação da professora Sione Gomes
O Clube Recreativo Dores promoveu, no dia 20 de outubro, a 6ª edição do Baile de Debutantes Dorense. A festa objetiva homenagear meninas associadas ao clube. A noite, especial para dez debutantes, ocorreu no Salão Nobre, com cerimonial de apresentação e baile.
O Baile de Debutante Dorense começou em 2012, por iniciativa do vice-presidente do clube Camilo Cervo. “Este evento marca um processo de transição na vida de todas. É quando atingimos um sonho de criança. Eu e todas as outras meninas só temos a agradecer ao clube por nos proporcionar essa noite”, comenta a rainha de festas do clube, Giovanna Fighera.
Anderson Tambara, organizador e diretor do grupo Tambara Assessorial e Cerimonial, demonstra entusiasmo e com boas expectativas ao falar do trabalho realizado ao longo de 10 meses. “Começamos a pôr o projeto no papel no final do ano passado. De lá para cá, veio tudo dando certo. Todas as partes do evento, desde música, decoração, fotógrafos, estiveram do nosso lado para que esse evento seja tão bom quanto foi o do ano passado”, diz, “Esperamos, sim, que seja uma noite cheia de emoções”, completa.
A Assessoria de Comunicação Social do Clube Recreativo Dores espera cerca de 1,3 mil convidados, entre associados e não-associados. Para os não-sócios, os ingressos poderão ser adquiridos na secretaria de eventos do clube, no valor de R$ 50.
Texto: Kauan Costa
Produzido para a disciplina de Jornalismo I sob a orientação da professora Sione Gomes
O 14º Fórum de Comunicação da Universidade Franciscana ocorreu na última semana na instituição e contou com dezenas de acadêmicos dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda. Uma das falas mais esperadas foi a do apresentador Marcelo Coelho, do SBT RS, que ocorreu na noite de quinta-feira (16), no Salão Acústico, do prédio 14 da UFN.
Marcelo apresentou o tema “O olhar Diferenciado no Telejornalismo”, e abordou sua trajetória no telejornalismo e as implicações da profissão em tempos atuais. O apresentador, que iniciou sua carreira em Santa Maria, compartilhou experiências como repórter para redes CNT, RedeTV, Record e SBT.
A estudante Luísa Pedroso, do sexto semestre de Jornalismo, destacou a importância da questão humanitária no telejornalismo. “Não ter aquele padrão jornalista de antigamente, atrás da bancada, é uma forma de aproximar o público em tempo de mídias digitais. É um novo recurso, uma forma mais humanizada”, destaca.
Marcelo abordou a humanidade no jornalismo em contraponto ao momento em que se destaca a presença de conteúdos baseados em fake news. Para o jornalista, ‘’Tem que alcançar o conteúdo que é real nas pessoas, sentimento verdadeiro, a formação verdadeira, a verdade dos fatos. Tentar descobrir e fazer com que as pessoas busquem isso. Não se esconder, não se omitir.’’
A importância da palestra de Marcelo para os estudantes foi destacada pela professora Fabiana Pereira, do curso de Jornalismo. Para a professora, “a importância da fala de um profissional que está no mercado de trabalho está justamente no relato de experiência de quem vive a realidade prática da profissão do jornalista”. Fabiana também salienta a responsabilidade e sensibilidade que o repórter deve ter segundo o palestrante do Fórum de Comunicação.
Texto: Emanuely Guterres, Lavignea Witt e Nathalia Arantes
Para as disciplinas de Jornalismo I e Jornalismo Digital I
O fotojornalismo ganhou destaque na segunda noite do 14º Fórum de Comunicação, que ocorreu dia 15 de agosto, na Universidade Franciscana. Por meio de uma palestra com Márcia Foletto, premiada repórter fotográfica, foi possível discutir os desafios e as perspectivas neste ramo do jornalismo. O espaço teve grande importância no evento, pois os estudantes tiveram a oportunidade de conhecer um pouco sobre uma área do jornalismo que está em constante mudança em busca de renovação diante da ascensão das tecnologias de informação.
A repórter do jornal O Globo, que pode ser considerada uma das mais brilhantes fotojornalistas brasileiras, deu, em pouco mais de uma hora e trinta de palestra, um grande panorama sobre o caráter e a realidade da profissão ao decorrer dos anos em que já atuou, até chegar ao cenário atual do país. Logo após o término de sua fala, Márcia, em conversa com a Agência Central Sul, garantiu que acredita ser de extrema importância esse espaço cedido para o diálogo entre a academia e os profissionais já atuantes. Acreditando existir um intercâmbio entre as ideias novas vindas das cabeças dos estudantes e a experiência profissional de uma jornalista há anos no mercado, sendo esse compartilhamento algo que se demonstra importante para ambos os lados.
Para ela, o fotojornalismo vive atualmente em um novo momento. Com o surgimento de novas tecnologias, celulares e câmeras fotográficas ao alcance de todos, o fotógrafo de imprensa deixou de ser o único cabível de registrar momentos e deixá-los documentados. Todavia, agora encara um novo desafio, de produzir imagens que fujam do óbvio e que tragam consigo um maior significado e causem uma maior reflexão e beleza.
Quando o tema político-social, a gaúcha, traz em seu acervo uma vasta gama de produções com esse viés. Considerando imensuravelmente relevante e forte o papel atribuído à sua profissão para esses registros. “A imagem te coloca em lugares onde você não está”, ao analisar sua própria afirmação, Márcia conclui que esta é a importância do fotógrafo em levar as realidades diferentes ao conhecimento do grande público. Desse modo, encerra a sua participação no Fórum com uma contribuição relevante para os alunos e alunas que almejam desenvolver por meio da fotografia imagens que sensibilizem.
Texto: Denzel Valiente e Laura Antunes Gomes
Para as disciplinas de Jornalismo I e Jornalismo Digital I
A segunda temporada da série “febre” do momento estreou no dia 27 de outubro. Stranger Things, é uma produção original Netflix e está atualmente entre as séries mais assistidas e comentadas.
Segundo o site Cine Pop, após sua estréia, a série teve 7,2 milhões de interações nos primeiros três dias nas redes sociais. Cerca de 15,8 milhões viram o episódio de estréia da segunda temporada e 361 mil pessoas assistiram aos nove episódios no dia do lançamento. Diferente da 1ª temporada, o novo lançamento da série conta com 9 episódios inéditos, novos personagens e tem alcançado um público de em média 11 milhões na faixa de 18 a 49 anos.
A série, produzida pelos irmãos Matt e Ross Duffer, teve sua inspiração em inúmeros sucessos cinematográficos dos anos 1970 e 1980 como ET – Extraterrestre (1982); Os Goonies (1985); Chamas da vingança (1984); Contatos imediatos do terceiro grau (1977); Poltergeist (1982); Conta comigo (1982); Scanner, sua mente pode destruir (1981); Viagens Alucinantes (1980); A fúria (1978); O enigma de outro mundo (1982); Alien (1979).
Para Jean Paim, de 24 anos, acadêmico do curso de Jornalismo do Centro Universitário Franciscano, a inspiração nos filmes de 1980 foi o que cativou o público que é fã dos clássicos. “Confesso que quando terminei a primeira temporada, achei que não precisaria de uma segunda, pois muitas séries são ”estragadas” quando sofrem pressão do público para serem lançadas. Mas não foi o caso. Abriram novas visões de fatos que mereciam ser mais explorados, como o trabalho do diretor e autor em explorar as referências dos filmes de 1980. Essa foi a peça-chave para o sucesso da série.Muitas pessoas assistem porque gostam encontrar referências de clássicos do cinema.
Na segunda temporada, os eastereggs foram mais usados até mesmo na divulgação do filme que recria cartazes de clássicos da ficção. Para mim, a cena mais importante nesse sentido foi à referência ao filme E.T, na primeira temporada. ”, finaliza.
Artista de Stranger Things é barrado com posse de drogas em L.A
O artista Charlie Hampton, que interpreta Jonathan Byers na série, esteve ausente durante a premiere da segunda temporada por ter sido barrado no aeroporto de Los Angeles, no dia 28 de outubro, com rastros de cocaína em sua mala. O site Omelete divulgou o seguinte pedido de desculpa do artista para a revista people: “Minha viagem planejada aos Estados Unidos na semana passada foi afetada por um problema na imigração que estou trabalhando para resolvê-lo o mais rápido o possível. Quero esclarecer que não fui preso ou acusado de crime algum, e cooperei por completo com os policiais no aeroporto de Los Angeles. Peço desculpas para os fãs e minha família de Stranger Things por ter perdido a premiere. Estamos muito orgulhosos dessa temporada e não gostaria que essa história impactasse negativamente o programa“.
A adultização de Millie Bobby Brown e o real sentido por trás das câmeras
Após aparecer maquiada, com vestido de couro, e sapato de salto na premiere da segunda temporada da série, a atriz Millie Bobby Brown foi assunto em muitos sites. O assunto repercutiu devido à atriz aparentar um estilo mais “adulta”, diferente do ano anterior.
Em entrevista para a revistapontocom, a autora da tese de doutorado “Relações dialógicas em revista infantil: o processo de adultização de meninas”, Cristiane Ferreguetti, explica o interesse por trás da publicidade: “A adultização precoce da menina é construída discursivamente e pode ser observada pelos modelos adultos apresentados como referência de como a menina deve se vestir, maquiar, pentear e do modo como ela deve agir e ser, a fim de promover e incentivar o consumo de produtos normalmente desnecessários para uma criança. Adultizar uma criança significa inseri-la precocemente no mundo adulto”.
Segundo a pesquisadora, a adultização pode ocorrer a partir da introdução da criança no mercado de trabalho, como no início da industrialização, ou pelo consumismo, como o uso de maquiagem e sandálias de salto alto. “Para a indústria e o comércio, isso é muito bom, no sentido em que uma criança que vive sua infância com comportamento de criança consome muito menos do que uma criança adultizada. E, sim, existe uma banalização deste comportamento no sentido que a sociedade passa a aceitar isso como normal e adequado”, argumenta.
Diante da exposição sofrida por crianças e adolescentes, o Ministério Público abriu inquérito em 2015 com a investigação “violação ao direito ao respeito e à dignidade de crianças/adolescentes” no Brasil, cujo alvo eram cantores de funk mirins e adolescentes como Mc Melody, MCs Princesa e Plebéia, MC 2K, Mc Bin Laden, Mc Brinquedo e Mc Pikachu que cantavam e produziam músicas de conteúdo erótico.
Por trás desta aceleração está a mídia. Seja pela publicidade, como propagandas de maquiagens e sapatos, ou com músicas de conteúdos sensuais ou programas de televisão, onde as próprias crianças apresentam e são lançadas ao mundo da fama. É necessário compreender que as crianças e adolescentes não pensam, nem falam como adultos, e incitá-las a isto seria prejudicial a sua saúde emocional no futuro.
Mariana Tabarelli
Disciplina: Jornalismo Digital 1
Professor: Maurício Dias