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Manchete

Uma feira de encontros

A Agência Central Sul está publicando um especial sobre a Feira do Livro, que ocorreu de 22 de agosto a 6 de setembro de 2025 em Santa Maria.

O futebol não é só para eles

Ser homem no futebol é fácil. Eles são maioria nas arquibancadas, nos bastidores, na imprensa e, principalmente, nas posições de poder. Mas o esporte não é exclusivo para eles.

Servidores Municipais paralisam atividades

Na última terça-feira, 1º de abril, os servidores públicos de Santa Maria realizaram uma manifestação em prol de seus direitos. A paralisação começou às 9h na Praça Saldanha Marinho e seguiu em caminhada à Prefeitura Municipal,

Integrantes do projeto Ler Mulheres posam para foto ao lado do ator Rafa Sieg. Imagem: Divulgação

A Agência Central Sul está publicando um especial sobre a Feira do Livro, que ocorreu de 22 de agosto a 6 de setembro de 2025 em Santa Maria

No Theatro Treze de Maio, um grupo de estudantes e professores se fez presente para mais uma apresentação do Livro Livre da Feira do Livro de Santa Maria. Trata-se do projeto Ler Mulheres, um clube de leitura do Instituto Federal Farroupilha de São Vicente do Sul (IFFAR), criado para valorizar autoras e vozes femininas por meio de debates e trocas de experiências. Eles estavam em um dia de excursão pela cultura da cidade de Santa Maria e, além da feira, visitaram o Museu de Artes de Santa Maria (MASM).

Na última parada da viagem, o grupo comtemplou as memórias de Erico Verissimo, narradas num monólogo pelo ator Rafa Sieg, que interpretou os dramas familiares vividos pelo escritor gaúcho. O espetáculo contou com muitos efeitos sonoros e uma luz intimista, fazendo com que quem ali estava embarcasse de forma imersiva na história.

Para quem já conhecia a obra e o autor, vivenciar o espetáculo foi especial, caso da estudante Eduarda Silveira Moreira, que faz parte do clube de leitura e tem uma ligação especial com Erico: “Minha irmã morava em Cruz Alta, então não tem como ir à cidade natal de Erico Verissimo e não conhecer a vida e obra dele. A peça foi muito tocante, a parte sonora foi impecável e a atuação da mesma forma. O Rafa Sieg realmente se tornou o Erico Veríssimo.”

A noite abriu oportunidades também a novos admiradores do escritor gaúcho e do ator que representou a obra, pois as cenas retrataram não só uma realidade distante, mas comum em muitos lares do país. A estudante e participante do Ler Mulheres, Manoela Alves Coimbra, muito emocionada, relatou: “Chorei com a obra, todos os sentimentos expostos, foram feitos de uma maneira muito viva e real, senti como se eu fosse aquela criança, vendo a separação dos pais e tendo a obrigação de escolher um lado.”

Com o final do espetáculo, Rafe Sieg encerrou a apresentação emocionado sob aplausos, numa edição da Feira do Livro que homenageia os 120 anos de nascimento de Erico Verissimo.

Matéria produzida pelo aluno Cristhian Braga na disciplina de Produção da Notícia do curso de Jornalismo, sob orientação da professora Neli Mombelli.

Cada livro achado era um reencontro com a memória. Imagem: Arquivo Prefeitura.

A Agência Central Sul está publicando um especial sobre a Feira do Livro, que ocorreu de 22 de agosto a 6 de setembro de 2025 em Santa Maria.

A feira do livro de Santa Maria, que encerrou no último dia 06/09, além de ser um lugar de compra e troca de livros, se tornou um local de convívio social muito importante para a comunidade. Entre os grupos que circularam pelo espaço estavam grupos com mais de 60 anos que compartilharam experiências e trocaram indicações de leituras que marcaram a sua época.

Ao aproximarem-se das bancas, que costumam exibir os lançamentos como primeira opção, as mãos e olhos atentos buscavam principalmente livros como biografias e romances de época, títulos que raramente estavam expostos nas áreas mais visíveis das barracas. Quase nunca estavam sozinhos, geralmente vinham com amigos ou familiares, transformando a escolha de cada livro em longas conversas sobre histórias, memórias e experiências de vida.

Alguns contavam a história de quando leram aquele livro pela primeira vez, outros puxavam papo sobre quando tinham vindo pela última vez na feira e o que mudou desde então, perguntavam para os vendedores o que as novas gerações buscavam e se ainda liam como antigamente. A resposta? Os vendedores sorriam e comentavam que há uma busca por uma literatura diversificada.  

Um grupo de senhoras comentou com um dos vendedores que o estilo de literatura que mais chamava atenção delas era a literatura regional, e que mesmo que a Feira fosse em homenagem ao escritor gaúcho, Érico Veríssimo, sentiam que os jovens não davam a digna atenção para esse tipo de leitura, o que as deixava um tanto tristes. 

Quando finalmente achavam um livro do seu gosto, pulavam de alegria como se tivessem achado ouro, e assim puxavam assunto com outras pessoas que também procuravam algo especial. Porque a feira também é sobre garimpar, além, é claro, de fortalecer os encontros.

Matéria produzida por Maria Valenthine Fioravante Feistauer na disciplina de Produção da Notícia do curso de Jornalismo, sob orientação da professora Neli Mombelli.

Público pelas bancas da Feira do Livro. Foto: Eduarda Amorin

A Agência Central Sul está publicando um especial sobre a Feira do Livro, que ocorreu de 22 de agosto a 6 de setembro de 2025 em Santa Maria.

A 52ª Feira do Livro de Santa Maria ocorreu entre os dias 22 de agosto e 6 de setembro e deixou sua marca na vida de quem passou pelas bancas na Praça Saldanha Marinho. Porém, entre tantos espetáculos, debates e lançamentos, algo foi deixado para trás: o planejamento prévio para que determinadas necessidades do público fossem atendidas.

A Feira do Livro não acomodou um espaço próprio para a alimentação de grupos grandes de pessoas. Escolas levaram turmas de 30 alunos ou mais para assistir aos espetáculos infantis e para circular pelas bancas. Depois de um itinerário cansativo, as crianças, com fome, não tinham local apropriado para se alimentar. Os bancos da Praça Saldanha Marinho se tornam insuficientes para acomodar turmas numerosas, que necessitavam estar juntas.

Além disso, não havia o suporte necessário para a alimentação de pessoas com deficiência. A falta de mesas para o consumo de alimentos no espaço da feira dificultou a permanência de quem precisava realizar suas refeições no local. Para se alimentar, os visitantes tinham como alternativa deslocar-se até estabelecimentos comerciais próximos da praça.

Ao entrar em contato com a Secretaria de Cultura, a reportagem obteve a seguinte resposta: “A Prefeitura, por meio da Secretaria de Cultura, informa que o assunto será resolvido com a comissão que organiza a Feira do Livro.”

Matéria produzida por Eduarda Amorin na disciplina de Produção da Notícia do curso de Jornalismo, sob orientação da professora Neli Mombelli.

Ser homem no futebol é fácil. Eles são maioria nas arquibancadas, nos bastidores, na imprensa e, principalmente, nas posições de poder. Mas o esporte não é exclusivo para eles.

A declaração machista de Ramón Díaz em coletiva gera um debate sobre preconceito e desvalorização do futebol feminino no Brasil. Imagem: Reprodução/Globo Esporte

Recentemente, uma fala machista vinda de uma figura de liderança dentro do Sport Club Internacional escancarou uma realidade que muitos insistem em ignorar: o futebol brasileiro ainda é um ambiente profundamente desigual e resistente à presença feminina. E o mais doloroso é ver esse tipo de postura partindo de um clube que trabalha com um time feminino potente.

O problema não é pontual. Ele reflete uma cultura que atravessa décadas e se mostra tanto na forma como jogadoras são tratadas, nas oportunidades oferecidas dentro das redações esportivas ou nas falas em que tentam nos colocar “no nosso lugar”. 

A fala recente de Ramón Díaz não é um caso isolado. Durante sua passagem pelo Vasco da Gama, em 2024, o técnico já havia se envolvido em uma polêmica semelhante ao questionar a presença de uma mulher no comando do VAR, afirmando que “me parece complicado que no VAR quem tenha que decidir seja uma mulher”. 

Agora, no Internacional, ele volta a reproduzir o mesmo tipo de discurso machista ao dizer que “o futebol é para homens, não para meninas”. As duas declarações, separadas por pouco mais de um ano, reforçam que o problema não está apenas nas palavras, mas na mentalidade enraizada em grande parte do meio esportivo, um ambiente que ainda insiste em tratar a presença feminina como exceção.

E não, não se trata de “criar crise”. O próprio clube já se encarrega disso, enquanto luta contra o segundo rebaixamento. O que está em debate é algo muito mais essencial: o direito das mulheres de pertencerem a esse espaço, seja como torcedoras, jornalistas, atletas ou dirigentes.

Quando o técnico de um clube do tamanho do Internacional reproduz discursos machistas, ele não fala só por si, ele reafirma estruturas de poder que afastam e silenciam mulheres há gerações. O Inter, que carrega em sua história o lema de “Clube do Povo”, precisa entender que o povo também é feminino.

O futebol é paixão, é cultura, é identidade. Mas enquanto continuar sendo um território hostil para as mulheres, seguirá sendo também um espelho das desigualdades que ainda marcam a nossa sociedade. E o maior erro é fingir que isso é normal.

A luta das mulheres por espaço no futebol não é recente, mas cada novo episódio de machismo expõe o quanto temos que avançar. Mesmo com o crescimento das competições femininas, da presença de jornalistas mulheres nas coberturas e das torcidas organizadas por elas, existe resistência em reconhecer o papel feminino como essencial ao esporte.

Ramón Díaz não mancha apenas a própria imagem, mas também a do clube que representa. Quando um técnico assume um cargo de liderança, ele se torna uma voz institucional, e suas palavras refletem diretamente nos valores e na reputação da equipe. A fala de Díaz retrocede séculos de exclusão, tempo esse que já proibiu mulheres de jogar, de narrar, de apitar e até de torcer livremente. Mas o futebol como espaço de paixão e representatividade, não pode ser palco para retrocessos.

   Santa Maria celebra, nesta semana, o centenário do Art Déco no mundo, já que o movimento também marca a história da cidade. São diversas edificações, mas a presença do Art Déco é mais perceptível para quem anda pela Avenida Rio Branco, que possui  diversos exemplares em sequência.
  Um deles é a Casa Darling, tema do documentário homônimo que será lançado amanhã, (25/04), a partir das 19h no Lab Criativo da Vila Belga, e integra a programação 100 anos Art Déco Santa Maria no Mundo.
  Dirigido por Petrius Dias, acadêmico de Jornalismo, e Larissa Lima Schmidt, aluna do curso de Arquitetura e Urbanismo, o filme retrata a história da casa 176, onde viveu a família de Ana Prates. O documentário é uma produção conjunta do Laboratório de Produção Audiovisual – LabSeis, do curso de Jornalismo, com a disciplina de Ateliê de Projetos Integrados III, do curso de Arquitetura e Urbanismo, que elabora propostas de intervenção em prédios pré-existentes. E, para isso, o primeiro passo é fazer uma pesquisa para compreender o contexto histórico e a arquitetura original do espaço. Assim nasce o documentário Casa Darling.     
Antes da exibição do filme, haverá uma apresentação do arquiteto e professor Luiz Gonzaga Binato de Almeida sobre Retrato e Memórias do Art Déco.

Sinopse
 Uma casa é o local em que se habitam pessoas, sonhos, histórias e, por que não, a História?! Casa Darling é uma desses locais que, além de ser herança de família, também é herança de um período histórico de Santa Maria: o Art Déco.

O que: Lançamento documentário Casa Darling
Quando: Sexta-feira, 25/04/2025, às 19h
Onde: Lab Criativo – rua Manoel Ribas, 2038, Vila Belga

  • Texto e imagem Neli Mombelli
Servidores Públicos de Santa Maria nas manifestações de 1º de Abril. Imagem: Redes socias/Sinprosm.

Na última terça-feira, 1º de abril, os servidores públicos de Santa Maria realizaram uma manifestação em prol de seus direitos. A paralisação começou às 9h na Praça Saldanha Marinho e seguiu em caminhada à Prefeitura Municipal, na rua Venâncio Aires. Pela tarde, os manifestantes se concentraram em frente a Câmara de Vereadores. Após o Sindicato dos Professores Municipais solicitar que os vereadores se encaminhassem para a frente da Câmara, os municipários puderam ter suas vozes ouvidas e pedir por seus direitos.

Em discurso, Marta Hammel, Coordenadora de Finanças do Sinprosm (Sindicato dos Professores Municipais de Santa Maria) afirmou que: “Pensamos que nesse momento em que se discute reforma previdenciária, a gente pense na contramão do que vem ocorrendo, que a gente possa sim garantir direitos de servidores e professores municipais”. Em resposta, o Presidente da Câmara de Vereadores Admar Pozzobom destacou que não há projeto pronto referente a reforma da previdência e prometeu diálogo.

A guarda municipal estima que entre 800 a 1000 pessoas tenham participado do movimento entre manhã e tarde, dentre elas, professores, servidores públicos e apoiadores.

Confira mais informações na matéria do Laboratório de Produção Audiovisual do curso de Jornalismo da UFN.

Colaboração: acadêmica de Jornalismo Maria Valenthine Feistauer

A 11ª edição da Mostra Integrada de Produções Audiovisuais (MIPA) da UFN traz o tema: “O que nos move?”, convidando todos a refletirem sobre o que inspira e impulsiona a criação e a produção audiovisual, conectando as ideias e os sentimentos que nos motivam no dia a dia. O evento ocorre no dia 11 de dezembro, às 20h, no pátio do prédio 14, no Conjunto III da UFN. A entrada é aberta ao público.

Organizada pelo LabSeis, o Laboratório de Produção Audiovisual dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda, a MIPA tem o objetivo de incentivar a produção e o compartilhamento das criações audiovisuais dos alunos da universidade. Ao longo dos anos, a Mostra tem se tornado um espaço importante para os estudantes exporem seus trabalhos.

PERÍODO DE INSCRIÇÃO:

As inscrições para a 11ª MIPA estão abertas até o dia 29 de novembro de 2024. Qualquer estudante ou egresso da UFN pode participar, desde que o audiovisual tenha sido produzido no âmbito de alguma disciplina ou laboratório da instituição a partir de 2023. Os interessados devem inscrever seus trabalhos em uma das seguintes categorias do edital:

  • Ficção
  • Documentário
  • Crônica Audiovisual
  • Experimental
  • Videoclipe
  • Animação

As inscrições podem ser feitas por meio de um formulário disponível no site da Mostra. O limite máximo de duração das obras é de 20 minutos. Para mais detalhes sobre critérios de avaliação e seleção, acesse o edital no site oficial da MIPA.

Os trabalhos selecionados serão divulgados no dia 6 de dezembro, pelo Instagram @lab_seis e pelo site www.labseis.ufn.edu.br.

A MIPA se destaca por ser um espaço de troca entre os alunos dos cursos de comunicação da UFN e também entre o público. Ela dá a chance para os estudantes experimentarem e apresentarem diferentes formatos de audiovisual, além de ser uma oportunidade para o público conhecer a produção dos futuros profissionais da área.

Maria Eduarda Rossato, estudante de Jornalismo da UFN e diretora do curta-metragem “Desejo errado”, que será exibido na 11ª MIPA, destacou sobre a experiência de criação do filme. “A gente se preocupou muito com os detalhes na hora de criar o curta. Antes e durante as gravações, a equipe se reunia para planejar os cenários, os objetos, as falas, e até os movimentos de câmera. A gente queria que tudo fosse bem pensado, para não deixar nada passar batido”, conta a acadêmica. Para ela, essa atenção aos detalhes fez toda a diferença para o resultado final.

No entanto, como em qualquer trabalho coletivo, o processo não foi sem desafios. “O maior desafio foi ouvir as opiniões dos colegas e saber escolher o que fazia sentido. Tinha muita ideia boa, mas era preciso filtrar o que realmente funcionava para o projeto. Decidir sozinho pode ser difícil, mas também é importante tomar essas decisões”, explica a diretora.

Os primeiros alunos a deixarem as salas foram os candidatos que realizaram a prova de redação. Imagem: Karuliny Boer/Labfem

Os primeiros candidatos do Vestibular de Verão da UFN começaram a deixar as salas por volta das 15h30. A prova de redação foi aplicada aos cursos de graduação, com duração de 2 horas. Já para o curso de Medicina os estudantes fizeram uma prova com 50 questões mais a Redação, e tiveram 4 horas para concluir a prova. Dois candidatos do curso de Medicina chegaram atrasados e não puderam realizar a prova. O índice de abstenção foi de 11,62%, dentro da média da instituição: 7,5% em Medicina, 15,1% nos demais cursos. Apesar dos contratempos, o processo transcorreu de forma tranquila, sem incidentes. A organização do exame foi elogiada pelos candidatos, que destacaram a clareza nas orientações e o ambiente silencioso, propício para o bom desempenho.

A expectativa agora é que os resultados sejam divulgados dentro do prazo estipulado pela instituição, dia 29 de novembro, próxima sexta-feira. O tema da prova de Medicina deste ano foi “Como as redes sociais e a conectividade constante influenciam a saúde mental dos jovens na era digital”. Já para os demais cursos de graduação o tema proposto foi “Como a inteligência artificial está impactando e transformando o mercado de trabalho”.

Ana Júlia, 17 anos, relatou que o tema da redação foi dentro das suas expectativas. “Achei o tema bom, pois já havia treinado bastante com inteligência artificial, então foi tranquilo para mim”, afirmou. Sobre a preparação, ela destacou que o estudo focado em temas relacionados à tecnologia ajudou a facilitar a escrita. Natural de São Sepé, Ana mora atualmente em Santa Mara, cidade que tem se mostrado um ponto de apoio na jornada acadêmica. O clima de tranquilidade e confiança foi evidente ao longo da conversa, com a jovem revelando que estava bem preparada para o desafio.

O candidato Mateus Ferreira, natural de Alegrete, comentou sobre sua experiência no exame, destacando a facilidade com que lidou com o tema. “Foi bem tranquilo, na verdade”, afirmou, referindo-se ao tópico sobre Inteligência Artificial e o mercado de trabalho, uma questão que tem ganhado relevância nos debates contemporâneos. Segundo Mateus, a familiaridade com o tema, que está em alta, facilitou a elaboração da redação. “É um tema bastante do cotidiano, então é difícil não encontrar algo no repertório para escrever”, completou.