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Alunos são protagonistas na imersão em Profissões do Futuro. Foto: Luíza Maicá/Assecom

A partir do primeiro semestre de 2026, a Universidade Franciscana contará com dois cursos novos: Comunicação Digital e Inteligência Artificial e Ciência de Dados. Eles foram integrados no catálogo da universidade pensando na transformação do mercado de trabalho, principalmente pelo uso cada vez maior da tecnologia. 

Para apresentar os novos cursos, foi criado o projeto “Imersão em Profissões do Futuro”, em que os alunos inscritos puderam conhecer de perto os cursos ofertados, interagindo em primeiro plano com a tecnologia e a comunicação. 

O projeto ocorreu na última quinta-feira, 23 de outubro, no parque tecnológico da UFN. Os alunos participaram da campanha “Colecione o Futuro Sustentável da Coca-Cola”. O objetivo era criar uma campanha digital para a empresa, divulgando uma nova ação de sustentabilidade: personagens em 3D que só podem ser colecionados quando o consumidor entrega um número específico de embalagens recicláveis. A campanha foi criada do zero: desde os personagens, até um reels para o Instagram feito por IA. Após a finalização do projeto, os participantes puderam levar para casa suas criações, como um presente do dia.

Andressa Tomasi, estudante de administração da UFN, explica porque se inscreveu para a imersão: “Me chamou a atenção por ser um tema muito atual. Está sendo uma experiência ótima e eu vou considerar muito fazer esse curso porque tem tudo a ver com o que a gente está vivendo hoje em dia. Eu acho que as pessoas devem buscar aprender mais sobre isso para que a gente evolua muito mais nessas áreas.”

Miniaturas em 3D foram prodzidas pelos inscritos. Foto: Luíza Maicá/Assecom

O professor de Comunicação Digital, Iuri Lammel, explica o que motivou a criação do curso: “A gente foi percebendo que, nos últimos anos, muitos alunos de jornalismo e de publicidade demonstram seu interesse em produções que não são puramente dessas áreas, são produções mais do mundo do digital, desde podcasts, marketing digital, aplicativos, ser influencer… Então a gente percebeu uma possibilidade de criar um curso também da comunicação, entretanto, focado no digital.”

Sobre o mercado de trabalho do curso, o professor comenta: “esses novos cursos tem duas características: uma é o fato de termos disciplinas focadas no mundo do trabalho. Então, todo semestre vai ter pelo menos uma disciplina onde o foco é desenvolver habilidades para o mundo do trabalho, desde liderança, oratória, disciplinas relacionadas a empreendedorismo na área do curso, etc.. Outra coisa também interessante dos cursos é que todos os semestres têm projeto integrado, obrigatório, onde os alunos precisam integrar todas as disciplinas do semestre para desenvolver produto real, produto que deve solucionar demandas da sociedade de Santa Maria.”

Mirkos Martins, coordenador do curso de Inteligência Artificial e Ciência de Dados, explica que o curso surgiu em resposta à alta demanda por profissionais nessas áreas e à identificação de que as ofertas existentes não atendiam a essa necessidade. A proposta é formar profissionais com um perfil mais técnico e prático, que possam se inserir diretamente no mercado de trabalho. O curso tem cinco áreas principais de atuação: saúde, agro, finanças, academia e empreendedorismo, mas a formação é ampla e não se limita a essas áreas. Os profissionais formados terão habilidades valorizadas tanto localmente quanto fora do estado, dado o crescente interesse por esses especialistas.

Ele também aborda a questão do medo relacionado à inteligência artificial que as pessoas podem ter: “Existe uma parcela grande da população que tem medo da inteligência artificial, mas ao invés de temer, devemos enxergar essa tecnologia como uma aliada. (…) Quem tem uma curiosidade em relação à tecnologia e quer fazer essa capacitação, com certeza vai estar um passo à frente daqueles que não tem, pois terão conhecimentos que serão requisitados pelo mercado de trabalho.”

As inscrições para o Vestibular de Verão 2026 ficam abertas até 10 de novembro, oferecendo aos futuros alunos a oportunidade de ingressar nas áreas mais promissoras do mercado.

Criança acompanhada de familiar observa livros de banca. Imagem: Cristhian Braga
  • A Agência Central Sul está publicando um especial sobre a Feira do Livro, que ocorreu de 22 de agosto a 6 de setembro de 2025 em Santa Maria.

Andar por uma feira do livro é adentrar num mundo de possibilidades de observação da vida transcorrendo. Uma cena muito comum na feira do livro de Santa Maria, que encerrou no último dia 06/09, era de país e filhos juntos, explorando e descobrindo livros em frente às bancas. Outros públicos também podiam ser testemunhados, porém é inegável a massiva presença familiar na feira do livro.

Nem mesmo o vento forte presente em diversos dias do evento deixou de levar as crianças e adolescentes acompanhados de familiares até a praça central da cidade. A cada apontar de dedos das crianças, uma parada para observar um estande. E ali, por vezes, não se via necessariamente a aquisição de um título, mas um encantamento com a leitura florescendo.

Paulo Juner é escritor e estava no espaço dedicado a editora Memoriabilia, que vende livros de autores locais e da região. Ele foi categórico: “Acredito que a leitura impressa não diminuiu, muito por conta da família. Os familiares trazem os filhos, mostram os livros, eles tocam, veem as capas diferentes e se encantam, por isso a leitura continuará viva.”

A continuidade do hábito de ler é importante não só para a economia da cidade, é também a chave para que novas edições da Feira do Livro e vivências literárias ocorram. Na mesma esteira está a formação da identidade de um local e das pessoas que vivem nesse espaço, que também podem ser fortalecidas pela leitura de autores da região, que como defende Juner, é um elemento importante para o fortalecimento da cultura local.

  • Matéria produzida por Cristhian Braga Barros na disciplina de Produção da Notícia do curso de Jornalismo, sob orientação da professora Neli Mombelli.
Foto do livro “Viajes de Gulliver-Jonathan Swift” . Imagem: Bruno Conrado.

A Feira do Livro de Santa Maria se consolida, a cada edição, não apenas como um ponto de encontro para a literatura nacional, mas como uma janela para o mundo. Em meio a milhares de títulos em português, um espaço cada vez mais significativo é ocupado por obras em diversos idiomas, revelando um público ávido por explorar culturas e narrativas além das fronteiras linguísticas.

Nas bancas, é possível encontrar uma variedade de obras em inglês, espanhol, russo francês, italiano e alemão. Esses livros não se limitam a clássicos da literatura, como as obras de William Shakespeare ou Miguel de Cervantes, mas incluem também lançamentos contemporâneos, romances, livros de culinária e até mesmo títulos infantis. Essa diversidade reflete a crescente globalização e o interesse dos leitores em ter acesso a textos em sua forma original, capturando nuances e expressões que muitas vezes se perdem nas traduções.

O público que busca por esses livros é tão plural quanto as obras oferecidas. Estudantes de línguas estrangeiras, que veem nos livros uma ferramenta valiosa para aprimorar o vocabulário e a fluência, convivem com leitores que buscam a experiência autêntica de ler um autor em sua língua nativa. Além disso, a presença de imigrantes e estrangeiros residentes na cidade também impulsiona a demanda por livros que os conectam com suas culturas de origem.

A presença de livros em outros idiomas na Feira do Livro de Santa Maria é um termômetro do dinamismo cultural da cidade. Demonstra um público não apenas receptivo, mas proativo na busca por novas experiências literárias. Para as livrarias e expositores, é um desafio e uma oportunidade de diversificar seus catálogos e atender a essa demanda crescente.

  • Matéria produzida por Alef Henrique Petry Vieira na disciplina de Produção da Notícia do curso de Jornalismo, sob orientação da professora Neli Mombelli.

“Não esperem que estas memórias formem um documento histórico”, adverte Erico Verissimo no prefácio do livro “Solo de Clarineta”. “Elas não têm a intenção de fazer nenhum perfil de minha época ou dos meus contemporâneos. É antes um livro sincero, que dedico especialmente àqueles que me têm lido durante todos esses anos.”

Atuação de Rafa Sieg envolve o público. Imagem: Ronald Mendes
  • A Agência Central Sul está publicando um especial sobre a Feira do Livro, que ocorreu de 22 de agosto a 6 de setembro de 2025 em Santa Maria.

O espetáculo “Erico: Solo de Clarineta (Primeiro Movimento)”, ocorreu no dia 2 de setembro no Theatro Treze de Maio, e encantou os espectadores que presenciaram a interpretação emocionante de Rafa Sieg, que deu vida à Erico Verissimo. Durante uma hora, o público ficou absorto na atuação, conhecendo a infância e os acontecimentos marcantes da trajetória do escritor gaúcho a partir de sua própria perspectiva.

O livro traz reflexões do escritor sobre sua jornada, com detalhes sobre a infância até a vida adulta. Entre os momentos estão a crise econômica da família, o rompimento do casamento de seus pais e os pensamentos que nunca era capaz de externar por conta da timidez.

Com produção da Companhia de Teatro Íntimo e direção de Renato Farias, as frases escritas na obra se transformaram em falas e movimentos, e os pensamentos de Erico foram expostos pelo ator de maneira artística e sensível.

Rafa, ao ser questionado sobre a responsabilidade de interpretar Erico Verissimo, explica que é uma necessidade não deixar ele cair no esquecimento: “É necessário que nomes como o Erico sejam lembrados pelas gerações futuras.” Ele também destaca que é importante exaltar nomes que quebrem o pensamento de que a literatura nacional só é feita em São Paulo e Rio de Janeiro: “A literatura do Brasil é muito mais que isso.”

O monólogo foi um dos espetáculos apresentados no Livro Livre, e teve uma grande relação com o tema da Feira do Livro deste ano: os 120 anos do nascimento de Erico Verissimo. Para os espectadores que não eram familiarizados com a história do escritor, a adaptação da sua autobiografia funcionou como uma introdução ao seu percurso de vida e obra.

Rafa Sieg, natural de Panambi, encontrou identificação nas obras do cruz- altense Erico Verissimo, não apenas pela aproximação geográfica, mas também pelos sentimentos explorados nos livros. “Eu tenho 46 anos, e há muito tempo venho buscando algo com que eu possa falar com o coração. Ser atravessado por essa história e por toda a obra do Erico está sendo como um oxigênio na minha vida.”, declara Sieg ao final do monólogo, emocionado.

O monólogo, que teve sua estreia em Santa Maria, está passando por uma fase de captação de recursos. A produção planeja levar o espetáculo à outras cidades, como Panambi, Cruz Alta, e futuramente, até ao Nordeste.

  • Matéria produzida na disciplina de Produção da Notícia do curso de Jornalismo, sob orientação da professora Neli Mombelli.
O SEPE contou com painéis das diversas áreas de conhecimento. Imagem: Inácio Boelter/Labfem

Dos dias 20 a 22 de outubro de 2025 ocorreu na Universidade Franciscana o 29° Simpósio de Ensino, Pesquisa e Extensão (SEPE) com o tema Presente e futuro: uso consciente da Inteligência Artificial. O propósito do SEPE é apresentar trabalhos desenvolvidos no Ensino, na Pesquisa e na Extensão, tanto acadêmico quanto comunitário, compartilhando conhecimentos, experiências e ideias entre pesquisadores e estudantes da UFN e de outras instituições.

Na segunda-feira, a abertura do evento contou com uma atração cultural do Coral da UFN e a apresentação do Programa Egressos – Alumni/UFN. Este programa homenageia acadêmicos que construíram trajetórias de destaque na Universidade Franciscana e em suas carreiras profissionais. Entre os agraciados, está a jornalista da RBS TV de Porto Alegre, Fabiana Lemos, que recebeu a homenagem das mãos da reitora Irani Rúpulo.

Além disso, durante o primeiro dia de evento também tiveram premiações dos bolsistas de Iniciação Científica com o objetivo de inserir estudantes ainda no ensino médio em projetos e grupos de pesquisa da Universidade Franciscana, assim como painéis e palestras. A professora Dra. Eliane Schlemmer da UNISINOS falou sobre Futuros Cointeligentes e Hiperinteligentes.

Já na terça- feira, ocorreu palestra sobre Inteligência Artificial, Big Data e Análise Predetiva em Saúde com o professor Dr. Alexandre Dias Porto Chiavegatto Filho da USP ( Universidade de São Paulo). A programação contou também com a fala do professor da Universidade Católica de Moçambique, Dr. Celestino Joanguete, que tratou sobre O Uso de Inteligência Artificial Generativa e o Risco de Sedentarismo Cognitivo.

No terceiro e último dia de Simpósio, o Uso de Inteligência Artificial em Processos e em Decisões Judiciais foi tema da palestra do  professor Dr. Darci Guimarães Ribeiro da PUCRS. O evento encerrou com uma edição do Fé e Café especial com o tema A Inteligência Artificial é uma divindade? e uma palestra sobre Inteligência Artificial e o Futuro da Educação com o professor e Dr. Léo Peruzzo Júnior da PUCPR.

Durante os três dias de evento, foram realizadas sessões de apresentação de pôsteres no Hall do Prédio 15, no conjunto III da instituição.

Michélli Silveira é acadêmica de Jornalismo e apresentou o projeto de extensão Nave de Histórias. Imagem: Inácio Boelter/Labfem

Para a acadêmica de Jornalismo Michélli Silveira que apresentou o projeto Nave de Histórias: Literatura em formato de podcast na Feira do Livro de Santa Maria: “A experiência foi bem bacana, achei interessante ver a quantidade de trabalhos que os acadêmicos fazem que, pela correria do cotidiano, não temos tempo de conhecer.” A universitária do sexto semestre revela que estava nervosa com a apresentação mas que foi ótimo falar de um projeto que participou desde o inicio ” Participar do SEPE agrega muito na minha jornada por ter a experiência de estar ali, que é uma mostra das produções de todos os cursos, e ver que pode se criar todo o tipo de produto, então existem tantas possibilidades que nos levam a pensar o que mais pode ser feito no nosso curso.”

Veja mais sobre o projeto Nave de Histórias.

Crianças tiveram várias opções na programação da Feira do Livro de Santa Maria. Imagem: Labfem
  • A Agência Central Sul está publicando um especial sobre a Feira do Livro, que ocorreu de 22 de agosto a 6 de setembro de 2025 em Santa Maria.

Quais são os momentos que garantem os direitos das crianças?  A resposta é mais simples do que se possa imaginar. Eles estão assegurados na brincadeira, no contato com a natureza, na alimentação saudável, no afeto e na expressão cultural.

O brilho nos olhos de mais de 15 crianças da Escola Municipal Educação Infantil (EMEI) Criança Cidadã, que estavam em uma videoinstalação no Espaço Infantil da Feira do Livro, encantou quem observava a atividade na sexta-feira, 29 de agosto. Os vídeos reuniam registros audiovisuais do cotidiano de escolas municipais. Ao se verem no vídeo de um minuto, as crianças vibravam. A emoção não ficou restrita aos pequenos: pais, familiares e representantes das instituições participantes também se comoveram.

A diretora da escola, Priscila Barbosa, destacou o grande significado da participação da instituição na Feira do Livro, evento que reúne importantes nomes do cenário literário. Para uma escola com menos de um ano de funcionamento, estar presente em uma feira desse porte representa uma conquista imensa e um passo importante no fortalecimento da educação e cultura. “A participação da escola no evento não só reforça o compromisso com a formação de seus alunos, mas também marca o início de uma trajetória de valorização da leitura e do conhecimento. A presença na Feira do Livro é um marco que será lembrado como um momento especial na história da escola.”, ressalta Priscila.

A proposta do vídeo teve o apoio do Núcleo de Tecnologia Educacional Municipal (NTEM) que realizou uma oficina de vídeos voltada para o apoio e incentivo às produções audiovisuais nas escolas . A Semana Municipal da Educação Infantil, promovida de 22 a 29 de agosto no espaço da feira, teve como tema central “Infâncias em Movimento: Direitos das Crianças”. Durante a oficina, educadores, alunos e profissionais da área puderam explorar as ferramentas digitais e técnicas de produção de vídeos, com o intuito de criar conteúdo que promova a reflexão sobre os direitos das crianças e a importância da infância no desenvolvimento humano.

Foto – 2 Almofada feita pelas crianças da escola Criança Cidadã

Além dos vídeos, as escolas também confeccionaram almofadas criativas e sustentáveis, feitas preferencialmente com materiais reaproveitados, que faziam parte do ambiente da exposição. Esses elementos proporcionaram uma experiência sensorial e acolhedora ao público, reforçando a ideia de aconchego e protagonismo infantil. Além da Feira do Livro, a exposição também foi montada no Centro de Educação da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e no Museu de Arte de Santa Maria (MASM).

Matéria produzida por Pedro Barbosa Ossanes na disciplina de Produção da Notícia do curso de Jornalismo, sob orientação da professora Neli Mombelli.

Nave de Histórias teve formação de filas para escutar áudios de autores locais. Imagem: Neli Mombelli
  • A Agência Central Sul está publicando um especial sobre a Feira do Livro, que ocorreu de 22 de agosto a 6 de setembro de 2025 em Santa Maria.

Ao passar pela frente de uma espécie de foguete estacionando no palco da Praça Saldanha Marinho, uma menina de cerca de 5 anos disse a seu pai: “eu não trouxe meu capacete de astronauta”. Ela se referia à Nave de Histórias, um projeto de extensão da Universidade Franciscana, dos cursos de Jornalismo, Design, Letras e Pedagogia. Desde 2024, a Nave apresenta uma série de podcasts criada a partir de livros infanto-juvenis de autores locais. Este ano, os produtos sonoros foram inspirados em histórias das autoras santa-marienses Onilse Noal Pozzobon, Vera Campos, Maria Rita e Maria das Graças Py.

Durante os 16 dias da 52ª Feira do Livro de Santa Maria, a Nave de Histórias recebeu diferentes tipos de tripulantes que viajaram por diferentes áudios no formato de contação de histórias. As crianças, com suas percepções e ideais distintas, escutavam atentamente e até respondiam às perguntas feitas pelas histórias, numa grande interação entre a infância e uma nave espacial.

O ambiente proporcionava uma atmosfera ideal para uma viagem leve e descontraída. O banco laranja oferecia o conforto necessário para ouvir as histórias, que chegavam pelo fone de ouvido e por um tablet, onde era possível escolher o conto desejado. Algumas crianças, ao escutar, eram mais eufóricas, como se de alguma forma, estivessem se sentindo em casa. Gabriel Silva, por exemplo, aos 4 anos de idade, foi o primeiro a pilotar a nave de maneira aventurada, quando disse:“Vou voar pra longe, tchau papai”. Já outras, mais contidas, como se fossem acostumadas com essa aventura, respondiam de maneira equilibrada e sincera, apenas com “Sim”. A similaridade desses dessas reações? O mesmo brilho nos olhos e incentivo à imaginação.

O projeto atendia os astronautas de segunda a sexta-feira, das 14h às 18h30, e aos sábados e domingos, das 10h às 18h30. Para o acadêmico de Jornalismo, Nicolas Morales, “é muito especial ver a reação das crianças. Trazer elas para o mundo narrativo do podcast, áudio e imaginação se torna muito impactante”.

Ao todo, a Nave de Histórias tem 12 episódios disponibilizados no Spotify que são: O fantasma Pluminha; A bola no campo rola; A bruxa Bruxilica; O tatu amigo; O menino e o livro; Brincadeira de criança; Minha rua; Cabrito Agabito; Cada bicho com cada uma; Likinha; A tartaruga e Celular, seu lular.

Matéria produzida na disciplina de Produção da Notícia do curso de Jornalismo, sob orientação da professora Neli Mombelli.

A Romaria Estadual da Medianeira, evento anual de Santa Maria, ocorre nos dias 07, 08 e 09 de novembro, com uma programação diversa que une adoração para os fiéis e acolhimento dos visitantes. A edição deste ano conta com a feira do doce, exposição sobre a vida do Diácono João Luiz Pozzobon e a 3ª Rústica da Medianeira.

Por mais que a Romaria comece no dia 07, há uma programação prevista para acontecer ainda em outubro e no início de novembro; uma delas é o IV Simpósio de Mariologia, que ocorre dia 25 de outubro na Universidade Franciscana. O tema deste ano é “Maria para hoje: leitura do Capítulo 12 do Apocalipse na perspectiva de Hans Urs Von Balthasar”. O evento é promovido pela Arquidiocese de Santa Maria, junto com a UFN e a Faculdade Palotina (FAPAS). O Simpósio acontece das 8h às 17h30, contando com quatro conferências e a missa de encerramento na capela da UFN.

De 01 a 10 de novembro, na Capela São José, é realizada a exposição “Vida e Obra do venerável Diácono João Luiz Pozzobon”, onde os visitantes poderão mergulhar no caminho de santidade do Servo de Deus. A capela com a exposição estará aberta das 9h às 18h durante esses dias.

Fiéis na Romaria da Medianeira de 2024. Foto: Arquivo Agência CentralSul

Uma das novidades deste ano é a programação infantil, dia 8 de novembro, para todos os pequenos se divertirem com suas famílias. A programação inicia às 9h com a Rústica Medianeira Kids. Mais tarde acontece o projeto “Fé e Arte Por Toda Parte”, no qual as crianças pintam um tapete temático em frente à Basílica. De manhã ainda terá o Passeio de Trenzinho na Avenida Medianeira e a Caça ao Tesouro. À tarde, os pequenos poderão participar de duas atividades: a “Oficina Missão Criativa Maker”, que consiste na montagem de miniaturas em papelão da Basílica, do Jardim de Caná e do Altar Monumento, e os “Doceiros da Medianeira”, oficina feita para preparar biscoitos temáticos usando avental e chapéu. Exceto o passeio de trenzinho, todas as outras atividades necessitam de inscrição prévia, que iniciará dia 26 de outubro.

O projeto “Fé e Café”, que normalmente acontece na UFN, será realizado no Parque da Medianeira, dia 8 de novembro às 19h30min. A edição conta com o tema “Livrai-nos do mal, Exorcismos e Bênçãos”. O projeto tem o objetivo de debater sobre assuntos que tem pouca visibilidade, ouvindo o público jovem e integrando-os na comunidade.

No sábado também ocorrerá a 3ª Rústica da Medianeira, para os entusiastas das corridas. As modalidades são: 3km, 5km e 10km, e as inscrições já estão abertas. Para mais informações, clique aqui.

No domingo, a Romaria será focada na fé e religiosidade, com missas o dia todo, iniciando às 5h com a Missa da Alvorada e terminando às 18h com a Missa de Encerramento. Ela será transmitida pela TV Aparecida.

Você pode acessar a programação completa da Romaria por aqui.

A nova sede resgata memórias das Irmãs Franciscanas e valoriza o patrimônio cultural da cidade.
Foto: Laura Fabrício/Labfem

Na última terça-feira, 14 de outubro, o Museu Franciscano: História e Cultura foi inaugurado em um novo espaço. Antes situado junto ao Convento São Francisco, o museu foi reorganizado e reaberto agora na Avenida Rio Branco, 454, uma das ruas históricas de Santa Maria.

Na década de 1990, o local onde hoje está instalado o museu pertencia à senhora Carmem Fernandes Bicca e funcionava como um pensionato para mulheres que vinham estudar no município. Em 2009, a casa foi doada às Irmãs Franciscanas. Após reformas, ampliações e um cuidadoso planejamento, o espaço foi reaberto como a nova sede do Museu Franciscano. Com a instalação do museu, o local ganha um novo significado, construído a partir das memórias das Irmãs Franciscanas.

A Congregação das Irmãs Franciscanas da Penitência e Caridade Cristã foi fundada em 1835, na Holanda, e chegou a Santa Maria em 1903. A coleção de objetos do museu começou a ser formada em 1972, quando a missionária alemã Madre Elenara Vogel organizou os itens históricos da Província e da Congregação e teve a iniciativa de preservá-los. Essa atitude impulsionou a constituição de um acervo sacro-religioso que, em 2007, resultou na criação do Museu Histórico e Cultural das Irmãs Franciscanas (MHIF).

A diretora do Museu, Irmã Iraní Rupolo, recebeu autoridades na inauguração do Museu, como o Bispo Dom Leomar Brustolin.
Foto: Laura Fabrício/Labfem.

O acervo possui imagens sacras, objetos litúrgicos, paramentos religiosos, instrumentos musicais, peças do cotidiano das Irmãs Franciscanas, lembranças de viagens ao redor do mundo, coleções numismáticas e filatélicas, além de representações das áreas da saúde e da educação.

Para a Irmã Iraní Rupolo, diretora do Museu Franciscano e reitora da UFN, o local deve ser um espaço de estudo, aprendizado e valorização do patrimônio da cidade. “É preciso criar uma história, uma cultura de sentimento e respeito à trajetória histórica das pessoas e da cidade”, afirma.

O museu é resultado do empenho de diversas pessoas ao longo de várias gerações. É mantido pela Sociedade Caritativa e Literária São Francisco de Assis – Zona Norte (Salifra-ZN). A equipe técnica do museu é formada pela Irmã Ivone Rupolo, Thales Gabriel da Cruz Barrozo e Robson Pereira da Rosa, com o apoio da equipe de serviços gerais da Salifra-ZN. O projeto de comunicação e museografia foi elaborado e executado pelos professores do curso de Design da Universidade Franciscana, Prof. Roberto Gerhardt e Prof. Ciria Moro, e pela acadêmica de Design Luíse de Oliveira Lovato, sob a direção da Irmã Iraní Rupolo.

As visitas ao Museu Franciscano acontecem mediante agendamento prévio, de terça a sexta-feira, das 14h às 17h. Escolas também podem realizar visitas no turno da manhã, mediante agendamento. Os agendamentos podem ser feitos no telefone (55) 99106-5125, ou no email museumhif@scalifra.org.br. Também é possível acompanhar o Museu pelo Instagram @museufranciscano.

Imagens: Laura Fabrício/Labfem

Após o filme “Quando a Gente Menina Cresce” ganhar o prêmio de Melhor Longa-Metragem Gaúcho no 53º Festival de Cinema de Gramado, a expectativa é do longa ir para as salas de cinema.  O documentário, dirigido por Neli Mombelli e produzido pela TV OVO, trata sobre a transição da infância à adolescência de seis meninas da Escola Municipal de Ensino Fundamental Sérgio Lopes, com o enfoque na primeira menstruação, abordando o assunto de maneira leve e natural. 

Além do Kikito de melhor longa-metragem gaúcho, a produção também levou para casa o prêmio de Júri Popular e recebeu uma Menção Honrosa para as meninas que protagonizaram o filme. A diretora do filme comenta que o reconhecimento com a premiação amplia a visibilidade do trabalho, mas a possibilidade de se tornar uma referência no meio audiovisual na cidade e a expectativa do público em relação às próximas produções traz muitas responsabilidades. 

No dia 19 de setembro, o filme participou do 58º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, como parte da programação do Festivalzinho — mostra direcionada para crianças e escolas. “Foi uma experiência mágica; até então eu não tinha imaginado que eu poderia estar lá participando com o filme… Um festival é uma grande festa, celebração do cinema; é uma possibilidade ímpar de criar uma rede de contatos e conexões, de trocar experiências.”, diz Neli, animada. Ela também comenta sobre a diversidade de filmes selecionados para a mostra no festival: “No curto período de tempo que eu fiquei lá, eu vi muitos Brasis refletidos na tela do festival.”  

Neli explica que os próximos passos para o filme consistem na inscrição em um edital de distribuição e levar o filme para salas de cinema, principalmente em Santa Maria, e talvez em Porto Alegre e São Paulo.  “Depois que a gente fizer essa estreia no cinema, que provavelmente deve ser muito breve, nós vamos trabalhar com a distribuição de impacto, ou seja, a ideia é ativar grupos conforme o público-alvo, como escolas na idade escolar dessas meninas, famílias, profissionais de saúde… enfim, grupos em que o assunto possa ser debatido. A ideia da distribuição de impacto é que a partir de um filme que tem um tema relevante social como o nosso, que ele possa gerar discussões e quem sabe promover alguma mudança, seja em nível de debate, comportamental, ou até em nível de política pública, sonhando alto.”, disserta Neli.