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Ciência e Saúde

SEPE destaca projetos de pesquisa inovadores na UFN

Entre os dias 24 e 26 de setembro, o hall do prédio 13 da Universidade Franciscana (UFN) foi palco do XXVIII Simpósio de Ensino, Pesquisa e Extensão (SEPE). O evento, que já se consolidou como um dos mais importantes da instituição, reuniu especialistas, alunos e professores para socializar conhecimentos e discutir o tema “Cuidado com a vida na casa comum”. Durante os três dias, o SEPE ofereceu na sua programação conferências, painéis e apresentações de trabalhos acadêmicos. 

Brasil queima no Pantanal e no sul da Amazônia

Segundo o Serviço de Monitoramento da Atmosfera Copernicus, Cams, agência que integra o programa espacial da União Européia, Amazônia e Pantanal sofrem as piores queimadas dos últimos 20 anos.

Marcelo Machado, de 43 anos, cobrador de ônibus, morreu no domingo, dia 6 de outubro, após uma série de atendimentos médicos que começaram com uma dor no braço e terminaram com uma internação na UTI do Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM). A fatalidade ocorreu após o Machado ser picado por uma aranha, o que inicialmente não foi diagnosticado.

Na sexta-feira, dia 4, Machado chegou em casa reclamando de uma dor intensa no braço direito. Na madrugada seguinte, foi até a Policlínica Ruben Noal, onde recebeu medicação para dor. No entanto, a dor persistiu, impedindo-o de dormir. Na manhã de sábado, retornou ao posto e recebeu um medicamento mais forte, mas o desconforto não cessou.

Preocupada, sua esposa, Rejane Machado, levou-o ao Pronto Atendimento do Patronato (PA), onde Marcelo passou por exames de raio-X e recebeu nova medicação para dor. Ainda sem diagnóstico preciso, o caso se agravou.

O veneno da aranha-marrom contém uma enzima que provoca a destruição de células, causando necrose nos tecidos ao redor da picada. Imagem: Rejane Machado

Horas depois, ao procurar a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), o médico de plantão identificou a picada de uma aranha-marrom como a provável causa dos sintomas. Marcelo foi liberado por volta das 18h, mas teve que aguardar duas horas até que uma ambulância o levasse ao Hospital Universitário de Santa Maria(HUSM). Ao chegar no HUSM, ele foi encaminhado diretamente para a emergência e, em seguida, para a UTI. Apesar dos esforços da equipe médica, Marcelo não resistiu e faleceu.

Outro grave incidente envolvendo um trabalhador da construção civil, ocorreu em outubro do ano passado. O operário, que preferiu não ser identificado, foi picado por uma aranha-marrom (Loxosceles) enquanto trabalhava com madeiras.

No momento da picada, sentiu apenas um incômodo no polegar da mão esquerda, pensando tratar-se de uma farpa. No entanto, horas depois, o dedo começou a inchar, acompanhado de dor intensa e febre. Preocupado com a piora dos sintomas, procurou atendimento médico. Após exames detalhados, foi confirmada a picada da aranha-marrom, uma das espécies mais perigosas do Brasil.

Após cerca de seis à oito horas da picada, os sintomas começam a surgir, como inchaço, dor, queimação e vermelhidão. Imagem: Tiago Miranda

O trabalhador passou dois meses internado para tratamento, necessitando de três cirurgias. Uma delas foi de debridamento, um procedimento cirúrgico para remover o tecido necrosado causado pela toxina do veneno. Mesmo após o longo período de internação, ele segue em tratamento fisioterápico e aguarda uma quarta cirurgia para a amputação da parte distal do polegar.

Os casos de picadas de aranha-marrom, embora não tão frequentes, podem ter consequências graves se não tratados rapidamente, com risco de necrose, perda de tecido e, em alguns casos, amputação. Especialistas reforçam a necessidade de cuidados em ambientes onde essas aranhas podem estar presentes, como construções e áreas com entulho, e alertam para a importância de procurar ajuda médica imediatamente ao perceber sintomas de envenenamento.

Acidentes causados por aranhas são a segunda maior causa de envenenamento no país. No ano passado, foram 43.933 casos de acidentes por aranhas registrados no Brasil, o que representa 12% do total de casos com animais peçonhentos. O Ministério da Saúde alertou que os aracnídeos são o segundo causador de envenenamentos, ficando atrás apenas dos escorpiões.

No Brasil, devido ao clima tropical e a biodiversidade favorável, o país abriga um grande número de animais peçonhentos, como serpentes, aranhas, escorpiões e outros animais cujas picadas ou mordidas podem resultar em graves consequências para a saúde humana. Embora apenas três grupos de aranhas causem acidentes graves, todas fazem parte do convívio humano, seja dentro de casa, nos quintais ou parques. No caso de picadas, é recomendado o uso de antivenenos, incluindo o soro antiaracnídico, distribuídos exclusivamente via Sistema Único de Saúde (SUS), podendo ser disponibilizado por hospitais públicos, filantrópicos e privados.

Acidentes por aranhas, ou araneísmo, é o quadro clínico de envenenamento decorrente da inoculação da peçonha de aranhas, através de um par de ferrões localizados na parte anterior do animal. Assim como os escorpiões, as aranhas são representantes da classe dos aracnídeos.

No Brasil, a Loxosceles (aranha-marrom ou aranha-violino) é uma das principais aranhas causadoras de envenenamentos graves. Os sintomas incluem dor de pequena intensidade, o local acometido pode evoluir com palidez mescladas com áreas equimóticas (placa marmória), instalada sobre uma região endurecida. Outros sinais podem ser observados, como vesículas ou bolhas com conteúdo sero-sanguinolento ou hemorrágico podem surgir na área endurecida. Em casos graves, ocorre hemólise intravascular, podendo levar à insuficiência renal aguda por necrose tubular, sem relação direta com a extensão da lesão cutânea.

A aranha-marrom pode ser encontrada dentro de casa, atrás de quadros, armários e calçados. Imagem: Shutterstock

A Phoneutria (aranha-armadeira ou aranha-macaca) tem como um de seus sintomas mais frequentes a dor imediata após a picada. A intensidade da dor é variável, podendo irradiar até a raiz do membro acometido. Outros sintomas incluem inchaço por acúmulo de líquidos, manchas vermelhas na pele, formigamento ou dormência, e excesso de suor no local da picada, onde podem ser visualizadas as marcas de dois pontos de inoculação.

Aranha-armadeira, ou aranha-macaca, pode ser encontrada em plantações de bananeiras e pode vir nos cachos da fruta. Imagem: Shutterstock

A terceira e não menos perigosa é a Latrodectos (viúva-negra), os sintomas de sua mordida são a dor, suor generalizado, alterações na pressão e nos batimentos cardíacos. Podem ocorrer ainda tremores, ansiedade, excitabilidade, insônia, dor de cabeça, manchas vermelhas na face e no pescoço. Em casos graves, há relatos de distúrbios de comportamento e choque.

Em caso de acidentes com animais peçonhentos, procure auxílio médico o mais rápido possível. Imagem: Shutterstock

O Instituto Butantan é o principal produtor de soros antiveneno no Brasil e o único a produzir o soro antiaracnídico para envenenamentos por aranhas e escorpiões. Os soros são distribuídos exclusivamente pelo SUS e estão disponíveis em hospitais públicos, filantrópicos ou privados, garantindo tratamento gratuito. O Ministério da Saúde, em seu último contrato, adquiriu, junto ao Butantan, 600 mil frascos de antivenenos para o atendimento de todos os acidentes por animais peçonhentos que são tratados com estes imunobiológicos na rede do SUS. 

O que fazer em caso de picada

  • Em caso de acidente, a principal orientação é procurar atendimento médico imediatamente.
  • Fotografar ou informar ao profissional de saúde o máximo possível de características do animal, como tipo de animal, cor, tamanho, pode ajudar bastante no tratamento.
  • Se possível e, caso tal ação não atrase a ida do paciente ao atendimento médico, também é indicado lavar o local da picada com água e sabão.
  • Além disso, realizar compressas mornas pode ajudar a aliviar a dor.
  • Já as medidas para prevenir acidentes com aranhas incluem manter jardins e quintais limpos, evitar o acúmulo de entulhos, folhas secas, lixo doméstico e material de construção nas proximidades das casas.
  • Outra dica é evitar folhagens densas (plantas ornamentais, trepadeiras, arbusto, bananeiras e outras) junto a paredes e muros das casas, bem como limpar periodicamente terrenos baldios vizinhos.
  • Por fim, colocar soleiras nas portas e telas nas janelas, e usar telas em ralos do chão, pias ou tanques pode impedir o contato com estes animais peçonhentos

Na última quarta, 16 de outubro, o Governo Federal anunciou que não será feita a retomada do horário de verão. A decisão foi adiada para 2025 após uma reunião realizada entre o Ministro de Minas e Energia e o ONS. Segundo Alexandre Silveira, os principais motivos para o horário de verão ser adiado por agora é a economia que permanece estabilizada e a proximidade da data, pois caso houvesse alteração o horário começaria a partir da próxima semana de outubro.

Em reunião realizada no mês passado, a retomada do horário de verão foi sugerida pelo ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico). O motivo foi a seca que assola o Brasil nos últimos meses. Adotado pela primeira vez em 1931, no governo de Getúlio Vargas, e encerrado no ano de 2019 pelo então presidente Jair Bolsonaro, a medida tem por principal objetivo a redução da energia a partir do início de novembro até o começo de fevereiro. Em entrevista na terça, 8 de outubro, o Ministro de Minas e Energia Alexandre Silveira destacou que havia a possibilidade do horário de verão não retornar caso haja aumento de chuvas no país.

Governo Federal reavalia o horário de verão para 2025. Foto: Nicolas Krawczyk/Arquivo Pessoal

Uma pesquisa feita pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes e o portal Reclame Aqui em setembro deste ano mostrou que das, 3 mil pessoas entrevistadas, 54,9 % são favoráveis a volta do horário e 41,8 não concordam com a volta do horário de verão. Nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, em que anteriormente a mudança de horário já havia sido adotada, os índices de preferência são mais relevantes, o total de 55,74% são a favor da volta.

Pesquisa aponta percentual de pessoas a favor ou contra a volta do horário de verão:

Fonte: Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (ABRASEL)

Para Eduardo Neves, CEO e cofundador do Reclame Aqui, os números são positivos e não negativos, devido a uma mudança de comportamento da população. “É perceptível que não há alta preocupação da população com a questão de saúde nem a adequação a um novo ritmo de horário para acordar e dormir, muito compensado pelo nível de satisfação de ter mais luz, um dia claro, mais longo para praticar esportes e socializar, por exemplo”, destacou o CEO.

A pesquisa demonstrou também que o horário de verão traz uma percepção de melhoria na saúde para a maioria das pessoas que aderem a ideia da mudança : 36,1% indicaram que ele influencia positivamente na saúde, contra 22,8% que dizem sentir efeitos negativos.

Danilo Machado, acadêmico de Odontologia, é favoravél a volta do horário de verão. Foto: Nelson Bofill/LABFEM

Foi produzida uma enquete para entender se os alunos da UFN eram contra ou a favor da mudança de horário e a maioria respondeu que sim pois, justificando que esta mudança torna o dia mais longo para concluir as tarefas diárias.

A primavera é conhecida como a transição entre os períodos seco e chuvoso no Hemisfério Sul
Imagem: Getty Images

A primavera de 2024 teve início no Hemisfério Sul no dia 22 de setembro, após um inverno com pouca chuva no Sul do Brasil e variações significativas de temperatura, além de queimadas por todo o país. Essa estação, que se estende até 21 de dezembro, é marcada pela transição entre os períodos seco e chuvoso.

Durante a estação, o Brasil deve enfrentar ondas intensas de calor, especialmente no Centro-Oeste, Nordeste e Sudeste, onde as temperaturas podem ultrapassar a média histórica, trazendo riscos para a saúde pública e para a agricultura. 

Embora, de maneira geral, as chuvas comecem a retornar gradualmente em outubro no país, elas não serão suficientes para eliminar de forma integral os efeitos da seca, particularmente nas fases iniciais do plantio de soja e milho. A evaporação elevada pode agravar os problemas agrícolas nessas regiões.

De acordo como Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o La Niña, fenômeno geográfico que consiste na diminuição da temperatura da superfície das águas do Oceano Pacífico Equatorial, será um fator chave na ocorrência de calor extremo. Com a expectativa de se manifestar até março de 2025, o La Niña irá implicar alterações significativas nos padrões de chuva, resultando em chuvas torrenciais em algumas áreas e secas extremas em outras. Esse cenário surge logo após um dos mais graves episódios de El Niño, fênomeno que se caracteriza pelo aquecimento anormal do Oceano Pacífico Equatorial (efeito reverso do La Niña), e que atingiu mais de 60 milhões de pessoas entre 2023 e 2024.

Segundo o meteorologista da Universidade Federal de Santa Maria, Daniel Caetano, o fenômeno La Niña, tem grande influência sobre o regime de chuvas de grande parte da América do Sul. Ao mesmo tempo em que no Rio Grande do Sul o El Niño gera chuvas acima da média, na região amazônica e central do Brasil as chuvas costumam ficar abaixo da média, afinal nessas regiões há um regime de chuvas bem definido, com estações seca e chuvosa, porém durante o último verão (estação chuvosa), em função da presença do El Niño, as chuvas ficaram bem abaixo do normal e agora no inverno (estação seca) permaneceu seco. Portanto, essa condição prolongada de tempo seco fez com que a vegetação ficasse mais propensa às queimadas.

A Região Norte, sobretudo o sul da Amazônia, atravessará um período marcado pela combinação de calor e baixa umidade, fator que tende a intensificar o fenômeno das queimadas, com outubro sendo o mês mais crítico. Por mais que algumas áreas e estados da região, como o sudoeste do Amazonas, o Acre e Roraima, possam receber volumes de chuvas dentro ou acima da média, ainda estão suscetíveis aos riscos relacionados ao calor prolongado.

Já no Nordeste, os estados que mais devem sofrer os efeitos do fim da estação chuvosa são Piauí e Maranhão, com alto risco de ondas de calor. Entretanto, o sudeste da Bahia deve registrar chuvas mais próximas da média, fator que colabora para amenizar a situação no local.

A Região Sul, por sua vez, terá um regime de chuvas irregular. Paraná e Santa Catarina devem ter precipitações abaixo da média, o que pode comprometer a agricultura. Por outro lado, o Rio Grande do Sul irá passar por chuvas mais regulares, aspecto que favorecerá o processo de desenvolvimento biológico das plantações. No entanto, a chegada de ondas de calor em dezembro pode ameaçar a umidade do solo e impactar a safra agrícola.

Variação de chuva e temperatura em relação à média histórica da estação
Imagem: Instituto Nacional de Meteorologia (INMET)

Entre os dias 24 e 26 de setembro, o hall do prédio 13 da Universidade Franciscana (UFN) foi palco do XXVIII Simpósio de Ensino, Pesquisa e Extensão (SEPE). O evento, que já se consolidou como um dos mais importantes da instituição, reuniu especialistas, alunos e professores para socializar conhecimentos e discutir o tema “Cuidado com a vida na casa comum”. Durante os três dias, o SEPE ofereceu na sua programação conferências, painéis e apresentações de trabalhos acadêmicos. 

O simpósio contou com a apresentação de mais de 470 trabalhos. Foto: Miguel Cardoso/ASSECOM

As produções, fruto de projetos desenvolvidos no âmbito do ensino, da pesquisa e da extensão, reforçam a importância da integração entre o ambiente acadêmico e a comunidade. Um dos trabalhos em destaque foi o projeto de pesquisa do curso de Nutrição que teve como enfoque a alimentação e saúde de militares coordenado pela professora Natielen Schuch e com a participação das bolsista Vitória Perufo (3ª semestre), e as alunas Gabriela Fogaça e Dienifer Janner (4ª semestre).

O projeto Síndrome Metabólica e Doenças Cardiovasculares em Policiais Militares antes e após pandemia da Covid-19  surgiu da observação de uma particularidade presente na cidade que abriga o segundo maior contingente militar do Brasil. Embora o público militar tenha acesso a alimentação de qualidade e pratique regularmente exercícios físicos, a prevalência de doenças como a síndrome metabólica e problemas cardiovasculares é alta. De acordo com Gabriela, que iniciou o projeto, a pesquisa teve como objetivo entender os fatores por trás desses problemas de saúde, concentrando-se, inicialmente, nos policiais militares. “Percebemos que o estresse do trabalho e a rotina impactavam diretamente na alimentação e nas atividades físicas. Isso, somado a outros fatores, resultaram no aumento de doenças crônicas. Começamos com uma pesquisa de literatura para entender o que já havia sido estudado nessa área antes de atuar com esse público em Santa Maria”, explica Gabriela. No entanto, os desafios do projeto foram muitos, especialmente a falta de literatura científica local e de dados pós-pandemia. “A Covid-19 foi um dos maiores eventos estressores recentes, e não temos dados suficientes para entender totalmente como essa população foi afetada. Sabemos que foi de forma significativa, mas faltam evidências quantitativas sólidas”, comenta a acadêmica.

Impacto para os alunos

Para os alunos envolvidos, a experiência de participar de um projeto de iniciação científica desde o início da graduação tem sido enriquecedora. “É a minha primeira experiência como bolsista e, para mim, isso é muito importante para o futuro, tanto acadêmico quanto profissional”, afirma Jennifer, aluna participante do projeto. Vitória Perufo, bolsista participante da pesquisa, destacou como o projeto agrega valor à formação acadêmica: “Apresentar um trabalho no SEPE, além de ser gratificante, ajuda a desenvolver habilidades que vão além da sala de aula. Aprendemos muito sobre o processo de pesquisa e isso, sem dúvida, vai nos preparar melhor para a carreira.”

O projeto O uso excessivo de telas: uma revisão sistemática sobre os impactos cognitivos no desenvolvimento infantil do curso de Psicologia, composto por estudantes do terceiro semestre orientados pela professora Camila Almeida, também ganhou destaque no SEPE. A pesquisa realizou uma revisão sistemática da literatura, abordando temas relacionados à psicologia e à prática profissional.

A professora ressalta a importância desse tipo de trabalho para a formação dos alunos: “Eles estão começando a aprender como fazer uma revisão de literatura, que é algo burocrático e exige rigor. Apesar de estarem no início da trajetória acadêmica, eles se engajaram bastante e o resultado foi um trabalho muito interessante que trouxeram para o SEPE”, ressalta Camila.

Para a docente, participar de eventos como o SEPE é crucial para o desenvolvimento acadêmico e profissional dos alunos. “Muitos deles pensam apenas na prática, mas a psicologia é uma ciência que depende da pesquisa. Projetos assim ajudam os alunos a enxergar esse outro lado da profissão, que é essencial para quem deseja seguir em áreas como mestrado ou especializações”, conclui.

Confira fotos do SEPE

Fotos: Laura Gomes, Maria Eduarda Rossato, Miguel Cardoso/ ASSECOM, e Michélli Silveira/LABFEM
Colaboração de Aryane Machado

A prefeitura de Santa Maria anunciou na última quinta-feira, dia 3, que três escolas municipais suspenderam as aulas após alunos apresentarem sintomas de rotavírus. As escolas afetadas são a EMEF Erlinda Minóggio Vinadé, no Bairro São João, Escola Municipal Aracy Barreto Sacchis, no Bairro Menino Jesus, e a EMEI Monte Bello, em Camobi. Ao todo, 11 pessoas, entre crianças e adultos, relataram sintomas, mas nenhuma está em estado grave, e todas já receberam atendimento pela rede de saúde do município. No Centro Administrativo Municipal, entre a prefeitura e representantes das secretarias de Saúde e Educação, houve uma reunião para reforçar medidas de cuidado, prevenção e combate ao surto de rotavírus.

A Secretaria Municipal de Saúde recomendou suspensão das atividades escolares e desinfecção dos locais para evitar a propagação da doença. Imagem: Pixabay

Pessoas de todas as idades são suscetíveis à infecção por rotavírus, um dos principais agentes virais causadores de doenças diarreicas agudas. A Universidade Federal de Santa Maria retomou as atividades presenciais na última quarta-feira, dia 2, após ficar dois dias de suspensão das atividades acadêmicas devido à suspeita de surto de rotavírus e gastroenterite. A paralisação ocorreu entre segunda-feira, dia 30 até terça-feira, dia 1º. A instituição ainda se recupera dos casos de infecção gastrointestinal que surgiram desde a quarta-feira, dia 26. Aqueles que apresentarem sintomas devem permanecer em casa, e os alunos que retornarem às atividades devem priorizar a higienização das mãos sempre que utilizarem ambientes coletivos.

O retorno é acompanhado por uma série de medidas de higienização, que exige cuidados tanto da instituição quanto dos frequentadores. Imagem: Carolina Lemos/UFSM.

Estudantes da Universidade Federal de Santa Maria procuraram o pronto atendimento da cidade relatando quadros de diarreia e vômito. A Vigilância Sanitária analisou a água e os alimentos dos dois Restaurantes Universitários (RUs) da instituição, que passaram por higienização e desinfecção. Foram notificados 500 casos junto ao município.

A UFSM comunicou, em nota publicada no domingo, dia 29, a suspensão das atividades, deixando claro que os serviços essenciais permaneceriam mantidos. A instituição tomou a medida após um surto de rotavírus e gastroenterite que afetou ente 30% e 40% dos estudantes de graduação.

Em resumo, o surto de rotavírus em Santa Maria afetou tanto escolas municipais quanto a Universidade Federal de Santa Maria, resultando na suspensão temporária das atividades. Com 500 casos notificados, as autoridades de saúde recomendaram medidas rigorosas de higienização e isolamento para evitar a propagação do vírus. As instituições afetadas já tomaram providências, como a desinfecção dos locais e o monitoramento dos casos, visando o retorno seguro das atividades. Apesar do impacto significativo, a situação está sendo controlada e os serviços essenciais foram mantidos para garantir o atendimento à comunidade.

Ciência é Pop é um podcast fruto de um projeto de extensão que busca tornar o conhecimento científico mais acessível ao público em geral, utilizando uma abordagem didática e envolvente para conectar pesquisas acadêmicas com temas do cotidiano. O projeto é coordenado pela professora do curso de Jornalismo Neli Mombelli, e conta com o acadêmico de Jornalismo e bolsista Probex Isaac Brum.

Identidade visual do podcast “Ciência é pop”. Foto: divulgação

A professora Neli destaca que “A ideia do podcast é mapear os projetos desenvolvidos aqui na UFN, tanto de pesquisa quanto de extensão. Selecionamos sete projetos e entrevistamos pesquisadores e alunos para que eles falem sobre suas pesquisas. A proposta é transformar essas entrevistas em um podcast narrativo que explique conceitos complexos, como o uso de nanotecnologia a partir da quercetina para tratar queimaduras. A linguagem acessível é fundamental para conectar o que é estudado com o cotidiano das pessoas, pois a ciência está diretamente ligada a soluções que melhoram nossa vida.”

Atualmente, quatro episódios já foram produzidos. Podcasts novos são lançados semanalmente. O primeiro, disponível no Spotify, aborda um tema ambiental, o uso do plástico PET que, segundo o IBAMA, é descartado em grande quantidade e sua decomposição pode levar em torno de 600 anos. O episódio explora como um grupo de pesquisa da UFN, coordenado pela professora de Engenharia Ambiental e Sanitária, Maria Amélia Zazycki,  está testando o uso do PET como substituto da areia na fabricação de concreto. O projeto busca reduzir o impacto ambiental do plástico e encontrar um novo destino para esse material amplamente descartado. 

O episódio mais recente aborda o tratamento de queimaduras, uma experiência comum e dolorosa. Um grupo de pesquisa da Universidade Franciscana (UFN), coordenado pelo professor Sergio Roberto Mortari, do curso de Engenharia Química, investiga o uso de compostos naturais para tratar lesões causadas por queimaduras, buscando alternativas mais eficazes e seguras para a recuperação.

Isaac destaca como está sendo participar do podcast: “Tem sido uma experiência muito enriquecedora. Estou aprendendo sobre todas as etapas da produção de um podcast, desde a elaboração do roteiro até a prática de uma fala clara e compreensível. Essas habilidades são fundamentais para minha formação profissional.” 

Para não perder nenhum episódio, acompanhe o Ciência é Pop no Instagram @pop.ciencia e no Spotify.

Desde a última semana de agosto, o Brasil vem sofrendo com as intensas queimadas no Pantanal, sul da Amazônia, Mato Grosso do Sul, Bolívia e Paraguai e suas consequências para a saúde da sociedade. No começo de setembro, o governo do estado do Rio Grande do Sul emitiu um comunicado em ação conjunta das Secretarias do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) e da Saúde (SES), e a Fundação Estadual de Proteção Ambiental com dicas para a prevenção da fumaça preta presente no céu. A lista completa pode ser encontrada em um post na conta oficial do órgão no Instagram.

Segundo o Serviço de Monitoramento da Atmosfera Copernicus, Cams, agência que integra o programa espacial da União Européia, Amazônia e Pantanal sofrem as piores queimadas dos últimos 20 anos.

O incêndio florestal ocorre quando o fogo se torna descontrolado e avança sobre qualquer forma de vegetação o que o caracteriza como crime, caso os responsáveis sejam identificados. O crime está prescrito na Lei dos Crimes Ambientais e gera uma multa de até R$ 7,5 mil por hectare queimado e no máximo seis anos de prisão.

Saiba como se proteger das consequências dos incêndios. Foto: divulgação/ Gov. RS

Uso de máscaras do tipo cirúrgica, pano, lenços ou bandanas

As máscaras podem reduzir a exposição às partículas grossas, especialmente para populações que residem próximas à fonte de emissão (focos de queimadas) e, portanto, melhoram o desconforto das vias aéreas superiores. O uso de máscaras de modelos respiradores tipo N95, PFF2 ou P100 são adequadas para reduzir a inalação de partículas finas por toda a população.

As consequências também atingem os céus santa-marienses, a fumaça se manteve no céu até quinta, 12 deste mês, quando a umidade e a chuva retornaram. Hoje, 24 de setembro, vemos novamente o céu encoberto.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece que a poluição do ar é um fator de risco crítico para doenças crônicas não transmissíveis. Vale ressaltar que, neste caso, crianças, idosos, gestantes, com doenças cardiorespiratórias estão sob maior risco de apresentar algum efeito na saúde relacionado à poluição do ar.

Márcio Camargo/Agência Brasil

Segundo o Código Florestal, o uso do fogo não é permitido salvo algumas situações como: a agricultura de subsistência produzida por povos tradicionais e indígenas, pesquisas científicas ou de produção e manejo em atividades agropastoris ou florestais. Em casos como estes é chamado de queima controlada, e é necessária autorização prévia e algumas regras tais como delimitação da área que será queimada e a ação deve ser acompanhada por uma equipe.

No dia 10 de setembro o Supremo Tribunal Federal (STF) por meio do ministro Flávio Dino tomou a decisão de que os focos de incêndios na Amazônia e no Pantanal devem ser combatidos com caráter imediato, junto a convocação de bombeiros militares e homens da Força Nacional em uma reunião de conciliação. Dino também estabeleceu um mutirão das Polícias Judiciárias (Federal e Civil) nos 20 munícipios centralizam 85% dos focos de incêndios de todo o país.

Universidade Franciscana sedia o XXVIII Simpósio de Ensino, Pesquisa e Extensão. Imagem: Divulgação

Hoje, 24 de setembro, é o primeiro dia do XXVIII Simpósio de Ensino, Pesquisa e Extensão (SEPE), da Universidade Franciscana (UFN). O propósito do evento é integrar ações desenvolvidas no ensino, na pesquisa e na extensão em âmbito acadêmico e comunitário. O SEPE também promove um espaço para socialização de conhecimentos, experiências e ideias entre estudantes e pesquisadores da UFN e outras instituições. Este ano a edição apresenta o tema “Cuidado com a vida na casa comum”.

A abertura às 9h, no Salão de Atos do prédio 1, conjunto I, com programação cultural, premiação dos bolsistas de iniciação científica e conferência de abertura. Com isso a programação segue até o dia 26 de setembro com apresentação de painéis e pôsteres, mesa redonda e lançamentos de produções científicas. A programação completa você poderá ver neste link.

Para participar do evento estudantes (internos ou externos) e egressos terá o investimento de R$90 para professores e profissionais (ambos internos e externos) será de R$120. Aos participantes do Simpósio será emitido certificado de 30h.

Participam do Simpósio trabalhos nos seguintes eixos temáticos:

  • Atenção Integral e Promoção à Saúde (AIPS)
  • Educação, Cultura e Comunicação (ECC)
  • Direitos, Políticas Públicas e Diversidade (DPD)
  • Tecnologia, Inovação e Desenvolvimento Sustentável (TIDS)
  • Patrimônio Cultural e Economia Criativa (PEC)
  • Sociedade e Ambiente (SA)
  • Iniciação Científica Júnior (ICJr)

Para mais informações e dúvidas:

    • E-mail – eventos@ufn.edu.br ou sepe@ufn.edu.br
    • Telefone – (55) 3220-1219

     

    Vitória Winckler, à esquerda, e Rodolfo Martins, à direita, em palestra sobre Setembro Amarelo. Imagem: Assessoria de Comunicação/UFN

    Na manhã da quarta-feira, 18, no Conjunto III da Universidade Franciscana (UFN), o psicólogo Rodolfo Martins e a assistente social residente em saúde mental da UFN, Vitória Winckler, reuniram-se para debater sobre a campanha Setembro Amarelo, que coloca em evidência um tema que afeta profundamente a sociedade contemporânea: o suicídio.

    O evento, denominado “Intencionalidade suicida: da prevenção à pósvenção”, foi organizado pelo Núcleo de Apoio à Diversidade Humana (NADH), em parceria com o Laboratório de Práticas em Psicologia, o curso de Psicologia e a Residência em Saúde Mental da UFN.

    O Setembro Amarelo consiste em uma campanha nacional de prevenção ao suicídio, que ocorre todos os anos no Brasil durante o mês. O movimento foi criado em 2015 pelo Centro da Valorização da Vida (CVV), Conselho Federal de Medicina (CFM) e Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), com o objetivo de promover a conscientização da população sobre a importância de debater temáticas como a saúde mental e o suicídio, além de oferecer apoio às pessoas que se encontram em estado de sofrimento emocional.

    A campanha visa quebrar o tabu em relação ao tema do suicídio, incentivando o diálogo aberto, a escuta ativa e o suporte àqueles que estão passando por momentos difíceis. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o suicídio é uma das principais causas de morte entre jovens e adultos no mundo. No Brasil, os registros se aproximam de 14 mil casos por ano, ou seja, em média 38 pessoas cometem suicídio por dia, um número alarmante que reforça a necessidade de estabelecer diálogos referentes ao assunto nos mais diversos âmbitos sociais.

    De acordo com Vitória Winckler, a realização de eventos como esse proporciona espaços de reflexão, troca e escuta. Esses encontros fazem com que as pessoas tenham a oportunidade de se autoconhecerem e, consequentemente, caso haja necessidade, ir em busca de auxílio profissional. Evitar tratar sobre suicídio não implica na não ocorrência desse fator, por isso é necessário conceder espaços para discussões e trocas.

    O suicídio é uma questão extremamente complicada e de suma importância no contexto social. Portanto, a prevenção deve consistir em um ato contínuo. O Setembro Amarelo ressalta que cuidar da saúde mental se trata de uma ação de coragem e amor próprio. O Centro de Valorização da Vida (CVV) oferece apoio emocional gratuito pelo telefone 188, disponível 24 horas por dia.

    Em 2024, o lema da campanha é “Se precisar, peça ajuda!” e diversas ações já estão sendo desenvolvidas.
    Imagem: Freepik

    Imagens: Maria Eduarda Rossato/Assessoria de Comunicação da UFN

    Entre os artigos noticiados na revista estão os dados sobre a catástrofe das cheias no Rio Grande do Sul. Imagem: Nelson Bofill/Labfem

    A Regional Sul 3 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lançou no último dia 15 de agosto a revista “Gente à Frente”. A revista foi elaborada no contexto das enchentes que atingiram o estado em maio de 2024. A CNBB é responsável pela produção da revista, sob coordenação da Universidade Franciscana (UFN) e participação das demais Universidades Católicas do Rio Grande do Sul:  Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Universidade LaSalle, Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), e Universidade Católica de Pelotas (UCPel), além da colaboração de mantenedoras de escolas católicas.

    Capa da Revista “Gente à Frente”. Imagem: Emanuelle Rosa/ACS

    A revista é dividida em quatro editorias que dispõem de notícia e reportagens de meio ambiente, economia solidária, espiritualidade e amizade social. A publicação conta ainda com uma série de artigos de opinião, uma seção dedicada aos dados do Rio Grande do Sul e da catástrofe climática de maio. A manchete destaca a campanha do Regional Sul 3 da CNBB, que arrecadou R$ 16 milhões até julho para ajudar os flagelados. Os recursos estão sendo usados em três frentes: ajuda emergencial e sanitária, moradia e habitação, e saúde mental, conforme explica o secretário executivo da CNBB Sul 3, Padre Rogério Ferraz de Andrade.

    A revista começou a ser distribuída na cerimônia de coroação de Nossa Senhora Medianeira como “Rainha do Povo Gaúcho”. As 18 dioceses do estado receberão exemplares para as paróquias, comunidades, universidades e escolas católicas. Além disso, a versão digital da revista já está disponível.

    Fiéis receberam exemplares da revista “Gente à Frente” na coroação de Nossa Senhora Medianeira. Imagem: Nelson bofill/Labfem

    Desde o início da catástrofe climática em maio de 2024, no Rio Grande do Sul, uma ampla rede de solidariedade foi estabelecida entre os gaúchos e instituições da Igreja Católica, incluindo arquidioceses, paróquias, universidades e escolas, que foram fundamentais na mobilização para ajudar os flagelados.

    • Com informações da Assessoria de Comunicação da UFN

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