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Acadêmicos de Jornalismo avaliam o 12º Fórum

Três dias para ouvir, falar e interagir sobre Mídia, Democracia e Novas Possibilidades. A 12ª edição do Fórum de Comunicação do Centro Universitário Franciscano encerrou nesta quinta-feira, 28 de agosto, com a avaliação positiva dos acadêmicos

Atílio Alencar foi o convidado da última noite do 12º Fórum de Comunicação (Foto: Pedro Pellegrini/Lab. Fotografia e Memória)

Três dias para ouvir, falar e interagir sobre Mídia, Democracia e Novas Possibilidades. A 12ª edição do Fórum de Comunicação do Centro Universitário Franciscano encerrou nesta quinta-feira, 28 de agosto, com a avaliação positiva dos acadêmicos dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda. O evento contou com oficinas relacionadas ao tema, cineclube e palestras. Estes dois últimos estiveram relacionados ao Golpe de 64.

Segundo a aluna do 2º semestre de Jornalismo Carolina Busatto Teixeira, 17 anos, o Fórum oportunizou aos participantes uma visão mais aprofundada sobre o que foram o Golpe e a ditadura militar. Os palestrantes dos dois primeiros dias, o jornalista Álvaro Larangeira e o historiador Diorge Konrad, trouxeram detalhes e peculiaridades do período. Carolina ainda se referiu positivamente à dinâmica de organização do evento, com oficinas, filmes e palestras, podendo o aluno optar, conforme seus interesses e possibilidades, em que participar. No terceiro dia, as explanações do produtor cultural Atílio Alencar sobre as manifestações de junho de 2013, jornalismo independente e mídia livre prenderam a atenção do público. “Pra mim, foi a melhor palestra. A linguagem que ele usou possibilitou um melhor entendimento do assunto”, disse a acadêmica de Jornalismo Gabrielle Righi, 18 anos.

Eric Petry, 22 anos, também do 2º Semestre de Jornalismo, atuou no Fórum como voluntário. Ele destacou o elevado número de participantes durante os três dias. “O auditório esteve praticamente lotado e tudo correu como o esperado”, acrescentou Petry. A exposição de trabalhos jornalísticos e publicitários também contou com visitação dos alunos, até mesmo de outros cursos do Centro Universitário Franciscano. “Muitos me perguntavam e queriam saber mais sobre as fotos”, declarou o voluntário.

Por Dara Hamann

manchetes
Manchetes dos jornais durante a ditadura militar (Foto: Roger Bonfanti Haeffner)

Na noite da última terça-feira, 26 de agosto, o Salão de Atos do Prédio 14, do Conjunto III do Centro Universitário Franciscano, contou com a presença do professor Álvaro Larangeira, que conduziu a palestra “A mídia e o Golpe de 64” no encerramento do primeiro dia do 12° Fórum de Comunicação do Centro Universitário Franciscano.

O professor da Universidade Tuiuti do Paraná mostrou alguns resultados de seu estudo sobre o posicionamento de diversos veículos de comunicação durante a ditadura militar, como O Globo, Folha de São Paulo e até mesmo A Razão, jornal santa-mariense. Ao decorrer de sua fala, Larangeira conseguiu levar, de certa forma, os alunos e professores presentes à época do regime militar – apresentando capas de jornais daquele período e suas principais manchetes. Ao explorar diferentes perspectivas, da econômica à político-partidária, Larangeira conseguiu destacar como a mídia se identificou com o Golpe.

Comentou também sobre o que ele chama de “Ingratidão da mídia”, em referência ao fato de que, no princípio, o lado bom do Regime Militar era bastante ressaltado, mas 20 anos depois o mesmo já era taxado como autoritário e um verdadeiro retrocesso. A noite foi encerrada com um espaço para que o público se dirigisse ao palestrante com perguntas. Larangeira destacou a importância da leitura para a formação de um bom comunicador, e deixou uma reflexão para todos os presentes: “Será o destino da mídia estar sempre do lado dos lobos?”.

Natália Rosso

Professor Álvaro Larangeira. Foto Julia Machado - Laboratório Fotografia e Memória.
Professor Álvaro Larangeira. Foto Julia Machado – Laboratório Fotografia e Memória.

“Mídia é poder!” Essa foi a frase que deu início à palestra da noite de terça-feira, 26, sobre as relações entre a mídia e o Golpe de 64. Ministrada pelo professor e Álvaro Larangeira, da Universidade Tuiuti, do Paraná. Em 2013, ele realizou uma pesquisa sobre o Golpe de 64. Segundo o pesquisador, a singularidade da pesquisa é a relação com as cidades estudadas, que foram Rio de Janeiro, Porto Alegre, São Paulo, Belo Horizonte, Juiz de Fora, Recife e Santa Maria, sobretudo, o posicionamento de Santa Maria durante a ditadura Militar.

Ao falar sobre os 50 anos do Golpe Militar e uma das motivações do estudo, Larangeira destaca “A mídia não se coloca como protagonista do Regime Militar, ela se coloca como intermediária em fazer a ligação entre público e a história”.

O profissional da comunicação trabalha com poder e deve ter consciência que o sentido de informar gira em torno de 20% a 30%, sendo todo o restante  determinado, tanto política, quanto economicamente. E foram esses aspectos que o professor Doutor Larangeira destacou durante a exposição do tema, dividindo a fala em quatro eixos: perspectiva econômica, perspectiva politica ideológica, perspectiva identitárias e projeções e questões.

Ao finalizar, o pesquisador coloca em pauta a seguinte questão: “Será o destino da mídia estar sempre do lado dos lobos?

Alunos e professores do Curso de Jornalismo do Centro Universitário Franciscano acompanharam interessados à sessão de tema tão denso e relevante que ultrapassou às dez horas da noite, no Salão de Atos, e também pela cobertura instantânea da CentralSul no Facebook/centralsul, no twitter @centralsul e também na Fanpage especial do Fórum 2014.

Palestra marcou a primeira noite do 12º Fórum de Comunicação. Foto: Julia Machado - Laboratório de Fotografia e Memória.
Palestra marcou a primeira noite do 12º Fórum de Comunicação. Foto: Julia Machado – Laboratório de Fotografia e Memória.