A dualidade da rotina dos motoristas de aplicativo
Como entraram no ramo, rotina e segurança dos trabalhadores que se aventuram nas ruas de Santa Maria
Como entraram no ramo, rotina e segurança dos trabalhadores que se aventuram nas ruas de Santa Maria
O aplicativo Urmob, desenvolvido pela i3 Tecnologia a pedido da Secretaria de Mobilidade Urbana, foi apresentado ao público na última quarta-feira, dia 17, no Hotel Itaimbé, em Santa Maria. O APP visa ajudar quem utiliza as linhas do transporte público para a
O uso de um aplicativo para melhorar as relações de trabalho. Essa é a proposta de estudantes da Universidade Franciscana. A ideia foi apresentada, na noite de quinta-feira, durante o XXII Simpósio de Ensino, Pesquisa e Extensão
Cada vez mais as pessoas estão sem tempo para, por exemplo, ir buscar um exame médico. O jovem Jéferson de Oliveira De Lima, estudante da Universidade Franciscana quer reduzir esse tempo de espera e facilitar a vida
A 5° Mostra das Profissões, que ocorre neste sábado (19), apresenta o seu aplicativo oficial, com programação, avisos, notícias e conteúdos exclusivos dos cursos. O aplicativo está disponível apenas para o sistema operacional Android na Google Play.
Games nos celulares são práticos de se jogar. Por isso cada vez mais cresce o número de jogadores nesta categoria. As mulheres são boa parte desse público, que deixou de lado o WhatsApp, e agora, migraram
O projeto Sangue Social está exposto no estande perfil empreendedor que fica no Pavilhão da Inovação. Rossana Freitas Moreira, acadêmica do curso de sistema para internet da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), explica que a
A Agência CentralSul de Notícias faz parte do Laboratório de Jornalismo Impresso e Online do curso de Jornalismo da Universidade Franciscana (UFN) em Santa Maria/RS (Brasil).
Por motivo de segurança, usamos pseudônimos nas matérias Foto: Vitória Gonçalves
“Tenho minha faca nos pés e meu facão lá atrás. Não tem como andar com arma de fogo, apesar de saber manusear e ter anos de prática, acho mais arriscado”, desabafa Ricardo*. Nunca parar no exato endereço sinalizado, sempre uma ou duas casas antes e não trabalhar de madrugada. Essas são só algumas precauções que o motorista de aplicativo toma na sua rotina nas ruas de Santa Maria.”
Possivelmente essa seja a realidade dos cerca de 900 mil motoristas de aplicativo no Brasil segundo pesquisa de 2021, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), o que equivale a 8 Maracanãs lotados. Do outro lado da moeda, existem aqueles que fazem parte de redes de proteção, grupos de pessoas que se unem com objetivo de manter a segurança. Um exemplo disso é o grupo Família Madruga, criada em março de 2020 por Nelson*. E ele mesmo explica como foi fundação dessa rede de proteção:
Entrevista realizada com motorista de aplicativo (Madruga):
Mesmo sendo minoria no ramo, Caren* afirma que nunca teve problema algum. “Não tem preconceito, é incrível. 99, Uber e Madruga eu só dirijo para o público feminino, optei de um tempo pra cá, não por ter acontecido alguma coisa, só por um conforto maior. Nunca senti diferença”. Apesar dessa tranquilidade, ela conta que raramente acontecem alguns incômodos, mas sempre a ajuda da Família Madruga aparece. “Já houve casos de pegar passageiros em final de festa e não querer pagar, quer prevalecer, esse tipo de coisa, aí entra a ajuda dos meninos”, ressalta.
Entre esses 164 motoristas, todos são selecionados a dedo pelos administradores do grupo. As regras são impostas a todos antes de aceitarem participar de uma Família e ser monitorado a todo momento que estiver trabalhando.
Com o lema JUNTOS, SOMOS MAIS FORTES e com regras disciplinares rígidas é que o Madruga se sustenta e consegue manter a fidelidade tanto dos usuários quanto dos motoristas. No início haverá um período de teste de 15 dias, onde você utilizará o #FAMÍLIAMADRUGA no carro. Após esse período, se você cumprir as regras, receberá o adesivo oficial. O fato de não obedecer às regras ou dependendo da gravidade do evento, o membro será chamado para conversa e recebe uma advertência, na terceira chamada é retirado do grupo.
Ainda se destaca o zelo dos gestores em manter a qualidade do relacionamento com o cliente e buscar atender corridas com rotas incomuns. Dessa forma exigem que participem de eventos sociais e confraternizações do grupo, usar o Zello (software de comunicação com linguagem de rádio) apenas para comunicar corridas suspeitas e não avisar sobre BLITZ no ZELLO e nem no grupo.
Ainda há regras sobre publicações dentro do grupo que proíbem sobre quaisquer posicionamentos: pornografia, política, futebol, defender plataformas, religião, preconceitos (homofobia, etc.), usar a imagem do grupo em vão, criar grupos paralelos (Zello, WhatsApp, etc, com a finalidade de monitoramento, rastreamento, etc) ou qualquer outro fim, que possa ser caracterizado como um subgrupo dentro do Família Madruga e não discutir no grupo.
Se acostumar com o monitoramento não é uma tarefa fácil, Caren* é responsável pela contratação e demissão do grupo, como sempre esteve presentes em empresas, se sente à vontade desempenhando essa função. “O meu material carrego dentro do carro, tenho minha agenda, minhas anotações, tenho meus adesivos, quando eu vejo algum carro desbotando o adesivo, já tiro a foto e entro em contato para arrumar. Tenho todo suporte dentro do meu carro e entre uma corrida e outra vou me organizando na agenda”, assim a motorista conecta o seu passado com o presente.
“Já Ricardo* desempenha apenas uma função, a de motorista. E por levar a risca sua rotina, está acima de 90% de seus companheiros de trabalho, segundo relatório enviado pelo próprio aplicativo da 99. “Só tenho três segredos: levantar cedo, tomar banho e ir trabalhar”.
Como os outros do ramo, ele também tem uma meta para cumprir no seu dia a dia e segue o pensamento de aceitar todas as corridas.
““No 99, quando começa a cancelar corridas, parece que eles começam a te deixar meio de lado. O motorista nunca perde, é um real que tu não tem”, afirma.
A famosa ‘meta’ é o que norteia a maioria dos trabalhadores desse ramo. Nelson* explica que foi por isso que mudou completamente sua vida. Em 2003, era dono de uma construtora na cidade de Canoas, cobrava R$750,00 o m², porém com a instabilidade econômica do Brasil, o valor foi caindo até R$450,00 em 2015. Para fins de parâmetros econômicos, a inflação do país saltou de 6,41% em 2014 para 10,67% em 2015. Foi assim que, em 2017, com esse desbalance fiscal, que resolveu migrar para a área de transporte de passageiros com uso de aplicativo de mobilidade que, na época, estava em crescimento exponencial. Ironizado por um amigo que no momento estava lucrando, ele foi incentivado a se aventurar nessa nova jornada. “Vou me reinventar. No primeiro dia tirei R$380″, afirma. A partir daí, desse primeiro ganho, viu a possibilidade de ganhar mais do que no seu antigo trabalho e está até hoje no ramo. Atualmente, a meta de Nelson é de R$350,00 por dia: “Eu corro até atingir minha meta, se for 23h, 00h. Se eu atingir às 2h, vou para casa, durmo e 6h estou de pé de novo”, explica. Além de metas diárias, o motorista também lida com uma meta mensal de R$4.500, “É o que considero saudável para mim”.
O valor de R$ 350,00 diário parece ser a meta buscada entre a maioria. Com Ricardo* também é assim. Ele explica que o motorista que trabalha com vontade, atinge a meta sempre e que quando o movimento está bom sempre é válido continuar trabalhando. Assim é que Ricardo* lucra de R$6.000 até R$7.000 no mês. “Quando eu vou receber o que ganho trabalhando no 99, trabalhando num serviço fixo, não tem. Já trabalhei na Prosegur, transporte de valor e não ganhava a mesma coisa, é bem mais estressante, fora o risco que a gente corre”, destaca.
Era por volta das 05h30 da manhã enquanto José* dirigia seu Onix prata, em mais um dia de trabalho. Sua profissão? Ele era motorista de aplicativo. José descia a Avenida Presidente Vargas para levar um passageiro aqui, subia a Borges de Medeiros para levar outro passageiro ali, um fim de noite e começo de manhã calmo e pouco movimentado. Até que surge mais uma corrida no monitor do seu celular. O aplicativo da 99 indicava que aquela corrida era de risco, então José*, prontamente pegou o celular, e colocou para gravar aquele trajeto. O celular estava apoiado no suporte para GPS e estava apontado para dentro do carro, dando a visão de toda a parte interna do veículo. O motorista, então, se dirige para o local indicado com uma certa insegurança, porém segue normalmente, ele já tinha feito esse tipo de corrida outras vezes e era um homem experiente. Ele chega no local indicado, e aguarda o passageiro chegar. Após alguns minutos de espera, tendo somente sua rádio para lhe fazer companhia, o passageiro entra e eles seguem para o lugar indicado. O passageiro se chama Alexandre*, de 27 anos, que na ocasião em específico, se encontrava um pouco alterado. Eles então seguem para o endereço, e o homem vai guiando o motorista pelo caminho. Ele fala de maneira alta e com muitas gírias na sua linguagem. Eles então pararam na casa de um amigo desse homem. O jovem coloca a parte do corpo para fora da janela do carro e começa a gritar o nome do amigo. Um tempo depois ele entra no carro, e os três seguem viagem para mais um destino.
Na viagem o homem conversa com seu amigo e ao mesmo tempo com José*. Ele está falando sobre sua história, até que menciona um fato que deixa José* com uma insegurança maior ainda. Ele tinha saído há duas semanas da prisão. Seu crime? Quatro homicídios. O rapaz começa a falar da sua vida na cadeia e como se arrependia de ter vivido tudo isso. Ele tinha passado três anos atrás das grades e havia perdido toda sua família. Ele confessa que o seu primeiro homicídio foi por um homem ter o chamado de “filha da puta”. Por mais que ele demonstrasse arrependimento pelos anos que passou na prisão, sentia um certo orgulho ao comentar sobre as mortes. José*, sentia que o arrependimento do rapaz não era por ter cometido os crimes, mas sim por ter sido pego. O carro para e o homem sai permanecendo somente o seu amigo. José aproveita a brecha para perguntar se eram verdadeiras aquelas informações. O amigo confirma , mas indica que o homem é tranquilo. Ele então cansado de esperar Alexandre, sai do carro e vai buscar ao encontro do amigo.
José* fica alguns bons minutos esperando os dois com o motor do seu carro ainda ligado. Então subitamente Alexandre entra no carro extremamente revoltado. Aparentemente, ele havia sido enganado em um esquema que o fez perder dinheiro. O homem grita e demonstra sua completa insatisfação desferindo insultos e ataques verbais a quem quer que os ouça. Ele então faz uma ligação extremamente agressiva para um ex-companheiro de negócios. Na ligação, ele cobra uma dívida o insultando e ameaçando de morte. Alexandre, diz que o ex-companheiro precisa pagar a dívida e se não o fizer, ele vai na casa matar o próprio, sua mãe e filhos. Alexandre*, revoltado, diz a todo tempo que não tem nada a perder e que se precisar voltar para prisão. José* se sente completamente inseguro e aflito, pois nunca tinha passado por uma situação dessas. José* segue dirigindo calado, pois não quer causar nenhum movimento brusco que possa fazer o homem se revoltar contra ele próprio. Nesse momento, José* só pensa em voltar em segurança para sua mulher e filhos. A noite está fria mas o Motorista está suando e totalmente alerta, sabe que um leve descuido pode custar sua vida. Alexandre*, no auge da sua raiva grita o no telefone e diz: “O QUE? O QUE TU FALOU?”. Ele desliga o telefone completamente transtornado e obriga José* a encostar o carro. José* está confuso e não sabe como reagir. Alexandre*, começa a gritar e insistir cada vez mais para que o motorista encoste o carro. Ele então o ameaça dizendo que vai o matar caso não pare. Ele está muito seguro disso e não tem nada a perder. “PARA O CARRO, PORRA! OU EU VOU TE MATAR”. Ele então encostou a pistola no ombro de José e ele para imediatamente. Ele obriga o motorista a descer do carro o xingando e ameaçando. José* antes de descer do carro, pega o celular que estava gravando toda a corrida. Mas Alexandre*, arranca de sua mão e entra no carro, que agora é seu veículo de para cumprir sua missão.
José* se encontra totalmente devastado, seu carro e todos seus pertences foram subitamente tirados de de suas mãos, mas o que Alexandre* não sabia é que José*, no último momento antes de sair do carro em ato de pura coragem, conseguiu retirar a chave da ignição e levar consigo. O carro de José, possui um sistema chamado keyless, onde o carro só funciona com a chave próxima ao veículo. Então Alexandre*, foge com o carro, mas não vai muito longe. No carro, ele fica sem entender e completamente transtornado, sai do veículo e começa a vasculhar os pertences de José*.
Após escutarem que seu companheiro estava passando por perigo extremo, a rede de proteção da família Madruga foi ativada. A corrida já estava sendo monitorada e os administradores do grupo estavam escutando tudo que o que estava sendo falado na corrida. Imediatamente, com o sinal de alteração do passageiro, o grupo encaminhou veículos para prestar suporte a José. O primeiro que chegou no local foi Rodrigo*, que avistou Alexandre* procurando qualquer coisa que pudesse levar consigo. Então então grita “esse carro é do meu colega!” e instintivamente parte para cima do homem. Ele consegue derrubar Alexandre* e tentar imobilizá-lo, porém, o homem consegue fugir deixando tudo para trás, inclusive o seu próprio celular. Após isso, Rodrigo* foi procurar José* e o encontrou a duas quadras de distância onde estava escondido. José* estava claramente abatido e sem reação. Foi para casa, tomou um banho demorado e ficou pensando em tudo o que tinha passado. José* levou algumas semanas para superar o que tinha vivido e voltar a normalidade, mas quando se passa por um trauma desses, o medo nunca é totalmente superado.
Mesmo com a convivência com o risco e o perigo diariamente, para a maioria dos motoristas de aplicativo de Santa Maria, o maior problema não são os assaltos e o medo de não voltar para casa, mas sim o trânsito. Ricardo* diz que o maior risco não é trabalhar de madrugada e os passageiros: “Eu já dirigi daqui até Fortaleza e voltei, deu 15.700km, passando por várias cidades. O trânsito de Santa Maria é o pior”.
Caren* segue o mesmo pensamento e destaca que, por conta disso, é necessário sempre cuidar do mental, ter controle de si e ainda saber a hora de parar. “O nosso trânsito é bem complicado. É bem cansativo realmente, mas quando tu vê que não tá legal, que tu tá muito estressado, é bom ir pra casa dar uma descansada”, complementa.
Trabalhar diariamente como motorista de aplicativo pode gerar alguns riscos, como vimos no caso de José*. O motorista está exposto e sempre está sujeito a sofrer algum tipo de violência. Porém em alguns casos esse fato sofrer exceções, Nelson* explica que depois de um certo tempo os Madrugas passaram a ganhar um certo respeito nos bairros perigosos da cidade: “Às vezes pedem corrida na Cipriano, por exemplo, e os motoristas não vão. Nós vamos. Porquê às vezes é uma mãe de família que está querendo sair com seu filho ou uma pessoa doente que está querendo ir para o hospital. Então os traficantes enxergaram isso como um “serviço prestado à comunidade”. Então toda vez que veem o adesivo da empresa eles pensam “Madruga não”, explica.
A rede de proteção pode ser um prato cheio para motoristas que querem transgredir as leis, visto que estarão assegurados por um monitoramento em tempo real, dando total segurança para cometer seus crimes. Porém, Nelson* explica que estão sempre monitorando qualquer atitude ou rota suspeita. “Não aceitamos qualquer tipo de envolvimento com drogas. Já denunciamos dois motoristas que foram presos por envolvimento com drogas “, explica. Esse monitoramento se dá através de analisar as rotas do motorista e verificar se existe algum tipo de padrão. Havendo a suspeita de algum tipo de atividade ilícita isso é investigado a fundo e passado para a polícia. Nelson* explica “nós temos uma relação excelente com a polícia. Se identificarmos qualquer atitude suspeita de um motorista nosso, nós entregamos a placa do carro”, conclui.
Mais um ponto que tem feito parte da rotina dos motoristas de aplicativo ultimamente, é a discussão sobre direitos trabalhistas. Em setembro de 2021, o senador Acir Gurgacz (PDT-RO) apresentou um projeto de lei que classifica os motoristas de aplicativo como trabalho intermitente, ou seja, a prestação de serviço de forma esporádica e que deve ser regulado pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Porém, é necessário saber o que os próprios motoristas de aplicativo pensam sobre isso.
Caren* explica que a situação tem que ser bem analisada: “Pelo menos pra mim do jeito que está, está bom, porque dentro disso tem que ver imposto. 99 e tal são corridas de valores bem baixos, então para alcançar um valor X tem que fazer muitas corridas no dia, aí se tu for pagar um valor X alto, não vale a pena”. A motorista conta que utiliza o MEI (Microempreendedor Individual), o que fornece um salário mínimo. “Praticamente não é nada, mas dá pra comer. Todo mundo corre atrás de salário, as pessoas trabalham de 12 a 15h para fazer seu salário”, desabafa.
Para Ricardo* ainda existem mais dúvidas que certezas com essa questão: “Como vai ser feito uma análise em cima desse salário? Como vai ser feito esse trabalho pra ver quanto será o salário? Porque o cara vai trabalhar 5h e eu vou trabalhar 12h e vai ganhar a mesma coisa que eu. Eu acho complicado.”
Reportagem produzida na disciplina de Jornalismo Investigativo, no 2ºsemestre de 2022, sob orientação da professora Glaíse Bohrer Palma.
O aplicativo Urmob, desenvolvido pela i3 Tecnologia a pedido da Secretaria de Mobilidade Urbana, foi apresentado ao público na última quarta-feira, dia 17, no Hotel Itaimbé, em Santa Maria. O APP visa ajudar quem utiliza as linhas do transporte público para a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).
O Urmob é uma inovação, pois é o primeiro aplicativo referente ao transporte coletivo do município. A ideia estava em desenvolvimento desde 2017, quando houve reajuste das tarifas e a prefeitura exigiu estudo e prazo para instalação de GPS nos veículos e de um programa virtual para os usuários.
O titular da secretaria de Mobilidade Urbana, João Ricardo Vargas, falou a respeito da importância do desenvolvimento deste aplicativo e das expectativas para os próximos anos. “O Urmob é um grande passo para o transporte público de Santa Maria. Além de possibilitar o acompanhamento em tempo real dos ônibus, promove segurança ao usuário, que evitará esperar em paradas pouco movimentadas”, afirma. O secretário informa outras medidas na área. “Planejamos que, até o final do ano, todas as linhas estejam disponíveis no programa. Também será permitido às pessoas que possam inserir seus pontos de partida e chegada, fazendo com que o sistema mostre o melhor caminho utilizando o transporte público”, diz.
A i3 Tecnologia conta com a participação dos usuários em comentários e feedbacks a respeito do software para melhorá-lo, conforme explica Cristiano Silveira, um dos responsáveis pelo desenvolvimento do aplicativo. “O Urmob utiliza a tecnologia ZELTS, plataforma de rastreamento veicular que a nossa empresa já desenvolve há anos”, informa. Ainda sobre as especificidades técnicas, ele explica: “Essa plataforma foi desenvolvida em C# e .net. Escolhemos essa linguagem porque somos Developer Partner da Microsoft e, também, por ser uma linguagem robusta e fácil de implementar, com integração completa com banco SQL Server”, reforça.
Produzido para as disciplinas de Jornalismo I e Jornalismo Digital I sob a orientação dos professores Sione Gomes e Maurício Dias
O uso de um aplicativo para melhorar as relações de trabalho. Essa é a proposta de estudantes da Universidade Franciscana. A ideia foi apresentada, na noite de quinta-feira, durante o XXII Simpósio de Ensino, Pesquisa e Extensão – SEPE. De acordo com Lise Gai Teixeira, uma das integrantes do grupo de trabalho, a iniciativa busca recolocar trabalhadores informais no mercado de trabalho.
O aplicativo busca a divulgação de serviços e vagas para emprego. Conforme a estudante, os aplicativos são de fácil acesso. “As pessoas estão interagindo cada vez mais por app. A ideia é ser um mediador. No começo a pessoa escolhe se é trabalhador ou empresário para fazer o cadastro”, conta.
Ela ainda esclarece, que a pessoa poderá fazer o pagamento de algum serviço como diarista e babá pelo próprio aplicativo, que ainda não tem data para ser lançado. A pessoa pode colocar crédito e pagar via cartão. O app ficará com 1% da movimentação para se rentabilizar.
Cada vez mais as pessoas estão sem tempo para, por exemplo, ir buscar um exame médico. O jovem Jéferson de Oliveira De Lima, estudante da Universidade Franciscana quer reduzir esse tempo de espera e facilitar a vida das pessoas. De acordo com o acadêmico de Engenharia Biomédica, a ideia é agilizar o serviço, que poderá ser usado também por clínicas e médicos.
“Cada vez está mais prático usar o celular. Queremos facilitar e agilizar o processo de espera dos resultados médicos. O aplicativo seria para celular e com uma versão web, para ser aberto em computadores, principalmente para as clínicas”, explica.
O jovem destaca que app teria um banco de dados com todos os exames realizados pela pessoa. Ele ainda questiona: “Quem tem um arquivo com as vacinas que tomou ? Qual resultado do exame que você fez há um ano?”. Todas essas respostas estariam na palma da mão, através do app, que ainda não tem nome e data para ser lançado.
A ideia é expandir a funcionalidade do aplicativo para hospitais e visa um grande público tanto de quem é paciente, quanto para empresas do ramo da saúde.
A 5° Mostra das Profissões, que ocorre neste sábado (19), apresenta o seu aplicativo oficial, com programação, avisos, notícias e conteúdos exclusivos dos cursos.
O aplicativo está disponível apenas para o sistema operacional Android na Google Play.
Games nos celulares são práticos de se jogar. Por isso cada vez mais cresce o número de jogadores nesta categoria. As mulheres são boa parte desse público, que deixou de lado o WhatsApp, e agora, migraram para os aplicativos de jogos. Em plataformas móveis, como os smartphones as mulheres tem uma participação maior utilizando os jogos, enquanto os homens utilizam mais as plataformas de PlayStation, Xbox ou Wii.
Atualmente são disponibilizados muitos jogos para celulares com Android ou iOS. A universitária Viviane Campos, 18, no tempo vago adora ficar em seu smartphone jogando “Heads Up!”, um jogo de adivinhação que pode ser praticado tanto sozinho como em um grupo de amigos. Ela também cuida do seu “Pou”, e confessa que joga com muita frequência. “Sempre quando estou sem nada para fazer ou dentro do ônibus”, comenta.
Já a estudante Helena Smidt, 15, vive o mundo dos aplicativos intensamente. A adolescente conta que não são apenas as redes sociais que chamam a atenção da sua turma de amigas. “Uma hora cansa ficar nos aplicativos de relacionamento”, desabafa. Pondera: “os jogos distraem quando temos que esperar em algum lugar”.
Mulheres gostam de jogos de ação
Entre inúmeros aplicativos de jogos, os que mais se destacam são Minion Rush, Dizzy Fruit, Puzzle Pets e Shark Dash. Esses aplicativos chamam a atenção do público feminino, mas as meninas não vêm privações em jogar aplicativos em que o personagem é masculino ou que necessita de movimentos mais bruscos. Não são apenas os homens que usufruem desses games e que se preocupam com gráficos. As mulheres estão por dentro do mundo digital. Dados comprovados na nossa enquete: “como o mundo feminino esta inserido nos aplicativos de jogos”. Com um total de 45 mulheres entrevistadas, o resultado foi 37 jogadoras. Então, se 82% das mulheres admitem que tem o costume de jogar nos aplicativos, elas estão realmente no mundo dos aplicativos de jogos. Graças à expansão para novos mercados, a diversidade aumenta, levando jogos para um público de ambos os sexos.
Por Natália Librelotto e Rodrigo Ledel
O projeto Sangue Social está exposto no estande perfil empreendedor que fica no Pavilhão da Inovação. Rossana Freitas Moreira, acadêmica do curso de sistema para internet da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), explica que a ideia do projeto é desenvolver uma solução para ajudar a resolver a necessidade da falta de doadores de sangue.
O aplicativo estará disponível a partir de janeiro de 2015. Funcionará da seguinte forma: quando houver a necessidade de bolsa de sangue o operador do Hemocentro registra na página do facebook o tipo sanguíneo que precisa de reposição fazendo com que essa solicitação entre no feed de notícias dos usuários, possibilitando que essas informações cheguem em um maior número de pessoas em menor tempo.
Esse projeto tem como objetivo alcançar no mínimo 3,5% de doadores de sangue do contingente populacional. Sendo que hoje existem apenas 1,9% de doadores.
Texto elaborado pelas acadêmicas de Jornalismo: Helena Moura e Publicidade e Propaganda: Julia Vizzotto/ Centro Universitário Franciscano. Professor Responsável: Bebeto Badke (Mtb 5498)