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assembleia dos professores estaduais

Professores do estaduais decidem manter a greve

Em assembleia geral, realizada nesta tarde, em Porto Alegre, os professores estaduais decidiram continuar com a paralisação que já dura mais de dois meses. Entre as pautas de luta da categoria está o pagamento em dia

Professores realizam assembleia

Na longe batalha dos professores do Estado pelos seus direitos e qualidade salarial, mais um golpe foi dado: o governador José Ivo Sartori parcelou os salário dos educadores, eles não recebem o pagamento integral e não

Foto: arquivo ACS

Em assembleia geral, realizada nesta tarde, em Porto Alegre, os professores estaduais decidiram continuar com a paralisação que já dura mais de dois meses. Entre as pautas de luta da categoria está o pagamento em dia o 13º salário, em dezembro, reivindicação que o governo do Rio Grande do Sul ainda não disse se conseguirá ou não atender.

Segundo o coordenador da 8ª Coordenadoria de Ensino, José Luis Eggers, das 77 escolas da região 27 estão em greve. Destas, 10 estão em greve total, e 17 parcial. Ainda, segundo Eggers, nove escolas estão fechadas em Santa Maria e uma em uma cidade vizinha. O coordenador também informou que dos 70 mil professores estaduais do Rio Grande do Sul, 4 mil ainda estão em greve.

A greve dos professores começou em setembro deste ano e já dura mais de 60 dias. O motivo principal da paralisação é o parcelamento dos salários por parte do governo.

ENTENDA A CRISE

A crise financeira do estado se estende desde 2015, com parcelamento de salários, décimos e dívidas com a união, o governador José Ivo Sartori enfrenta problemas nas contas e com o funcionalismo. Segundo o sindicato dos professores, o CEPERS, o salário do magistério já foi parcelado mais de 20 vezes em dois anos.

No ano passado, os alunos se juntaram com os professores na luta por melhores condições na educação, por meio das ocupações, algumas reivindicações foram ouvidas. Em São Sepé, o Colégio Estadual São Sepé e a Escola Francisco Brochado da Rocha, foram reformadas em virtude das demandas exigidas pelos alunos durante as mobilizações.

CALENDÁRIO LETIVO

O professor José Luis Eggers garante que o calendário letivo, que exige, no mínimo, 200 dias letivos, será cumprido. De acordo com Eggers, o calendário para as escolas que já retornaram da greve vai até 14 de janeiro de 2018. O coordenador afirma que a fiscalização será intensa para que os alunos são saiam prejudicados por conta dos dias sem aula “vamos exigir que o calendário seja obedecido para que os efeitos da greve sejam minimizados e o conteúdo seja dado.

Sobre as escolas que continuarão em greve, o professor explica que ainda não tem como estipular um prazo ou calendário para esse colégio, mas garante que o ano letivo será fechado, ainda que leve mais tempo que as demais, sem que haja prejuízo para os alunos.

Na longe batalha dos professores do Estado pelos seus direitos e qualidade salarial, mais um golpe foi dado: o governador José Ivo Sartori parcelou os salário dos educadores, eles não recebem o pagamento integral e não têm previsão de quanto receberão este mês.
Nos das 14 e 15 de agosto deste ano, o Centro dos Professores do RS (CPERS) realizou o Primeiro Encontro do Coletivo Estadual da Juventude, o qual visou debater e conversar com os jovens professores, convidando-os à juntar-se com a luta sindical, discutindo assuntos como carreira, magistério e mercado de trabalho. A programação começou sexta-feira, com uma intervenção cultural, e foi até sábado, quando foi contada da História do movimento Sindical no Brasil e um Resgate Histórico do CPERS.
Eles ainda fizeram um ato na Praça Saldanha Marinho, em Santa Maria, no dia seis de agosto.
Ainda na luta, os educadores do Estado irão realizar nesta terça-feira (18) Assembleia Geral do CPERS, em Porto Alegre. Além das reivindicações da assembleia do dia 27 de março, como a melhoria no atendimento do Instituto de Previdência do Estado do Rio Grande do Sul (IPERGS), os 13,01% do reajuste do mês de janeiro, e o pagamento do Piso Nacional da Educação, os professores também problematizam e exigem o pagamento do salário em dia e sem parcelamento.