Shin Anime Dreamers reuniu todas as idades no domingo
Apesar da previsão de chuva, o calor não deu folga para quem escolheu ir fantasiado no Project: Shin Anime Dreamers no último domingo, dia 14. O ateliê da Estação da Gare se encheu de vida a
Apesar da previsão de chuva, o calor não deu folga para quem escolheu ir fantasiado no Project: Shin Anime Dreamers no último domingo, dia 14. O ateliê da Estação da Gare se encheu de vida a
Neste final de semana, dias 13 e 14 de abril, acontece o Project: Shin Anime Dreamers, no Ateliê da Gare da Estação a partir das 14h, com entrada franca. O evento reúne cultura pop japonesa e
Neste fim de semana a Estação da Gare receberá a 11ª edição do Shin Anime Dramers, no sábado(14) e domingo(15), das 14h às 20h. O evento é voltado para os otakus, ou seja, fãs do universo
A 13ª edição do “Shin Anime Dreamers” lotou os quatro andares da Cooperativa dos Estudantes de Santa Maria (CESMA), e mostrou que Santa Maria cresce no cenário nacional de apreciadores da cultura pop japonesa e nerd. Lúcio Hiko
Cosplay é a abreviação de costume play, que pode ser traduzido como “representação de personagem a caráter”, “disfarce” ou “fantasia”. Praticada principalmente – porém, não exclusivamente – por jovens, o cosplay consiste em disfarçar-se ou vestir-se de algum personagem real ou ficcional, concreto ou abstrato, como, por exemplo, animes, mangás, comics, videojogos ou ainda
A Agência CentralSul de Notícias faz parte do Laboratório de Jornalismo Impresso e Online do curso de Jornalismo da Universidade Franciscana (UFN) em Santa Maria/RS (Brasil).
Apesar da previsão de chuva, o calor não deu folga para quem escolheu ir fantasiado no Project: Shin Anime Dreamers no último domingo, dia 14. O ateliê da Estação da Gare se encheu de vida a partir das 14h, quando pessoas de todas as idades começaram a chegar para o segundo dia de evento. Reunindo a cultura pop japonesa e nerd com animes, games, cosplay, atividades e muito mais, o projeto aglomera antigos e novos fãs de diferentes universos.
Ályssa Kuntz, dona do stand Nekomancia, conta que foi a primeira standista do Shin Anime e que neste ano o público está muito mais diferenciado. “Antes era muito mais fãs de animes, agora tem mais variedades como os fãs de K-pop”, confirma Ályssa.
Além dos muitos stands que englobam a cultura japonesa, esta edição contou com várias atividades como a Sword Play, o jogo de espadas ministrado pela Universitatis Ludus. Guilherme Dalcin informa que o jogo é para trazer “um gostinho”, para o pessoal experimentar. E quando encontram alguém que goste muito da prática, a pessoa pode ser convidado a participar do grupo. Dalcin também revela que as espadas para atividade práticas são feitas de cano de pvc e EVA de tatami, mas já as de treino de técnica, que não são usadas em combate, são feitas de madeira de Ipê pelo Daniel Albani.
Apesar da grande procura para testar as habilidades de espada, a parte mais esperada ainda é o concurso de cosplay. Samile Ortiz estava fantasiada de Tsukimi Rito do anime Absolut Duo, ela revela ser a quarta vez que vem participar. “É muito bom estar aqui, poder conviver e conhecer pessoas novas, mas o concurso de cosplay é uma das partes mais esperadas por todo mundo, eu acho”, complementa Samile.
Já Manuela Kozoroski, que foi fantasiada de Linguini do filme Ratatouille, escolheu participar somente do concurso de foto. “Eu gosto muito de vir de cosplay e tirar foto com todo mundo. Escolhi essa fantasia porque gosto muito do filme e podia representar ele com o meu ratinho, o Fósforo”, diz Manuela.
A vez das famílias
Os jovens são o público alvo do evento, porém a participação de famílias é grande.
Alexandra Gessá veio pela primeira vez ao evento com a família, e com fantasia combinando com sua filha. “Meu primo de Porto Alegre sempre participa e falou muito bem daqui. Eu estou achando bem inovador o fato de que pessoal se propõe a participar, e muita gente vem fantasiado”, menciona Alexandra.
Quem foi pela primeira vez também, foi o pequeno Marcelo Benicio, levado por seu pai Marcelo que participa pela terceira vez. “A gente veio fantasiado de família incrível, porque a mãe dele não pode vir junto. Então a gente resolveu se virar”, brinca.
Raíssa, fantasiada de Makise Kurisu do anime Steins Gate, foi para o evento acompanhada do pai César. Ele afirma ter gostado muito do evento, e apesar de não ter ouvido falar dele antes, ficou impressionado quando chegou lá. O pai foi para acompanhar a filha que participaria de seu primeiro concurso de cosplay. “Eu escolhi essa personagem porque ela é muito inteligente apesar da idade, é uma cientista que com 18 anos já publicou uma tese que refuta toda a teoria do pai dela, é incrível” revela Raíssa.
A dona do stand Kawaii Kosturas, Bárbara de Moraes menciona que adora ver todo mundo de cosplay, porque acha incrível ver público de todas as idades e gostos reunidos. “Fazem dois anos que eu tenho a loja e faço produtos artesanais baseados, principalmente em animes, sempre tentando contemplar essa cultura que todos nós amamos tanto, por isso que estamos aqui”, comenta Bárbara, que também estava fantasiada de Sakura CardCaptor.
Neste final de semana, dias 13 e 14 de abril, acontece o Project: Shin Anime Dreamers, no Ateliê da Gare da Estação a partir das 14h, com entrada franca. O evento reúne cultura pop japonesa e nerd com animes, games, cosplay, atividades e muito mais, e aglomera antigos e novos fãs de diferentes universos.
Esta edição irá contar com atividades como Nerd Quiz, espaço para duelos com armas de EVA com o grupo Universitatis Ludus, exibição das novas histórias do anime Yu Yu Hakusho e do documentário sobre o Stan Lee, criador do Homem-Aranha.
Haverá também um espaços para os gamers jogarem de graça, além do torneio Games Tournament com inscrição de R$ 5,00. Os jogos confirmados para o torneio são: The King Of Fighters XIV, Naturo Ultimate Ninja Storm 4, Marvel VS Capcom Infinite, Dragon Ball FighterZ, e Super Smash Bro 4.
Estarão disponíveis exposições da Era Meiji, e exposição de esculturas nerds pelo Bacharel em Artes Visuais, Eduardo Kemmerich. E, ainda, apresentações de artes marcial japonesa, espetáculos de habilidades circenses, artes da guerra e de artes ninjas, e performances de K-Pop, gênero musical coreano, pelo grupo Red Line. Já os stands trarão mangás, comics, itens de cultura pop japonesa e nerd, produtos artesanais, bottons, roupas, acessórios, ilustrações, e diversos produtos voltados para fãs de K-Pop em geral. Os stands confirmados está na página do evento no Facebook.
Além disso, o artista Fred Rodriguez retorna para mais um Shin Anime Dreamers, trazendo seus desenhos sobre animes, series, filmes e hqs. E não poderia faltar a mais tradicional atividade do evento, o concurso de Cosplay, onde os participantes se vestem como personagens da cultura pop japonesa. As regras do concurso podem ser encontradas o link publicação do evento.
Neste fim de semana a Estação da Gare receberá a 11ª edição do Shin Anime Dramers, no sábado(14) e domingo(15), das 14h às 20h. O evento é voltado para os otakus, ou seja, fãs do universo dos animes, seja em quadrinhos, videogames ou mangás. A entrada é franca.
Essa edição irá contar com diversas atividades como o campeonato de jogos clássicos, nerd quiz, mangás, pôsteres, exibição de animes, além do concurso de cosplay, um hobby onde os participantes se fantasiam de personagens fictícios da cultura pop japonesa. Uma das novidades será o swordplay, esporte que simula uma batalha com réplicas de espadas, e o estande da Liga Internacional de Pa-kua, uma modalidade de arte marcial voltada para a defesa pessoal.
A 13ª edição do “Shin Anime Dreamers” lotou os quatro andares da Cooperativa dos Estudantes de Santa Maria (CESMA), e mostrou que Santa Maria cresce no cenário nacional de apreciadores da cultura pop japonesa e nerd.
Lúcio Hiko e Ricardo Aguiar são os atuais organizadores do evento e a equipe conta com 10 pessoas. Para a edição que aconteceu no sábado, 16, na CESMA foram mais de 20 envolvidos na organização. O evento que completa 10 anos no ano que vem, tendo uma edição oficial por ano, está na 3ª edição extra. O evento já passou por outros locais de Santa Maria, mas encontrou na CESMA o espaço que melhor acolhe as diversas atividades planejadas.
O evento esteve dividido entre espaços de games como Naruto e The King of Fighters e uma máquina de Arcade; documentários sobre a cultura geek exibidos a todo momento; diversos estandes de lojas de artigos geek e desenhos de artistas santa-marienses e uma sala dedicada ao K-pop (estilo musical coreano). Além disso, um concurso de cosplays, a palestra do artista gráfico Daniel HDR e o show da banda porto-alegrense de anime songs, Hakushi.
“Os eventos crescem aos poucos, por exemplo, uma vez por ano participamos do CineClub da CESMA, trazemos animes com teor adulto, com dramas e histórias dignas para mostrar que animes não são apenas para crianças. O nosso evento traz a cultura do mangá, videogame, cosplayer e quadrinhos. Temos esse evento em Santa Maria para as pessoas que não tem condições de irem para os grandes centros e me surpreende vir gente até mesmo de Porto Alegre, que é o nicho dos eventos. Vem pessoas também de cidades vizinhas, Pelotas, Rio Grande e Uruguaiana”, afirma Lúcio Hiko.
A cosplayer convidada Mirella Berttinatti, veio da cidade de Encantado para ser jurada do concurso de cosplays. Também participaram do evento Jéssica Gonçalves e Kauã Ferrari, cosplayers de Santa Maria.
O grupo de amigos santa-marienses, Daniela Costa, conhecida como Yume Sekay, Caroline Osório e Lukas Hiroshy contam sobre a expectativa para o concurso de cosplays. Daniela e Caroline, que participam do evento há três anos, falam que esse ano superou expectativas, com mais programações e maior público.
As amigas Carolina Venturini e Iris Vargas, 15, são de Itaara. Elas contam que o evento é uma boa oportunidade para comprar artigos relacionados à cultura japonesa. Além disso, contam que gostaram muito da área de K-pop.
Daniel HDR
O artista Daniel HDR veio pela primeira vez a Santa Maria como convidado do evento, ao lado do colega Roger Goulart. Daniel conta que gostou muito de encontrar os artistas locais. Ele também fala que, embora pequeno, o evento é bem diversificado, vindo fãs de comics, anime e mangá. “Hoje em dia muitos eventos esquecem de diversificar. Viram evento de uma coisa só, por exemplo, só de youtuber. Este evento está entrando num conceito que grandes eventos valorizam. Se servir de exemplo para outros municípios, ou até agregar para juntar várias outras turmas e tribos, vai ser muito benéfico, não só como evento mas como produção cultural local. É necessário diversificar o panorama”, diz Daniel HDR.
Em entrevista à ACS, Daniel HDR, dono da empresa de design gráfico Dínamo, contou um pouco de sua história: “Eu vivo no Brasil e trabalho com uma coisa que as pessoas ainda acham que não é trabalho. Iniciei fazendo fanzines, depois trabalhei com ilustrações para jornais de bairros e cartoons. Comecei a trabalhar mandando amostras para uma agência de São Paulo, não tinha nem internet banda-larga naquela época. Comecei a trabalhar para a indústria americana com 21 anos e precisei ter muita disciplina. Além do peso da camiseta de trabalhar com os personagens que sou fã, estudava publicidade e propaganda, intercalando os dois. Também trabalhava com a Comics e passou pelas minhas mãos títulos como X-Men, Homem de Ferro e Vingadores. Tinha pedra nos rins e não dormia. Em 2000 comecei a trabalhar para a empresa japonesa Digimon e ainda para os Estados Unidos. Entrei na vida acadêmica paralelamente a tudo isso. Foram 10 anos com a vida de professor acadêmico e coordenador em Jogos Digitais. Depois, resolvi me dedicar totalmente aos quadrinhos. Já trabalhei com a Marvel. Hoje, trabalho com a DC Comics e há pouco tempo, desenho o manual da banda Kiss e do The Soldier”.
Daniel também diz que “quando estava para ser efetivado em uma grande empresa de publicidade de São Paulo, recebi a proposta da Digimon. Lembrei de meu pai, um nerd que colecionava quadrinhos, e que preferiu um trabalho garantido como desenhista técnico de uma companhia elétrica à seguir seus sonhos, e pensei: vou perder esta oportunidade? Decidi virar free-lancer para a publicidade e me dedicar aos quadrinhos porque pensei ser muito mais estressante fazer trabalhos de publicidade do que pensar sobre o que vai acontecer com os personagens”.
Quando questionado sobre qual é seu personagem preferido, Daniel respondeu: “Esta pergunta é fácil de responder e, ao mesmo tempo, injusta. Personagens que têm franquia longínqua têm fases boas e ruins, mas não consigo deixar de falar do Super Man. Quando penso na religião judaica e no cristianismo, sobre a saga do imigrante em terra desconhecida, vejo que ele é o símbolo de muita coisa. Como a sociedade estava encarando o entretenimento e os quadrinhos quando ele foi criado e como o gênero super herói se transformou. Ele foi o primeiro de uma espécie de quadrinhos e da cultura pop. Filmes ou vídeo games, sejam da Marvel ou da DC, foram influenciados pelos dois que criaram o super homem. É muito louco, é como olhar para o rosto do seu bisavô e notar que você tem os traços dele. Desenhei o personagem com 75 anos de criação e quando desenhei o “S” percebi que sou uma migalha. Mas como é bom ser essa migalha, isso não tem preço!”
Cosplay é a abreviação de costume play, que pode ser traduzido como “representação de personagem a caráter”, “disfarce” ou “fantasia”. Praticada principalmente – porém, não exclusivamente – por jovens, o cosplay consiste em disfarçar-se ou vestir-se de algum personagem real ou ficcional, concreto ou abstrato, como, por exemplo, animes, mangás, comics, videojogos ou ainda de grupos musicais — acompanhado da tentativa de interpretá-los na medida do possível. Os participantes (ou jogadores) dessa atividade chamam-se, por isso, cosplayers.
Iohan Cosmaker faz Arquitetura na Unicruz e conta que sempre viveu em uma cidade carente de um movimento cultural. Por essa razão, resolveu utilizar seu conhecimento em arquitetura e sua paixão por comics para dar início a esse projeto. Todas as suas armaduras e trabalhos são feitos de materiais recicláveis, o que torna o projeto, além de bonito e interessante, sustentável.
Esse projeto do Iohan existe há 5 anos. Todos os anos, expõe seus trabalhos na Expotupã. Além de produzir, ele oferece oficinas para ensinar outras pessoas a fazerem suas próprias fantasias. O projeto é muito aceito, e é um o precursor desse tipo de movimento em cidades como Tupanciretã.
“A primeira armadura que produzimos foram, na verdade, duas armaduras medievais no estilo viking. Mas a minha fantasia favorita é a do Homem de Ferro, que demorei 2 anos para concluir a original. Todo ano produzo uma nova idêntica a anterior”, disse o acadêmico de Arquitetura.
Iohan descreve a sensação de se vestir de cosplay nesse movimento como impagável: “Não tem explicação. Tu se fantasia e saí de casa cansado, passando calor e então uma criança sorri te abraça e diz: “Homem de ferro, meu super-herói favorito, e não existe nada melhor que isso”.
A fantasia do Homem de ferro por exemplo, é feita inteiramente de papelão, para deixar mais resistente Iohan usa fibra de vidro ou massa acrílica, as armaduras são muito resistentes e duram bastante, mesmo sendo feitas de materiais recicláveis. O custo de uma armadura varia do material e do personagem que o cliente vai querer.
“Eu uso todo o material reciclável que eu puder, sempre que eu posso, até para as pessoas perderem o preconceito de achar que o que é reciclável é inferior, quando na verdade, as vezes é até melhor” manifesta Iohan.
Para o futuro, Iohan pretende expandir o projeto. Ele gostaria de fazer um evento de cosplay por mês em cada cidade. O projeto já foi apresentado fisicamente nos estados do Sul e na Argentina.
Para adquirir mais informações, entre na sua página do Facebook ou pelo número (55) 96840508.