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Doe fios de amor

Ações simples do nosso dia a dia como prender, soltar e pentear o cabelo, nem sempre estão presentes na vida de centenas de pessoas portadores de câncer. Nestas horas, as perucas são grandes aliadas para melhorar a

“Doar sangue é um ato de amor”

O Dia Nacional do Doador de Sangue serve para homenagear quem atua como doador voluntário. No Brasil, a data é celebrada no dia 25 de novembro. Segundo o site do Hemocentro Regional de Santa Maria, se cada cidadão saudável

Ações simples do nosso dia a dia como prender, soltar e pentear o cabelo, nem sempre estão presentes na vida de centenas de pessoas portadores de câncer. Nestas horas, as perucas são grandes aliadas para melhorar a autoestima. No Centro de Apoio a Crianças com Câncer (CACC), um grupo de voluntários é responsável por devolver o sorriso de centenas de pessoas.

As perucas são produzidas no Centro de Apoio à Criança com Câncer.

O CACC possui sua própria oficina de perucas e recebe diariamente doações de cabelos, além de campanhas como Cabelos de aços promovida pela corporação feminina da Brigada Militar de Santa Maria. Para a Assistente Social, Marta Lopes, a alta demanda na procura por perucas fez com que o CACC, através de uma oficina, buscasse pessoas voluntárias para trabalhar na confecção dos produtos. Atualmente são seis voluntárias e a oficina acontece todas as segundas de tarde na sede da instituição. No total, o Centro de Apoio atende 140 famílias de diversos municípios do Rio Grande do Sul que vêm até Santa Maria em busca de auxílio médico no tratamento contra o câncer infanto-juvenil. “A doação das perucas é feita para qualquer pessoa que esteja em tratamento contra o câncer no Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM)”, conclui Marta. O Hospital Universitário de Santa Maria, HUSM é referência no estado para o tratamento hemato-oncológico.

O CACC

O Centro de Apoio conta com doações para continuar funcionando.

O Centro de Apoio a Crianças com Câncer (CACC) é uma ONG com o objetivo principal de receber crianças e adolescentes de zero até 24 anos portadoras de câncer, com um acompanhante.

Durante a realização do tratamento, os pacientes e acompanhantes recebem gratuitamente alimentação, hospedagem, atividades de recreação e  apoio psicológico. A casa possui capacidade para receber em torno de 40 pessoas, com ala separada para os transplantados, que devem ficar em isolamento até completar o tratamento. A sede também possui um refeitório, cozinha, sala para recreação e espaço externo com pracinha para as crianças. Além disso, há um brechó que auxilia na renda. Por ser uma instituição sem fins lucrativos, o CACC depende de doações tanto de alimentos quanto financeira e que podem ser realizadas na sede da instituição, rua Erly de Almeida Lima, n°365, no bairro Camobi, em Santa Maria. Doações em dinheiro também podem ser realizadas no site do CACC.

Como ser um doador de cabelo:

Para ser doador e colaborar é simples. E o melhor, não importa o tipo de cabelo. Pode ser encaracolado, liso, crespo, loiro, preto, ruivo, grisalho, com ou sem química. E os homens também podem participar.  Antes de fazer a doação é necessário seguir algumas recomendações. A primeira delas é que o cabelo precisa estar lavado e totalmente seco. Outra dica é prender os fios com um elástico antes do corte para ajudar a demarcar o tamanho. Só serão aceitas mechas com comprimento mínimo de 15 cm.

Texto produzido na disciplina de Jornalismo III, no 2º semestre de 2019, e supervisionado pela professora Glaíse Palma.

O Dia Nacional do Doador de Sangue serve para homenagear quem atua como doador voluntário. No Brasil, a data é celebrada no dia 25 de novembro. Segundo o site do Hemocentro Regional de Santa Maria, se cada cidadão saudável doar sangue pelo menos duas vezes por ano não seriam necessárias campanhas emergenciais para coletas de reposição de estoques. O sangue não tem substituto e, por isso, a doação voluntária é fundamental. Os intervalos para doação são de 60 dias para homens e de 90 dias para mulheres.

A artesã e doceira Zete Martins é doadora de sangue e plaquetas.  Ela doou sangue pela primeira vez quando sua mãe precisou. Atualmente, Zete doa a cada três meses. “Depois que você doa a primeira vez, vê lá no hospital o quanto isso ajuda a salvar ou mesmo amenizar a dor de pessoas que precisam de tão pouco, o pouco que a gente pode doar e que não vai fazer falta alguma.  Faz mais bem pra quem doa. Pelo menos sinto assim. É o mínimo que podemos fazer”, acrescentou. Ela conta que nunca doou para alguém específico. “Eles sempre perguntam, mas deixo sempre a critério deles”, contou Zete.

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Dia Nacional do Doador de Sangue. Foto: divulgação Hemocentro.

Fabiana Pereira, professora de Comunicação Social na Unisc e diretora na empresa CP&S Comunicações Ltda., é doadora de sangue há mais de 15 anos. Ela parou de doar durante a gravidez, mas depois do período de amamentação voltou a doar. Fabiana começou doando para a mãe de um amigo que estava em tratamento contra o câncer. Ela também lembra que talvez um dia poderá precisar. “Me sinto bem podendo doar. A partir daí já pude ajudar amigos e pessoas desconhecidas”, diz.

“Para quem pensa em doar e ainda não se propôs, aconselho que lembre que muitas vidas dependem desse ato que não custa nada. Para quem precisa de sangue, aconselho que tenha fé nas pessoas e que quando puder retribua da mesma forma, sem interessar a quem está ajudando. Fazer por acreditar que pode contribuir com alguém de alguma forma”, completou Fabiana.

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Zete Martins em uma de suas doações de sangue. (Foto: Arquivo Pessoal/Zete Martins)

No Brasil, existem alguns requisitos para que uma pessoa possa doar sangue. Para realizar esta atividade, é necessário ser maior de 18 anos, ter peso superior à 50kg, não estar grávida, não ter feito tatuagens recentemente, entre outros requisitos.

Em 2011, Orestes Golanovski foi reconhecido como sendo o maior doador de sangue do Brasil, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). Ele doou sangue até completar 65 anos, que é a idade máxima para que alguém faça a doação.

“Para quem pensa em doar, aconselho que não pense muito. A doença não espera e um dia a mais faz muita diferença. Doar sangue é um ato de amor. Ninguém está livre de um dia precisar da boa vontade de um desconhecido também”, finalizou Zete.