Uma raquete, vários destinos
Não é apenas o badalado futebol que muda vidas. Alguns esportistas preferem trabalhar com bolas de dimensão maior, ou menor, redes que se situam na metade do campo, ou ainda, que derrubam uma série de pinos
Não é apenas o badalado futebol que muda vidas. Alguns esportistas preferem trabalhar com bolas de dimensão maior, ou menor, redes que se situam na metade do campo, ou ainda, que derrubam uma série de pinos
A Agência CentralSul de Notícias faz parte do Laboratório de Jornalismo Impresso e Online do curso de Jornalismo da Universidade Franciscana (UFN) em Santa Maria/RS (Brasil).
Não é apenas o badalado futebol que muda vidas. Alguns esportistas preferem trabalhar com bolas de dimensão maior, ou menor, redes que se situam na metade do campo, ou ainda, que derrubam uma série de pinos alinhados ao fundo de uma pista. O esporte destacado nesta matéria é o tênis, que não conta com um grande astro pop como Neymar, mas comove igualmente multidões de torcedores e atletas pelo mundo.
João Luiz Zillo, de 22 anos, que mora em Lençóis Paulista, interior de São Paulo, conta que começou a treinar aos 11 anos, junto com amigos da escola. Sobre a inspiração, conta que a avó, ex-tenista, o incentivou a treinar no clube em que era sócio e a participar de campeonatos: “a primeira vez que joguei num torneio foi com 13 anos. Estava muito nervoso. Mas, após o terceiro torneio, comecei a ir melhor até ser classificado como campeão na minha categoria”.
Já Cezar Augusto Zambarda, de 24 anos, estuda Publicidade e Propaganda e pratica tênis desde os quatro anos. Instrutor desde a adolescência, conta que começou a dar aulas no período em que morava nos Estados Unidos para ajudar nas despesas da casa. “Comecei dando aulas básicas para crianças e estudantes que tinham interesse”. Apaixonado, pelo esporte, conta que começou a praticá-lo brincando com a família, o que despertou um interesse. Foi incentivado pelos pais, que o colocaram para treinar com um professor particular e, depois, em uma equipe.
Em contraponto, o santamariense Rafael Ferrazza, de 21 anos, relata ter começado a praticar tênis tarde. “Foi aos 12 anos, quando ganhei uma raquete dos meus pais. No começo eu praticava no Clube Recreativo Dores. Depois, em busca de maior apoio, me encontrei no Avenida Tênis Clube”. Ferraza, assim como Zambarda e Zilo, afirma ter recebido apoio incondicional da família: “eles sempre foram meus maiores incentivadores”.
As mulheres também não ficam de fora. Leticia Gonzalez dos Santos, de 23 anos, é de São José do Rio Preto, mas reside nos Estados Unidos há 5 anos. Conta que começou a praticar tênis ao ver os irmãos treinando. “Eles jogavam, então quis aprender também. Eu tinha 8 anos, eles 11 e 12. Conta ainda que o apoio da família era incondicional: “meu pai era a favor de eu levar o esporte mais a sério e minha mãe também me apoiava. Eles sempre me incentivaram a jogar ”. Nos torneios, a atleta começou desde cedo. “Meu primeiro foi aos nove anos. Sempre fui uma pessoa muito competitiva, então os campeonatos sempre foram a minha parte favorita em jogar tênis”.
Sobre a relação com o esporte e o que ele representa em sua vida, Zambarra destaca as oportunidades que o tênis trouxe para sua vida: “me abriu várias portas. Graças a ele pude estudar nos EUA, competir em torneios pelo mundo, além de fazer amizades. Mas, o mais importante é que me ensinou a ser uma pessoa melhor, a respeitar os adversários, torcedores, treinar muito, acreditar em mim mesmo, ter mais responsabilidade e a cumprir horários”. Letícia atribui ao esporte muitas das oportunidades que obteve. “Por causa dele me mudei para os Estados Unidos, estudei inglês e, ao mesmo tempo em que o praticava, me formei em jornalismo”. Já Zilo prefere identificar o tênis como” o resumo da minha vida. Tive várias experiências e muitos dos meus melhores amigos conheci com o esporte”, revela.
Texto produzido no primeiro semestre de 2018, para a disciplina de Jornalismo II, sob a orientação do professor Carlos Alberto Badke.