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Entrevista com Ronai Pires da Rocha no XXIV SEPE

O XXIV Simpósio de Ensino, Pesquisa e Extensão – SEPE, da Universidade Franciscana está acontecendo de modo virtual  e tem como tema o debate sobre  Educação e ciência: aliança em favor da vida. Na tarde de hoje, 27

Arte que revela amor e sabedoria

O desenho é uma das formas de arte mais ensinadas nas escolas, estimuladas nos lares… e há quem, embora siga outros caminhos, sempre tenha lápis e papel como alento. Artista plástico pode ser considerado aquele que expressa

Oficina traz técnicas de aprendizagem e inclusão social

Ocorreu na tarde de ontem,  22, na Sala de Conferências do prédio 17 do Conjunto III da Unifra,  a Oficina “Somos iguais com nossas diferenças”. O evento que foi uma parceria entre os cursos de Filosofia e

Cinema para pensar

No dia 22, às 18h30 no Salão Azul do Conjunto I, o Centro Universitário Franciscano dá início ao projeto de extensão Cine ConsCiência. O projeto, organizado pelos cursos de História, Geografia, Engenharia Biomédica, Filosofia e Ciências

Filosofia e história: cursos que vão além da licenciatura

A Unifra proporciona diversos cursos de licenciatura, entre eles está filosofia e história. A filosofia possui um caráter muito crítico e curioso. A pessoa que faz filosofia, geralmente não se contenta com as respostas dadas de

O XXIV Simpósio de Ensino, Pesquisa e Extensão – SEPE, da Universidade Franciscana está acontecendo de modo virtual  e tem como tema o debate sobre  Educação e ciência: aliança em favor da vida.

Na tarde de hoje, 27 de novembro, o professor da UFSM e doutor em Filosofia, Ronai Pires da Rocha, profere palestra sobre a atualidade e as perspectivas da pesquisa em ensino e educação. Em entrevista, Ronai sinaliza a direção da exposição que fará na tarde de hoje. Confira:

Prof. Ronai Pires da Rocha, do curso de Filosofia da UFSM. Foto: arquivo pessoal

ACS – O quão importante é tocar no assunto frente a ‘pesquisa em ensino e educação’?

Ronai Rocha: Em 2017, eu publiquei um livro chamado “Quando ninguém educa”, pela editora Contexto, e agora em 2020 eu publiquei o livro “Escola Partida: ética e política na sala de aula”. Nestas obras, uma parte importante é a espécie de revisão daquilo que vem acontecendo na pesquisa e na pedagogia brasileira, em quesito educacional, desde os anos 70.

Neles, eu reviso as principais correntes de pensamento, ação e planejamento, que indicam ter ocorrido uma espécie de ponto virada nos anos 2000 e que, a meu juízo, não tem sido suficientemente destacado.  Em outras palavras, digamos que as mudanças que vêm acontecendo não têm sido ressaltadas. Então, nesta palestra, o que quero fazer é uma retomada dos principais pontos abordados nos dois livros, sobre o que aconteceu na pedagogia brasileira dos anos 60 até o século XXI, e as novidades que pretendo apresentar, serão indicações de quais foram as situações que poderiam ser vistas como pontos de mudança.

ACS – Poderia nos dizer que situações são estas?

R. Rocha:  Falo, por exemplo, do processo de surgimento da Base Nacional Curricular Comum (BNCC) que está entrando em vigor no Brasil a partir deste ano.  A estrutura definida fornece as diretrizes do que deve ser implementado nos currículos de ensino fundamental e médio. Vou situar esses pontos numa perspectiva que, desde o começo do século XXI, vai originando novos coadjuvantes na pesquisa curricular brasileira. Coadjuvantes estes que são instituições integradas na iniciativa privada ou não governamentais, que a partir da virada do século cooperaram na pesquisa integrada a construção de currículos. Ao fazer isso, quero indicar que houve uma mudança nos paradigmas de pesquisa de educação. Uma delas é a pressão para que o planejamento seja baseado em evidências, como estes testes que são aplicados anualmente.

O outro é o processo de replicabilidade das experiências bem sucedidas. Neste caso, o pensamento era um conceito de que antigamente o bom ensino era visto fora do país. Hoje encontramos o mesmo no Brasil, que em 2005, em Sobral, Ceará, instituições educacionais tornaram-se referência no ensino nacional;

Vou indicar autores que congregam a neurociência com a pesquisa e educação. E, finalmente,  dar exemplos baseados nas mudanças que estão acontecendo neste ano, a partir da BNCC. Tem uma coisa que pouca gente sabe, mas a partir do ano que vem o MEC não vai mais patrocinar livros didáticos por disciplinas. Todos livros serão divididos por áreas do conhecimento, o que reflete na necessidade da natureza interdisciplinar. Será uma palestra muito modesta e pé no chão

ACS – Tendo em vista a turbulência que a educação sofreu neste ano junto às burocracias do sistema educacional, como o senhor avalia o processo de pesquisa englobado na educação e o quão é importante abordar esse assunto aos jovens que tentam se remodelar no ensino remoto?

R. Rocha: Eu vejo alguns pontos bons e outros ruins neste contexto, em meio à pandemia. Na campanha eleitoral de 2018 tinha uma falação sobre a implementação da school home e do estímulo às famílias de proporcionar mais direitos à educação para seus filhos. Essa é uma das consequências da pandemia, pois hoje percebemos que o home school é muito difícil de ser concretizado de maneira positiva.

Outra consequência é que agora começa a se ter uma noção dos brados emocionais e psíquicos que a ausência do convívio da criança com outras crianças e professores causam nos mais jovens, em razão do isolamento. Isso fez com que observássemos a escola de modo mais rico, incrivelmente valiosa no processo de socialização. Por outro lado, acho que este período proporcionou um ganho de qualidade no aprendizado de professores e no uso de recursos digitais.

O problema é que isso aprofunda muito a desigualdade existente no país, pois o porte de um bom ensino híbrido é dependente de bons equipamentos. A desigualdade também é marcada pelas condições entre classes sociais. Enquanto algumas famílias detém de bons recursos, outras não tem acesso a computadores ou internet. Então, dentre as realidades que tivemos no Brasil, neste ano, está a brutal perda educacional que será refletida posteriormente nas estatísticas de aprendizagem. É um ano que em ponto de vista educacional, não foi considerado bom.

ACS – Sobre o impacto sofrido pela comunicação pública já que a migração para o sistema digital interfere no contato entre discentes e docentes. Como se observa a vulnerabilidade dessa comunicação e qual método poderia auxiliar na reestruturação deste ponto?

R. Rocha: Temos que partir de uma premissa de que o nosso convívio com estas possibilidades de comunicação, especialmente ligadas à facilidade do uso de redes sociais, é muito recente e nós não temos uma cultura de contenção de uso de uma sapiência. Não digo que passamos por uma degradação, literalmente, mas um processo de aprendizado lento e doloroso  que mostra aos poucos a importância da imprensa como curadora, com o acesso à fontes dotadas de uma curadoria de informações.

O bom jornalismo usa dos pilares da informação, o que consequentemente gera este espaço de tempo mais lento, voltado à aprendizagem. As dores deste processo ao meu juízo, só vão mostrar a importância da valorização do cuidado com fontes e do aprendizado cultural, frente à mídia. Um ponto que a BNCC enfatiza, inclusive, é o trabalho com este novo tipo de conteúdo.

ACS: É clara a  desvalorização que o setor científico sofreu no país, com a baixa dos investimentos e com a chegada da pandemia, chegando, pode-se dizer, a uma quase desestruturação do setor.  De que modo isso tudo corrobora com o desestímulo à pesquisa na educação nacional?

 R.R: Sim, com certeza. Acho que a comunidade científico brasileira perde nas bolsas e áreas do incentivo a pesquisa. Por outro lado, é preciso lembrar que a área de estudo científico nacional é enorme e relativamente bem organizada. Acho que aos poucos vamos encontrar modos de posicionamentos capazes de reverter este clima de desvalorização. Como diria Mário Quintana: “Eles passarão, eu passarinho”.

A ciência é este banco de passarinhos que aprendem a voar e seguirão voando, enquanto as pessoas que não gostam de ciência passarão. Acho que de fato a comunidade científica brasileira vem se construindo desde a década de 70 lentamente e hoje é a maior da América Latina”.

Matéria produzida para a disciplina de Jornalismo Científico.
Desenhos: Leonardo Couto

O desenho é uma das formas de arte mais ensinadas nas escolas, estimuladas nos lares… e há quem, embora siga outros caminhos, sempre tenha lápis e papel como alento.

Artista plástico pode ser considerado aquele que expressa e materializa visões e sentimentos a fim de expressar o  intangível. Mais do que um ramo profissional, desenhar significa algo que só quem o faz pode definir.

O santa-mariense Leonardo da Silva Couto, 22 anos, é estudante de Filosofia, mas o amor pelo desenho vem desde a infância e se integra ao conhecimento adquirido a cada etapa do jovem, como um elo entre ele e o mundo.

Para Leonardo, o desenho é…

Arte

Desenhar é um tipo de terapia, pois demanda tempo, paciência e calma. Confesso que nunca fiz cursos ou estudei “técnicas especiais” e também nunca me considerei bom nisso, mas sempre ansiei por expressar a realidade de forma mais autêntica possível (ainda que não consiga). Por isso, compreendo o desenho como sinônimo de arte que, assim como os velhos filósofos gregos entendiam, é uma espécie de técnica que tem por finalidade fabricar algo, ou ainda, produzir algum efeito visível. Esta finalidade ou efeito, para mim, é demonstrar, ou melhor, apontar a beleza que há nas pessoas e na vida em geral.

Beleza

Disse anteriormente que procuro com os desenhos ressaltar a beleza que há na vida, como um tipo de convite para apreciá-la sabendo que, para além do que possa haver de ruim, a vida continua sendo boa. Os noticiários, todos os dias, divulgam o quanto o ser humano pode ser mau, no entanto, a minha tentativa é divulgar de maneira simplória e particular o que existe de bom no mundo; uma pequena alegria que às vezes pode melhorar o dia de alguém.

Imaginação

O desenho nos permite brincar com a natureza. Diferentemente da História, que só lida com fatos, o desenho (e toda forma artística) nos permite peregrinar pelas possibilidades do que poderia ter sido ou do que poderá ser. Na atividade imaginativa é que se dá o primeiro passo para a educação, pois é neste momento que criamos ou nos identificamos com modelos de heróis, sábios, homens e mulheres valentes e virtuosos. Esse é o lado mais fantástico de desenhar, pois ele permite voltar à infância, dando asas à imaginação.

Catarse

Aristóteles dizia que o teatro tinha um duplo fim: incutir compaixão e terror, mediante a Kátharsis, que se refere à purificação da alma por meio de uma descarga emocional que, uma vez purificada, permite a inteligência propender ao Bem e ao Verdadeiro e afastar-se do mal e do falso. Na maioria das vezes, desenhei e retratei mulheres, não só pela beleza feminina (Afrodite) ou pela sabedoria (Atena), mas por ser o principal sustentáculo da vida, sendo os seus atributos essa Kátharsis que nos convida a contemplarmos a existência, a verdade e o bem.

Contemplação

Todo tipo de arte nos leva a uma contemplação, na medida em que estamos como espectadores de algo. Do mesmo modo é que se iniciou a Filosofia, como disse Aristóteles na Metafísica “É por força de seu maravilhamento que os seres humanos começam agora a filosofar (…)”. O desenho me leva a um sentimento de admiração, espanto, perplexidade, não por ele mesmo, mas por ser uma cópia imperfeita de algo belíssimo que está na realidade à disposição de todos que, atentamente, também observam.


Ninguém é apenas o nome, idade, formação, profissão ou naturalidade. Somos um conjunto de infinidades. Entre tudo o que te identifica, qual é a sua parte favorita? Você também pode fazer parte deste projeto ou indicar alguém que é excelente numa área bem diferente da formação ou profissão, um especialista (ou quase) pela vivência.

A acadêmica de Jornalismo Gabriele Bordin desenvolveu o Projeto Experimental em Jornalismo, no curso de Jornalismo da UFN, durante o primeiro semestre de 2020. O projeto foi orientado pela professora Glaíse Palma e teve uma história por semana publicada neste espaço.

Leia as matérias do projeto Lado B:

Oficina faz com que partcipantes experimentem as dificuldades de quem tem diferentes tipos de limitações motoras. Foto: JulianoDutra. Labfem

Ocorreu na tarde de ontem,  22, na Sala de Conferências do prédio 17 do Conjunto III da Unifra,  a Oficina “Somos iguais com nossas diferenças”. O evento que foi uma parceria entre os cursos de Filosofia e Engenharia Biomédica do Centro Universitário Franciscano  faz parte da programação do VIII PIBID foi ministrado por Mitieli Seixas da Silva (professora de Filosofia da UFSM), Maria Isabel Orcelli (professora de Engenharia Biomédica da Unifra) e Marcio Paulo Cenci (Professor de Filosofia da Unifra e atual coordenador do PIBID).

Com 1h e 30 de duração a oficina expôs ao público presente, formado principalmente por professores e estudantes de licenciatura  tanto da Unifra quanto da UFSM, o projeto de inclusão de pessoas com deficiência que foi desenvolvido nas escolas santamarienses Érico Verissímo e Rômulo Zanche. Segundo a professora Mitieli, o objetivo principal da oficina foi mostrar um modelo interdisciplinar baseado nas experiências do grupo com a aprendizagem baseada em problemas.

Após a apresentação do projeto e seus resultados, os trinta alunos foram convidados à participar de duas atividades práticas; um circuíto de cadeira de rodas e um teste de equilíbrio na plataforma do nintendo wii, afim de que pudessem perceber melhor as dificuldades pelas quais passam as pessoas com algum tipo de deficiência motora.

 

 

cineconscienciaNo dia 22, às 18h30 no Salão Azul do Conjunto I, o Centro Universitário Franciscano dá início ao projeto de extensão Cine ConsCiência.

O projeto, organizado pelos cursos de História, Geografia, Engenharia Biomédica, Filosofia e Ciências Econômicas, é voltado para toda comunidade acadêmica bem como o público externo. A sessão ocorrerá mensalmente e tem com objetivo estimular o pensamento crítico e debater questões contemporâneas que  envolvam ética, saúde, cultura, globalização, política e desenvolvimento científico e tecnológico.

Na primeira apresentação, o filme a ser exibido é a produção ‘Crash – No Limite’ (2005), dirigida por Paul Haggis e a classificação etária é 14 anos. O tema é “Globalização, Cultura e Território” a ser debatido pelos professores Ail Ortiz (Geografia), Maria Isabel Veras Orselli (Engenharia Biomédica), Diego Carlos Zanella (Filosofia), Alexandre Maccari Ferreira (História) e Matheus Sangoi Frozza (Ciências Econômicas).

Cine ConsCiência – SESSÃO DE ABERTURA
Tema: Globalização, Cultura e Território
Data: 22/03/2017

Local: Salão Azul (Conjunto I – Rua dos Andradas, 1614)
Observação: serão emitidos certificados online com carga horária de 3h por sessão aos participantes. O prazo de emissão dos mesmos é de até 20 dias após a data da sessão.
Programação
18h30min
Abertura com apresentação da ficha técnica da produção fílmica – Prof. Alexandre Maccari Ferreira (História)
18h45min
Exibição do Filme “Crash – No Limite” (2005). Dir.: Paul Haggis
Duração: 112 minutos
Coordenação: Mitieli Seixas da Silva (Filosofia) e Huander Felipe Andreolla (Biomedicina)
ATENÇÃO! Inadequado para menores de 14 anos.

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20h35min
Espaço “Reflexão”
Debatedores: Ail Conceição Meireles Ortiz (Geografia), Maria Isabel Veras Orselli (Engenharia Biomédica), Diego Carlos Zanella (Filosofia), Alexandre Macari Ferreira (História) e Matheus Sangoi Frozza (Ciências Econômicas)

21h30min
Encerramento

São disponibilizadas 120 vagas e as inscrições podem ser realizadas neste link até um dia antes de cada sessão. Cada inscrito deverá levar 1kg de alimento não perecível na data do evento para que sua inscrição seja efetivada.

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Acadêmicas Thays e Isis divulgando o curso de Filosofia. Fotos:Bibiana Iop/ Laboratório de Fotografia e Memória

A Unifra proporciona diversos cursos de licenciatura, entre eles está filosofia e história. A filosofia possui um caráter muito crítico e curioso. A pessoa que faz filosofia, geralmente não se contenta com as respostas dadas de forma simples. Ela sempre busca saber mais, questionar.

Segundo as estudantes, fazer filosofia na Unifra tem uma vantagem excepcional, porque  o incentivo é muito grande, e a instituição oferece bolsas e estágios. “O diferencial que nós apresentamos hoje, é o mesmo que trazemos no dia-a-dia: o diálogo, o debate, o incentivo. É fazer os alunos perceberem que eles não precisam se formar apenas para trabalhar em sala de aula e, sim, podem ser pesquisadores. A Unifra não se limita só a nossa formação, ela incentiva a gente a atuar em outras áreas, ela não cessa o nosso saber, ela faz com que a gente queira continuar estudando”, disseram as alunas Thays Campagnol e Isis Zanardi.

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Estudante Matheus Lauer apresentando o curso de história.

   História

O curso de história, segundo o aluno Matheus Lauer, modifica a mente de quem estuda. O curso faz com que as pessoas enxerguem os dois lados da moeda, e passem a analisar mais as situações da vida.

Dentro da Unifra, o curso foca na formação de professores inovadores, que não buscam apenas aquelas didáticas tradicionais, com o quadro negro e o giz. O curso procura formas de aproximar os alunos dos professores.”A história faz com que a gente deixe de acreditar em certo e errado. Por exemplo, se analisarmos a Segunda Guerra Mundial, do ponto de vista dos nazistas, eles estavam certos; já os americanos acreditam que os nazistas estavam errados. A história abre os horizontes”, finalizou Matheus.

 O tema do XVII Simpósio de Estudo, Pesquisa e Extensão (SEPE) é Educação e Cultura para a transformação de pessoas. Dentro dessa temática foram apresentados na noite de quinta, dia 3, os trabalhos de filosofia na sala 209 do conjunto I do Centro Universitário Franciscano.

A filosofia para muitos é algo difícil de entender. E quem ouvia a tentativa de falar o nosso português enquanto apresentava o seu trabalho, percebia que o haitiano de Porto Príncipe duplicava seus esforços para explicar o seu trabalho. Franckel Fils-Aimé falava sobre a dificuldade que se têm na escola devido à  falta de qualidade na formação de professores no ensino da filosofia. Durante o debate, houve o questionando sobre o problema de inserir a disciplina nos outros campos de estudo, tendo o professor de filosofia que se aprofundar em uma área a qual não  pertence para poder ensinar  outras áreas de conhecimento.

Outro trabalho apresentado foi do acadêmico do sexto semestre de filosofia da Unifra, Leandro da Silva Roubuste: “Estética e educação patrimonial sob uma perspectiva filosófico-geográficos – uma proposta pedagógica com vista à transformação de pessoa.” O autor do trabalho comentou que o mesmo tem o intuito de mostrar que a nossa realidade não tem o vigor que seria necessário. O objetivo do trabalho é levar alunos do ensino médio ao Teatro Treze de Maio e fazê-los perceber o que é belo dentro da estética geográfica e filosófica, para depois de compreendido esses conceitos trabalhar e aplicá-los na questão patrimonial da cidade. Para ele prestamos muita atenção em coisas de fora e deixamos outras presentes no nosso dia-a-dia passarem despercebidas aos nossos olhos. Leandro acredita que a função do educador é mostrar essa diversidade que a falta de tempo e a rotina nos impedem de enxergar.

A sala 209 só ficou silenciosa durante a apresentação dos trabalhos. Bastava um terminar o que falava para iniciar uma discussão entre a plateia ouvinte, professores e o acadêmico expositor. Entre momentos eufóricos e mais calmos a discussão acabava chegando a um ponto em comum.

O SEPE termina nessa sexta-feira, dia 4. Mas deixa a todos os participantes, sejam os professores avaliadores, alunos que apresentaram seus trabalhos ou as pessoas que acompanharam as apresentações, a construção e troca de conhecimentos das mais diversas áreas e ainda a reflexão sobre a educação e cultura como transformação de pessoas.

Para Leandro que apresentou o trabalho citado acima, o SEPE é a hora de expor o conhecimento que os alunos e professores desenvolvem dentro da academia. “O evento nos proporciona aprendizado dos demais temas e também é o momento de mostrar o conhecimento de uma maneira mais rigorosa devido aos questionamentos que são feitos” , conclui Leandro.

Por Adriély Escouto