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Irani Rupolo

UFN e CACISM buscam apoio junto à Câmara de Vereadores

Na manhã desta quarta-feira (11), a presidente da Câmara de Vereadores de Santa Maria, vereadora Cida Brizola, recebeu a visita da reitora da Universidade Franciscana (UFN), Iraní Rupolo, e da vice-reitora instituição educacional, Solange Fagan, e,

Entrevista: Ir. Irani Rupolo, reitora da UFN

Uma sala ampla e iluminada,  papeis organizados, obras de arte evocando figuras religiosas e passagens da bíblia, coleções de troféus nas paredes e, em cima das mesas, alguns buquês de flores. Foi neste ambiente que a

Reitora Iraní Rupolo e vice-reitora  Solange Fagan (ambas à esquerda) da UFN em reunião na Câmara de Vereadores. Foto: Allysson Marafiga

Na manhã desta quarta-feira (11), a presidente da Câmara de Vereadores de Santa Maria, vereadora Cida Brizola, recebeu a visita da reitora da Universidade Franciscana (UFN), Iraní Rupolo, e da vice-reitora instituição educacional, Solange Fagan, e, ainda, do presidente da Câmara de Comércio, Indústria e Serviços de Santa Maria (CACISM), Rodrigo Decimo. Na ocasião, os representantes da UFN e da CACISM pediram apoio do Legislativo à Comissão de Revitalização do Centro Histórico de Santa Maria. Essa Comissão tem o objetivo de manter a memória histórica do município, o patrimônio artístico e cultural e, também, a revitalização de diversos espaços da cidade.

O presidente da CACISM, Rodrigo Decimo, detalhou que, para a revitalização, é necessário criar sustentabilidade econômica no município, que atraia empresas de economia criativa, integrando suas atividades junto às instituições de ensino superior da região. Já a reitora da Universidade Franciscana, Iraní Rupolo, enfatizou a falta de sensibilidade da população em relação aos espaços históricos e a importância da educação na preservação desses lugares. “A memória da cidade precisa ser atualizada e defendida para que a estima da população por esses lugares cresça”, defendeu.

Na oportunidade, a presidente da Câmara de Vereadores de Santa Maria, vereadora Cida Brizola, afirmou que a proposta vai ser dialogada e debatida no Poder Legislativo. Destacou ainda que é necessário mudar a consciência das pessoas de Santa Maria para que a população crie essa sensação de pertencimento. “Um povo que não preserva seu passado não terá um futuro. Então, no Poder Legislativo, todos projetos que priorizem essa demanda a Câmara estará à frente com essas propostas”, conclui.

 

Reitora da UFN, Irmã Irani Rupolo. Foto: Mariana Olhaberriet/LABFEM

Às vésperas da eleição que pode mudar profundamente os rumos do Brasil a Agência Central Sul foi ouvir a opinião da reitora da Universidade Franciscana, Irmã Irani Rupolo. Num diálogo sobre esse momento político tenso e decisivo, a reitora em entrevista à Ariadne Marin, expôs as suas preocupações e expectativas.

Preocupada com a polarização que caracteriza o cenário brasileiro atual, a reitora reafirmou os  princípios institucionais da UFN  com foco na priorização do diálogo e da busca pelo entendimento.  Irmã Irani salienta que quem atua na área educacional não pode trabalhar com a visão de que o outro é o inimigo. ” Nós que trabalhamos com a área educacional, acima de tudo, não podemos trabalhar com a visão de que o outro é meu inimigo, o outro extremo. (…) Acredito que numa sociedade a diversidade de opiniões deve ser respeitada, a diversidade de posicionamentos deve ser observada”. afirmou a reitora.

Ao analisar a trajetória histórica do país, a reitora questiona a noção de que o Brasil é realmente um país pacífico, uma vez que enquanto sociedade, sempre reprimiu a expressão de muitos posicionamentos divergentes. Nesse sentido, ela destaca o papel dos jornalistas e dos que estão envolvidos em projetos de comunicação como fundamental para elucidar os contextos do presente. ” É o lugar muito necessário, muito observado, muito atento da sociedade, porque hoje,  seja no jornal, nas redes sociais, em rádio, impresso ou de debates,  a visão jornalística precisa primar pela liberdade de pensamento e de consciência. E é desse lugar que nós não podemos abdicar“, afirma.

Referindo-se ao atual cenário da política partidária brasileira, ela afirma não ser uma construção desejável para o povo brasileiro. Defende que “boas lideranças, boas propostas e bons projetos devem ser discutidos para que  se construam a partir de nós e entre nós também”, diz. Ressalta também que os professores, ainda que não detenham toda a verdade, possuem ” uma competência reflexiva, crítica, de percepção histórica, de percepção filosófica, de percepção ética, e é por estes valores e por estes princípios que nós precisamos nos conduzir. Que depois deste momento do próximo dia 28 quando vai acontecer a votação, novamente a sociedade brasileira, e nós enquanto cidadãos e cidadãs precisamos nos posicionar pela conectividade, pela junção, pela soma e não pela divisão e pela dispersão de forças. Nós não somos inimigos e precisamos tratar de criar e favorecer uma trajetória de construção coletiva. Esse será o aprendizado, o grande desafio, o grande posicionamento. Nenhum dos dois extremos trabalhará sozinho. Nem um candidato de direita, nem um candidato de esquerda fará essa trajetória sozinho, senão com um pacto social, uma contribuição reflexiva, um despojamento de ideias extremas e uma vontade, um equilíbrio, uma busca respeitosa de diálogo e de entreajuda. Eu penso que é esse o caminho“, conclui.

Sobre o voto, a reitora afirma acreditar que as pessoas todas tem um discernimento para fazer a sua escolha. Para ela, ” o que nós devemos observar é com qual pessoa é mais favorável o diálogo? Com qual linha de pensamento é mais favorável a construção? Em qual caminho a sociedade poderá construir-se de forma integrada e de futuro? São perguntas que nos ajudam no discernimento. E depois do momento da eleição, novamente arregaçar as mangas conjuntamente, não nos dividirmos“, finaliza.

 

Irmã Irani Rupolo, reitora da agora UFN. Crédito: Mariana Olhaberriet/LABFEM

Uma sala ampla e iluminada,  papeis organizados, obras de arte evocando figuras religiosas e passagens da bíblia, coleções de troféus nas paredes e, em cima das mesas, alguns buquês de flores. Foi neste ambiente que a Irmã Irani Rupolo, a  reitora da agora Universidade Franciscana (UFN), recebeu parte da equipe da Agência Central Sul e do LABFEM, para uma entrevista exclusiva. Durante a conversa, falou sobre a transição do Centro Universitário Franciscano para a Universidade Franciscana (UFN), além de perspectivas para o presente e futuro da instituição.

ACS: Há algum tempo a instituição vem se preparando para se tornar universidade. Quando foi encaminhado o processo?

Irmã Irani Rupolo: Nós o depositamos dia 6 de maio de 2016 no Ministério da Educação. Vê que já faz tempo, né? Naquele momento, já tínhamos todas as condições para se tornar universidade, plenamente atendidas. Aliás, nós só encaminhamos o processo porque estávamos com essas condições atendidas. O que quero dizer, e é importante que vocês também avaliem isso, de fato, como funcionamento, nós já temos um perfil de universidade. O que precisávamos era legitimar a nomenclatura, a avaliação do MEC.

ACS: Uma das características da Universidade é trabalhar com a curricularização da Extensão. E isso a Unifra já vinha fazendo mesmo não sendo obrigatório.

IR: Sim, há bastante tempo temos investido na curricularização da extensão, na investigação científica e nos cursos de pós-graduação. Por exemplo: quando nós encaminhamos o processo, não precisavam existir cursos de mestrado e doutorado. Grande parte das universidades brasileiras não tem esses cursos e nós já atendíamos plenamente a todos esses requisitos. Vamos encaminhar mais seis cursos de mestrado, dois de doutorado. Enfim, a área da pesquisa também já estava bem organizada há uns dez anos. Faz um tempo que estamos dando conta do que é ser uma universidade.

ACS: Percebe-se que é um processo que já vem sendo trabalhado há algum tempo. Entretanto, houve algum momento de dificuldade no percurso?

IR: Foi um processo bastante natural. Claro, não vou negar, que tivemos alguns momentos tensos. Porque a elaboração de todos os documentos é trabalhosa. Mas, sobretudo as avaliações externas. Quando uma instituição recebe avaliadores externos, que tem outros olhares, outras percepções, não se tem plena certeza de que tudo esteja bem. Mas eles ficaram plenamente satisfeitos. Tanto que o nosso conceito foi cinco.

ACS: Dá um certo orgulho, não é?

IR: Dá sim, com certeza. Por exemplo, se o nosso conceito tivesse sido quatro: nós continuaríamos com essa classificação por mais cinco anos. Como foi cinco, a creditação foi para dez anos. Você vê, que ganho! Só de saber que nos próximos dez anos não precisamos ser avaliados, ficamos bem mais tranquilos, num processo de construção seguro, mais leve, sem correrias. Assim como nós sempre trabalhamos.

ACS: Seria importante para os alunos saberem: o que muda nos cursos de graduação e pós-graduação se formar em uma universidade e não em um centro universitário?

IR: Interessante colocação. Nós agora estamos trabalhando, como você mesmo lembrou, toda a curricularização da extensão. No que isso vai mudar? Vai mudar que os nossos currículos, a forma de ensinar e de aprender, vão ter metodologias mais ativas e participativas por parte do aluno. Isso é fundamental. Outro aspecto para um estudante é, por exemplo, ter um diploma de universidade trará um olhar de mais credibilidade nos próprios diplomas. Então, acredito que este é um ganho para todos.

ACS: Existe uma hierarquia, digamos, entre um Centro Universitário e uma Universidade? Isso é algo que, por mais que não ateste competência, importa na hora de ser avaliado em um concurso ou numa entrevista de emprego.

IR: Importa sim. Por isso, gostaria de dizer uma coisa: a partir de junho, depois que a gente conseguir instalar a Universidade, todos os nossos formados que quiserem pegar uma segunda via do diploma como Universidade Franciscana, poderão fazê-lo. Iremos anunciar isso devidamente depois de organizado, mas já estou viralizando. (risos) Iremos anunciar a data correta, mas todos os nossos alunos, mesmo os que se formaram nas décadas de 1960 e 1970, poderão pegar uma segunda via. Queremos prestigiar quem fez parte dessa história.

ACS: Até porque a estrutura da UFN é praticamente idêntica de alguns anos atrás para cá.

IR: Isso mesmo. De 2013 para cá, mudamos apenas com a criação de alguns cursos como os de Medicina e Jogos Digitais. Talvez não tenhamos tido mudanças de grandes impactos, mas o que eu quero dizer é que nós nunca paramos de mudar, de investir. E nesse período também criamos três cursos de mestrado e mais um de doutorado. Estamos com mais um curso de doutorado para ser aprovado. Todos os semestres procuramos oferecer algo novo.

ACS: E sobre os cursos de graduação e especialização, tem alguma previsão de algum curso novo?

IR: Temos sim. Já abrimos Gestão Hospitalar, que é nova em especialização. Aprovamos recentemente outra em Gestão Ambiental. Recebi agora alguns projetos em EAD que vão para o conselho universitário. Mas temos sim, vários cursos previstos de especialização. Posso pegar aqui os planos.
Esses planos foram feitos quando nós encaminhamos o processo. Olhe, isso tudo aqui são cursos previstos. Agora estamos atualizando Gestão em Saúde, foi o que coloquei aqui na reunião que tivemos semana passada. Nós temos aqui Farmácia Clínica e Hospitalar, Saúde Pública. Esses aqui são cursos que permanentemente nós organizamos o processo e oferecemos alguns.

Os que tiveram um número suficiente de alunos, funcionaram. Os outros fomos ofertando no semestre seguinte. Então, a especialização é de um fluxo mais contínuo. Já um curso de graduação é mais complicado. Olhe aqui, tínhamos previsto o de Radiologia para antes, mas ele teve que passar para 2017 e começou em 2018. Ou seja, não conseguimos começar no momento previsto, mas não desistimos e organizamos para começar assim que possível. Às vezes, conseguimos começar antes, como o curso de Jogos Digitais, que estava previsto no plano para começar em 2018 e conseguimos abri-lo em 2017. Gostamos de trabalhar assim, planejando e providenciando o que for necessário. Mas, principalmente, fazemos um estudo meticuloso para tomarmos uma decisão e só depois anunciarmos. Temos uma previsão, mas decidimos quando está pronto e podemos assim adiar o adiantar o lançamento. Essa mobilidade temos na gestão. Ano que vem teremos um curso novo de graduação, que será lançado no edital. Agora não iremos divulgar.

ACS: No que a UFN pretende investir em termos de estrutura física e pessoal?

IR: Como funcionamento, a nossa organização já é de universidade. No que estamos investindo agora é no Hospital Universitário, até a metade de 2019, na pós-graduação e depois pretendemos trabalhar mais o Conjunto II, para atividades complementares e maior enriquecimento deste campus.

ACS: E que perspectivas a UFN tem em relação a EAD?

IR: A EAD… os nossos polos instalados são nas escolas da rede: em Brasília, Paraná, Mato Grosso e Rio Grande do Sul. Nós iremos oferecer cursos de especialização e de extensão, por enquanto. Tudo está acertado e já estamos com todos os materiais prontos. Será lançado a partir de maio. Já fizemos como teste alguns cursos de extensão, que funcionaram bem. Tivemos uma reunião ainda nesta semana, na terça-feira, com todas as direções das escolas. Está tudo pronto para a EAD, logo começará a andar, também.

Desenho feito pelo acadêmico Ederlei Chaves
Desenho feito pelo acadêmico Ederlei Chaves. Fotos: Karine Kinzel

Tecnologia em Design de Moda participa pela primeira vez na Mostra das Profissões. O curso foi implementado no início de 2014 e traz a proposta  de formar tecnólogos que consigam atuar  na pesquisa, criação, planejamento e confecção de vestuário, com destaque para produções que beneficiem o meio ambiente.

A coordenadora Maria da Graça Portela Lisboa diz estar animada com a 4ª Mostra das Profissões e comenta sobre a procura dos alunos em saber mais sobre o curso. “Muito grande o interesse pelo curso de moda. As pessoas vêm com convicção e gostam muito de saber que em um curso de dois anos e meio está já estão formadas e é um curso superior. Estamos muito entusiasmados no curso e com o curso pela expectativa que ele propõe a curto prazo de já mudar o cenário da confecção de moda em Santa Maria”.

Coordenadora do curso recebe visitantes
Coordenadora do curso recebe visitantes

O aluno do segundo semestre Ederlei Chaves conta que já trabalha no ramo da moda há mais de 20 anos e procurou o curso para agregar conhecimento entre a teoria e prática. Chaves ainda comenta sobre as expectativas de ter seu desenho exposto na Mostra. “É muito gratificante estar dentro de uma faculdade que proporciona isso [a Mostra das Profissões] aos alunos”.

Reitora Outubro Rosa
Reitora adere à campanha Outubro Rosa no estande do curso de Moda

A reitora Irani Rupolo também compareceu à Mostra das Profissões e visitou o estande do curso de Tecnologia em Design de Moda. Ela  falou sobre a importância da Mostra e declarou que mesmo com a chuva, espera excelente resultado. “Penso que esse momento de Mostra das Profissões é interessante porque os estudantes do ensino médio têm acesso a informações bem diretas com os professores, com os estudantes e isso ajuda a informar para uma decisão mais segura. Esse é o objetivo da Mostra”.

Além do estande com a exibição de parte dos trabalhos, o curso também preparou um desfile com peças criadas e produzidas pelos alunos. Duas das peças foram produzidas com base na criação de trabalhos feitos no 1º semestre letivo e serviram de referência para a coleção primavera/verão 2014/2015 da Limite Urbano. “Foi bem bacana. Foram duas peças que ficaram muito bonitas e foram fruto de uma experiência da faculdade”, comenta o acadêmico do 2º semestre e criador da Limite Urbano, Junior Ruviaro.

Desfile mostra a produção dos acadêmicos do curso. Foto: Karine Kinzel
Desfile mostra a produção dos acadêmicos do curso.

 

A professora do curso Elza Hirata destaca a importância do trabalho feito pelo curso para o mercado da moda em Santa Maria. “Nós temos muitas empresas que trabalham com moda. Creio que esse é o momento que eles também estão procurando profissionais para trabalhar na área porque falta mão de obra. O curso vai ser um canal produtivo no sentido de agilizar mercado, empregos e profissionais que estejam prontos para atender a demanda solicitada nas indústrias”.