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manifesto

Alunos da UFN realizam ato contra o racismo

Um ato contra o racismo foi realizado nesta terça-feira, 30, no pátio do conjunto III, da Universidade Franciscana. Os acadêmicos dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda se mobilizaram  em repúdio a uma declaração racista encontrada no

Foto: Mariana Olhaberriet/ LABFEM

Um ato contra o racismo foi realizado nesta terça-feira, 30, no pátio do conjunto III, da Universidade Franciscana. Os acadêmicos dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda se mobilizaram  em repúdio a uma declaração racista encontrada no quadro da sala 606, na noite, de segunda-feira, 29. A frase “Da-lhe Capitão, pretos no tronco” ,  foi condenada por professores, técnicos e alunos da Instituição. 

Professores e alunos participaram do ato, que ainda deu espaço para os movimentos de Santa Maria que combatem o racismo e outras formas de preconceito.  

Para coordenadora do curso de Jornalismo, Sione Gomes,  “este é o momento de estarmos juntos nos manifestando contrários e solidários ao respeito com as regras e primarmos por esse espaço dentro da instituição como um lugar de respeito e de liberdade de expressão. Lugar em que, acima de tudo, esteja muito bem definida a abertura ao diálogo e a contrariedade e repulsa a ações que firam a essa construção”.  

O ato ainda contou com a participação da ativista do Movimento Negro, Alice Carvalho, que elucida que “a presença do racismo em todas as esferas e todos os espaços” da vida de uma pessoa negra, e a importância que a Universidade tem de “ser um agente transformador e não de manutenção de uma ordem”.  O manifesto foi apoiado por alunos dos demais cursos e representantes de coletivos de Santa Maria e do DCE da UFSM.

O ato foi legitimado pela fala de alunos negros da instituição, que subiram ao palco contando suas experiências dentro e fora da universidade, a luta diária para cursar um curso de ensino superior e as dificuldade que enfrentam. Uma delas foi a estudante Caroline Ferreira citou a frase da cantora e ativista Nina Simone, “Liberdade para mim é não ter medo”. Ela disse que, “apesar da pouca idade, já cheguei longe, e se hoje tenho espaço para falar é porque houve outras pessoas que vieram antes”.

A instituição também postou em sua página do Facebook uma nota de repúdio. A reitoria da UFN informou que haverá uma investigação interna.

Foto: Mariana Olhaberriet/ LABFEM