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“Notícias ambientais” e depois?

Alice Dutra Balbé Há muito pouco tempo dizia-se que a pauta ambiental não era notícia no quotidiano. As razões para isso são várias e a primeira é categorização de uma pauta “ambiental” em uma seção separada

Projeto quer conscientizar sobre preservação da barragem do DNOS

A Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Hylda Vasconcellos, no bairro Campestre, recebeu, na manhã dessa quarta-feira, 04, a palestra “Semeio da Mente: Prevenção da Poluição na Barragem do DNOS”, ministrada por Luiz Alberto Carvalho Júnior,

Logística reversa, como lucrar e cuidar do meio ambiente

Uma das formas de se trabalhar o tema sustentabilidade é a logística reversa. Esta técnica se baseia no ciclo de produtos de uma empresa, que são reaproveitados ao máximo ou tem uma fácil reciclagem. Certamente você já

Mudança de temperatura é assunto nas ruas

O dia começou bonito e fresquinho em Santa Maria. A temperatura chegou aos 13ºC na manhã desta segunda-feira, 4 de novembro, e à tarde, atingiu os 25ºC. Em outubro, os santa-marienses já haviam se despedido do

Projeto inovador transforma óleo em sabão líquido

Um equipamento que transforma o óleo de cozinha em sabão líquido – o “Reciclador Industrial”, como foi batizado, une a tecnologia em prol da sustentabilidade e tem a finalidade de auxiliar na reciclagem do óleo de cozinha. O

Poluição por resíduos industriais. Free-Photos/Pixabay

Alice Dutra Balbé

Há muito pouco tempo dizia-se que a pauta ambiental não era notícia no quotidiano. As razões para isso são várias e a primeira é categorização de uma pauta “ambiental” em uma seção separada quando o ambiente é o todo. A pauta ambiental acaba sempre se restringindo ao factual – como, de forma geral, é o jornalismo – tendo também o foco no trágico. Não houve uma mudança grande nesse sentido, contudo, a pauta ambiental passou a ser frequente no noticiário, especialmente no Brasil. Ainda defendo que não é preciso um chapéu de editoria “ambiente”, mas, sim, uma cobertura de jornalismo especializado que apresente o contexto da situação.

Anos de discussão em torno da preocupação mundial desde o Dia da Terra de 1970; a publicação do estudo Limites do crescimento, em 1972, pelo Clube de Roma, que é considerado um marco na história do pensamento ambientalista; o Relatório de Brundtland de 1987; diferentes conferências como a Rio-92 e Rio+20; publicações do Painel Intergovernamental sobre as Mudanças Climáticas (IPCC, desde a formação em 1988), e as Conferências das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, que já vai na 25ª edição; até a imagem da Terra vista da Lua realizada em 1969 tem sido questionada.

O significado da expressão “desenvolvimento sustentável”, definindo que o desenvolvimento é necessário, mas não deve comprometer a capacidade de recursos para as gerações futuras, introduzida no relatório da Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, tem sido cada vez mais importante. Esse documento é mais conhecido como Relatório de Brundtland – pois a conferência foi presidida pela então primeira-ministra norueguesa Gro Harlem Brundtland. Hoje é necessário ainda mais ressaltar quando é uma mulher que está à frente de iniciativas.

As notícias ruins se propagam mais, como já dizia Nelson Traquina e são elas que ajudam a expor o problema e provocar ação também. Acidentes como a explosão do reator nuclear Three Mile Island em 1979, o desastre de Chernobyl e o vazamento de produtos químicos no Rio Reno, em 1986, foram importantes para a comunicação ambiental e as primeiras mudanças na legislação internacional. Mas ainda é preciso que realmente se faça mais para mudar as políticas ambientais. O mais difícil disso tudo é a compreensão de que um valor monetário para compensação do dano ambiental não resolve, mas é, no mínimo, a única alternativa para tentar inibir ações, regulamentar e investir no local afetado, seja com limpeza, replantio, recuperação de espécies, entre outros.

O derrame de petróleo ocorrido no litoral brasileiro em agosto, desse ano, fez lembrar outro dos maiores acidentes na história, ocorrido há 30 anos: o vazamento de crude (petróleo bruto) do navio Exxon Valdez, em 1989, no golfo do Alasca. Foram 40 milhões de litros de crude ao mar.

Acidente em plataforma petrolífera. Foto: Skeeze / Pixabay

Em 2010, outro acidente marcou a história dos acidentes com petrolíferas ao causar a morte de 11 funcionários da empresa e o vazamento de 3,2 milhões de barris de petróleo no Golfo do México após a explosão da plataforma Deepwater Horizon, da petrolífera britânica BP. O acidente foi notícia recentemente justamente referindo o valor que a empresa teve que pagar: 65 bilhões de dólares “e a conta continua a aumentar” segundo reportagem publicada pela revista Época Negócios, em fevereiro de 2019.

A Reuters também fez um levantamento em 2015 referindo o aumento da morte de golfinhos, entre 2002 e 2009, de 63 por ano para 200 (por ano) a partir de 2010, em consequência do contato com petróleo. A agência americana NOAA – National Oceanic and Atmospheric Administration – identificou ainda, em um estudo de 2016, que a gestação dos golfinhos não chegavam ao fim em 80% dos casos devido à exposição e petróleo.

No caso brasileiro, ainda não se tem a total dimensão do problema. Aumentam as notificações de praias em que o petróleo é visto. Em 17 de novembro a conta ultrapassava 450 praias e as manchas atingiram o litoral do Espírito Santo. No jogo de empurra e acusações falsas sobre a origem do petróleo, ainda pouco se reflete sobre o dano ambiental. As manchas visíveis do mar ainda podem ser removidas da água, mas o maior problema é o petróleo em contato com animais, corais, mangues, o ingerido pelos animais e, ainda, por humanos nessa cadeia alimentar.

A responsabilização é primordial para que se tomem as medidas necessárias. No caso do vazamento do Golfo do México, a empresa ainda hoje responde. Mas no Brasil como isso vai funcionar?

O rompimento da barragem do Fundão, em Mariana no estado de Minas Gerais, em 2015, liberou 40 milhões de metros cúbicos de resíduos da mineradora da Samarco que contaminou rios e mantou 19 pessoas. Três anos depois outro rompimento, da barragem de rejeitos da Mina do Feijão, no município de Brumadinho, no mesmo estado. O que realmente mudou de Mariana a Brumadinho?  É fato que mais de 20 barragens estão em alerta em Minas Gerais, a maior parte delas sob responsabilidade da empresa Vale, que atuava em Brumadinho. Foram as universidades, moradores, organizações não-governamentais e técnicos de alguns órgãos que assumiram as atividades nos locais. Pouca coisa mudou para o caso do derrame de petróleo nas praias brasileiras, o agravante foi o Governo Federal acusar o Greenpeace de causar o derrame, assim como fez em agosto ao acusar ONGs pelas queimadas na Amazônia.

Segundo dados do INPE, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, o desmatamento aumentou cerca de 30% entre agosto de 2018 e julho 2019. No entanto, os maiores incêndios na Amazônia aconteceram em agosto. Foram 30.901 focos de incêndio registrados, segundo dados do Programa Queimadas do INPE em agosto e sabe-se que os incêndios seguiram no mês de setembro, 80% a mais do que em 2018, no mesmo período.

É preciso que esses fatos estejam na mídia. É preciso acompanhamento sobre os impactos hoje e a longo prazo, não podemos esquecer. Precisamos de respostas, precisamos de ações, precisamos de exemplos e conscientização.

 

Alice Dutra Balbé, doutora em Ciências da Comunicação e mestre em Informação e Jornalismo pela Universidade do Minho, Portugal,  jornalista egressa UFN.

Plantio de árvores nativas no Km2. Foto: João Alves

Uma iniciativa simples, mas que fará toda a diferença para o futuro, começou a ser implementada no Km 2, no Bairro Divina Providência. A Prefeitura de Santa Maria está plantando, nesta quarta-feira (23), 55 mudas de árvores nativas na vila. A medida é uma compensação da Grabac Incorporações Ltda. Dessa forma, a empresa e o Executivo firmaram um Termo de Compromisso Ambiental, em que são repassados os recursos ao Poder Público, e a Secretaria de Município de Meio Ambiente executa o plantio.

Estão sendo plantadas mudas de ipê-roxo, pau-ferro, capororoca, louro-pardo e guajuvira. Conforme a secretária de Meio Ambiente, Sandra Rebelato, as árvores serão de grande porte e garantirão áreas com sombra para a comunidade.

Os moradores das redondezas também precisam ajudar, já que, nos dias secos, é necessário regar as mudas (5 litros/muda, 3 vezes/mês). Também como parte dessa compensação, a Prefeitura de Santa Maria distribui mudas de árvores nativas frutíferas para serem plantadas nos pátios das residências.

São parceiros desta iniciativa, a Emater/RS, a Secretaria de Desenvolvimento Rural, a Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos e o Gabinete de Governança.

Por Maurício Araújo.  Superintendência de Comunicação da Prefeitura Municipal de Santa Maria
Cena do documentário Ice on Fire que teve estréia mundial no último dia 11.

A propósito do lançamento do novo documentário de Leonardo DiCaprio, cabe relembrar nomes de outros filmes que questionam o modo de vida atual e que provocam reflexão sobre o futuro.  Adepta cada vez mais de um discurso positivo para o enfrentamento, adaptação e mitigação dos efeitos das mudanças climáticas, me parece importante mostrar que nem só de imagens chocantes (e pessimistas) se pode transformar a realidade, o caminho é a informação e conhecimento.

Ice on Fire (2019) foi lançado no Festival de Cannes, em parceria com a HBO, e teve estreia mundial em 11 junho. O documentário é da linha que “chama para ação” (call-for-action), e procura mostrar exemplos de ações, ainda que muito ligado ao desenvolvimento tecnológico e científico, do que está sendo feito no mundo. Mas não é o primeiro documentário que Leonardo DiCaprio esteve envolvido com essa temática.

Em 2016, em parceria com a National Geographafic, DiCaprio lançou o documentário Before the Flood (que acabou sendo traduzido como A inundação da Terra, em Portugal, e, Seremos história? no Brasil) sobre impactos e o que a sociedade pode fazer para prevenir o desaparecimento de espécies. O documentário tem entrevistas de Barack Obama, Papa Francisco e Ban Ki-Moon e apela para ações dos governantes, foi idealizado e dirigido por Fisher Stevens.

Dez anos antes, o ator ambientalista havia lançado The 11th Hour (2007) (traduzido como A última hora, no Brasil, e a 11ª hora, em Portugal) com a mensagem de que não é tarde demais e que somos a geração que pode mudar (diga-se salvar) o mundo para as novas gerações. Produzido por Chuck Castleberry, Brian Gerber, Leila Conners Petersen, Irmelin e Leonardo DiCaprio e dirigido por Leila Conners Petersen e Nadia Cooners e DiCaprio, 11th Hour tem mais de 50 entrevistados, incluindo o cientista Stephen Hawking.

No mesmo ano, o filme de Al Gore teve grande destaque sendo premiado com Oscar de melhor documentário de longa-metragem com An inconvenient truth (Uma verdade inconveniente), dirigido por Davis Guggenheim. Em 2017, Al Gore lança An inconvenient Sequel: trufh of power (Uma sequela inconveniente, dirigido por Bonni Cohen e Jon Shenk) que mostra as consequências das alterações climáticas e o que aconteceu nos últimos dez após o primeiro filme (que foi recebido como alarmista).

Menos mediatizado do que os documentários de Al Gore, e que ser considerado consequência do documentário Uma verdade inconveniente (lançado oficialmente em 2006), é Meat the truth (2008). Traduzido como Uma verdade mais que inconveniente, mas que significa “carne, a verdade”, faz o trocadilho com a expressão “meet the truth”, ou seja, “conheça a verdade” foi lançado pela parlamentar holandesa Marianne Thieme para mostrar o que foi omitido no documentário premiado e de grande impacto ambiental, a produção de carne. O documentário foi realizado pela Fundação Nicolaas Pierson e dirigido por Karen Soeters e Gertjan Zwanikken. Nessa mesma linha, o documentário Coswpiracy: the sustentability secret (2014), de Kip Andersen e Keegan Kuhn, é revelador.

A era da estupidez (2009) aponta problemas olhando para o passado. “Porque não nos salvamos enquanto tivemos a chance?” é uma das grandes perguntas do filme The Age of Stupid, dirigido por Franny Armstrong e produzido por Lizzie Gillett. Em um cenário devastador, ambientado em 2055, o inquietante filme tem como pano de fundo um arquivista que olha para imagens do começo do século a procura de respostas.

O impacto do nosso estilo de vida atual no planeta Terra é o tema do documentário do fotógrafo e ambientalista francês Yann Arthus-Bertrand, Home (2009), como diretor e narrador. Traduzido para Home, nosso planeta, nossa casa o documentário tem imagens aéreas para alertar que ainda há tempo para mudança – do que foi feito nos últimos 50 anos – e de “salvar” a Terra, que antes se transformava e vivia em harmonia.

No Brasil, o filme A lei da água (2014) sobre o novo Código Florestal brasileiro (de 2012), mostra a importância das florestas para preservação dos recursos hídricos. Além disso, expõe a ignorância (sobretudo política) sobre a conexão das florestas com regime de chuvas, o quanto a ciência foi colocada de lado e a importância direta da floresta para a agricultura.

Quero deixar claro que não sou contra o alarme, ele é necessário frente ao desafio atual que se coloca, mas tenho receios quanto ao alarmismo que pode paralisar. Há diversos documentários e filmes quem tiver interesse em refletir é cada vez mais comum encontrar filmes com foco na questão animal (The cove, 2009, sobre matança de golfinhos, Earth, 2009, da Disneynature), produção de alimentos (A ilha das flores, 2009; Food Inc/Comida SA, 2009), e muitos envolvendo os dois lados (para além do Cowpiracy, What the heath, 2017; Terráqueos, 2005; Forks over knives, 2011 e poderia fazer um texto somente sobre vegetarianismo, veganismo, etc), a questão do lixo (A história das coisas, 2007; Lixo extraordinário, 2009), entre outros.

Muitos desses filmes já estão disponíveis livremente na internet. Poderia citar ainda diversos outros filmes relacionados com as temáticas, mas deixo algumas horas de indicações e provocações (e aceito outras sugestões).

 

 

Alice Dutra Balbé,  doutora em Ciências da Comunicação e mestre em Informação e Jornalismo pela Universidade do Minho, Portugal,  jornalista egressa UFN.

Projeto leva educação ambiental à escola pública no Campestre.

A Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Hylda Vasconcellos, no bairro Campestre, recebeu, na manhã dessa quarta-feira, 04, a palestra “Semeio da Mente: Prevenção da Poluição na Barragem do DNOS”, ministrada por Luiz Alberto Carvalho Júnior, ex-secretário municipal de meio ambiente de Santa Maria e diretor geral da consultoria ambiental Sustembio.  Questões referentes às obstruções de bocas de lobo, descarte incorreto de lixo e reciclagem foram abordadas durante , que ao final do seu tempo, ainda respondeu perguntas de alunos. ” É um retorno a comunidade. Precisamos transmitir informações para a camada mais jovem, sobre como preservar a barragem, que hoje fornece 30% da água de Santa Maria”, afirma Carvalho.

Segundo ele,  projeto busca aproveitar ganchos ambientais de determinadas regiões de Santa Maria.”No caso, com a barragem, notamos sobre a crescente poluição, que foi estancada com um mutirão da ASENA em março, que retirou 10 mil litros de lixo do local. Pensando nisso, buscamos algo que conscientize a camada mais jovem da sociedade, e futuros usufruidores do espaço (no caso de alguns alunos que já participam da ASENA, até agora)”, afirmou.

Projeto quer sensibilizar alunos de diferentes escolas à necessidade de cuidar do espaço ambiental. Fotos: Lorenzo Carvalho Seixas

O Semeio da Mente é um projeto piloto que deve ser repetido em outras instituições da cidade, e esta edição do evento, contou com com o auxílio de Gilvan Ribeiro, canoísta olímpico da Associação Santamariense dos Esportes Náuticos (ASENA). A Sustembio também deu total apoio ao canoísta, uma vez que na última terça-feira, a sede da ASENA teve o símbolo olímpico depredado.

A próxima edição do projeto deve ocorrer no mês de novembro, ainda sem data ou local definidos.

Uma das formas de se trabalhar o tema sustentabilidade é a logística reversa. Esta técnica se baseia no ciclo de produtos de uma empresa, que são reaproveitados ao máximo ou tem uma fácil reciclagem.

Certamente você já comprou uma bebida em que a garrafa era retornável? Isso é um exemplo aplicado da logística reversa, logo o consumidor economiza ao não precisar comprar uma embalagem nova a cada vez, e a empresa economiza por produzir menos recipientes, e por fim, é produzido menos lixo. Assim podemos concluir que o ciclo da logística reversa traz vantagens a todos.

O estudante Victor Mateus, 18, que pesquisa a logística reversa no Instituto Federal Farroupilha, conta que as empresas adotam esta técnica não por tratar-se somente do meio ambiente, mas também pelo lucro ganho em cima dessa atividade. “No mundo em que vivemos, onde tudo é visto como lucro, a logística reversa é muito bem vista, por isso a tendência é que cada vez mais ela seja utilizada”, completa o estudante.

A logística na prática

Talvez uma das mais conhecidas práticas da logística reversa é da Natura, com a reciclagem de suas embalagens, e frascos que podem ser reaproveitados. Outro exemplo conhecido mundialmente é o da Apple, que recebe os aparelhos antigos de seus clientes, e os reverte em descontos em novos produtos.

Dia lindo de primavera em Santa Maria. Foto: Gabriel Haesbaert

O dia começou bonito e fresquinho em Santa Maria. A temperatura chegou aos 13ºC na manhã desta segunda-feira, 4 de novembro, e à tarde, atingiu os 25ºC. Em outubro, os santa-marienses já haviam se despedido do inverno ao notar altas temperaturas registradas nos termômetros da cidade, mas o clima instável da primavera os fez puxar novamente casacos e mangas compridas para fora do guarda-roupa.

O clima fresco que fez hoje pela manhã, na verdade, foi uma frente fria que passou pela região e avança para o litoral dos estados do Paraná e de São Paulo, e irá provocar pancadas de chuva nessas regiões.

Opiniões diferentes sobre o clima

A estudante Ana Paula y Castro, de 18 anos, não está satisfeita com a estação. “Não estou gostando das mudanças repentinas de temperatura. A gente não consegue organizar o guarda-roupa conforme o clima da primavera. É chuvoso e frio de manhã, e quente à tarde. Ficamos no efeito “cebola”, “se descascando” durante o dia”, desabafa.

Já a secretária Carla Silveira, 22 anos, e a estudante Michelli Taborda, 19 anos, estão contentes com o clima. “Gosto do clima friozinho, mas acredito que o calor já esteja chegando. Ainda bem que têm pancadas de chuvas que diminuem, por instantes, o mormaço”, declarou Carla, sobre as intempéries da primavera. Michelli comentou que a temperatura dessa segunda-feira poderia permanecer durante o restante do verão, pois considera desgastante o calor da próxima estação.

Boca do Monte está colorida na estação das flores. Foto: Victória Papalia

Para o taxista Derli Fernandes Silva, de 57 anos, o clima está diferente do que era há 20 anos. “As estações mudaram muito. Está tudo desregulado. Não há mais primavera e nem outono. As estações se misturaram. Nem o verãozinho de maio nós temos mais. E acredito que a crise de temperatura só vá aumentar”, afirmou.

Previsão para os próximos meses

Segundo o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), as temperaturas aumentam gradativamente na Região Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil. As máximas poderão atingir valores muito elevados em função da forte radiação solar e da maior frequência de dias com céu claro. Contudo, ainda podem ocorrer incursões de massas de ar frio intensas, o que causa as mudanças drásticas no clima.

A previsão para os meses de novembro, dezembro e janeiro é em torno da normal climatológica. Haverá maior probabilidade de chuva na categoria abaixo da faixa normal no oeste da Região e acima da normal numa faixa entre o leste de Santa Catarina e o nordeste do Rio Grande do Sul.

Fontes: CPTEC; ClicRBS; Climatempo.

Fonte: Último segundo iG.
Protótipo do Reciclador Industrial do Óleo de Cozinha.

Um equipamento que transforma o óleo de cozinha em sabão líquido – o “Reciclador Industrial”, como foi batizado, une a tecnologia em prol da sustentabilidade e tem a finalidade de auxiliar na reciclagem do óleo de cozinha.

O projeto já está fazendo sucesso até fora do país. Depois de participar do prêmio nacional Idea Brasil, ele foi encaminhado para o concurso Idea Awards, nos Estados Unidos, onde se classificou entre os finalistas.

A autoria do projeto é da  designer e ex-estudante  da Unifra, Monique Rorato, que hoje trabalha em uma empresa especializada no segmento de metais em Sapiranga-RS. Ela diz que sempre se interessou por projetos que envolvam o design e a responsabilidade social. “Acredito que a sociedade está cheia de produtos que “auxiliam” a aumentar cada vez mais o consumo, e está carente em produtos que impulsionam um consumo consciente e que incentivam a reciclagem e uma sociedade sustentável.”

Como funciona?

Hoje em dia já existem procedimentos que transformam óleo em sabão, mas não são considerados seguros, pois exige manuseio de soda cáustica, uma substância química altamente corrosiva. No Reciclador Industrial, o procedimento é seguro e, por ser automatizado,  reduz totalmente os riscos de contato do usuário com os agentes químicos envolvidos.

O processo de transformação acontece através de uma reação química chamada saponificação, método tradicional de transformar o óleo ou gordura em sabão com o auxilio da soda cáustica. O Reciclador é programado por um sistema que mistura automaticamente os ingredientes utilizados na ação. É necessário colocar o óleo, o álcool e, após, a embalagem autorrompível (a embalagem contém a soda cáustica, a essência de aromas e o corante). Começa então o processo de mistura e um  sensor indicará quando a máquina atingir a capacidade de 10 litros (capacidade total da máquina). Por fim, ela libera o botão dispensador para que o sabão líquido possa ser dispensado e utilizado.

 O projeto

Monique e o seu orientador, professor Miguel Pelizan.

Monique trabalhou durante um ano na elaboração do Reciclador, que serviu como trabalho de conclusão de curso. Seu TFG foi orientado pelo professor Miguel Pelizan. Segundo ele, o Reciclador vai ajudar principalmente nos restaurantes, onde o uso de óleo de cozinha e, também, do sabão líquido são feitos em grande quantidade.  Pelizan ressalta que a segurança que o Reciclador proporciona é o principal diferencial do produto.

Outro aspecto destacado é o da sustentabilidade gerada pelo produto.  A gordura despejada nas pias é considerada uma grande inimiga quando o assunto é tratamento de água e esgoto. A  estimativa é de que uma família gere 1,5 litro de óleo de cozinha por mês. Para servir de parâmetro, 1 litro de óleo é responsável pela poluição de 1 milhão de litros de água, apontam pesquisas realizadas pelas companhias de águas no Brasil.