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Violência contra a mulher é histórica

Em plena Idade Média, o alto conservadorismo e a forma com que cada pessoa vivia mostravam uma dura realidade local, um regime que era particularmente dominado por homens da alta classe onde os chamados senhores feudais

TFG discute a representação política da mulher em jornais digitais

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Dezessete vezes Marta

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A representatividade da mulher no esporte

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Seminário vai discutir a prevenção do câncer de mama

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Estádio é lugar de mulher sim

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Último dia de Interfaces aborda violência e as suas narrativas

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Em plena Idade Média, o alto conservadorismo e a forma com que cada pessoa vivia mostravam uma dura realidade local, um regime que era particularmente dominado por homens da alta classe onde os chamados senhores feudais comandavam o reino ao lado de suas rainhas ou princesas. É incompatível pensar que a violência contra as mulheres tenha se transformado em um assunto relevante apenas nos últimos anos, sendo que acontece há muito tempo. Os senhores de terras possuíam uma espécie de ‘lazer alternativo’ quando levavam à tortura e humilhação suas esposas ou servas.

O History Meeting House, uma instituição de cultura em Varsóvia, na Polônia, publicou nas suas redes sociais, em novembro deste ano, um artigo que enfatizava como era a vida das mulheres durante toda a Idade Antiga, Idade Média e período das Cruzadas. Além de serem violentadas, o lazer preferido entre os reis, camponeses e soldados, eram os chamados Hunger Games. Na tradução literal  “jogos da fome”, onde os métodos de tortura eram feitos com base no sadomasoquismo e no prazer.

No Brasil, em 7 de agosto de 2006, foi instaurada a Lei Maria da Penha, cujo nome é inspirado na mulher que sobreviveu a violência doméstica durante 23 anos e a dois ataques fatais feitos pelo próprio marido. A lei nº 11.340/2006 foi um marco divisório para as mulheres, assegurava a proteção e a defesa, punindo com severidade os agressores e participantes ativos nos delitos.

Há aproximadamente três anos atrás, o assunto voltou à tona nas redes sociais e, principalmente, nos meios de comunicação tradicionais, expondo casos que aconteceram no Rio Grande do Sul e em outros estados pelo Brasil. A repercussão foi tamanha, que novos projetos em defesa das mulheres foram criados e manifestações pelo país tomaram conta.

A violência contra a mulher em Santa Maria diminuiu em 2019. Foto: Pixabay.

Em 2018. de acordo com a Delegacia da Mulher, os índices da violência contra a mulher tornaram-se o estopim para um processo de mobilização em prol da segurança feminina. Nos meses de abril, maio e junho de 2018 o número de casos em Santa Maria tinha triplicado em relação aos mesmos meses de 2017.

Nara Silveira Olea, 34 anos, psicóloga e integrante do corpo de apoio do Central de Atendimento à Mulher, revela que o atendimento é diário com muitas ligações solicitando apoio emocional. Ela enfatiza: “Quando recebemos uma ligação com um pedido de ajuda, procuramos fazer com que a vítima dessas agressões mantenha a calma e fale o mais longe possível do agressor. É plausível e entendemos o medo da denúncia, tentamos sempre orientá-la a, quando houver oportunidade, ligar para o 190 e realizar um boletim de ocorrência”.

O secretário adjunto da Polícia Civil, Edinardo Rodrigues, comenta que, neste ano, em Santa Maria os casos de violência contra a mulher estão mais baixos comparados ao ano passado. As situações mais frequentes registradas no 190 são: agressão familiar, agressão psicológica, humilhação e também tentativas de homicídio.

Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública do estado, equiparando com o ano de 2018 em Santa Maria, os índices tiveram uma baixa significativa. Em 12 meses, em 2018, o número de ameaças atingiu a marca de 2.264 ocorrências. Já em 2019, até novembro, a marca era de 824. Em relação a estupro, em 2018 foram registrados 88 casos durantes todo o ano, já no ano seguinte houve uma queda de mais de 50%, totalizando 40 casos.

Mirella Soares Gusmão, 42 anos, mãe e psicopedagoga, adianta que os casos de violência feminina vêm sendo enfatizado diversas vezes pelos veículos de comunicação e que precisa ser cada vez mais contido. Ela conclui: “Tenho duas filhas, ambas já passaram dos 20 anos, desde pequenas eu e o pai delas tentamos mostrar que essa situação existe e que elas precisam saber como lidar e como não passar por isso. É um medo frequente de nós pais”.

As manifestações em prol da segurança das mulheres adquiriram proporções maiores durante todo esse ano de 2019. A causa social busca a proteção e o uso efetivo e funcional da Lei Maria da Penha.

Texto produzido pelo acad. Kauan Costa na disciplina de Jornalismo III, no 2º semestre de 2019, e supervisionado pela professora Glaíse Palma.

Thayane Rodrigues.Foto: Andriele Hoffmann

O Brasil ocupa a 115º posição no ranking mundial de representatividade feminina na política e, além dessa representatividade parlamentar, as mulheres nesse âmbito enfrentam outro problema em sua jornada: como são representadas na mídia tradicional brasileira, responsável por influenciar a opinião pública. Motivada por identificar as marcas de representação da mulher nas eleições de 2018, a acadêmica de jornalismo da Universidade Franciscana Thayane Rodrigues produziu seu primeiro Trabalho Final de Graduação: ‘’Estratégias midiáticas nas eleições presidenciais brasileiras de 2018: a representação da candidata Manuela D´Avila em jornais digitais’’. 

Conforme a autora, a pesquisa se justifica pelo fato de que as mulheres, diferente dos homens, sempre tiveram que provar serem competentes em todos os cargos que ocuparam, especialmente na política. A Manuela D´Avila, – objeto de estudo da pesquisa, em sua última candidatura foi alvo de fake-news, falta de informação e disseminação de ódio na mídia, oque rendeu bastante assunto para o trabalho. “A Manuela é uma figura política que tem muito material para estudo, só que acabamos trabalhando este tema enquanto ainda é atual e rende um bom debate”, explica a estudante. 

Orientada pela professora Laura Fabrício, a pesquisa teve como objetivo identificar as abordagens da mídia na formação da representatividade da candidata, através de textos e fotografias jornalísticas. A apresentação do trabalho aconteceu na Jornada Científica na última quarta-feira (03), evento organizado pelo LAPEC, laboratório destinado à prática da pesquisa em comunicação.

Por Andriele Hoffmann da Cruz para a disciplina de Jornalismo Científico

 

Enaltecer mulheres e desconstruir o machismo recorrente da sociedade conservadora e com origem do patriarcado é mais do que importante para igualdade de gênero. Marta Vieira da Silva é um dos maiores exemplos de reivindicação por direitos iguais no esporte mundial. A brasileira eleita seis vezes melhor jogadora do mundo tem usado a cobertura midiática da Copa do Mundo Feminina 2019 – uma cobertura histórica para o futebol feminino por sinal – a favor das mulheres e da igualdade salarial e de gênero.

No dia 18 de junho de 2019, Marta escreveu, mais uma vez, o seu nome na história do futebol mundial. A atacante se tornou a maior artilheira de Copas do Mundo, marcando seu décimo sétimo gol em uma copa, ultrapassando o alemão Miroslav Klose. Quem já leu meus outros textos aqui da coluna deve saber o quanto as coisas mudaram no esporte feminino desde o século passado, mas o reconhecimento tardio e a desigualdade de gênero ainda se fazem presente.

Se pararmos para pensar e construirmos uma linha histórica de principais acontecimentos do esporte no Brasil, relembramos aqui que, durante o governo de Getúlio Vargas, as mulheres eram proibidas por lei de qualquer prática esportiva. O decreto de 14 de abril de 1941 expunha regras no artigo 54 que impediam o público feminino de praticar qualquer esporte no país. Lei que caiu no final dos anos 1970.

Seguindo a linha de fatos históricos para o esporte feminino, é praticamente impossível falar de esporte e resistência no Brasil sem citar Aída dos Santos. Pulando obstáculos, literalmente, por ser uma atleta da  modalidade salto com vara, e quebrando barreiras, a brasileira foi a primeira mulher representante do país a disputar uma final olímpica, única atleta da equipe de atletismo nacional e única mulher da delegação brasileira nos Jogos de Tóquio, em 1964. Ela chegou à Olimpíada sem apoio algum, sem patrocínio, sem técnico e muito menos com uniforme próprio, precisando adaptar e ajustar a roupa de outra modalidade e competição. E mesmo com todas as dificuldades, Aída ficou em quarto lugar naquela olimpíada. Muitas mulheres mudaram a história do esporte no país e colaboraram para a desconstrução da ideia de que mulheres não podem praticar esportes.

O ano tem sido marcado por momentos importantes para o esporte feminino. A Copa do Mundo da França 2019 está sendo transmitida em dois canais na TV aberta, Rede Globo e Rede Bandeirantes, além do canal fechado SporTV. Com os holofotes do mundo inteiro virados para elas, finalmente, as atletas tem ocupado seus espaços de fala, além de usar a seu favor a mídia.

A atacante brasileira Marta não chamou a atenção somente pelo grande futebol nessa copa, mas a atleta tem reivindicado direitos de patrocínio iguais, usando uma chuteira sem marca alguma, mas com a bandeira de igualdade de gênero estampada. Marta não aceitou nenhuma proposta das grandes marcas esportivas por um simples motivo: elas ofereceram a ela um valor muito abaixo do pago aos homens, o que é um absurdo.

A expectativa é grande e o apoio às brasileiras tem batido recordes nessa copa, empresas têm parado o expediente durante os jogos da seleção feminina, pela primeira vez, para que os funcionários assistam às partidas. Neste domingo, 23, a seleção brasileira entra em campo contra a França, às 16h, pelas oitavas de final. O apoio e o incentivo dado às atletas, principalmente, nas redes sociais durante a fase de grupos deve continuar nos próximos jogos e permanecer após essa histórica Copa do Mundo Feminina. Poste, compartilhe e use as hashtags #GuerreirasdoBrasil #CopadoMundoFeminina e #SeleçãoFeminina para aumentar cada vez mais a circulação e a visibilidade do esporte feminino.

Uma das grandes lutas das mulheres é por espaço, espaço de fala, espaço de visibilidade, espaço e direito de ir e vir sem ser assediada, espaço pra ser quem quiser e fazer o que bem entender e não ser julgada. Ser mulher no esporte é resistir para poder existir, é treinar sem apoio, é trabalhar enquanto eles descansam. Ser mulher no esporte é ser resistência e acreditar que eu posso, que ela pode, que você pode e que todas nós podemos juntas.

 

Agnes Barriles é jornalista egressa da UFN. Foi monitora e repórter da Agência Central Sul durante a graduação e atuou no MULTIJOR. Tem o jornalismo esportivo como referência em pesquisas e reportagens desenvolvidas. É engajada com causas sociais e busca dar espaço e visibilidade às minorias.

Violência doméstica, machismo e feminicídio são os temas que motivaram a artista e aluna do curso de Artes Cênicas da UFSM, Bárbara Cembranel a idealizar o espetáculo Há Perigo, Maria. A peça teatral estreou em novembro de 2018 no Teatro Caixa Preta e, na próxima quinta-feira, 6 de junho, será apresentado no Theatro Treze de Maio, às 20h.

Com orientação da professora Mariane Magno, a peça discute o lugar da mulher numa sociedade que frequentemente a silencia. Os ingressos estão disponíveis na bilheteria do Theatro ou pelos números 55 99677-5996, com Mariana Giacomini  e  55 98412-0821, com Bárbara Cembranel. A meia-entrada, referente a estudante e idosos é de R$10,00, antecipada ou sócios do teatro é R$15,00 e, na hora, será R$20,00.

Divulgação

O espetáculo tem duração de 60 minutos e a classificação é 14 anos. A organização também sugere a confirmação da presença no evento do Facebook.

Confira a sinopse:

A mulher que tem opinião própria. Puta

A mulher que exige respeito. Puta.
A mulher que não aceita ser tratada de qualquer forma. Puta.
A mulher que decide sobre sua própria vida. Puta.
A mulher que é violentada por um homem. Puta.
A mulher que é morta por um homem. Puta.
Há perigo em casa.
Há perigo na rua.
Há perigo no trabalho.
Há perigo em todos os lugares.
Onde posso me sentir segura?

 

Angelica na cobertura de jogos pela Imembuí. Foto: Arquivo Pessoal/ Angelica Varaschini

Quem assiste aos noticiários e se depara com Alice Bastos Neves, Renata Fan, Fernanda Gentil e as demais jornalistas em frente às telas, até imagina que as mulheres sempre fizeram parte deste cenário. No entanto, foi necessário muito empenho e tempo para que elas chegassem até ali, mais ainda para alcançarem uma posição de prestígio neste mercado.

A participação das mulheres no esporte brasileiro vem aumentando gradativamente nas últimas décadas. No entanto, se comparada ao sexo masculino, no campo, arquibancadas e na área jornalística, não existe igualdade de gêneros.

Janaína em cobertura de jogo. Foto: Arquivo Pessoal

Angelica Varaschini, é formada em jornalismo pela Universidade Federal de Santa Maria. E hoje apresenta e produz o programa “Arena Esportiva”, na rádio Imembuí, sendo responsável pela apresentação esportiva. Também faz parte do quadro fixo no programa do André Campos o “Tá na hora”, que trata de informações dos times da cidade.

O cenário esportivo atual tende a cada vez mais inserir as mulheres. Angelica entende que o espaço conquistado pelas mulheres no esporte inaugura boas perspectiva. Por mais, que algum preconceito ainda resista nesse sentido. “Temos que mostrar o nosso trabalho, que estamos ali  por nossa capacidade e evolução, não porque se é mulher ou homem. Mas o campo esportivo para mulher vem ganhando muito, não só no futebol mas no vôlei, nas lutas, em tudo. Então eu acho que isso só tende a crescer ainda mais”, ressalta Angelica.

Em pesquisa realizada por nossa equipe com o uso do aplicativo de enquetes no Instagram e Twitter – conta pessoal –, opinaram sobre a mulher nessa área  pessoas de Santa Maria, Alegrete, Porto Alegre, Tramandaí e Santa Catarina. Com o total de 350 votos no Instagram, 82% das pessoas acreditam que a mulher está, sim, conquistando seu espaço no campo esportivo. Já no Twitter, a diferença não foi tão grande: 56% acreditam que sim, a mulher está despontado no esporte, já 44% acham que não. Algumas das pessoas que votaram justificaram o porquê de não achar que a mulher está conquistando seu espaço e, em sua maioria, as justificativas se dão em razão da desigualdade de gêneros gritante nesse meio, além da diferença de cargos e visibilidade a partir de quem participa jogando, por exemplo.

Fonte: Enquete feita na plataforma do Twitter. Gráficos: Allysson Marafiga
Fonte: Enquete feita na plataforma Instagram. Gráfico: Allysson Marafiga

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Nessa onda de redes sociais, que vem tomando conta dos meios informativos as hashtags ganham espaço nas emissoras televisivas, fazendo interação com o Twitter. Um exemplo é a conhecida do #CentralDoTorcedor, no uso da qual, no Globo Esporte, os jornalistas respondem perguntas dos torcedores que acompanham os jogos e a programação.

Tamara Finardi segurando suas medalhas. Foto: Arquivo Pessoal

Janaína Wille, comentarista de futebol americano e repórter, ressalta a campanha #deixaelatrabalhar, que ganhou as redes sociais nos últimos tempos. Ainda assim, a mulher no jornalismo esportivo ocupa um lugar muitas vezes secundário. “Sempre vamos nos espelhar naquilo que vemos, nas referências que temos. E ainda há poucas referências de mulheres em determinadas funções, como narradores e comentaristas. Representatividade importa sim”, complementa  Janaína.

A realidade das mulheres que querem trabalhar com jornalismo esportivo ainda é dura. Desde o público em geral aos próprios colegas. Isso depende de uma mudança cultural. O esporte é reflexo da sociedade, e, para Janaína, a sociedade ainda é muito machista. As pessoas precisam mudar a mentalidade, mudar a forma de encarar e de ver a mulher dentro do jornalismo esportivo. “No meu caso, não aconteceram situações constrangedoras enquanto trabalhava com futebol americano. Mas com o futebol que se joga no Brasil, sim. 

Em Santa Maria, as mulheres buscam cada vez mais se inserir no esporte.  Fundaram diversos times de futsal, hugby, basquete, vôlei, futebol americano, entre outros esportes em que  “batem um bolão”.  Tamara Finardi é um belo exemplo disso, é graduada na Unipampa e apaixonada por Jornalismo e esporte, mais especificamente o futsal. A prática teve início como uma brincadeira, mas a partir disso se tornou algo sério com a ideia de tratar de pautas relacionadas à mulher no esporte.

Junto com cinco amigas, da área da comunicação, elas criaram a proposta de um programa chamado “O pódio é dela”, todo destinado a mulheres no esporte, veiculado na Rádio Armazém. Abordar a representatividade e buscar fortalecer a mulher neste espaço, seja no jornalismo esportivo, em meio a atletas ou a qualquer meio esportivo é o nosso foco, diz Tamara.

 

Texto produzido por Allysson Marafiga e Luana Oliveira, na disciplina de Jornalismo Investigativo, do Curso de Jornalismo da UFN, ministrada pela professora Carla Torres durante o 2º semestre de 2018.

Foto: Arquivo/Prefeitura

Outubro Rosa: com o objetivo de alertar os profissionais da Saúde da Atenção Primária para a prevenção do câncer de mama, a Prefeitura de Santa Maria promoverá um seminário na próxima quinta-feira, dia 31 de outubro, das 13h às 17h30min, no auditório da Escola Municipal de Aprendizagem Industrial (EMAI), encerrando as atividades do Outubro Rosa na cidade.

A enfermeira Sandra Helena Barros fará uma palestra com o tema “Cuidados paliativos: vamos falar sobre isso?”. Também a enfermeira Rosenara Penna e a doutora Jocimara Fernandes farão um relato das experiências sobre como é a atuação profissional no serviço de referência de Saúde da Mulher.

O seminário busca conscientizar os profissionais sobre a importância sobre a importância de incentivar a mulher a realizar os exames de prevenção”.

Quem quiser participar do evento deverá realizar a inscrição antecipadamente (para profissionais atuantes na Rede Básica neste site, e para acadêmicos e residentes aqui).

PROGRAMAÇÃO

13h às 13h30min: Credenciamento

13h30min às 14h: Mesa de abertura

14h às 15h30min: Palestra “Cuidados paliativos: vamos falar sobre isso?”

15h30min às 16h: Coffee Break

16h às 17h30min: Atuação profissional no serviço de referência de Saúde da Mulher: relato de experiência

17h30min: Encerramento

Fonte: Assessoria de Comunicação da PMSM

 

Grupo de torcedoras da Força Tricolor Feminina SM antes da viagem a Porto Alegre. (Foto: Arquivo pessoal)

No país do futebol, as mulheres já chegaram à presidência da República, ao comando da principal corte de Justiça, e mesmo assim continuam em busca de espaço na sociedade, principalmente no meio esportivo.

Gurias gremistas, apaixonadas pelo time e apreciadoras do esporte, tomaram a iniciativa de criar um grupo exclusivo de mulheres para buscar espaço e afirmação no futebol e na torcida. O objetivo da Força Tricolor Feminina SM é levar cada vez mais mulheres para os estádios.

O grupo realiza excursões para os jogos do Grêmio, em Porto Alegre. As viagens são exclusivamente para mulheres e todas são bem-vindas.

Mesmo com a evolução que ocorreu nos últimos anos, das mulheres cada vez mais indo aos estádios, torcendo e vibrando, o preconceito ainda é presente e incomoda quem gosta de acompanhar o esporte. E é esse um dos motivos que levou Caroline Melgarejo, uma das organizadoras da Força Tricolor Feminina, a organizar as excursões.

De acordo com Caroline, elas buscam se sentir mais à vontade em um espaço dominado por homens e que é culturalmente considerado um esporte exclusivo dos homens. Por isso, as excursões para os campeonatos regionais e nacionais são praticamente feito só por homens.

Nesta última quarta-feira (16), o grupo de meninas foi pela quarta vez à Arena do Grêmio. As 21 gurias foram a Porto Alegre torcer e alentar a equipe gremista, que ganhou pelo placar de 1×0 do Cruzeiro, de Belo Horizonte. Foi o primeiro jogo pelas semifinais da Copa do Brasil 2017. O próximo confronto será no dia 23, em Belo Horizonte. O Grêmio, o atual campeão da competição, busca o sexto título.

Refletir a relevância da mulher na formação social do Rio Grande do Sul e para o Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG). Esta é a proposta do Seminário Regional de Prendas, realizado pelas Prendas da 13ª Região Tradicionalista (RT) e que ocorre a partir das 09h do dia 12 de março, no Departamento Tradicionalista Cultural Estudantil (DTCE) Marcas do Pampa.

Neste mês de março, a 13ªRT completa 50 anos de história e o seminário tem em sua programação mesas temáticas abordando os seguintes assuntos: a contribuição da mulher na formação social do Rio Grande do Sul; a inserção e evolução da participação feminina no tradicionalismo organizado, e o Empoderamento da mulher gaúcha: avanços e retrocessos.

Também será entregue, pela primeira vez, o troféu Brinco de Princesa, projeto idealizado pelas promotoras do evento e que será concedido às mulheres que se destacaram ao desenvolver projetos sociais e atividades culturais que acabaram por inspirarem a participação feminina em todos os níveis do MTG e da sociedade em que estamos inseridos.

 * Acadêmica do curso de Jornalismo

CMVSM folder semana da mulher 2017 arte_A prefeitura municipal de Santa Maria divulgou a programação da IX Semana da Mulher, iniciativa que  busca unir,  entidades que trabalham com a temática da discussão do direito da mulher. A programação orevê, além das rodas de conversas e debates,  a 6ª edição do Circuito Feminino. A corrida/caminhada ocorre no dia 16 de março, com largada às 21h na Praça Saldanha Marinho. As inscrições para o circuito podem ser feitas através do link https://www.alansangoi.com.br/inscricoes.  Confira a programação:

08 de Março (Quarta-feira)

8h – Cerimônia alusiva ao Dia Internacional da Mulher,

– Local e promoção: ALA 4

– (55) 3220-3310

17h – Exposição Delito Feminicídio (Lei 13.104/15) e obras de arte “Até que a morte nos separe”

– Inauguração da Ouvidoria da Comissão da Mulher Advogada sob o nome “Fala Advogada”

– Local: Sede da OAB Subseção Santa Maria

–Promoção: Comissão da Mulher Advogada

–Informações: (55) 99994-7557 ou ouvidoriacma@oabsma.org.br

10 de Março (Sexta-feira)

– 8h30min: Homenagem às Mulheres do Parlamento Municipal

– Local e promoção: Câmara Municipal de Vereadores de Santa Maria

–Informações: (55) 3220-7252

11 de Março (Sábado)

– 9h: Ação “Mulher, a Comissão da Mulher Advogada te escuta” – Atendimentos e encaminhamentos dos pedidos das mulheres da sociedade santa-mariense

– Local: Praça Saldanha Marinho

–Promoção: Comissão da Mulher Advogada

– Informações: (55) 99994-7557

12 de Março (Domingo)

– 10h: Dia Delas – Ação comunitária com Unidade Móvel de Saúde (atendimento médico e odontológico, atividades estéticas, culturais e de lazer)

– Local: Praça do Mallet (Rua dos Andradas, 156)

– Promoção: Igreja do Evangelho Quadrangular

– Informações: (55) 3220-7243

16 de março (Sexta-feira)

6º Circuito Feminino

– 19h30min: Concentração e aula de aquecimento

– 21h: Largada

– Promoção: Cenário Espaço Mulher

– Informações: (55) 99972-2054

– Inscrições gratuitas e realizadas pelo site www.alansangoi.com.br

18 de Março (sábado)

– 9h30 às 18h: Acolhimento às mulheres

– Local: Parque da Medianeira (Evento do Dia do Acolhimento)

– Promoção: Comissão Executiva do Dia do Acolhimento

 22 de Março (quarta-feira)

9h  – Mesa Redonda “Direitos das Mulheres na Previdência”

– Local: Plenário da Câmara Municipal de Vereadores

– Informações: (55) 3220-7219 / 3220-7252

18h – Palestra “Alimentação Saudável”

– Local: Auditório do Sest/Senat (Rua Cidade de Trinta y Tres, nº 59 – Nossa Senhora de Lourdes) – Entrada gratuita, vagas limitadas

– Promoção: Lions Clube Santa Maria Medianeira e Sest/Senat

– Informações: (55) 3223-1244

23 de Março (quinta-feira)

16h – Reencontro das mulheres da Casa da Amizade

– Local e promoção: Casa da Amizade (Rua Euclides da Cunha, nº 1781).

– Ingresso: 1kg de alimento que será doado à Liga Feminina de Combate ao Câncer

– Informações: (55) 3221-1080 / 99103-1088

19h – Lançamento do livro “Elas por Elas – Olhares Roubados”

– Tema: Mulheres em seus comportamentos, como pensam, agem e se comportam dentro de seus relacionamentos

– Local: Foyer do Theatro Treze de Maio

– Promoção: Integrantes da Casa do Poeta

– Informações: (55) 3026-8821 / 99954-9474

25 de Março (sábado)

– 9h30: Palestra “Direção defensiva para as mulheres”

– Local: Auditório do Sest/Senat (Rua Cidade de Trinta y Tres, nº 59 – Nossa Senhora de Lourdes) – Entrada gratuita, vagas limitadas

– Promoção: Secretaria de Município de Mobilidade Urbana e Sest/Senat

– Informações: (55) 3223-1244/ (55) 3921-7271

Fonte: Superintendência de Comunicação da Prefeitura Municipal de Santa Maria

O professor citou Freud e sua obra "O mal estar da cultura (foto: Julia Trombini/Laboratório de Fotografia e Memória)
O professor Luciano Mattuella analisou a obra de Freud “O mal estar da cultura” (foto: Julia Trombini/Laboratório de Fotografia e Memória)

O último dia de Interfaces no Fazer Psicológico iniciou com o minicurso de Luciano Mattuella, professor na Faculdade Cenecista de Osório (FACOS), doutor em Filosofia e clínico psiquiatra. ”Violência, literalmente” foi o tema desta manhã, trazendo o psicanalista Sigmund Freud, Mattuella aprofundou-se na reflexão sobre os conceitos e linguagens que circulam e constituem nossa sociedade e nosso ser. Os vários discursos que regem a sociedade, como cultura, capitalismo, educação, formam um compilado do mundo em que vivemos.
As pessoas se alienam ao discurso da produtividade e rapidez, o homem que não dorme e trabalha o tempo todo é reconhecido e elogiado, mesmo que isso seja prejudicial, afirma o psicólogo. A vida se torna uma empresa e as pessoas se tornam empresas para serem geridas. Tudo é calculado. Bem como a educação, que, segundo Mattuella, parece um adestramento em que os alunos devem ficar focados no professor, em seus discursos, sem desviar a atenção. As avaliações são baseadas em provas em números. “Não há uma narrativa, as notas, os números não dizem nada sobre a trajetória do estudante”, afirma.

“Se estamos na cena, na civilização, de que forma fazemos enlaces com o discursos da cultura?”, questionou durante o curso, abrindo espaço para comentários dos alunos. “Qual meu lugar na cultura? Qual meu ponto de alienamento com ela?”.

Para o psicanalista, quando se tenta fugir desse espaço da cultura, os indivíduos acabam indo para as drogas, medicamentos, e podem desenvolver a neurose. Essa crise é recorrente também, segundo Mattuella, na adolescência (que é uma passagem), em que há um choque do discurso dos pais, família, com o discurso da cultura contemporânea.

Oficina de Pinhole

(foto: Julia Trombini/Laboratório de Fotografia e Memória)
(foto: Julia Trombini/Laboratório de Fotografia e Memória)

Dinamizada e criativa, a oficina do psicólogo Márcio Fransen Pereira, mestre em Psicologia Social e Institucional, pela UFSM. Ele projetou um minicurso de montagem de câmeras pinhole, sem lente, formada por uma caixa escura e pequeno orifício, como o furo de alfinete (daí o nome). Com o propósito dos alunos experimentarem as atividades que menores infratores fazem no Centro de Referência Especializado da Assistência Social (CREAS), em Novo Hamburgo, onde o psicólogo atua há dois anos. Esse trabalho parte de uma pesquisa que Pereira estuda, “Arsenal Poética”.
“Nosso trabalho é voltado para a comunidade, com o ‘fazer’ criativo, entre os adolescentes que, muitas vezes, têm o acesso à cultura e educação negados. Então damos para eles possibilidades de fotografar de forma artesanal”, explica. Assim, os adolescentes criam um olhar mais poético, mais ligado com elementos de composição, luz. Sendo autores das suas próprias fotografias, eles não se resumem somente ao ato infracional como algo isolado, que é apenas um sintoma, para a psicologia, segundo Pereira.

Os olhares sobre a feminilidade

Parto humanizado e teoria Queer foram assuntos da conversa (foto: Julia Trombini/Laboratório de Fotografia e Memória)
Parto humanizado e teoria Queer foram assuntos da conversa (foto: Julia Trombini/Laboratório de Fotografia e Memória)

Encerrando a manhã do Interfaces, as psicólogas do grupo de estudos ”Políticas da subjetividade e psicanálise no contemporânea” ministraram a roda de conversas sobre os múltiplos olhares sobre as feminilidades na contemporaneidade. Andréia Garcia, Diana Soldera, Fernanda Alves e Martina Poll conversaram com as estudantes de psicologia sobre as diversas imposições que a mulher sofre pela sociedade. Abandono, culpabilização, maternidade, procriação, família, foram pautados no minicurso. A fertilidade feminina e a forma como essa é vista como objeto, pela sociedade, pelos homens e pela medicina, sustentaram a fala de Fernanda Alves. Algumas meninas se manifestaram apontando as injustiças e violências médicas que mães sofrem durante a gravidez. “Há homens dizendo como devemos parir e não somos ouvidas, não escolhemos como nosso corpo vai receber aquela vida”, apontou uma das alunas.

Feminismo e seus desdobramentos também fez parte do debate, pois, segundo Fernanda, essas questões ligadas à mulher estão diretamente ligadas ao movimento. “Estamos em uma época de alguns retrocessos e perda de direitos, das mulheres e da população LGBTT, e trouxemos isso para o curso, pois é algo ainda não tão abordado dentro da psicologia”, afirma. Para Andréia, esses pontos fazem parte do nosso dia a dia, mas também são conceitos de pesquisa, de estudos, e é preciso trazer essas questões para a psicologia. “Eu estudo a precariedade dos locais de trabalho, principalmente onde mulheres atuam, e a desigualdade entre homens e mulheres no mercado de trabalho contemporânea”, explica Andréia. Na segunda parte do minicurso, elas abordaram a questão transsexual e o rompimento da ideia do que a sociedade pontua como “o que é mulher”.