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parcelamento salários servidores estaduais

Polícias civil e militar estão descontentes com medidas de Sartori

Salários parcelados, situação tensa e arriscando suas vidas. É assim que passaram os últimos dias policiais civis, brigadianos e agentes penitenciários. “Hoje o policial militar não é tido como trabalhador. Nós somos excluídos da Constituição, não

Ato reúne aproximadamente 2 mil pessoas na Saldanha Marinho

Ocorreu na Praça Saldanha Marinho, na tarde desta quarta-feira (5), um ato dos servidores estaduais, em protesto ao parcelamento dos salários. A manifestação teve a partição de aproximadamente 2 mil pessoas, entre professores, estudantes e policiais da Polícia

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Polícia Civil, Brigada Militar e Susepe fizeram ato público no Centro de Santa Maria nesta quinta-feira (3) (Foto: Natália Zuliani)

Salários parcelados, situação tensa e arriscando suas vidas. É assim que passaram os últimos dias policiais civis, brigadianos e agentes penitenciários. “Hoje o policial militar não é tido como trabalhador. Nós somos excluídos da Constituição, não temos o direito à greve, não temos o direito a todos os mecanismos que todos os trabalhadores têm para reivindicar seus salários e seus direitos. Mas nós vamos nos manter mobilizados”, afirma João Valdenir Silva Correa, 45 anos, da Associação Beneficente Antônio Mendes Filho, da Brigada Militar. Na última segunda-feira (31), policiais civis se uniram à Brigada Militar e começaram sua mobilização reivindicando seus direitos perante o Estado do Rio Grande do Sul.

“É o terror que tomou conta. O abalo psicológico é muito grande. São pais e mães de família que estão pensando: pô, o que que eu vou pagar?”, comenta o escrivão Pablo Mesquita, 38 anos, representante da União Gaúcha dos Escrivães, Inspetores, Investigadores, Rádio-telegrafistas e Mecânicos Policiais (UGEIRM). Ele também revela que, apesar de arriscarem a vida todos os dias para proteger a comunidade, é isto que os mantêm trabalhando, afinal, conforme o policial, “não é a gente que escolhe o serviço, é ele que nos escolhe!”. Pablo também comenta que não apoia nenhum tipo de parcelamento, e que, se for necessário tomar essa medida, ” que corte o salário de todos”, opina.

A expectativa da Brigada Militar é que o trabalho retorne nesta sexta-feira (4). Já a Policia Civil decidiu manter a paralisação até sexta (4).

 

 

 

Manifestantes protestaram contra parcelamento dos salários (Fotos: Viviane Campos/Laboratório de Fotografia e Memória)

Ocorreu na Praça Saldanha Marinho, na tarde desta quarta-feira (5), um ato dos servidores estaduais, em protesto ao parcelamento dos salários. A manifestação teve a partição de aproximadamente 2 mil pessoas, entre professores, estudantes e policiais da Polícia Civil e Brigada Militar.

Para a professora estadual Fátima Pereira, o ato é em defesa da educação. “Alguns colegas estão com dificuldades até para comprar passagens e se locomover até a escola”, afirma. Já a professora Tanara Netto reclama que suas dívidas não estão sendo parceladas, como seu salário. “Os órgãos de luz, telefone e água não vão parcelar nossas dívidas”, protesta.

As aulas nas instituições estaduais do Rio Grande do Sul vão seguir com turnos reduzidos até o dia 18 deste mês, quando ocorrerá uma assembleia, próxima no Palácio Piratini, para discutir uma possível solução para os parcelamentos, e um possível início de greve dos professores estaduais.

Professoras reclamam que as contas não podem ser parceladas
Professoras reclamam que as contas não podem ser parceladas

As professoras informam que contam com o total apoio dos alunos e dos pais. “Apesar dos problemas, acreditamos no Rio Grande do Sul e acreditamos em nosso estado”, completa as professoras.