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prevenção do câncer

O Grupo Renascer e a troca de experiências

Continuando a série de matérias sobre os grupos e organizações de apoio à pessoas com câncer e projetos da campanha mundial Outubro Rosa, a ACS conversa com as organizadoras do Grupo Renascer – Apoio à Mulheres com Câncer de

Atividades nas ONGs de apoio à criança com câncer

Iniciou nesta semana o brechó para a arrecadação de recursos para a Associação de Apoio a Pessoas com Câncer (Aapecan), que fica no Bairro Fátima, rua Borges de Medeiros, nº 1897. O Brechó começou nesta tarde e se

Segunda dose da vacina contra HPV chega na cidade

A segunda dose da vacina contra o Papilomavírus (HPV) começou a ser aplicada em Santa Maria nesta terça- feira, dia 29, de forma gratuita através do Sistema Único de Saúde (SUS) e em escolas municipais, estaduais

Imagem: divulgação/Grupo Renascer
Imagem: Divulgação/Grupo Renascer

Continuando a série de matérias sobre os grupos e organizações de apoio à pessoas com câncer e projetos da campanha mundial Outubro Rosa, a ACS conversa com as organizadoras do Grupo Renascer – Apoio à Mulheres com Câncer de Mama UFSM. O grupo existe há 24 anos na Universidade Federal de Santa Maria, e desenvolve atividades à respeito da doença, tratamentos, prevenção e informações em conjunto com os cursos de Fisioterapia, Psicologia, Medicina e Enfermagem, daquela universidade. O projeto acontece no Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM), no domicílio de pacientes e familiares, bem como palestras informativas sobre educação e prevenção, com profissionais capacitados, segundo a acadêmica colaboradora do projeto há três anos, Bruna Elise Messias. Acadêmica de fisioterapia, Bruna auxilia nas atividades para as pacientes, como dança e exercícios fisioterapêuticos. “Eu posso aprender o tempo todo por ter que buscar informações para repassá-las, mas mais do que isso, o aprendizado pessoal é muito maior, tão gigantesco que eu me arrisco a descrevê-lo em palavras, o contato, o vínculo tornam-se amizade, o carinho é mútuo e a lição de superação que essas mulheres nos passam é algo fascinante”, relata.

Atualmente o grupo é coordenado por Melissa Medeiros Braz,  professora do curso de Fisioterapia,  e nele está inserido cerca de 20 pacientes. A coordenadora conta que o tratamento acontece nas Unidades de Mastologia, Tocoginecologia e Quimioterapia, do HUSM. O grupo visa empoderar as pacientes e ressaltar que elas não são a doença, e sim alguém com uma doença tratável e curável, que podem (e devem) continuarem sendo plenas em sua vida e em sua integridade como mulher.  Os encontros para as atividades de lazer e educacionais ocorrem no Centro de Ciências da Saúde, da UFSM, prédio 16, sala 1233B, são quinzenais, nas terças-feiras, das 14h as 16h. “O apoio das mulheres do grupo, em diferentes fases do tratamento, que já vivenciaram os desafios que algumas passam em determinados momentos, junto ao suporte profissional, são ferramentas muito importantes para as mulheres. Para que estas possam superar a fragilidade do momento, se fortalecer e resgatar a sua identidade e seu poder em todos os momentos do processo terapêutico, sendo adjuvantes no seu tratamento”, destaca Melissa.

Uma das cartilhas informativas publicadas na página Grupo Renascer
Uma das cartilhas informativas publicadas na página Grupo Renascer

Há também atividades psicológicas e acompanhamento de profissionais, tanto para a paciente como para os familiares, os incluindo no projeto. Na página do facebook do projeto há divulgação de informações, atividades e recomendações, artigos, sobre o câncer de mama. Eventos, de organizações e entidades da saúde, são divulgados na fanpage, bem como fotos das atividades. Dessa forma, com o uso da rede social, o grupo consegue atingir um público maior na região e em suas redondezas.

“Além disso, existe uma troca de experiências entre as próprias participantes, as participantes e os profissionais, e vice-versa. Atividades visando a qualidade de vida dessas mulheres, com autoestima, bem-estar e lazer com projetos de automaquiagem, espiritualidade, artesanato, sessões fotográficas, passeios e viagens, piqueniques, entre outras outras atividades”, explica Bruna. O público-alvo é a mulher oriunda da região com diagnóstico de câncer de mama, independente do estágio da doença.

 

 

Iniciou nesta semana o brechó para a arrecadação de recursos para a Associação de Apoio a Pessoas com Câncer (Aapecan), que fica no Bairro Fátima, rua Borges de Medeiros, nº 1897. O Brechó começou nesta tarde e se estende até as 16h.

Nesta quarta-feira (21), também ocorreu atividade para as mães das crianças com câncer que são recebidas pelo Centro de Apoio à Criança com Câncer (CACC), com tratamentos no Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM). A atividade é um “salão de beleza para as mães”, onde elas se maquiaram, se enfeitaram, para criar um clima alegre na ONG, localizada n rua Erli de Almeida Lima, 365 – Camobi. Essa atividade ocorre todos os meses no CACC, e, especialmente no mês de outubro, devido à campanha mundial de combate ao câncer de mama.

Cartaz da campanha de vacinação

A segunda dose da vacina contra o Papilomavírus (HPV) começou a ser aplicada em Santa Maria nesta terça- feira, dia 29, de forma gratuita através do Sistema Único de Saúde (SUS) e em escolas municipais, estaduais e particulares, e tem como meta imunizar 5.489 meninas.

O HPV é um vírus com 150 tipos diferentes, dentre eles o 16 e o 18, responsáveis por 70% dos casos de câncer do colo de útero – terceira maior causa de morte de mulheres no Brasil. Todo ano cerca de 15 mil casos da doença são registrados, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), e 5 mil mortes são causados pela doença no país.

A vacinação visa prevenir casos da doença e ocorre em três etapas. Neste ano, a primeira dose foi realizada em março, a segunda em setembro e a terceira será aplicada cinco anos após  primeira dose. No ano de 2014 a vacina estava disponível para meninas de 11 a 13 anos, em 2015 a faixa etária é dos 9 aos 11, e em 2016 será apenas em meninas de 9 anos, como confirma a enfermeira responsável pelo setor de imunização de Santa Maria, Ana Motta.

Conforme declarou Ana, o foco principal é a prevenção do colo de útero, mas também prevenir contra outros tipos de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs). A enfermeira também explica porquê a vacinação é aplicada em meninas desta idade, “ a vacina pode ser usada em outras faixas etárias, mas o objetivo é vacinar as meninas antes que tenham iniciado sua vida sexual”. E ainda afirmou que a vacina não causa nenhum tipo de efeito colateral.

Na quarta-feira, 30, uma das escolas que recebeu a vacina foi a Escola Básica Estadual Cícero Barreto, no bairro Rosário. A orientadora da escola Maria Luiza Pozzatti Saurin relatou que o assunto vem sendo tratado desde o ano passado com os alunos, e foi discutido com os pais em reunião. Na escola, cerca de 30 meninas receberam a vacina neste ano. A orientadora revela que o tema foi abordado com as meninas em sala de aula, através de conversas, mas disse que a maioria ainda não entende exatamente porquê está recebendo a vacina, “ elas sabem apenas que vai ser bom para o futuro”.

A Prefeitura de Santa Maria disponibilizou em seu site uma tabela com o cronograma de vacinação nas escolas da cidade. A imunização segue até dia 20 de outubro. Meninas que ainda não tomaram a primeira dose podem procurar qualquer unidade de saúde para receber a aplicação.