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Veja alguns dos serviços que a UFN oferece para a comunidade

Para atender as necessidades locais, a UFN oferece serviços em diversas áreas. Saúde e economia são as principais demandas atendidas pela instituição. As atividades são realizadas principalmente por alunos, para pôr em prática a teoria aprendida

As oficinas inovadoras da Mostra das Profissões

A Mostra das Profissões UFN disponibiliza oficinas de 12 cursos da instituição em 4 diferentes períodos do dia em que os alunos visitantes são capazes de experimentar na prática a área que pretendem cursar no ensino

Grupo de Teatro VagaMundo se apresenta na UFN

A comunidade da UFN e o público em geral poderá assistir ao espetáculo ‘La Perseguida” amanhã, terça-feira, dia 9 de novembro, às 17h, no pátio do conjunto III, na rua Silva Jardim. A apresentação é uma

Bate-papo sobre a saúde mental dos estudantes na UFN

Acadêmicos se reuniram nesta terça-feira, 17, às 18h30, no Hall do prédio 15 no Conjunto III da Universidade Franciscana (UFN) para o evento Roda de Conversa. A ação foi organizada em função do Setembro Amarelo, mês de

Roda de conversa discute saúde mental na UFN

Na próxima terça-feira, 17, às 18h30, no hall do prédio da Capela da UFN, haverá a ‘Roda de Conversa: Vamos falar sobre saúde mental dos acadêmicos?’. A programação vem ao encontro do Setembro Amarelo, mês destinado

O que nos (des)encaixa?

O curso de Psicologia da Universidade Franciscana (UFN) apresentou na manhã de hoje,12,  uma performance artística alusiva ao dia internacional da mulher. A ideia de intervenções surgiu em uma disciplina optativa ministrada pela professora Monise Gomes

O tratamento e o preconceito em casos de HIV

A psicóloga  em política municipal, Daiane Tolentino, ministrou  nesta quarta-feira, 29, a oficina  sobre psicologia e atuação em HIV / Aids.  O workshop foi realizado de forma interativa, através de um bate-papo com os alunos e

Histórias de uma psicóloga sem fronteiras

Você já imaginou o seu telefone tocar a qualquer momento do dia e ter que largar tudo para atravessar o oceano Atlântico para ajudar centenas de pessoas que passam por algum momento crítico de saúde pública ?

Para atender as necessidades locais, a UFN oferece serviços em diversas áreas. Saúde e economia são as principais demandas atendidas pela instituição. As atividades são realizadas principalmente por alunos, para pôr em prática a teoria aprendida em aula. Confira a lista dos serviços oferecidos pela universidade:

LEAC – Laboratório Escola de Análises Clínicas   

Oferece à comunidade acadêmica e ao público em geral exames laboratoriais de rotina.

• Agendamento pelo telefone: 3220-1269

Laboratório de Odontologia

• Público: Externo e interno

Desenvolve ações de prevenção a saúde bucal e tratamentos específicos de acordo com cada paciente conforme avaliação prévia.

• Agendamento: Conforme disponibilidade de vagas de triagem, pelo número (55) 3025-9070

• Público: Externo e interno

 Laboratório de Ensino Prático em Fisioterapia

Os atendimentos de fisioterapia ambulatorial ocorrem no solo e na hidroterapia e são destinados às necessidades traumato-ortopédicas e disfunções neurológicas em qualquer faixa etária. Além disso, são realizados atendimentos para crianças e adolescentes, saúde da mulher e direcionado ao cuidado no envelhecimento. No turno da tarde é disponibilizada assistência multiprofissional ao paciente com necessidade de reabilitação física.

• Agendamento: Conforme disponibilidade de vagas, pelo número (55) 3025-9067

• Público: Externo e interno

Terapia Ocupacional

Objetiva desenvolver, recuperar ou manter habilidades das pessoas que apresentam temporária ou definitiva dificuldade em desempenhar atividades cotidianas e participação na vida social. Por meio de atividades significativas para cada sujeito, trabalhando na habilitação, reabilitação, prevenção de agravos, promoção da saúde, bem-estar e qualidade de vida.

• Agendamento: Conforme disponibilidade de vagas, pelo número (55) 3025-9070/ Ramal: 9084

• Público: Externo em todas as faixas etárias e interno

Laboratório em Enfermagem

Avaliação efetiva do processo de enfermagem, por meio de consulta e prescrição de cuidados de enfermagem.

• Agendamento: Conforme disponibilidade de vagas, pelo número (55) 3025-9070/ Ramal 9075

• Público: Somente público interno e pacientes atendidos nos Laboratórios da UFN

O público interno pode ir diretamente ao consultório de enfermagem. Imagem: divulgação.

Laboratório de Psicologia

O Laboratório de Práticas em Psicologia oferece atendimento individual para crianças, adolescentes e adultos.  Também há a modalidade de atendimentos em grupos de crianças e adolescentes e terapias de casal e famílias.

• Agendamento: Conforme disponibilidade de vagas, pelo telefone (55) 3025-9070/ Ramal 9077

• Público: Externo e Interno

Laboratório de Prática de Nutrição Clínica Ambulatorial

Orientação e acompanhamento nutricional.

• Agendamento: Conforme disponibilidade de vagas, pelo telefone (55) 3025-9070/ Ramal 9075

• Público: Externo e interno  

Serviço de Atenção Farmacêutica

Destina-se a pessoas que utilizam diversos medicamentos e sentem efeitos adversos ou inefetividade em seu tratamento.

• Agendamento: Conforme disponibilidade de vagas, pelo telefone (55) 3025-9070/ Ramal: 9085

• Público: Externo e interno 

Núcleo de Apoio à Diversidade Humana – NADH

O objetivo é estabelecer acolhimento a toda comunidade universitária, dar apoio psicopedagógico, psicológico, orientação profissional e outras necessidades do público interno da Universidade Franciscana, através de ações individuais e coletivas de acordo com cada caso.

• Agendamento pelo e-mail: nadh@ufn.edu.br

• Público: Acadêmicos de graduação e pós-graduação, professores e colaboradores (Interno)

Núcleo de Apoio Contábil e Fiscal (NAF)

Oferece serviços solucionando possíveis problemas relacionados à CPF e informações sobre declarações de Microempreendedores Individuais – MEI e pessoas físicas. Ele promove uma maior interação entre RFB, as IES, alunos e sociedade, proporcionando cooperação mútua, para a qualificação de futuros profissionais contábeis e a prestação de serviços fiscais aos contribuintes hipossuficientes visando o fortalecimento da imagem de ambos e o desenvolvimento da moral tributária.

• Público: Externo e interno

• Os serviços e orientações contábeis ofertados pelo NAF da UFN são gratuitos

• Agendamentos: via Facebook , via WhatsApp (55) 99981-5936 ou pelo e-mail: naf@camillamotta

A Mostra das Profissões UFN disponibiliza oficinas de 12 cursos da instituição em 4 diferentes períodos do dia em que os alunos visitantes são capazes de experimentar na prática a área que pretendem cursar no ensino superior. Durante a oficina de Odontologia, por exemplo, os participantes participam de uma simulação de procedimentos restauradores e em Pedagogia é feita uma apresentação dos recursos tecnológicos na formação de professores.

Segundo Luiza Vitória Bortolotto, 22 anos, estudante do 6º semestre do curso de Psicologia “a quantidade de participantes na oficina foi maior do que o esperado e todos se engajaram na dinâmica proposta”. Em relação às expectativas dos alunos, segundo a acadêmica, “alguns alunos vêm para a Mostra com uma área de atuação em mente, entretanto, outros possuem um leque de opções, nesse caso em que se nota a importância das oficinas que apresenta essas opções para os estudantes serem capazes de encontrar a área com a qual mais se identifica”.

Os participantes do curso de Farmácia coordenaram a oficina de Aromaterapia que, segundo a professora Jane Beatriz Linberger “é uma prática integrativa e complementar em saúde que é aprovada para ser utilizada dentro do Sistema Único de Saúde (SUS). Ela pode ser usada para complementar outros modos de tratamentos naturais contra doenças comuns como, por exemplo, o combate a infecções e a melhoria da imunidade. Entretanto, o fato de se tratar de um método natural, não significa que não há efeitos adversos, esses óleos também podem causar problemas se mal utilizados, por isso a importância da nossa orientação”. Em relação a participação dos estudantes, a professora ressalta o entusiasmo dos participantes e o grande fluxo de alunos que tem comparecido à oficina.

Estudantes participando da oficina de Aromaterapia. Imagem: Luiza Silveira.

A estudante do 3º ano do ensino médio, Kauany Unfer, 18 anos, que participou das atividades referentes à Aromaterapia, ressaltou as diversas áreas que o curso de Farmácia proporciona: “Durante o ensino médio, nós não temos muita noção em relação às áreas seguida no período da faculdade. Essas oficinas são muito reveladoras para nós”. Apesar de visar o ingresso em Relações Internacionais, a estudante abordou a importância do aprendizado que se adquire durante os 10 semestres. Kauany acredita “se tratar de algo muito importante por ter relação com a saúde das pessoas. Principalmente no período da pandemia, o papel daqueles que atuam na saúde se provou essencial. É importante a universidade trazer isso para os estudantes conhecerem suas opções para atuar futuramente”.

No fim de julho os alunos dos cursos de Jornalismo, Publicidade e Propaganda, Design de Moda e Psicologia participaram de excursão para o Rio de Janeiro, com o objetivo de fazer com que os acadêmicos conhecessem a estrutura da Rede Globo e também vivenciassem a gravação de um programa de televisão. A viagem contou com quatro dias no Rio e os estudantes participaram de uma visita técnica aos estúdios da Rede Globo, fizeram parte da gravação do programa “Pipoca da Ivete” e também realizaram um tour pela cidade.

Durante a visita técnica nos estúdios da Rede Globo os estudantes tiveram a oportunidade de ver como são produzidos os efeitos especiais da emissora. Foto: Dandara Mariah

 De acordo com a professora do curso de Publicidade e Propaganda, Cristina Jobim, “é muito importante para os acadêmicos ter conhecimento do mercado, de como funciona, de como vai se desenvolver o trabalho na área de comunicação, tanto Publicidade e Propaganda, quanto Jornalismo. Então do ponto de vista profissional, visualizar como os profissionais da área trabalham, principalmente em uma grande empresa como a Globo, é fundamental. É muito mais que uma aula prática, é uma experiência que eles têm junto ao setor”. Para ela, a viagem também proporcionou experiências positivas na vida pessoal dos estudantes, “além de ir na Globo, eles puderam conviver entre eles, se conhecer melhor, se integrar, se divertir juntos. Também tiveram acesso a pontos turísticos, a museus e uma série de outras coisas que o Rio de Janeiro oferece”.

Os acadêmicos participaram como plateia no programa “Pipoca da Ivete”. Foto: Stephanie Baccarin

O acadêmico do 6º semestre de Jornalismo, Lucas Acosta, viu a viagem como uma oportunidade única de conhecer a maior emissora do país e entender como são feitas muitas coisas que vemos só pela televisão. Para ele, “é um lugar que talvez todo futuro jornalista gostaria de trabalhar no futuro, então conhecer esse local é como se fosse um sonho”. O estudante conta que “foi uma experiência riquíssima, porque poucos tem a oportunidade de conhecer o lugar que fomos e nós estivemos lá. É tudo muito surreal, é um lugar gigantesco, muito bem cuidado, muito bem organizado, com isso conseguimos ver a razão pela qual a Globo é a principal emissora do país disparado”. Para o acadêmico, a parte de conhecer os bastidores foi a mais interessante, “já que pela televisão vemos tudo montado e não sabemos como funcionam as coisas por trás disso. Entender como são feitos os cenários, as comidas cenográficas e conhecer a cidade cenográfica, pra mim foi a parte mais interessante da visita”, conclui ele.

Para a acadêmica do 2º semestre de Jornalismo, Vitória Oliveira, a viagem foi uma experiência única. Ela conta que não se pode perder uma oportunidade de aprender como funcionam os programas de perto e ver o funcionamento deles, desde os erros até os acertos. Os bastidores interessaram a estudante, “pude vivenciar desde cenários sendo trocados em minutos até partes que não passaram no programa editado. Conhecer a cidade cenográfica e ver como são feitas as estruturas foram minhas partes favoritas”, relata Vitória.

Os alunos também participaram de um tour pelos pontos turísticos da cidade, acompanhados pelas guias Michele Monteiro e Cláudia Ferreira. Michele trabalha com turismo há oito anos e para ela a presença de um guia “é fundamental para quem não conhece a cidade, temos muito a oferecer em relação a informações e atrativos e também passamos mais segurança durante o tour”. Para a guia, trabalhar com o turismo é uma troca, “eu amo conhecer histórias de pessoas do mundo todo”, conclui ela.

O estudante Hercules Hendges, que está no 6º semestre de Publicidade e Propaganda, tinha muita curiosidade de saber como funcionam os estúdios da Globo e queria muito conhecer a cidade. Para ele foi incrível conhecer o Rio e o Projac da Globo, Ele conta que  “os pontos turísticos foram sem dúvidas a melhor parte da viagem, me diverti e tirei muitas fotos”. Lauren Cavalheiro, também do 6º semestre de Publicidade e Propaganda, queria participar da excursão desde antes da pandemia, por conta de colegas que já participaram e comentaram que foi uma experiência maravilhosa. Para Lauren, foi uma viagem que proporcionou novas vivências, conhecer o Projac, como funcionam as gravações, a parte técnica e o tour pela cidade foi incrível.

Os acadêmicos durante a visita ao Pão de Açúcar, um dos principais pontos turísticos do Rio de Janeiro. Foto: Michele Monteiro

A acadêmica do 4º semestre de Psicologia, Juliana Camejo, sempre teve vontade de conhecer o Rio e viu  a viagem como uma oportunidade única, ela conta que a viagem proporcionou experiências que não seriam possíveis se não estivesse ido com o curso. Para ela, a viagem foi incrível, “nos proporcionou inúmeras vivências, desde ver de perto como é a gravação de um programa, conhecer a parte técnica de tudo por trás das grandes produções”. Sua parte favorita foi conhecer os pontos turísticos, “foi ali que senti que realmente estava no Rio de Janeiro, além de ter conhecido pessoas que se não fosse a viagem não teria essa proximidade”, completa Juliana.

As estudantes Julia Buttignol e Eduarda Ramos, do 3º e 8º semestre de Publicidade e Propaganda, contam que a experiência foi ótima. Para Julia, poder conhecer os  bastidores da emissora, ver como tudo funciona e a quantidade de pessoas que é preciso para que um programa vá ao ar foi uma grande oportunidade. “Conhecer as maravilhas do Rio de Janeiro também foi perfeito, além de ter conhecido e me aproximado de novas pessoas”, completa a acadêmica. Eduarda conta que foi motivada por poder entender melhor e ver de perto a parte técnica de grandes produções e para conhecer a cidade, “foi ótimo poder visitar os estúdios e bastidores da maior emissora do país, principalmente para a gente da comunicação, conhecer novos lugares, pessoas e diferentes culturas é uma grande oportunidade”, diz a estudante. Para elas, o que mais gostaram da excursão foi o tour pela cidade, “foi onde pude conhecer realmente mais da cidade apresentada por nossa guia maravilhosa, me diverti e criei um grupo incrível”, conclui Julia.

A escolha do destino da viagem foi por conta da presença dos estúdios Globo no local. A professora, Cristina Jobim, conta que:  “Temos a intenção de viajar a São Paulo também, ainda esse ano, para conhecer os Estúdios Globo de lá e outros museus e atividades culturais. Mas o Rio de Janeiro é escolhido por esse canal que a gente tem com a Rede Globo”.

Colaboração: Vitória Oliveira

A comunidade da UFN e o público em geral poderá assistir ao espetáculo ‘La Perseguida” amanhã, terça-feira, dia 9 de novembro, às 17h, no pátio do conjunto III, na rua Silva Jardim. A apresentação é uma realização da Universidade Franciscana (UFN) juntamente com o Grupo de Teatro VagaMundo. A peça é uma produção do Projeto Entre Risos & Psique e pretende integrar a comunidade universitária de Santa Maria por meio de uma conexão entre arte e psicologia. A entrada é gratuita.

O protagonista da peça é o palhaço Rabito, interpretado pelo ator Daniel Lucas. A peça trata sobre o confinamento, a solidão e a desesperança, sentimentos presentes na atualidade, frente ao contexto de pandemia que vivemos. O personagem é dócil, melancólico e aguarda seu grande amor em meio a números circenses. ‘La Perseguida’ conta com direção de Gabriela Amado e já foi apresentada em todo território nacional e na América Latina desde 2009.

Após o espetáculo, o público poderá participar de um bate-papo com a psicanalista Amanda Schreiner Pereira e (Mestre em Distúrbios da Comunicação Humana e membro da Membro da Associação Psicanalítica de Porto Alegre/APPOA) e a psicóloga Isadora Fração Lago (Mestranda em Psicanálise Clínica e Cultura, compõe o grupo Psicanálise, estética e subjetivação contemporânea e é egressa do curso de Psicologia da UFN).

Informações e imagem: Assessoria UFN.

No  histórico do Programa de Atenção Integrada em Psicologia, Paip, a principal demanda de atendimento à comunidade acadêmica estava relacionada a problemas de aprendizagem. Nos últimos anos aumentou a  demanda por questões de transtornos de ansiedade, além de processos depressivos. A informação é da professora do curso de Psicologia da Universidade Franciscana e coordenadora do Paip, Graziela Oliveira  Miolo Cezne.

Em entrevista, ela explica que no contexto da pandemia essa demanda se acentuou e intensificou, e sugere para driblar esse momento: “Momentos de lazer, atividades físicas. Leituras que produzam rupturas lógicas no tempo e psicoterapia.” .

Graziela Cenzne é Mestre em Psicologia Clínica da Universidade do Vale do Rio dos Sinos(UNISINOS-2009), Graduação em Psicologia pelo Centro Universitário Franciscano (UNIFRA-2004). Também é Especialista em Clínica Psicanalítica pela Universidade de Santa Cruz(UNISC-2007), Psicanalista em consultório particular. Docente do Curso de Graduação de Psicologia e do Curso de Pós Graduação em Clínica Psicanalítica da Universidade Franciscana (UFN). Coordenadora do Programa de Atenção Integral em Psicologia – PAIP também da Universidade Franciscana. Também atua como supervisora de estágio nas seguintes ênfases: Promoção e Prevenção em Saúde e Psicologia e Processos Clínicos, junto a Universidade Franciscana (UFN). Membro do Grupo de Pesquisa Laboratório de Estudos em Psicanálise, Literatura e Política da UFRGS. Atualmente mantém interesse em pesquisas sobre Psicanálise, Gênero, Política e Cultura.

Agência Central Sul –  Qual o papel do PAIP na UFN e como ele se articula com o curso de Psicologia?

Graziela Miolo Cezne –  O Programa de Atenção Integrada em Psicologia é um serviço institucional  que promove atendimento psicológico para estudantes, professores e funcionários da instituição. No atual momento da pandemia estendemos esse auxílio aos familiares desse público. E a articulação com o curso de Psicologia é total, uma vez que os atendimentos são realizados através das práticas de estágio curricular. Ou seja, quem realiza os atendimentos são os estagiários do curso de psicologia, cumprindo suas práticas curriculares, sob supervisão acadêmica dos professores psicólogos do curso.

Além do curso de graduação, também contamos com o auxilio dos alunos do curso de pós graduação em Clínica Psicanalítica, que desenvolvem suas práticas finais de curso atendendo este público, sob supervisão dos professores psicólogos.

ACS – Como o PAIP está enfrentando esse período de atividades remotas? De que forma está funcionando?

GMC – Estamos funcionando atualmente através de agendamento pelo email do Paip (paip@ufn.edu.br). Os interessados são direcionados para uma lista, e estão sendo encaminhados aos estagiários à medida em que as vagas vão se abrindo. Até o presente momento, neste ano, estávamos desenvolvendo atendimento on line. Estamos retornando para o modelo híbrido, tanto com atendimento presencial como on line, a partir da segunda quinzena de maio. A plataforma de atendimento on line é combinada a partir da disponibilidade do interessado no atendimento.

ACS – Como está  a demanda nesse período? O que mudou no que diz respeito às demandas dos atendimentos?

GMC – No histórico do Paip temos como principal demanda de atendimento os problemas de aprendizagem. No entanto, nos últimos anos temos visto uma demanda por questões de transtornos de ansiedade, além de processos depressivos. No contexto da pandemia essa demanda se acentuou e intensificou. As dificuldades com o modelo híbrido de ensino, problemas de concentração, motivação e desempenho no estudo surgiram com intensidade. Somado a isso, uma grande demanda por crises de pânico e ansiedade, dificuldades de relacionamento familiar, sentimentos de isolamento e tristeza profundos. Muitos pacientes com uso abusivo de psicofármacos como forma de enfrentamento das suas situações de crise.  Pode-se dizer que as demandas continuam as mesmas, no entanto, com uma dose acentuada de gravidade.

ACS – Como profissional da psicologia, você percebe  transformações no emocional  das pessoas hoje?

GMC – Na verdade não percebo uma transformação muito grande. O que percebo é que os sintomas sociais de adoecimento que já eram presentes em nossa sociedade, emergiram. Vivemos em uma sociedade que não subjetiva. Ela massifica. E por isso nos joga para um condicionamento performático.  Como se houvesse uma exigência social para garantir uma performance de desempenho com padrões sempre muito elevados. E isso nos deshumaniza. O que acaba por corresponder ao ideal de que o subjetivo e particular não precisam ser levados em conta, como se fossemos levados ao nosso limite, sempre operando numa lógica de corresponder a uma demanda sem observar o sentido da mesma em nossas vidas. E isso desperta um sentimento profundo que acaba por desencadear adoecimentos graves, que muitas vezes são tratados a partir da perspectiva apenas medicamentosa ( e muitas vezes MUITO necessária), mas sem tratar o modo do sujeito lidar com essa demanda social, impedindo que ele encontre saídas singulares e criativas para os seus desejos singulares. E a psicoterapia auxilia nesse processo de não ser engolfado por uma demanda social que obstaculiza a expressão singular e, por isso, as dinâmicas das relações humanas e sociais.

ACS -Tem  alguma receita para minimizar o dano emocional que a pandemia está causando?

GMC – Observando que somos humanos e, por isso, singulares, a ideia de receita é bastante complicada. Mas entendemos que podemos criar estratégias de enfrentamento como ter momentos de lazer, atividades físicas, leituras que produzam rupturas lógicas no tempo e psicoterapia.

Acadêmicos se reuniram nesta terça-feira, 17, às 18h30, no Hall do prédio 15 no Conjunto III da Universidade Franciscana (UFN) para o evento Roda de Conversa.

A ação foi organizada em função do Setembro Amarelo, mês de prevenção ao suicídio, com o objetivo de conversar sobre a saúde mental dos universitários e dar oportunidade a eles de compartilhar sobre suas angústias. Isso porque, apesar de possibilitar o desenvolvimento individual, o ambiente acadêmico pode trazer consequências negativas para a mente humana devido à pressão dos prazos, avaliações e compromissos universitários, que podem vir a desencadear uma série de problemas psicológicos.

Para falar sobre as frustrações da população universitária foram convidados o professor Felix Guazina, mestre e doutor em Psicologia Social pela PUCRS e especialista em Psicologia Clínica com ênfase em saúde mental comunitária pela UFRGS, e a professora Vânia Fortes de Oliveira que possui mestrado em Educação pela Universidade Federal de Santa Maria e é especialista em Psicologia Social e Institucional pela UFRGS.

Além de dar o lugar de fala para os alunos presentes, os especialistas ressaltaram a importância de falarmos de nós mesmos. “Se a gente não fala sobre a gente, nós adoecemos” destacou a professora Vânia Fortes.

Se estiver passando por alguma situação em que precisa de ajuda especializada, a UFN oferece atendimento gratuito para estudantes, funcionários e professores da Universidade Franciscana, através do Programa de Atenção Integrada em Psicologia (PAIP).

Os atendimentos individuais do Programa acontecem mediante agendamento prévio, que deve ser feito na Secretaria do prédio 17, conjunto III da UFN, das 8h às 18h.

Na próxima terça-feira, 17, às 18h30, no hall do prédio da Capela da UFN, haverá a ‘Roda de Conversa: Vamos falar sobre saúde mental dos acadêmicos?’. A programação vem ao encontro do Setembro Amarelo, mês destinado à campanha brasileira de prevenção ao suicídio, iniciada em 2015, por iniciativa do Centro de Valorização da Vida, do Conselho Federal de Medicina e da Associação Brasileira de Psiquiatria.

Segundo o Boletim de Vigilância Epidemiológica de Suicídio e Tentativa de Suicídio, produzido em 2018 pelo Centro Estadual de Vigilância em Saúde do RS, o estado tem apresentado, historicamente, as maiores taxas de suicídio do país.

Performance questiona o enquadramento social das mulheres. Fotos: Mariana Olhaberriet/LABFEM

O curso de Psicologia da Universidade Franciscana (UFN) apresentou na manhã de hoje,12,  uma performance artística alusiva ao dia internacional da mulher. A ideia de intervenções surgiu em uma disciplina optativa ministrada pela professora Monise Gomes Serpa, do curso de psicologia,  e que não está mais sendo ofertada. Diante disso, optou-se por continuar com as intervenções no  dia 8 de março para, segundo a professora, transformar a data em um dia de reflexões e discussões sobre o tema.

A ação reuniu estudantes e professores no hall do prédio 16.

“O que nos (des)encaixa?” é a terceira performance feita pelo curso e pelo Psicoarte, Grupo de Livre Experimentação e Criação Artística da Psicologia, e foi apresentado no hall dos prédios 16 e 17 do conjunto III da instituição.  A ação é voltada para mulheres e, como parte dela,  o grupo colocou caixas à disposição da comunidade acadêmica para que respondessem “O que você já ouviu, passou, sentiu por ser mulher?” . As respostas foram expostas em um mural no hall do prédio 16, e algumas frases foram lidas durante a performance. Ela permanece no local até amanhã, 13, quando será desmontada.

A performance alerta para o fato das mulheres não estarem sozinhas e divulga o Programa de Atenção Integrada em Psicologia (PAIP) que funciona no 2º andar do prédio 17.

Daiane Tolentino, psicóloga, ministrou a oficina sobre psicologia e atuação em HIV/ Aids.  Foto: Thayane Rodrigues

A psicóloga  em política municipal, Daiane Tolentino, ministrou  nesta quarta-feira, 29, a oficina  sobre psicologia e atuação em HIV / Aids.  O workshop foi realizado de forma interativa, através de um bate-papo com os alunos e profissionais da área da saúde e apresentação de vídeos.

Segundo Daiane, até o momento, 95 casos de HIV,foram confirmados no município neste ano. Ela revelou que 32 casos foram de mulheres gestantes. A psicóloga, revelou que dados da política HIV, em 2017, apontaram o percentual em cada grupo de portadores do vírus, sendo: 10% gays,  31% transexuais, 5,9% usuários de drogas, 4,9% mulheres profissionais do sexo. O estigma e o preconceito dificultam o acesso dessas pessoas à educação e aos serviços de saúde. “quanto mais vulnerável mais atenção devemos dar a determinadas pessoas ou a população”, afirma a psicóloga.

Daiane também explicou o funcionamento da Casa 13 de maio, localizada na Rua Riachuelo nº 364, no centro de Santa Maria. O local conta com profissionais da saúde que fazem o acolhimento e realizam exames para o HIV. São feitos quatro testes rápidos para: HIV/Aids, sífilis, hepatite B e C. Uma vez confirmado o resultado, o paciente inicia o tratamento com o uso de medicamentos antiretrovirais disponíveis no Hospital  Universitário de Santa Maria. “A profilaxia deve ser realizada até 72 horas depois da exposição para que se faça o exame de gravidez e demais exames e o uso de medicamentos”, indica a psicóloga.

Para acadêmica de psicologia e estagiária na casa 13 de Maio no setor de Política HIV/Aids, Jessyca Prass Dorneles, 20 anos, o acolhimento leva em conta o estado emocional dos pacientes. “Se a pessoa está muito nervosa a gente nem faz o teste porque ela não tem condições de lidar com o diagnóstico naquele momento. A gente tem que partir do pressuposto de que pode dar positivo” complementa Jessyca. A estudante reforça a realização do procedimento da PEP (Profilixia Pós Exposição), para que se evite a transmissão do HIV.

Outro tema da conversa foi o preconceito da sociedade com os portadores do vírus. “Uma vez estava numa palestra e perguntei se alguém ali tomaria chimarrão com uma pessoa que tem a doença. Ouvi muitos não”, salienta Tolentino.

Os alunos questionaram sobre o procedimento que debe ser adotado com os bebês após o parto.  “No momento do parto se a mulher não sabe que tem HIV, ela toma uma medicação intravenosa e o bebê é acompanhado até os dois anos de idade, que é quando se pode dar um resultado definitivo” esclarece Daiane. Conforme a estudante de psicologia da UFN, Clarissa Carvalho de Oliveira, 21 anos, “aqui na faculdade não se vê muito sobre isso e eu achei que tinha algum conhecimento e não tinha”.

Para marcar o dezembro vermelho, a Universidade Franciscana realiza, no dia 30 de novembro, o recolhimento de objetos de higiene pessoal de uso feminino. As doações serão entregues no presídio feminino do município.

 

Conferência de abertura do 9° Interfaces do fazer psicológico teve a presença da psicóloga Débora Noal. Fotos: Thayane Rodrigues

Você já imaginou o seu telefone tocar a qualquer momento do dia e ter que largar tudo para atravessar o oceano Atlântico para ajudar centenas de pessoas que passam por algum momento crítico de saúde pública ? Pois essa é a realidade de quem trabalha na organização internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF).

Fundada em 1971, a entidade é a maior organização de ajuda humanitária do mundo. Em 1999 chegou a ganhar o Prêmio Nobel da Paz. A MSF consegue manter os mais de 60 projetos em diversos países com doações de pessoas físicas. A entidade não recebe verba de governos ou de multinacionais, a não ser que a empresa comprove a licitude do dinheiro.

São 46 mil profissionais da área da saúde a disposição do projeto para atender comunidades que passam por guerras e casos de epidemia. Entre essas pessoas está uma santa-mariense. A psicóloga Débora  da Silva Noal contou um pouco da sua trajetória durante a conferência de abertura do 9º Interfaces no Fazer Psicológico, da Universidade Franciscana (UFN). O salão de atos do prédio 13 da instituição ficou lotado para acompanhar a fala da profissional.

Débora esteve em países em cerca de 40 países, sempre trabalhando em área de risco. Falou da experiência em países como Haiti, Guiné e Líbia. Ela revelou que em casos de destruição de cidades com terremotos aumenta o número violência sexual. “Após desastres temos um grande número de abusos sexuais e também abuso doméstico. Em um centro de trabalho que eu estava chegavam cerca de 20 a 30 mulheres violentadas em um bairro”, declara a psicóloga.

Um dos momentos que mais a marcou foi participar da ajuda humanitária na epidemia do vírus Ebola na República Democrática do Congo, na África. A doença tem uma taxa de mortalidade de quase 90%, segundo a Organização Mundial da Saúde. “Quem sofre em uma epidemia dessas são as pessoas que cuidam das outras. E a maior parte que morre são as mulheres, porque elas cuidam dos familiares”, explica a integrante da MSF.

Débora Noal: “Pensem nas histórias dos imigrantes com o coração e não com a cabeça”

Segundo a psicóloga, essas localidades são isoladas, não tem rádio, televisão, jornal ou internet. Conforme Débora, em determinadas comunidades eles nunca viram uma pessoa branca. Para evitar a contaminação com os doentes, os profissionais deslocados para os centros de epidemia usam 11 itens de proteção. O corpo fica completamente coberto.

O trabalho dos médicos nessas áreas de risco é isolar o vírus e dos psicólogos não isolar as pessoas, mesmo sabendo que muitas não irão sobreviver. Débora se emocionou quando falou sobre o pedido de uma mãe de querer saber informações da sua família. Ela disse que filmou a comunidade com uma câmera e projetou as imagens na tenda, já que não poderia ter contato com ela. “O nosso papel é muito maior. Cada um tem um projeto terapêutico. É o cuidado humano para humano. É assegurar que as necessidades básicas sejam atendidas. São pessoas que muitas vezes perderam tudo, como o vinculo afetivo”, afirma.

A psicóloga ainda deixou um recado ao público latino com a onda migratória dos venezuelanos. Centenas cruzam as fronteiras com o Brasil para ter uma condição melhor de vida, já que o seu país vive uma crise financeira e de falta de alimentos. “Pensem nas histórias dos imigrantes com o coração e não com a cabeça”, finaliza.

A estudante Caroline Ferreira dos Santos, de 20 anos, do 8º semestre do curso de Psicologia da UFN enfatiza a importância do encontro acadêmico para a troca de experiências. “É importante essa troca. A realidade que a Débora contou é tão longe, mas, ao mesmo tempo, muito perto da gente. Com essas falas saímos outros profissionais da faculdade”, admite a jovem.