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Serviço Social apresenta projetos na Mostra das Profissões

O curso de Serviço Social, iniciado em 2000, tem como objeto de estudo a questão social e suas expressões, que derivam das desigualdades sociais resultantes da pobreza, das múltiplas formas de opressão e resistência que a

Atividades comunitárias do Centro Universitário Franciscano

O Centro Universitário Franciscano tem hoje oito cursos de graduação na área da saúde: Biomedicina, Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Medicina, Nutrição, Odontologia e Terapia Ocupacional. Cada curso desenvolve ações de extensão, que proporcionam ao aluno contato com a

Professora Larissa, do Serviço Social, em entrevista para Acs. / Foto: Gabriela Agertt - Laboratório de Fotografia e Memória
Professora Larissa, do Serviço Social, em entrevista para ACS.  Foto: Gabriela Agertt – Laboratório de Fotografia e Memória

O curso de Serviço Social, iniciado em 2000, tem como objeto de estudo a questão social e suas expressões, que derivam das desigualdades sociais resultantes da pobreza, das múltiplas formas de opressão e resistência que a sociedade vem articulando. Com duração de oito semestres, o Serviço Social forma profissionais capazes de atuar em diversas áreas do mercado de trabalho, como INSS, Tribunal de Justiça, hospitais, escolas, organizações não governamentais (ONGs).

Assim como nos outros cursos do Centro Universitário Franciscano, o Serviço Social tem seis projetos em andamento atualmente. A professora Larissa Ramalho Pereira, coordenadora de três dos quatro projetos que o curso trouxe à 6ª Mostra das Profissões, conversou com a Agência CentralSul de Notícias sobre aqueles em que os acadêmicos estão inseridos e onde possíveis futuros acadêmicos poderão trabalhar para colocar em prática o que é aprendido em sala de aula:

Caixa para o bem

É coordenado pela professora Isabel Padoim e tem parceria com o curso de Arquitetura e Urbanismo. O objetivo é coletar e fazer reciclagem de caixas de leite, que são usadas para fazer a cobertura de casas em risco e vulnerabilidade, principalmente para aquelas pessoas mais pobres. O curso de Serviço Social entra com processos de organização da comunidade, verificação das famílias que se enquadram no perfil para receber a cobertura nas caixas de leite em sua casa, uma vez que nem todas as casas que são viáveis serem atendidas pelo projeto.

Laboratório de Saúde

É coordenado pela professora Larissa Pereira, tem extensão na Unidade de Pronto Atendimento de Santa Maria (UPA-SM). O objetivo é fazer acolhimento inicial de todos os pacientes que chegam à UPA e apresentam alguma questão relativa a abandono, esquecimento e casos de negligência, abuso e violência. Também oferecem orientações simples para que o paciente possa ser atendido e ter o devido acompanhamento.

Clínica de Finanças

Também coordenado pela professora Larissa Pereira, tem parceria com o curso de Ciências Econômicas e seu objetivo é repensar a economia familiar ou ainda rever questões como dívidas de um sujeito e/ou família, ajudando a fazer uma organização das finanças.

Centro Interdisciplinar de Mediação (CIM)

Último projeto exposto e coordenado pela professora Larissa, o CIM é da área sócio jurídica e atende benefícios de prestação continuada e tipos de equipamentos jurídicos que as pessoas necessitem. O objetivo é trabalhar com a mediação na ação extrajudicial de conciliação em causas como guarda, tutela, conflito familiar, entre vizinhos, relações sociais, para que processos não acumulem junto ao judiciário, também para que as partes revejam a situação e tomem decisões sem precisar de um terceiro sujeito que interfira.

“Hoje em dia, estamos carentes de diálogo, e o CIM vem justamente para propor diálogo entre as pessoas”, afirma Larissa sobre o projeto.

Todos são Projetos de Ensino em Extensão são supervisionados por algum professor. No segundo semestre, os alunos podem ingressar nos projetos de extensão e, a partir do sexto semestre podem fazer o atendimento direto durante o estágio.

O Centro Universitário Franciscano tem hoje oito cursos de graduação na área da saúde: Biomedicina, Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Medicina, Nutrição, Odontologia e Terapia Ocupacional. Cada curso desenvolve ações de extensão, que proporcionam ao aluno contato com a realidade da profissão. Há também projetos sociais para atender à comunidade de diversas formas, como observa o coordenador do curso de Fisioterapia do Centro, Caio Parra Romeiro. As três linhas de projetos que o curso abrange são: projeto de extensão, o módulo e os estágios.
O projeto de extensão tem dois programas, um de massagem com pedras quentes, que acontece todas as segundas-feiras, às 18h, e o grupo GAH, com hidroterapia para a terceira idade, que ocorre nas sextas-feiras pela manhã. Os dois projetos são contínuos, e têm um valor simbólico de R$ 5,00. Entretanto, são gratuitos para pacientes que comprovam a carência de renda, segundo o coordenador.
“Os módulos são divididos de acordo com o ciclo da vida, temos as atividades para criança, para o adolescentes, para o adulto e para envelhecimento. Todos os tratamentos da criança são feitas no Laboratório de Ensino de Práticas de Fisioterapia. Os tratamentos para adolescentes estão espalhados pela cidade. Um dos mais interessantes, com parceria com a Prefeitura, é assessoria a dependentes químicos, sem custo algum. O atendimento adulto é feito parte no Laboratório de Práticas e parte nas comunidades. Também em parceria com a Prefeitura, o aluno vai com o professor à casa do paciente. O MEC nos recomenda para a prática de fisioterapia um professor para cada oito alunos. As UBS (Unidades Básicas de Saúde) fazem a triagem e nos mandam as solicitações das comunidades e pessoas que precisam do atendimento”, explica Caio.
O professor menciona o PSF (Programa de Saúde da Família), que tem médicos e enfermeiros que vão até o paciente. É um projeto governamental que apoia requirições de programas de vulnerabilidade social. Nos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF), entra o fisioterapeuta, por meio de contrato com a prefeitura ou parceria institucional, e todas as atividades são gratuitas. Já as atividades de envelhecimento ocorrem no asilo Itagiba, e no asilo Irmãs Franciscanas, e sem custos.
“Nossas atividades do estágio, variam, pois temos projetos interligadas com as UBS, nas comunidades. Temos estágios clínicos nos Laboratórios de Práticas, e atendimentos hospitalares (no Hospital São Francisco). Também temos atendimentos voltados para a APAE, gratuitos”, explica o professor.

Carina considera relevante o contato dos alunos com a profissão desde o primeiro semestre (Foto por: Diego Garlet/Laboratório de Fotografia e Memória)
Carina considera relevante o contato dos alunos com a profissão desde o primeiro semestre (Foto: Diego Garlet/Laboratório de Fotografia e Memória)

Ações de combate à desigualdade

O curso de Serviço Social atua diretamente na desigualdade social. “Temos muitas disciplinas que englobam a desigualdade, a pobreza, a vulnerabilidade, questões relacionadas à gênero, classe e etnia. Então abrangemos várias temáticas que nos deparamos no cotidiano profissional. A assistência social demanda para a camada populacional menos favorecida economicamente”, relata a coordenadora Carina Chaves Lopes.
Eles têm projetos sociais no Fórum, voltados para o atendimento para a comunidade, dentro do Núcleo de Prática Jurídico, que presta serviço sociojurídico à população que recebe até três salários mínimos, e temos o Centro de Interdisciplinar de Mediação. O Projeto de Extensão é sobre a prevenção da violência contra a criança e adolescente na região do Alto da Boa Vista, atende diretamente famílias em situação não só de vulnerabilidade mas também de risco social.
“Atuamos na questão de vulnerabilidade, mas também na questão de risco. Famílias com sérios conflitos familiares, onde já há um rompimentos dos laços socioafetivos, atendemos denúncias contra os direitos da criança, adolescentes e idosos. Temos visitar domiciliares à essas comunidades, fazemos encaminhamentos ao Conselho Tutelar. Não trabalhamos sozinhos, somos muito integrados, porque a complexidade das situações são muitas, e se voltam para as políticas públicas”, detalha a coordenadora.
Segundo Carina, os alunos desde o segundo semestre são convidados à participar dessas atividades, esse aluno tem um contato direto com a realidade social, isso traz maturidade para o aluno absorver a teoria que vai se seguir, é importante que ele tenha um olhar conjuntural, por isso eles já adentram nesses projetos.

Odontologia atua na Vila Maringá

“Os programas do curso de odontologia são divididos em duas situações, a extramuro e intramuro. A extramuro, 80% dela é feita na Vila Maringá. Temos uma clínica onde são atendidas crianças e adultos. O alunos, desde o segundo semestre até o oitavo, fazem atividades nessas clínicas. Os acadêmicos do primeiro semestre tem a parte de extensão que são nos colégios municipais, que é a higiene oral”, apresenta a coordenação da odontologia.
No intramuro, aqui no Centro Universitário, os projetos são divididos por complexidade. O aluno começa a trabalhar aqui a partir do quarto semestre. É divido por complexidade crescente, de acordo com a necessidade dos pacientes. Hoje é feita uma triagem para ver quais são os pacientes que são possíveis atender, pois tem tratamentos muito complicados que o aluno não tem condições de fazer, e então a pessoa é direcionada para os diversos setores.
O paciente atendido intramuro paga um valor relativo ao custo que se gasta com o tratamento dele, mas é algo bem pequeno. Trabalhamos com ensino em cima da assistência. Temos dois convênios, em Dilermando de Aguiar, o Secretário de Saúde manda um número de pessoas para fazermos higiene oral e palestras, em parceria com o Município (que paga os tratamentos), e começamos um em Faxinal do Soturno, sem data para início.