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setembro amarelo

Ações de solidariedade marcam o setembro amarelo

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Setembro Amarelo para prevenir o suicídio

A campanha de prevenção ao suicídio ”Setembro Amarelo” foi criada em 2015, no Brasil, pela CVV (Centro de Valorização da Vida),  pelo CFM (Conselho Federal de Medicina) e pela ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria). A intenção

É preciso falar sobre suicídio

O suicídio é a causa da morte de cerca de 800 mil pessoas por ano no mundo. O dado é bastante alarmante, e pode sim ser considerado um caso de saúde pública, pois seu número de

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Setembro Amarelo, uma luta que continua

Setembro é conhecido como o mês internacional de Prevenção ao Suicídio. Durante todo o período a CVV (Centro de Valorização da Vida) de Santa Maria organizou vários eventos para tratar do assunto que ainda é um tabu na

Vitória Winckler, à esquerda, e Rodolfo Martins, à direita, em palestra sobre Setembro Amarelo. Imagem: Assessoria de Comunicação/UFN

Na manhã da quarta-feira, 18, no Conjunto III da Universidade Franciscana (UFN), o psicólogo Rodolfo Martins e a assistente social residente em saúde mental da UFN, Vitória Winckler, reuniram-se para debater sobre a campanha Setembro Amarelo, que coloca em evidência um tema que afeta profundamente a sociedade contemporânea: o suicídio.

O evento, denominado “Intencionalidade suicida: da prevenção à pósvenção”, foi organizado pelo Núcleo de Apoio à Diversidade Humana (NADH), em parceria com o Laboratório de Práticas em Psicologia, o curso de Psicologia e a Residência em Saúde Mental da UFN.

O Setembro Amarelo consiste em uma campanha nacional de prevenção ao suicídio, que ocorre todos os anos no Brasil durante o mês. O movimento foi criado em 2015 pelo Centro da Valorização da Vida (CVV), Conselho Federal de Medicina (CFM) e Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), com o objetivo de promover a conscientização da população sobre a importância de debater temáticas como a saúde mental e o suicídio, além de oferecer apoio às pessoas que se encontram em estado de sofrimento emocional.

A campanha visa quebrar o tabu em relação ao tema do suicídio, incentivando o diálogo aberto, a escuta ativa e o suporte àqueles que estão passando por momentos difíceis. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o suicídio é uma das principais causas de morte entre jovens e adultos no mundo. No Brasil, os registros se aproximam de 14 mil casos por ano, ou seja, em média 38 pessoas cometem suicídio por dia, um número alarmante que reforça a necessidade de estabelecer diálogos referentes ao assunto nos mais diversos âmbitos sociais.

De acordo com Vitória Winckler, a realização de eventos como esse proporciona espaços de reflexão, troca e escuta. Esses encontros fazem com que as pessoas tenham a oportunidade de se autoconhecerem e, consequentemente, caso haja necessidade, ir em busca de auxílio profissional. Evitar tratar sobre suicídio não implica na não ocorrência desse fator, por isso é necessário conceder espaços para discussões e trocas.

O suicídio é uma questão extremamente complicada e de suma importância no contexto social. Portanto, a prevenção deve consistir em um ato contínuo. O Setembro Amarelo ressalta que cuidar da saúde mental se trata de uma ação de coragem e amor próprio. O Centro de Valorização da Vida (CVV) oferece apoio emocional gratuito pelo telefone 188, disponível 24 horas por dia.

Em 2024, o lema da campanha é “Se precisar, peça ajuda!” e diversas ações já estão sendo desenvolvidas.
Imagem: Freepik

Imagens: Maria Eduarda Rossato/Assessoria de Comunicação da UFN

A 4 ª edição do projeto Fé e Café em especial ao Setembro Amarelo ocorre na próxima quarta, 13 de setembro, na sala 108 do prédio 16, conjunto III da UFN. O encontro será mediado pelo padre Alison Valduga, mestre em Psicologia, e contará com a participação do professor de Medicina da Universidade Franciscana e médico psiquiatra Fábio Pereira. A iniciativa tem como objetivo conversar com o público de diversas faixas etárias sobre assuntos que estão em alta na sociedade. Fé e Café é um projeto da Arquidiocese em Santa Maria com a Pastoral UFN.

O projeto tem sua origem em Caxias Do Sul, quando o Arcebispo Dom Leomar realizava reuniões após a missa com os jovens, com o intuito de aprenderem sobre temas que eles gostariam de ouvir dentro da igreja. Após a vinda do Arcebispo para Santa Maria, ele percebeu a necessidade de cuidar da espiritualidade dentro do ambiente acadêmico, segundo nos relata Marielle Flores, da Pastoral Universitária.

Marielle ressalta que o tópico desta edição foi sugestão dos alunos que trouxeram a ideia de falar sobre o suicídio. No entanto, preferiu-se trazer o foco na esperança: ” O projeto busca trazer sempre na roda professores da instituição que atuam na área e pessoas ligadas a fé. A ideia é falar sobre espiritualidade, não como uma religiosidade em si”.

Para o padre Júnior Lago, líder dos jovens na Arquidiocese de Santa Maria, o projeto é um momento de comunhão entre os jovens e serve para a construção de diálogos espontâneos e integrativos: ” É compreensível que nas primeiras edições os participantes estejam se acostumando com o método e a dinâmica, mas a ideia é cada vez mais ouvir os jovens “.

O padre pontua que esta mudança de ambiente da igreja para a faculdade auxilia a compreensão do aluno sobre a fé através de debates que abordem diferentes temáticas e pontos de vistas: ” Quando abordamos temas como felicidade, luto, esperança ou mesmo fé e razão dentro de um ambiente universitário temos a oportunidade de enriquecer o diálogo. Em um ambiente agradável, com boa música, bom café e muita fé e diálogo esperamos a todos na próxima edição do Fé e Café na UFN”.

O mês da prevenção ao suicídio no “pós-pandemia”, em 2022, se intensificou em campanhas. O setembro amarelo é uma campanha organizada pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), junto do Conselho Federal de Medicina (CFM), que teve sua primeira ação em 2014 e tem por objetivo a prevenção do suicídio e a conscientização da população, sendo o dia da prevenção ao suicídio o dia 10 de setembro.

Logo oficial da Campanha Setembro Amarelo 2022. Imagem: site Setembro Amarelo.

Mais de 700 mil pessoas cometem suicídio por ano, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). A OMS também cita que o suicídio é a quarta causa de morte mais recorrente entre pessoas de 15 a 29 anos. Enquanto as taxas mundiais diminuíram em 36%, nas Américas essa taxa aumentou 17%. Durante a pandemia da covid-19, principalmente durante o primeiro ano, os transtornos de depressão e ansiedade tiveram um aumento de 25%.

O mês e cor que representam a campanha têm origem nos Estados Unidos, quando um jovem de 17 anos, em setembro de 1994, se suicidou. Ele possuía um carro amarelo, e no dia do velório, como homenagem, a família distribuiu fitas amarelas e frases motivacionais.
Hoje a campanha possui um site próprio, criado pela ABP, pelo CFM e pela Asociación Psiquiátrica de América Latina (APAL), onde podem ser encontradas as diretrizes de como participar da campanha, como encontrar ajuda e diversas informações.

É muito importante buscar o auxilio de um profissional para o diagnóstico e o tratamento adequado, assim como o apoio de amigos e familiares. Em todo território nacional é possível ligar para o Centro de Valorização da Vida, CVV, que presta atendimento 24 horas pelo telefone 188, de modo voluntário e gratuito.

Campanha Setembro Amarelo UFN.
Imagem: Camilla Motta

Na Universidade Franciscana, o mês está sendo marcado pela realização de diversas ações em parceria com a Pastoral Universitária, o Núcleo de Apoio a Diversidade Humana (NADH), a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), e os cursos de graduação da área da saúde. Foram convidados os professores e técnicos-administrativos para participarem das ações, entre elas terapias manuais e aromaterapia, com alunos do curso de Fisioterapia; atendimento individual com alunos do curso de Psicologia; ginástica laboral com alunos do curso de Terapia Ocupacional; e orientações sobre alimentação e bem-estar com os alunos do curso de Nutrição, visando o acolhimento e o autocuidado.

Colaborou: Yasmin Zavareze

CineMental traz ”Yoñlu”. Foto: Espaço Nise da Silveira & AFAB.

Com o Setembro Amarelo e a prevenção ao suicídio, o CineMental deste mês — que ocorrerá no dia 26 de setembro, às 14h30 no auditório da Antiga Reitoria — foi escolhido para mostrar uma história real de um garoto que, aos 16 anos, planejou sua morte contando com a ajuda de um fórum na internet. “Yoñlu” oferece uma construção poética e muito melancólica, problematizando diversas questões e levantando a necessidade de olharmos os mínimos detalhes. A trama, que aborda um assunto delicado, é de produção e composição do próprio adolescente, assim como as ilustrações.

Sinopse:

Vinícius, de nome artístico Yoñlu, é dono de grande talento como poeta, músico e desenhista. O rapaz, um gênio que domina quatro idiomas, que escreve seus poemas em inglês e faz sucesso na internet tocando suas músicas, sente-se deslocado socialmente e melancólico diante da vida. Para tentar superar essas dificuldades, começa a fazer análise aos oito anos. Aos 16, num momento de maior fragilidade, procura um fim apoiado por um grupo de internautas em um site no qual são expostos métodos de suicídio.
Direção: Hique Montanari
Duração: 90 minutos
Gênero: Biografia; Drama; Nacional
Ano produção: 2018

Fonte: Papo de cinema

VI Encontro Regional de Promoção da Vida e Prevenção de Suicídio

CineMental não será o único evento promovido pelo Espaço Nise da Silveira & AFAB neste mês de setembro. Em alusão ao ‘Dia Mundial de Prevenção do Suicídio’, que foi dia 10 de setembro, e ao Setembro Amarelo, mês da campanha e mobilização para a prevenção do suicídio, acorrerá o ‘Fórum Permanente de Saúde Mental da Região Central’. A programação, juntamente com os locais, estão sendo divulgados pela página do Fórum Permanente de Saúde Mental da Região Central e Espaço Nise da Silveira & AFAB.

 

A campanha de prevenção ao suicídio ”Setembro Amarelo” foi criada em 2015, no Brasil, pela CVV (Centro de Valorização da Vida),  pelo CFM (Conselho Federal de Medicina) e pela ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria). A intenção é pintar, iluminar e estampar o amarelo nas mais diversas resoluções, com a proposta de associar a cor ao mês que marca o Dia Mundial de Prevenção de Suicídio, 10 de setembro, garantindo mais visibilidade à causa.

Sinais de alerta de quem está querendo praticar suicídio. Foto: Ministério da Saúde.

Prevenção e sinais de alerta

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), retirada do site Setembro Amarelo, nove em cada dez mortes por suicídio podem ser evitadas. Ficar atento a qualquer sinal e praticar a prevenção é fundamental para garantir ajuda e atenção às pessoas que estejam em depressão. Os principais sinais de alerta são: o aparecimento ou agravamento de problemas de conduta ou de manifestações verbais, preocupação com sua morte ou falta de esperança, expressão de ideias ou de intenções suicidas, isolamento e outros fatores.

O suicídio é um ato complexo de múltiplas determinações, e reconhecer os primeiros sinais é um passo importantíssimo para prevenir. A comunicação é primordial, seja com família, amigos, ou até mesmo com órgãos específicos para isso, como o CVV. O Centro de Valorização da Vida, oferece apoio emocional e prevenção de suicídio, atendendo gratuitamente e de forma voluntária pessoas que estejam precisando conversar, sob total sigilo, por telefone, e-mail, chat e até pessoalmente. A ONG possui sede na cidade, localizada na Estação Rodoviária de Santa Maria, e atende das 7h às 23h. O telefone é (55) 3027-5799.

Campanha Setembro Amarelo com prevenção ao suicídio. Foto: CVV Santa Maria.

Durante todo o mês, estarão sendo realizadas atividades especiais, confira a programação:

Data — Hora — Local — Atividade

09 SET — 08:00 — AMBULATÓRIO CASA DE SAÚDE — SALA DE ESPERA

09 SET — 13:30 — UPA CASA DE SAÚDE — SALA DE ESPERA

10 SET — CENTRO DE ECONOMIA SOLIDÁRIA — FÓRUM DE SAÚDE MENTAL

11 SET — 08:30 — CASA DE SAÚDE — RODA DE CONVERSA FUNCIONÁRIOS

12 SET — 13:30/15:00 — PARQUE REGIONAL DE MANUTENÇÃO — PALESTRA

17 SET — 08:00 — ESCOLA DILERMANDO DE AGUIAR — PALESTRA, DIVULGAÇÃO E DINÂMICA

18 SET — 08:30 — EMEF CAIC LUIZINHO DE GRANDI — PALESTRA

18 SET — 14:00 — CASA DE SAÚDE — RODA DE CONVERSA FUNCIONÁRIOS SAÚDE

19 SET — 14:00 — ULBRA – CACHOEIRA DO SUL — DIVULGAÇÃO E DINÂMICA

23 SET — 08:00 — AMBULATÓRIO CASA DE SAÚDE — SALA DE ESPERA

24 SET — 14:00 — ESF SÃO JOSÉ — PALESTRA

25 SET — 09:00 —UFSM – FORUM SAÚDE MENTAL — PALESTRA COM Dr. LUIZ ARAGÃO

27 SET — 08:30 — ESCOLA CASEMIRO DE ABREU – CIDADE DE JULIO DE CASTILHOS — CONVERSA E ATIVIDADE ADOLESCENTES

30 SET — BASE AÉREA DE SANTA MARIA — PALESTRA, DIVULGAÇÃO E DINÂMICA

Mais informações, com o CVV Santa Maria.

Mesa de abertura da solenidade foi realizada durante a manhã desta quarta-feira. Crédito: Deise Fachin/PMSM

A campanha Setembro Amarelo que reúne profissionais de Saúde e a comunidade em geral realizou hoje, quarta-feira, 26, o V Encontro Regional de Promoção da Vida e Prevenção do Suicídio. O evento ocorreu na Universidade Federal de Santa Maria e contou com palestras, mesa redonda, oficinas, momentos musicais, entre outras atividades.

Com o tema “Um olhar sobre a infância e adolescência no contexto da pós-modernidade”, o evento tem o objetivo de desmistificar o tema do suicídio e oportunizar momentos de fala sobre o assunto. Durante a manhã, uma mesa de abertura marcou a solenidade, reunindo a secretária adjunta de Saúde do Município, Eliane Scortegagna Socal; o delegado regional de Saúde da 4ª Coordenadoria Regional de Saúde (4ª CRS), Roberto Schorn; e a presidente da Comissão Organizadora do evento e coordenadora do Grupo de Trabalho Integrado de Enfrentamento às Violências, Virgínia Rossato.

Na oportunidade, as autoridades destacaram a importância de eventos que possibilitem a discussão de assuntos relacionados ao suicídio, como forma de mostrar aos usuários que existem grupos de apoio e serviços à disposição para o enfrentamento das mais diferentes adversidades. A secretária adjunta de Saúde destacou que o Município irá inaugurar, na quinta-feira (27), o Santa Maria Acolhe – uma ampliação do antigo Acolhe Saúde, serviço criado em 2013 para atender às vítimas diretas e indiretas do incêndio na Boate Kiss que foi reformulado e passará a acolher, também, casos de crise subjetiva relacionadas ao comportamento suicida (ideação suicida, plano suicida, tentativas de suicídio).

As atividades do V Encontro Regional de Promoção da Vida e Prevenção do Suicídio seguem até as 17h do dia 27, quinta-feira. Professores, psicólogos, assistentes sociais e outros profissionais integram as mesas de debates e palestras do evento.

Para o encerramento da programação, dia 27 de setembro, o CineMental, projeto do Espaço Nise da Silveira e Associação de Familiares, Amigos e Bipolares de Santa Maria (AFAB), vai exibir o filme Pequena Miss Sunshine, às 14h30min. A apresentação será no auditório do antigo Hospital Universitário na Rua Floriano Peixoto, no centro de Santa Maria.

Fonte: Superintendência de Comunicação – Prefeitura de Santa Maria

Roda de conversa sobre suicídio e questões midiáticas ocorreu na última sexta-feira. Foto: Fernando Cezar

O suicídio é a causa da morte de cerca de 800 mil pessoas por ano no mundo. O dado é bastante alarmante, e pode sim ser considerado um caso de saúde pública, pois seu número de fatalidades ultrapassa doenças como a Aids ou o câncer.  Por isso, foi criado o Setembro Amarelo, que é o mês de conscientização e prevenção sobre o suicídio. Durante todo o mês, diversas atividades são realizadas no país para alertar a população brasileira sobre a realidade deste problema e o que deve ser feito.

Para fechar as atividades do Setembro Amarelo, foi realizado na última sexta-feira, 29, no Centro Universitário Franciscano a “Roda de Conversa: suicídio e questões midiáticas”. O debate foi realizado pelo Conselho Regional de Psicologia e o Núcleo de Psicoterapia de Santa Maria, tendo como apoio o Laboratório de Práticas em Psicologia da Unifra.

Participaram da Roda de Conversa o professor da PUC-RS, Roberson Rosa dos Santos e a jornalista Carolina Carvalho. Eles falaram sobre como é tratado o suicídio na mídia e como deve ser feita a conscientização por meio de ferramentas midiáticas. Além disso, foram colocados em questão assuntos de como ajudar, como prevenir e como identificar possíveis suicidas.

A jornalista Carolina Carvalho participou da Roda de Conversa. Foto: Fernando Cezar

O suicídio ainda é pouco falado nos jornais e produtos midiáticos. Isso segundo a jornalista, se deve ao fato de se tratar de “um assunto um tanto delicado”, que ainda trazem um pouco de “medo a quem escreve ou faz alguma reportagem tratando do tema, principalmente fora do Setembro Amarelo”.

O professor Roberson acredita que: “o suicídio propõe uma questão para todo mundo que está vivo, e o medo de tocar em assuntos como este fora do Setembro Amarelo, impõe certos incômodos para a sociedade, pois é um assunto que incomoda, que é delicado, então as pessoas tem medo de tocar no tema. Não é como falar de câncer de mama, no Outubro Rosa, ou do Câncer de Próstata, no Novembro Azul. Falar sobre suicídio ainda é um tabu para as pessoas”, relata.

No Brasil, o Rio Grande do Sul é o Estado onde mais ocorrem casos, sendo quase o dobro(10,14) de mortes em relação à média nacional (5,4) a cada 100 mil habitantes na região.

Para buscar ajuda, uma boa ferramenta é o CVV (Centro de Valorização da Vida), ligando para o número 188. Além disso, outra ferramenta é o tratamento psicológico, este que sendo feito, pode evitar que suicídios aconteçam.

O Ministério da Saúde lançou um folheto indicando como jornalistas podem abordar o suicídio. Foi divulgado na última quinta-feira, 21, no Portal da Saúde (site da Agência de Saúde nacional), como um arquivo para realização de download.

O folheto dá informações importantes sobre como prevenir uma influência a suicídio. Também apresenta diversas dicas práticas sobre o que não deve ser divulgado (como o motivo que levou à morte, entrevistas de familiares e conteúdos de avisos que a pessoa tenha deixado antes do suicídio.)

O conteúdo também fala sobre a ideia errônea de que não se deve falar sobre o assunto nas mídias, desmistificando este pré-conceito.  Fica clara a importância de o jornalista informar sinais de alerta, formas de prevenção, contatos úteis, e como buscar ajuda, além de sensibilizar a sociedade quanto ao assunto.

Este é mais um dos conteúdos lançados neste mês, conforme a Setembro Amarelo, campanha de conscientização à prevenção do suicídio. Já foram lançados no site outros folhetos “Suicídio. Saber, agir e prevenir.”, inclusive um específico aos profissionais da área de saúde.

O arquivo se encontra neste link.

Bruna Santos de Oliveira / Laboratório de Fotografia e Memória
Bruna Santos de Oliveira / Laboratório de Fotografia e Memória

Na 6ª Mostra das Profissões, alunos do curso de Publicidade e Propaganda montaram um mural para o “Projeto Converse”,  em apoio à campanha “Setembro Amarelo” , que faz um alerta ao aumento de casos de suicídio. Dando uma atenção a mais para casos com jovens, o projeto consiste em um mural — o qual ficará durante os dois dias de Mostra à disposição de todos para escreverem mensagens de otimismo e deixá-las ali. “A nossa ideia era falar sobre o “Setembro Amarelo” de uma forma sutil, porém, clara e abrangente. As pessoas vêm até aqui, deixam suas mensagens de ajuda e nós tiramos fotos. Logo após isso, postamos em todas as redes sociais do projeto, a fim de levar o conteúdo ao nosso público alvo: os jovens. Buscamos alcançá-los através dessa forma, afinal, em sua maioria, eles têm mais acesso ao online do que ao impresso”, afirmam  Mariana Brutti, 21, e Eduarda Henker, 23, ambas estudantes do curso de Publicidade e Propaganda no Centro Universitário Franciscano.Além delas, participam também deste projeto os estudantes do mesmo curso, Felipe Machado e Matheus Lima.

 

Setembro é conhecido como o mês internacional de Prevenção ao Suicídio. Durante todo o período a CVV (Centro de Valorização da Vida) de Santa Maria organizou vários eventos para tratar do assunto que ainda é um tabu na sociedade.

Simbolo do Setembro Amarelo. Foto: divulgação.
Simbolo do Setembro Amarelo. Foto: divulgação.

A instituição do Setembro Amarelo se deu com a intenção de ajudar as pessoas a se sentirem à vontade para falarem sobre suicídio. A acadêmica T. B.   foi diagnosticada com ansiedade em 2014, e bipolaridade em 2016. Ela conta que já pensou em suicídio inúmeras vezes. “O que faz a gente pensar em suicídio é a falta de fé na humanidade/em si mesma. É quando tu só consegue ver o lado ruim das coisas e, às vezes, ver coisas ruins onde não tem. Eu acredito na prevenção do suicídio. Acho que a melhor forma de prevenir isso é mostrar para as pessoas que nem tudo é 100% ruim.”, acrescentou.

Programação

A programação desse ano teve início no dia 01 de setembro, com a ação de mobilização no HUSM, Hospital Universitário de Santa Maria, e no Hospital de Caridade Astrogildo de Azevedo. Na ocasião, foi feita uma panfletagem e divulgação do Setembro Amarelo. No último dia 10 de setembro, a manifestação se fez na Praça Saldanha Marinho, com shows de grupos musicais.

Amanhã e quinta, dias 14 e 15,  acontece o III Encontro Regional de Promoção da Vida e Prevenção do Suicídio, no HUSM. No dia 21 de setembro, às 20h, haverá uma palestra com o professor Marcelo Ustra Soares sobre depressão e atividade física, no prédio da SUCV, na Rua Venâncio Aires.

No dia 27 de setembro, o CVV participará da Tribuna Livre, na Câmara dos Vereadores para debater o tema. Por fim, no dia 28 de setembro, às 10h30min, acontecerá uma palestra sobre promoção da vida e prevenção do suicídio, na base aérea de Santa Maria.

O CVV divulgou vídeo que esclarece o processo da depressão e os modos de combatê-la.

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