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Sinais

“Sinais” recebe menção honrosa na 5ª edição do Assimetria

O curta-metragem “Sinais” recebeu menção honrosa na 5ª edição do Festival Universitário de Cinema e Audiovisual Assimetria. A premiação é realizada pela UFSM e UFSC e aceita produções audiovisuais universitárias realizadas no intervalo de dois anos de

O curta-metragem “Sinais” recebeu menção honrosa na 5ª edição do Festival Universitário de Cinema e Audiovisual Assimetria. A premiação é realizada pela UFSM e UFSC e aceita produções audiovisuais universitárias realizadas no intervalo de dois anos de instituições de ensino superior da região sul do Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Chile.

“Sinais” foi produzido no primeiro semeste de 2021 por alunos da disciplina de Cinema II do Curso de Jornalismo da UFN, orientados pela professora Neli Mombelli. Com direção de Denzel Valiente e roteiro de Lavignea Witt, o curta retrata uma cena frequente no período de pandemia: aulas de graduação no formato online. Também expõem cenas de violência domiciliar,  visibilizando detalhes de comportamentos que podem revelar pedidos de ajuda, que acabaram sendo silenciados no período de distanciamento social.

A acadêmica Lavignea Witt conta sua inspiração para o roteiro: “Escrevi a história do curta bem em meio ao período mais crítico da pandemia, quando as produções audiovisuais estavam em alta na internet. A minha inspiração partiu disso, de um vídeo publicitário que falava sobre violência doméstica contra a mulher na quarentena, produzido pelo Instituto Maria da Penha. Na história, a mulher acaba conseguindo se salvar e denunciar o agressor com a ajuda dos seus amigos, mas eu quis mostrar a outra face da violência, que é quando a mulher sofre o feminicidio. Então criei a história de uma estudante que sofre violência e que infelizmente morre por não ter tido suporte naquela situação. Os índices de violência contra a mulher estão cada vez mais altos no Brasil e isso entrou ainda mais em evidência nesse período. Por isso eu, como mulher, gostaria de impactar as pessoas abordando esse assunto”.  Por tratar de um tema delicado, durante a produção do roteiro a aluna pensou em deixar cenas subentendidas. “Não queria dar a entender nenhum aspecto de como ocorreu a violência que levou a morte, apenas impactar. Então gravamos todas as cenas durante as aulas normalmente e na última (cena) todos lamentam o que ocorreu com a Luisa”, conta ela.

A professora da disciplina, Neli Mombelli, explica que produzir um curta-metragem de ficção no curso de Jornalismo “é a possibilidade de exercitar uma forma diferente de contar histórias, de construção narrativa, que é a base de todo bom jornalismo e que busca profundidade”. Ela também conta que os temas dos curtas retratam questões atuais e que são consideradas pautas no ponto de vista do jornalismo: “No caso do Sinais, que aborda a saúde mental e relacionamentos em meio à pandemia, mas que também poderia ocorrer antes mesmo da pandemia”. 

A orientadora relata que “produzir o curta permite aos alunos compreender como se estrutura uma produção audiovisual com equipe grande em que cada um tem uma função técnica diferente e uma depende da outra para ter um bom resultado de produto final”. Como no caso de Lavignea que nunca havia roteirizado, dirigido e participado de toda a produção de um projeto grande. De acordo com a estudante a participação “agregou de muitas maneiras. As gravações foram incríveis, apesar de terem sido durante a pandemia e da gente ter tido algumas limitações, aprendi muitas coisas que vou levar pra vida. E, depois de lançado, o reconhecimento que isso gera é incrível. Mesmo após bastante tempo ainda vemos que o Sinais está tocando as pessoas, isso é gratificante”.

Para Neli, o reconhecimento de um festival traz uma alegria muito grande e é o reconhecimento do trabalho que todos desenvolvem em equipe com muita dedicação. A roteirista complementa que “não há nada mais gratificante para um produtor de conteúdo do que ver o seu trabalho sendo reconhecido em prêmios e festivais. Eu e todas as outras pessoas que participaram da criação de Sinais estamos muito contentes pela menção honrosa”.

O curta possui produção de Matheus Andrade, Laura Gomes e Ariel Portes. Na direção de arte Kauan Costa, Caroline Miranda, Luana Giacomelli e Felipe Monteiro, e ainda Emanuely Guterres na assessoria de comunicação. Conta com o apoio técnico de Alexsandro Pedrollo na direção de fotografia, Jonathan de Souza na edição e finalização de imagem e Alan Carrion na edição de som. O elenco é composto por Vithoria Trentin, Carla Torres, Eduarda Rodrigues, Eduardo de Prá, Walquíria Lerina e Lucas Pereira.

Colaboração: Vitória Oliveira

Vithoria Trentin em cena de Sinais

Em tempos pandêmicos, a adaptação nas formas de realização de aulas foi uma necessidade em todas as esferas da educação. Através de dois curtas-metragens, realizados pelos acadêmicos de Jornalismo da Universidade Franciscana para a disciplina de Cinema II, sob orientação da professora Neli Mombelli, o espectador é convidado a se conectar ao ambiente virtual de aprendizagem enquanto observa sinais por trás das câmeras.

Os curtas Conexão Restabelecida e Sinais, que abordam dilemas do ensino remoto, serão lançados no dia 17 de agosto de 2021, terça-feira, às 20h,  numa live seguida de bate-papo no canal do YouTube do LabSeis e pelo Facebook do curso de Jornalismo. Os curtas também poderão ser encontrados no Tiktok do Labseis.

A live de lançamento contará  com a presença de Gabriella Eldereti Machado, professora de Ciências da rede pública de Nova Palma, pesquisadora do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação e Imaginário Social na Universidade Federal de Santa Maria, com estudos na área de gênero e interseccionalidades na educação  e docência; e Vânia Fortes, psicóloga clínica e professora do curso de Psicologia da Universidade Franciscana. Elas debaterão a respeito  de Educação, gênero e violência doméstica: as relações entre público e privado durante a pandemia do novo coronavírus, tema que perpassa as duas produções.

A roteirista e co-diretora do filme Conexão Restabelecida, Nathália Arantes, destaca como surgiu a ideia do curta e suas expectativas para o lançamento: “É uma reflexão do dia a dia sobre se colocar no lugar do outro, de identificar as diferenças que ocorrem e que se acentuaram durante a pandemia.” Ela ressalta que “foram dois dias de gravação com a equipe dividida para evitar aglomeração. Foi tudo pensado para a segurança das questões sanitárias neste momento. E a expectativa após o lançamento é de que as pessoas possam refletir sobre questões sociais e sobre a diferença, sobretudo de que a educação não é igual para todos”.

Já a Lavignea Witt, roteirista e co-diretora do curta Sinais, queria escrever sobre um tema relevante na sociedade: “Através de um exemplo em um vídeo publicitário que tinha visto sobre violência contra a mulher, eu quis relatar o feminicídio. Então, eu escrevi a história como um alerta, para que as pessoas prestem mais atenção aos ‘sinais’ dados por essas mulheres, a fim de ajudá-las”.

Lavignea também menciona sobre a expectativa para o lançamento: “Estamos a semanas na produção dessa obra e eu estou cada vez mais ansiosa para o lançamento. Acredito que estar participando de todos os detalhes de finalização do curta me faz querer vê-lo o quanto antes. E por todo o esforço da equipe, acredito que todos vão gostar do resultado”.

Para produzir os filmes, a turma foi dividida em duas equipes de 10 acadêmicos. Em função da pandemia, a equipe de cada curta ainda se organizou em pequenos grupos durante as diárias em set para que a atividade pudesse  ser realizada com a máxima segurança em função dos protocolos relacionados à covid-19. Além disso, as gravações também ocorreram em formato híbrido no curta Sinais, isto é, duas atrizes foram em locações presenciais e as outras três pessoas do elenco foram em formato remoto.

Bastidores da gravação de Conexão Restabelecida

O elenco do Curta Conexão Restabelecida é composto por Camila Borges, Renata Teixeira e Antonya Garcia . Já o elenco de Sinais conta com Carla Torres, Vithoria Trentin, Lucas Fontana Pereira, Eduardo Biscayno, Walquiria Lerina, e Eduarda Rodrigues, a quem as equipes agradecem imensamente pela disponibilidade e por toparem fazer um filme nas atuais circunstâncias.

Quem for acompanhar o lançamento e o bate-papo pode receber horas de ACC/ACG. Para isso, basta se inscrever no evento pela plataforma do Sympla.

Sinopses:

Conexão Restabelecida

Retrata o cotidiano de Jordana (Renata Teixeira), professora de Português de uma escola pública que, em tempos pandêmicos, se depara com as dificuldades de desempenhar seu trabalho através do formato remoto. Para lidar melhor com essa situação, a professora se aconselha com sua amiga Helena (Camila Borges), professora de escola particular que vivencia uma situação bem diferente no seu dia a dia.

Contatos: Nathália Arantes (roteiro e codireção) 55 99148-8967 e Allysson Marafiga (direção) 55 99626-9764

 Sinais

Com o início da pandemia do novo coronavírus, Luísa (Vithoria Trentin)  precisou se adaptar para acompanhar as aulas da faculdade de modo virtual. Além dessa situação, a estudante precisa lidar com o namorado abusivo com quem divide apartamento.

Contatos: Lavignea Witt  (roteiro e codireção)  55 99954-4818 e Denzel Valiente (direção) 55 99932-4582

As convidadas para o debate da live

Gabriella Eldereti Machado – Química Licenciada, Pedagoga, Mestre em Educação (UFSM) e atualmente doutoranda em Educação (UFSM). Professora de Ciências da rede pública de Nova Palma, pesquisadora no Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação e Imaginário Social na UFSM, com pesquisas na área de Gênero e interseccionalidades na educação  e docência.

Vânia Fortes de Oliveira – Graduada em Psicologia pela Unijuí. Especialista em Psicologia Social pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Mestre em Educação pela Universidade Federal de Santa Maria. Psicóloga Clínica e Professora do Curso de Psicologia na Universidade Franciscana.

Por Caroline Miranda e Luana Giacomelli, acadêmicas do curso de Jornalismo da UFN