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Grupo de Teatro VagaMundo se apresenta na UFN

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Grupo teatral Todos ao Palco chama voluntários

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Espetáculo conscientiza sobre a preservação ambiental

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Oficina com Natasha Corbelino trabalha arte e política

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Cia. Retalhos de Teatro apresenta releitura de Shakespeare

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Uma vida em cena

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Turma do Pé Quente apresentou a Opereta Pé de Pilão no Theatro Treze de Maio.

A 49° Feira do Livro de Santa Maria iniciou suas atividades na última sexta-feira, 29, na praça Saldanha Marinho. A edição deste ano conta com diversos estandes de livros e revistas, apresentações musicais, teatrais, entre outras atividades.

Na noite de ontem, 03, um musical regado a histórias lúdicas despertou a magia e a imaginação de quem compareceu ao Theatro Treze de Maio para acompanhar o grupo Turma do Pé Quente. Eles contaram e cantaram a peça Opereta Pé de Pilão.

O grupo conta com quatro atores-músicos em seu elenco, Ian Ramil, Carina Levitan, Guilherme Ceron e Cláudio Levitan, que interpretaram suas canções ao vivo. A obra apresentada possui o texto todo em rimas, de autoria de Mário Quintana. No palco, além de suas apresentações, também havia a presença de bonecos e um telão com imagens ao fundo que contribuíam para o entendimento da história.

Cláudio Levitan é autor da Opereta Pé de Pilão.

Cláudio Levitan conta sobre o início. “Começamos a trabalhar montando a música, a qual foi criada em cima da obra clássica da literatura infantil brasileira que é o poema de Mário Quintana, muito bem elaborado por ele, guardada durante 30 anos em uma gaveta, sendo publicado apenas em 1975”, destaca. Já Ian Ramil afirma que se apresentar na Feira do Livro de Santa Maria “é muito especial e se sente lisonjeado”.

O enredo da história apresentada gira em torno de Matias, um menino que virou pato pelo feitiço de uma fada mascarada e sua avó perde o encanto de nunca envelhecer. Os dois não se reconhecem mais, e no meio da busca por ela, o menino encontra o cavalo-polícia, o macaco retratista, Nossa Senhora, o passarinho, incansável com sua máquina fotográfica, e outros personagens.

O escritor Mário Quintana, quando construiu o conto, combinou elementos da cultura popular, como a religiosidade em torno de bruxas, a tradição religiosa cristã através da figura de Nossa Senhora, e trabalhou muito com a imaginação.

O servidor público federal Gustavo Lima, que assistiu com sua filha Pietra Lima, avalia a peça positivamente. “É diferente do que estamos acostumado a ver, pois ela traduziu um poema em uma canção bem musical, que ficou bem lúdica, e que mexeu bastante com a imaginação, tanto minha quanto da minha filha, que gosta muito de teatro e, aliás, faz teatro na escola onde estuda”, relata.

A Feira do Livro encerra suas atividades no dia 14 de maio. Seu horário de funcionamento é das 13h às 19h de domingo a sexta e no sábado das 10h às 19h.

Confira mais fotos da apresentação:

Texto produzido por Joedison da Silva Dornelles. Fotos de Pablo Garcia Milani. Produzido na disciplina de Linguagem das Mídias, durante o primeiro semestre de 2022, sob coordenação da professora Glaíse Bohrer Palma.

O vídeo conta a história de Sofia, uma menina que queria ser cientista. Imagem: Divulgação.

Grupo de teatro da UFN lança vídeo-peça educativo produzido durante a pandemia. A produção está disponível no Youtube e conta a história de uma menina que queria ser cientista.

O Grupo Todos ao Palco, vinculado à Universidade Francicana desde 2012, teve seu projeto aprovado na Lei de Incentivo a Cultura de Santa Maria em 2019. A ideia inicial era de desenvolver o trabalho em formato presencial, ensaiando e apresentando a peça em espaços públicos e centros comunitários da cidade em 2020. Possuindo como ideia principal fortalecer o fascínio pela ciência entre jovens e adolescentes em ambiente escolar, a produção teve que ser alterada por conta do início da pandemia da Covid-19. O grupo optou por um formato audiovisual diferenciado, incluindo também pesquisas referentes a vacinação contra o vírus. Os integrantes do elenco gravaram algumas cenas em suas casas com seus próprios celulares e outras foram realizadas presencialmente com o menor número de participantes possível e respeitando as restrições referentes a pandemia. A edição foi feita sem que houvesse nenhuma reunião presencial da equipe.

Nomeado Menina, Feminina e Cientista o vídeo-peça em formato de ‘falso documentário’ conta a história de Sofia. Já adulta a personagem relata como foi sua luta para realizar o sonho de ser cientista e como é sua rotina de trabalho como pesquisadora em um dos laboratórios responsáveis pela fabricação da vacina contra a Covid-19. O vídeo possui depoimentos atuais e em formato de lembranças de outros personagens sobre a trajetória de Sofia.

O projeto tem como um de seus objetivos fortalecer a ideia de que pais e professores devem incentivar os jovens a seguirem seus sonhos. A jornalista, especialista e crítica de cinema, Bianca Zasso comenta sobre o trabalho realizado pelo grupo teatral: “Fico pensando se tivesse assistido algo assim nos meus tempos de escola. Tantas meninas apaixonadas por ciências (e por arte também) às vezes só precisam de uma voz de apoio, uma inspiração para seguirem em frente. Tomara que este trabalho chegue a muitos estudantes e professores. É iluminando sonhos que a gente melhora o mundo.”

Luiz Alberto Cassol, cineasta e documentarista, também responsável pelo roteiro, produção e direção geral do projeto comentou: “Menina, Feminista e Cientista trata acima de tudo sobre a liberdade de escolha. A liberdade de seguir aquilo que se quer ser; tanto profissionalmente, quanto pelas causas que se deseja engajar na vida. O trabalho fala sobre a liberdade de sonhar e seguir esses sonhos e possibilita um diálogo amplo na escola de como uma inspiração, um impulso, uma palavra, um apoio, pode fazer como que isso aconteça. É também perceber que durante a pandemia, e com todas as restrições sanitárias e de afastamento, a produção artística está sempre em construção (como este trabalho). É importante debater com professores e alunos o que instigou esse processo de criações artísticas.”

O vídeo esta disponível no Youtube (Menina, Feminina e Cientista) para que todos tenham acesso e possam refletir sobre a importância do incentivo aos sonhos das meninas e meninos na escola.

A comunidade da UFN e o público em geral poderá assistir ao espetáculo ‘La Perseguida” amanhã, terça-feira, dia 9 de novembro, às 17h, no pátio do conjunto III, na rua Silva Jardim. A apresentação é uma realização da Universidade Franciscana (UFN) juntamente com o Grupo de Teatro VagaMundo. A peça é uma produção do Projeto Entre Risos & Psique e pretende integrar a comunidade universitária de Santa Maria por meio de uma conexão entre arte e psicologia. A entrada é gratuita.

O protagonista da peça é o palhaço Rabito, interpretado pelo ator Daniel Lucas. A peça trata sobre o confinamento, a solidão e a desesperança, sentimentos presentes na atualidade, frente ao contexto de pandemia que vivemos. O personagem é dócil, melancólico e aguarda seu grande amor em meio a números circenses. ‘La Perseguida’ conta com direção de Gabriela Amado e já foi apresentada em todo território nacional e na América Latina desde 2009.

Após o espetáculo, o público poderá participar de um bate-papo com a psicanalista Amanda Schreiner Pereira e (Mestre em Distúrbios da Comunicação Humana e membro da Membro da Associação Psicanalítica de Porto Alegre/APPOA) e a psicóloga Isadora Fração Lago (Mestranda em Psicanálise Clínica e Cultura, compõe o grupo Psicanálise, estética e subjetivação contemporânea e é egressa do curso de Psicologia da UFN).

Informações e imagem: Assessoria UFN.

O Grupo de Teatro Todos ao Palco, da Universidade Franciscana, convida interessados em participar da próxima montagem para uma reunião neste sábado, 31 de agosto, a partir das 14h na sala 607, do prédio 14, no conjunto III.  Não há pré-requisitos nem necessidade de experiência anterior. Podem participar acadêmicos, professores e colaboradores de quaisquer instituições públicas ou privadas, bem como membros da comunidade.

O grupo existe desde 2012 e já criou os espetáculos Pedro, o Viajante, Sonhos de William e O Desapego de Francisco que, somados, atingiram mais de 5 mil especatdores, sobretudo adolescentes e jovens da EJA e escolas afastadas do centro da cidade.

O espetáculos são resultado de um projeto de extensão da UFN e já contaram com a participação de mais de 15 voluntários desde a sua criação. A coordenação  é do professor Bebeto Badke, com experiência em produção teatral em Porto Alegre, Rio e São Paulo, além de dirigir a primeira montagem do Musical Imembuy em 2008, no aniversário de 150 anos de Santa Maria, com mais de 40 integrantes.

1º ENCONTRO DO GRUPO TODOS AO PALCO
Sábado, 31 de agosto, 14h, sala 607, prédio 14
Conjunto III (Silva Jardim, 1175) – Bairro Rosário
Informações: Bebeto Badke / bebsthefabs@hotmail.com /55 99979.1802 (whatsapp)

Divulgação

O Teatro Por Que Não? está oferecendo novamente cursos e workshops para interessados em aprender sobre teatro. Serão três workshops divididos em três datas diferentes. Os cursos serão nas segundas-feiras a noite com duração de 4 hrs, das 18:30 às 22:30.
17/06 – DIREÇÃO DE CENA
O workshop de Direção de Cena terá foco na criação e montagem de cenas para teatro e audiovisual. Vamos passar por elementos estéticos, trabalho com o elenco, processos criativos e composição da dramaturgia. Para participar é necessário ter alguma experiência anterior com teatro ou audiovisual.
08/07 – TÉCNICA VOCAL 
Aqui vamos conhecer os princípios mais básicos a respeito da emissão da voz: respiração, apoio, consciência do aparato vocal, projeção, articulação e saúde da voz. O workshop de Técnica Vocal é aberto a qualquer pessoa que tenha interesse no assunto.
22/07 – ATUAÇÃO 
No workshop de Atuação, os participantes terão a oportunidade de conhecer a iniciação em teatro. Serão abordados os seguintes pontos: consciência corporal, expressividade, foco, atenção, jogo teatral e improvisação. A atividade não requer experiência anterior.
Podem participar pessoas a partir dos 16 anos, não sendo necessária experiência anterior (exceto o de Direção de Cena). Cada workshop curta de R$70,00 (á vista) ou 2x de r$45,00 (a prazo).
As inscrições podem ser feitas via whatsapp pelo número 55 991887135, ou presencialmente no Espaço Cultural Victorio Faccin.

 

46ª Feira do Livro tem espetáculo que ensina a preservar o meio-ambiente.Foto: Lucas Linck/LABFEM

Com a proposta de conscientizar sobre as questões ambientais que envolvem o lixo, o espetáculo Terra à Vista 2: a aventura continua foi apresentada à criançada na tarde desta terça-feira, 7 de maio, durante a 46ª Feira do Livro. O projeto, criado em 2015, surgiu através de uma solicitação CRVR, Companhia Riograndense de Valorização de Resíduos, responsável pelo aterro sanitário de Santa Maria

Inicialmente apresentada só no Rio Grande do Sul, a peça hoje percorre diferentes cidades do Brasil. Sua primeira edição “Terra à Vista: uma aventura pirata” conta a história dos três irmãos que lutam para pagar a dívida de uma casa deixada como herança por seus avós. Em Terra à Vista 2: a aventura continua,  já tendo conseguido ficar com a casa, Miguel, Manuela e Mateus, querem construir um parque temático pirata mas se deparam com um terreno atulhado de lixo. Bartô, cúmplice do advogado que quer roubar a casa, afirma ser o dono do local. Em seguida, começa  a disputa para ver com quem ficará a terra. A peça aborda assuntos como a separação do lixo, efeito estufa e a geração de energia através do biogás, tudo de uma maneira lúdica e didática que envolve o público infantil.

A atriz  Patrícia Garcia conta que quando começaram a trabalhar com as questões que envolviam o meio ambiente e o lixo se depararam com uma realidade muitas vezes desconhecida. “Conforme fomos evoluindo o espetáculo e passando pelos lugares, conhecemos a realidade das pessoas que vivem dos resíduos ou que tem problemas sérios com eles”, afirma. Eles perceberam em temporadas no litoral que havia muitos problemas com a poluição das águas e que as crianças faziam campanhas para retirar o lixo  deixado pelos turistas.  Ela ainda fala da ausência de noção do quanto para alguns o lixo é importante e para outros é um problema e que, infelizmente, o ser humano não possui uma consciência ambiental e a consciência de ensinar as novas gerações sobre o problema do lixo, para que em um futuro isso mude.

O estudante Aldebar Pereira é pai e acha importante a educação de como dispor os resíduos em espetáculos, pois reforça o que já é aprendido em casa e na escola. “ Através dessa abordagem lúdica, depois eles falam bastante de por o lixo no lugar certo” afirma.

Natasha Corbelino. Foto: arquivo pessoal da atriz

Estão abertas as inscrições para a oficina performativa Em casa com a Constituição, ministrada pela atriz e ativista carioca Natasha Corbelino. Inovadora, a oficina acontece no período de 2 a 5 de maio, em Santa Maria, em local privado, e os alunos terão artigos da constituição para se inspirarem e ocuparem os espaços da casa para uma apresentação final ao público. As vagas para oficina  são limitadas a 30 lugares  “Vamos trabalhar um programa performativo que dê conta daquilo que nossos corpos se sentirem provocados a pôr em cena a partir do contato com o texto da Constituição e sua interação real com o país que se desenha hoje”, afirma a atriz.

Natasha Corbelino é graduada na UniRio, bacharel em Artes Cênicas – Interpretação.  Teve sua formação permeada pela dança através da Escola Estadual de Danças Maria Olenewa. Com mais de duas décadas de experiência como trabalhadora da cultura, busca se integrar a ideias transdisciplinares e coletivas,para novos modos de produção, onde sempre a partilha real dos encontros seja motor da criação. Neste caminho, tem realizado cada vez mais ações que falam com a cidade – “as cidades que nos habitam”, diz ela.

Entre seus trabalhos, Natasha dirige e escreve “Bora”, novo solo de Soraya Ravenle; circula com Maria Juliana (texto, direção e performance), um solo expandido criado como programa performativo ao longo dos estudos com Eleonora Fabião; um spin-off da personagem que faz no espetáculo Rose, de Cecília Ripoll, indicada ao Prêmio Shell RJ de melhor texto, com direção de Vinícius Arneiro.Teatro Comercial (texto e direção): coletivo performático que atua em comércios e no metrô. Que legado (curadoria e direção geral com Breno Sanches): ocupação cultural com mais de 400 profissionais em programa de teatro, dança, performance, música, literatura, cinema, psicanálise, tendo sida indicada ao Prêmio Shell de teatro 2017, na categoria Inovação.

Cenas/ações na oficina “Em casa com a Constituição”

“07 cômodos. 07 incômodos, ops, inevitável… artigos”

Local onde será ministrada a oficina

Na saleta => Artigo 5º, XV: é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens.

Na sala => Art 3o, IV: promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.

Na cozinha => Art. 225º: todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.

No corredor => Art 5º, VI: é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias.

Na área => Art 5º, III: ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante.

No banheiro => Art 5º, I: homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição.

No quarto => Art 5º, XI: a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial.

Informações e inscrições pelos telefones (055) 99626 8290 e (055)99614 3316. Vagas limitadas.

Emaet oferta diversos cursos para a comunidade durante o ano. Foto: João Alves

Estão abertas vagas para duas novas turmas na Escola Municipal de Artes Eduardo Trevisan (Emaet), ligada a Secretaria de Educação do município.

As vagas ofertadas são para os cursos gratuitos de teatro, para alunos de 15 a 17 anos, e para o curso de artes visuais, somente maiores de 18 anos. A turma de teatro juvenil oferece 12 vagas com aulas pela manhã. Já o curso de artes visuais é à noite, também com 12 vagas.

As inscrições são realizadas diretamente na Emaet, localizada na Rua Manoel Ribas, nº 1.900 – Vila Belga, ao lado da Escola Municipal de Aprendizagem Industrial (Emai), que atende de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 11h30 e das 14h às 17h.

 Para a realização da inscrição, os(as) interessados(as) devem apresentar:

 – Cópia da carteira de identidade;

 – Cópia do comprovante de endereço;

 – Uma foto 3×4;

 – Atestado de frequência escolar (para menores de 18 anos).

Dúvidas pode ser tiradas pelo telefone (55) 3223-5559.

Atores do espetáculo Romeu e Julieta posam caracterizados na Praça Mallet
Atores do espetáculo Romeu e Julieta. (Foto: Laura Antunes Gomes)

Na última quinta-feira (15), a Cia. Retalhos de Teatro apresentou o espetáculo “Romeu & Julieta”. A releitura da obra de Shakespeare ocorreu na Praça do Mallet, de Santa Maria, a partir das 17h. A adaptação existe há nove anos e busca retratar a linguagem do amor nas ruas da cidade.  

Dois atores encenando em uma escada, trocando olhares. Ao fundo uma terceira atriz está sentada.
Releitura Romeu & Julieta. (Foto: Laura Antunes Gomes)

Segundo o diretor de teatro Helquer Paez, 49 anos, o processo de produção da peça durou cinco meses, quando a Cia se dedicou aos ensaios, para posteriormente começar as apresentações. Nesta ocasião, a temática do palhaço, a commedia dell’arte e a comédia popular, oriundas do renascentismo, foram desenvolvidas pelo elenco a fim de representar a obra do famoso poeta e dramaturgo inglês. Integram o elenco Alexia KarlaJulio Cesar ArandaDébora Matiuzzii, Rafael JacintoJeferson Ilha e Helquer Paez, que dirige e atua ao mesmo tempo.

Helquer relata, ainda, que o espetáculo faz parte do projeto “Passageiros da Alegria”, existente desde 2002, que realiza apresentações em escolas, asilos, instituições de caridade e nas ruas. As temáticas abordadas são tanto a releitura da obra de Shakespeare, quanto os espetáculos voltados para o público infantil e as peças natalinas. Todos são financiados pela Lei de Incentivo à Cultura de Santa Maria.

A companhia, que existe há 23 anos, está desde março apresentando peças no Espaço Cultural Victorio Faccin. Atualmente, o Teatro Por Que Não?  é administrador do espaço, junto com o  Teatro Universitário Independente (TUI), grupo teatral com mais de 50 anos de atividade. Neste local, a Cia. Retalhos de Teatro apresenta uma vez por mês espetáculos de todos os gêneros. Em 2018, a Cia já recebeu vários prêmios, principalmente com o espetáculo infanto-juvenil, e recentemente foi selecionada para premiação em Erechim e Porto Alegre.

Produzido para as disciplinas de Jornalismo I e Jornalismo Digital I sob a orientação dos professores Sione Gomes e Maurício Dias

O relato de quando as cortinas se fecham, as alegrias, tristezas e o amor pela profissão de um artista de teatro. Foto: Breno Surreaux Fixman

Quando entramos em um teatro para assistirmos um espetáculo, deixamos despertar sentimentos muitas vezes escondidos, lembranças vem à tona, pessoas, fragmentos das nossas vidas são resgatados naquela troca com os artistas em cima do palco. Para o ator esse momento não é diferente, talvez aquela atuação a qual ele nos está entregando, seja a mais marcante da vida dele. Um trabalho de meses, anos, uma preparação, mental, física, para chegar ali e mexer em algo dentro de nós.

Para Laédio José Martins o teatro é exatamente isso, uma vida. ”O teatro estava em mim desde criança. Sempre insisti em jogos de representação e na escola os professores comentam que eu sempre queria fazer teatro, escrevendo, organizava apresentações em datas comemorativas. da escola. Na adolescência, aos 14 anos, fui convidado para participar de uma montagem de espetáculo na cidade, por uma oficina de teatro. Entrei para substituir uma pessoa que havia desistido. Entre e nunca mais abandonei”, relembra ele.

“Como o teatro é algo que não é tão certo, a gente tem que estar sempre jogando para todos os lados”, declara o artista. Foto: Arquivo pessoal

Martins fez Mestrado em Teatro na Instituição de Ensino Udesc (2008). Anos antes, ao final da década de 90, se formou em Direção e Interpretação Teatral. Em 1999, aos 26 anos, ingressou na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) para cursar artes cênicas. O que levou Martins a universidade foi a necessidade de possuir um diploma específico, pois já trabalhava na área há alguns anos. “Já não via outra possibilidade para mim. Não queria me sujeitar a um outro tipo de profissão. Já tinha me dado bem com aquilo, era algo que me dava prazer. Eu estava conseguindo sobreviver a partir daquilo. Eu não estava mais conseguindo ter um trabalho formal, pois não podiam mais registrar minha carteira como professor de teatro porque eu não tinha formação”, explicou ele.

“O teatro estava em mim desde criança”

Conheceu sua esposa no curso de Artes Cênicas. Ela se formou no mesmo ano em que ele encerrava suas atividades como professor substituto. Os dois, então, viajaram para a cidade natal de Laédio onde seguiram atuando na área. Após, dez meses, sua esposa foi selecionada para mestrado em Florianópolis. No ano seguinte, Laédio também ingressou no mestrado. Ficaram na capital catarinense até 2012, quando Raquel foi selecionada para ministrar aulas de teatro.

Quando voltou a Santa Maria, reativou  o Coletivo Teatral – Ateliê do Comediante, iniciado em 2005, quando moravam na cidade. A partir da formação desse grupo, que na época era formado por Martins, sua esposa e duas colegas, partiram para o oeste de Santa Catarina fazer oficinas de teatro, em nove municípios. Nesse período, o estado de Santa Catarina havia descentralizado a administração estadual, então cada região tinha uma administração. As coisas começaram a acontecer de forma mais fluída, havia mais verba.

Laédio (ao centro) durante o espetáculo Varieté. Foto: Guilherme Senna

 Em Florianópolis ministrou aulas em um curso profissionalizante e no ensino fundamental (aula de artes) no mesmo período em estudava mestrado. Participou da montagem de duas apresentações na escola de teatro que deu aulas – um como diretor e outro como colaborador.  Nesta época também montaram dois espetáculos com o Ateliê do Comediante: Guarda circo, que pode voltar ainda esse ano ou em 2019.  Pernas pra que te quero, que os trouxeram de volta para o Rio Grande do Sul, entre 2010 e 2011. Neste dois espetáculos, experimentaram as práticas circenses. Ao voltarem para Santa Maria, em 2012, se envolveu na montagem de quatro espetáculos: No país das maravilhas (espetáculo de graduação), À venda (D. Copetti Produções e Cia de Teatro Saca-Rolhas), Mágico de Oz e Branca de Neve (juntamente com a Cia de Teatro Saca-Rolhas).

Laédio também atua na recreação de festas, junto com a Saca-Rolhas e outras companhias de teatro. “Como o teatro é algo que não é tão certo, a gente tem que estar sempre jogando para todos os lados. Eu dou aula, eu dirijo, atuo, faço cenografia, figurino. Participo de todas as etapas de produção”, enfatiza ele. Em 2015, participou da montagem do espetáculo de graduação, Carícias, com cerca de 10 apresentações na cidade. Atualmente, Martins dirige o espetáculo teatral A Venda, que teve início em 2014, e compõe o espetáculo circense Varieté (concepção geral e direção).

A vida do artista de teatro, circense não é fácil, infelizmente o brasileiro não tem a cultura de ir ao teatro, a cultura na maioria das vezes fica em segundo plano e em Santa Maria esse cenário não é diferente. “É sofrido como viver de qualquer outra profissão, com a diferença de que não há um salário fixo mensal, salvo quem trabalha como contratado de uma escola. Quando você tem que correr atrás e produzir seu próprio trabalho fica mais complicado. Mas há mercado na cidade. Porém, em períodos de crise, como a que estamos passando agora, a cultura é a primeira a ser cortada. As pessoas deixam de ir ao cinema, ao teatro. O lazer fica em segundo plano e a gente sente a diferença”, explana ele. Martins comenta que para os ensaios dos espetáculos, conseguem espaços emprestados, não há espaço fixo para ensaios.

“O poder de passar uma mensagem de uma maneira não autoritária, arbitrária, tira as pessoas do lugar comum. Faz refletir.”

O teatro não nos faz apenas rir, chorar ou nos emocionar, também nos faz pensar sobre o mundo em que vivemos e nosso cenário atual. Para Laédio o teatro é político em sua natureza. “Isso é o que me move no teatro, é esse agenciamento político – não a política partidária, mas a política que envolve a gente, nas relações cotidianas. O poder de passar uma mensagem de maneira não autoritária, arbitrária, tira as pessoas do lugar comum, faz refletir”, ressalta ele.

“Quando vemos uma reação positiva do público é um combustível para continuarmos”, afirma Martins. Foto: Rodrigo Ricordi

Quando o espetáculo termina, as cortinas se fecham e as luzes se apagam, a missão do artista está cumprida, tocar nossa alma, transformar as pessoas de alguma forma. Quando o artista remove a maquiagem, ele sabe que também removeu junto as tristezas de quem embarcou no mundo mágico do teatro. “É fantástico. Os números a gente já sabe, como a gente sai nas fotos a gente já sabe. A gente fica tentando buscar a reação do público nas fotos. É gratificante ver, é intraduzível. Nos motiva. Quando vemos uma reação positiva do público é um combustível, para continuarmos”,finaliza.

Por Fabian Lisboa e Paola SaldanhaReportagem produzida na disciplina de Jornalismo Cultural