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XVIII SEPE

Lançado Guia prático para cuidadores de Alzheimer

Foi lançado nesta quinta-feira (02), o livro: Doença de Alzheimer: guia prático multidisciplinar para os cuidadores, durante o XVIII SEPE (Simpósio de Ensino, Pesquisa e Extensão). O livro é voltado para a comunidade em geral, objetivando que as pessoas

Bem-estar e felicidade foram tema de abertura do XVIII SEPE

“O que interessa às pessoas: ausência de doença mental ou ampliação do bem-estar psíquico?”, essa foi a pergunta que regeu a palestra de abertura do XVIII Simpósio de Ensino, Pesquisa e Extensão do Centro Universitário Franciscano.

Ainda há tempo para se inscrever no XVIII Sepe

As inscrições para o XVIII Simpósio de Ensino, Pesquisa e Extensão, Sepe, foram prorrogadas para até amanhã, 26 de agosto. Com o tema “Ciência e Interação pela Vida”, o simpósio propõe integrar as ações desenvolvidas em

Marcelo Canellas: “O jornalismo tem muito de paixão”

O Centro Universitário Franciscano recebeu ontem, 8 de setembro, o jornalista Marcelo Canellas e o arquiteto e urbanista, Tiago Holzmann, para debate no painel sobre “As cidades e seus espaços de vida”. A palestra foi parte da programação do

As atividades culturais foram a novidade do XVIII Simpósio de Ensino, Pesquisa e Extensão do Centro Universitário Franciscano.  O intervalo da tarde da última quinta-feira, 2 de outubro, ficou por conta de muitas atrações, entre elas, a peça “Pedro: O Viajante”. A apresentação aconteceu às 17h30min no Salão de Atos do hall de entrada do Conjunto III. O espetáculo é composto por acadêmicos da instituição, uma egressa e pela Companhia de Dança de Salão Fernando Serpa. O ambiente pensado em baixa luminosidade, com focos de luz no palco, fez com que a plateia permanecesse atenta até o último minuto da peça.

O espetáculo conta a história de Pedro, um jovem confuso sobre qual profissão seguir. Pedro tem um relacionamento conturbado com a mãe, que não o apoia na possibilidade de escolher a música como profissão. Sem a presença do pai, Pedro encontra na menina Júlia, uma amante e amiga, que o ajuda a procurá-lo. Júlia é uma jovem que, como Pedro, está indecisa sobre o futuro, mas conta com o apoio da mãe em qualquer decisão que tome. Por causa de Júlia e com o apoio do amigo Kevin, Pedro resolve aprender a dançar. A dança levou Pedro a se tornar um viajante no mundo das artes.

O diretor da peça, Prof. Carlos Alberto Badke, declarou que o principal objetivo é retratar a realidade do jovem às vésperas da tomada de decisões sobre a vida. “É uma época de indecisões do adolescente. Época em que se precisa decidir o futuro e a gente acaba confundindo sentimentos pessoais com aquilo que o pai e a mãe querem”, explicou. O professor enfatizou a importância da arte na vida do indivíduo em formação. “Pedro descobre o mundo pela dança. Então, a gente faz com que a arte tenha parte na vida das pessoas”, disse. Segundo o diretor, a peça é importante para o esclarecimento da condição do adolescente no período pré-vestibular e para desconstruir o preconceito que há em torno das artes como profissão.

Marlisa Xavier, acadêmica de Letras da Unifra, saiu maravilhada do espetáculo. “O que mais me marcou foram as coreografias e as diferentes realidades apresentadas. Realmente é uma viagem linda no mundo da música e da dança. Eu achei um espetáculo, vibrei. Achei demais!”, contou a acadêmica.

 

Livro Doença de Alzheimer: Guia prático multidisciplinar para os cuidadores. Foto. Bruna Germani. Laboratório de fotografia e memória.
Livro Doença de Alzheimer: Guia prático multidisciplinar para os cuidadores. Fotos. Bruna Germani. ACS/ Laboratório de Fotografia e Memória.

Foi lançado nesta quinta-feira (02), o livro: Doença de Alzheimer: guia prático multidisciplinar para os cuidadores, durante o XVIII SEPE (Simpósio de Ensino, Pesquisa e Extensão). O livro é voltado para a comunidade em geral, objetivando que as pessoas entendam a doença e saibam lidar com ela.

A autoria do Guia é a equipe do projeto AMICA (Assistência Multidisciplinar Integrada Aos Cuidadores e Portadores de Alzheimer). Projeto que, segundo a Adriane Cervi Blumke, professora do curso de Nutrição, começou  a cerca de sete anos, e reúne professores e acadêmicos de vários cursos da área da saúde do Centro Universitário Franciscano.

Adriane relata que o livro foi escrito por vários professores e estudantes e tem uma linguagem voltada para auxiliar os cuidadores. “A proposta do livro é ilustrar, de um formato dinâmico, didático e instrutivo para os cuidadores. Tentamos trabalhar com um guia com a participação de todos os cursos que trabalham no grupo, para facilitar ao máximo o entendimento de quem cuida”, afirma a professora.

A coordenadora do projeto, a professora Tereza Cristina Blasi, conta que o grupo AMICA surgiu quando um grupo de cuidadores procurou a UNIFRA para que os professores assumissem a orientação e auxiliassem essas pessoas a tratar dos pacientes com Alzheimer.

Professores e colaboradores do grupo AMICA. Foto. Bruna Germani, laboratório fotografia e memória
Professores e colaboradores do grupo AMICA.

Para Tereza, o grupo formado é de extrema importância porque é um conjunto com a pesquisa e com o ensino, e há até tese de doutorado sendo defendida dentro dele. “Temos oito trabalhos de final graduação, uma dissertação de mestrado e três cursos de pós-graduação desenvolvido com o grupo”, diz. Para a professora,  o mais relevante no grupo é a troca de experiência entre os cuidadores.

O projeto é importante também para quem cuida de pessoas que sofrem com essa doença, segundo Luiz Airton Cunha, cuja mãe sofreu com a doença e o apoio do grupo foi fundamental para ele aceitar e aprender a cuidá-la. “Eu estava desesperado, porque eu não sabia nada sobre o Alzheimer. O grupo naquela oportunidade me ajudou demais, até o momento em que a minha mãe veio a óbito. A cartilha é fruto de um trabalho de todos os cuidadores, professores, estudantes e colaboradores, é um livro muito importante, recomendo para todas as pessoas que tem algum familiar que se encontra com essa doença, porque a linguagem é de fácil entendimento”, afirma Luiz.

Quem quiser adquirir o livro, o preço é R$:10,00 e está à venda na livraria do Frade, prédio 13 do conjunto III da UNIFRA. Mais sobre o grupo, acessem o grupo AMICA no facebook. As reuniões presenciais, acontecem a cada 15 dias, no prédio 17 sala 231 do conjunto III da UNIFRA.

 

Plateia atenta na palestra com o Professor Dr. Luis A. Paim Rohde. Fotografia: Karin Spezia. Laboratório de Fotografia e Memória.
Plateia atenta na palestra com o professor  Luis A. Paim Rohde. Fotografia: Karin Spezia. Laboratório de Fotografia e Memória.

“O que interessa às pessoas: ausência de doença mental ou ampliação do bem-estar psíquico?”, essa foi a pergunta que regeu a palestra de abertura do XVIII Simpósio de Ensino, Pesquisa e Extensão do Centro Universitário Franciscano. O encontro aconteceu na manhã da quarta-feira, 1˚ de outubro, no Salão de Atos do Conjunto I da Instituição quando acadêmicos e professores receberam  Luis Augusto Paim Rohde, professor titular de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e professor na Pós-Graduação da Universidade de São Paulo (USP).

Rohde que também é vice-coordenador do Instituto Nacional de Psiquiatria do Desenvolvimento para a Infância e Adolescência, afirmou estar interessado em estudar a relação entre os transtornos mentais e as etapas iniciais de vida. “A Psicologia e a Psiquiatria se centraram no estudo da saúde mental a partir do fim da adolescência, início da idade adulta, dando menos importância aos quadros de transtornos mentais na infância e adolescência”, afirmou. Segundo ele, os distúrbios como ansiedade, depressão, bipolaridade, déficit de atenção e hiperatividade são doenças crônicas dos jovens. “Boa parte dos transtornos já estão presentes na infância e na adolescência”, declarou. Para Rohde, é necessário dar mais atenção a essas etapas da vida.

Em resposta à pergunta tema da discussão, o doutor declarou que os pacientes não querem, apenas, se livrar do transtorno, mas buscam, sobretudo, o bem-estar e a felicidade. “O que interessa não é ter menos tristeza e preocupação, mas buscar contentamento e alegria”, explicou. Conforme a Organização Mundial de Saúde, saúde não é ausência de doença, mas estado completo de bem-estar físico, psicológico e social. A Psicologia Positiva estuda esses conceitos relacionados a sensação de bem-estar e felicidade. Ela é, também, a responsável pela quebra de paradigma – a Psicologia deixa de se preocupar com os transtornos para focar nas forças pessoais, no desenvolvimento humano positivo.

Rohde publicou cerca de 180 artigos científicos e é organizador ou editor de 8 livros sobre saúde mental de crianças e adolescentes no Brasil, Inglaterra, Alemanha e EUA. Fotografia: Karin Spezia. Laboratório de Fotografia e Memória.
Rohde publicou cerca de 180 artigos científicos e é organizador ou editor de 8 livros sobre saúde mental de crianças e adolescentes no Brasil, Inglaterra, Alemanha e EUA. Fotografia: Karin Spezia. Laboratório de Fotografia e Memória.

Bem-estar e Felicidade

A humanidade sempre esteve na luta pelo aumento da sensação de bem-estar. Rohde explica que o conceito está intimamente ligado ao suprimento das necessidades básicas humanas. Ainda explica que os aspectos psicológicos associados à sensação, refletem os sentimentos e pensamentos do indivíduo.

Segundo pesquisas, o indivíduo obtém sucesso na busca pelo bem-estar quando traça metas significantes para a própria vida e quando tem prazeres momentâneos, sentimentos positivos. Cientificamente, o Dr. Luis apresentou as alternativas como: bem-estar eudaimônico e bem-estar hedônico, respectivamente.

De acordo com uma pesquisa que tinha como objeto o Twitter, o final de semana é o período  em que as pessoas estão mais felizes. A pesquisa observou que as publicações de sexta-feira, sábado e domingo continham palavras associadas à felicidade, e tendia a decair quando chegava a segunda-feira.  Isso demonstra que há alguns determinantes para a sensação de bem-estar.

Dicas sobre como aumentar a sensação de bem-estar

Na última etapa da palestra, o professor garantiu que é possível intervir na sensação de bem-estar do indivíduo e que os resultados são significantes. Mediante pesquisa, foi possível constatar algumas intervenções que obtiveram sucesso. Foi proposto pelo especialista a um grupo de pessoas os seguintes exercícios:

  • Procure escrever, ao final do dia, o que deu certo. Não visualize somente os pontos negativos do seu dia.
  • Estabeleça metas e estude como executá-las.
  • Escreva uma carta em gratidão à alguém.
  • Faça uma lista de suas forças pessoais.
  • Faça um favor à alguém.
  • Identifique quem são os seus melhores amigos.

O Simpósio de Ensino, Pesquisa e Extensão segue nessa quinta-feira, dia 2 de outubro. A novidade da edição é o intervalo cultural com atrações musicais, lançamentos de livros, abertura da exposição “Percursos Ana Norogrando” e apresentação da peça “Pedro: O viajante. As atividades culturais terão início às 15h, no Conjunto III do Centro Universitário Franciscano.

As inscrições para o XVIII Simpósio de Ensino, Pesquisa e Extensão, Sepe, foram prorrogadas para até amanhã, 26 de agosto. Com o tema “Ciência e Interação pela Vida”, o simpósio propõe integrar as ações desenvolvidas em Ensino, Pesquisa e Extensão no âmbito acadêmico e na comunidade, além de possibilitar a troca de experiências. Poderão participar alunos, professores, profissionais e pesquisadores. O Sepe acontece entre os dias 1 e 3 de outubro.

A manhã de abertura do evento conta com a conferência “O que interessa às pessoas: ausência de doença mental ou ampliação do bem estar psíquico?”. O responsável pela discussão é o conferencista, Professor Titular de Psiquiatria – UFRGS, Luis Augusto Paim Rohde. Serão abordados os seguintes tópicos: a) Por que é importante estudar os elementos da chamada Psicologia Positiva; b) Determinantes de bem-estar e felicidade; c) Neurobiologia do bom-estar; d) Intervenções para ampliar o bem-estar; e) Exemplos de estudos a serem desenvolvidos na área. A explanação ocorre no Salão de Atos do Prédio 1, Conjunto I do Centro Universitário Franciscano, às 9h.

Para realizar a inscrição e verificar programação completa, acesse o site do XVIII Sepe.

Marcelo Canellas em painel do XVIII SEPE
Marcelo Canellas em painel do XVIII SEPE. Foto: Pedro Pellegrini. Lab. Fotografia e Memória.

O Centro Universitário Franciscano recebeu ontem, 8 de setembro, o jornalista Marcelo Canellas e o arquiteto e urbanista, Tiago Holzmann, para debate no painel sobre “As cidades e seus espaços de vida”. A palestra foi parte da programação do XVIII SEPE: Simpósio de Ensino, Pesquisa e Extensão, promovido anualmente pela Instituição. A conversa mediada pela jornalista do jornal Diário de Santa Maria, Liciane Brun, lotou o Salão de Atos do prédio 1, Conjunto I da Unifra. O público atento, teve significante participação no encontro através de perguntas aos convidados. A Agência Central Sul de Notícias se fez presente no evento e conversou com Marcelo Canellas sobre a profissão do jornalista. Confira o bate-papo:

ACS: Qual a principal mudança percebida por você no fazer jornalístico com a inserção das novas tecnologias?
Canellas: Houve uma mudança absurda. Houve uma verdadeira revolução tecnológica nos últimos 25 anos. Eu sou do tempo da máquina de escrever. Para fazer pesquisa tinha que estivar uma tonelada de papel. Hoje em dia, a vida da geração de vocês (acadêmicos de Jornalismo), está moleza comparada com a nossa quando começamos. Agora, o grande questionamento a se fazer é se existe uma correspondência a essa revolução tecnológica com uma revolução do ponto de vista do estofo teórico dos jornalistas para decifrar uma realidade cada vez mais complexa. A realidade hoje é muito mais complexa do que era há 25 anos atrás e é necessário, talvez, uma preparação muito maior por parte do jornalista. A grande dúvida é se essa revolução tecnológica causou também uma revolução no fazer jornalismo.

ACS: Sobre essa realidade, para você, o jornalismo a reflete, a recorta ou a constrói?
Canellas: É um recorte da realidade baseado na capacidade e nas ferramentas teóricas que o jornalista tem para raspar o verniz das aparências. Se o jornalista tiver essas ferramentas, quanto melhor forem essas ferramentas, melhor vai ser a leitura de uma realidade que sempre aparece caótica diante de nós. A realidade nunca aparece elucidada. Então, depende muito da capacidade do jornalista de fazer essa leitura da realidade, objetiva.

ACS: Qual o maior desafio da profissão?
Canellas: Eu acho que é contar, fazer juz a grandeza insubmissa do jornalismo. É você exercer a sua profissão na sua plenitude, que significa recuperar todas as prerrogativas do jornalista, inclusive a de interferir na agenda de cobertura dos lugares onde você trabalha.

ACS: Se você pudesse resumir em uma palavra a sua jornada jornalística até aqui, qual palavra seria?
Canellas: Paixão. Acho que o Jornalismo tem muito de paixão e … acho que é isso.

ACS: Você tem algum conselho que recebeu ainda em sala de aula e que carrega até hoje?
Canellas: O domínio das ferramentas da profissão, a começar pela língua. O prazer da leitura é uma preparação para o exercício da profissão.

ACS: Você tem algum conselho para os acadêmicos do curso de Jornalismo?
Canellas: Deixe-se surpreender pela vida. Não se submeta a ideias preconcebidas e teses à priori. Isso é a morte do jornalismo. O grande barato da profissão é se surpreender com a vida, que é muito mais surpreendente do que a tua própria imaginação.