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Karine Kinzel

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Desenho feito pelo acadêmico Ederlei Chaves
Desenho feito pelo acadêmico Ederlei Chaves. Fotos: Karine Kinzel

Tecnologia em Design de Moda participa pela primeira vez na Mostra das Profissões. O curso foi implementado no início de 2014 e traz a proposta  de formar tecnólogos que consigam atuar  na pesquisa, criação, planejamento e confecção de vestuário, com destaque para produções que beneficiem o meio ambiente.

A coordenadora Maria da Graça Portela Lisboa diz estar animada com a 4ª Mostra das Profissões e comenta sobre a procura dos alunos em saber mais sobre o curso. “Muito grande o interesse pelo curso de moda. As pessoas vêm com convicção e gostam muito de saber que em um curso de dois anos e meio está já estão formadas e é um curso superior. Estamos muito entusiasmados no curso e com o curso pela expectativa que ele propõe a curto prazo de já mudar o cenário da confecção de moda em Santa Maria”.

Coordenadora do curso recebe visitantes
Coordenadora do curso recebe visitantes

O aluno do segundo semestre Ederlei Chaves conta que já trabalha no ramo da moda há mais de 20 anos e procurou o curso para agregar conhecimento entre a teoria e prática. Chaves ainda comenta sobre as expectativas de ter seu desenho exposto na Mostra. “É muito gratificante estar dentro de uma faculdade que proporciona isso [a Mostra das Profissões] aos alunos”.

Reitora Outubro Rosa
Reitora adere à campanha Outubro Rosa no estande do curso de Moda

A reitora Irani Rupolo também compareceu à Mostra das Profissões e visitou o estande do curso de Tecnologia em Design de Moda. Ela  falou sobre a importância da Mostra e declarou que mesmo com a chuva, espera excelente resultado. “Penso que esse momento de Mostra das Profissões é interessante porque os estudantes do ensino médio têm acesso a informações bem diretas com os professores, com os estudantes e isso ajuda a informar para uma decisão mais segura. Esse é o objetivo da Mostra”.

Além do estande com a exibição de parte dos trabalhos, o curso também preparou um desfile com peças criadas e produzidas pelos alunos. Duas das peças foram produzidas com base na criação de trabalhos feitos no 1º semestre letivo e serviram de referência para a coleção primavera/verão 2014/2015 da Limite Urbano. “Foi bem bacana. Foram duas peças que ficaram muito bonitas e foram fruto de uma experiência da faculdade”, comenta o acadêmico do 2º semestre e criador da Limite Urbano, Junior Ruviaro.

Desfile mostra a produção dos acadêmicos do curso. Foto: Karine Kinzel
Desfile mostra a produção dos acadêmicos do curso.

 

A professora do curso Elza Hirata destaca a importância do trabalho feito pelo curso para o mercado da moda em Santa Maria. “Nós temos muitas empresas que trabalham com moda. Creio que esse é o momento que eles também estão procurando profissionais para trabalhar na área porque falta mão de obra. O curso vai ser um canal produtivo no sentido de agilizar mercado, empregos e profissionais que estejam prontos para atender a demanda solicitada nas indústrias”.

Professor Iuri Marques no primeiro momento da Oficina na tarde terça-feira, no Fórum de Comunicação. Foto: Laboratório Fotografia e Memória.
Professor Iuri Marques no primeiro momento da Oficina na tarde terça-feira, no Fórum de Comunicação. Foto: Laboratório Fotografia e Memória.

A oficina sobre Jornalismo de Dados, ministrada pelo jornalista e professor Iuri Lammel Marques, reuniu alunos de diferentes semestres do curso de Jornalismo e foi uma das mais procuradas da edição 2014 do evento. Esta tendência tem chamado a atenção de especialistas e estudantes. “Os jornais estão em busca de pessoas que dominam as técnicas de jornalismo de dados, mas são poucas pessoas habilitadas”, enfatiza o professor.

A oficina foi dividida em dois momentos. No primeiro, foi explanada a parte teórica do Jornalismo de Dados, com a apresentação de um breve histórico sobre o tema, desde o surgimento até os dias atuais. O jornalista ainda explicou que para fazer Jornalismo de Dados é necessário reunir profissionais das áreas da computação, da matemática e do design. No segundo momento, os alunos puderam trabalhar aspectos da parte prática.

Como usar as planilhas do Excel é um dos modos de documentar, combinar e visualizar dados. Foto de celular, fonte: fanpage do evento.
Como usar as planilhas do Excel é um dos modos de documentar, combinar e visualizar dados. Foto de celular, fonte: fanpage do evento.

Em meio a planilhas, números e cálculos, Lammel, de forma descontraída, ensinou os acadêmicos a utilizarem alguns recursos do software Excel  na composição de tabelas e gráficos, que posteriormente podem ser transformados em infográficos interativos.

De acordo com a acadêmica do 5º semestre do Curso de Jornalismo da Unifra, Micheli Taborda, a oficina foi “bem interessante”. Ela se interessou em participar da oficina após ter uma aula sobre Jornalismo de Dados como o professor Iuri Lammel na disciplina de Jornalismo Online, onde sentiu necessidade de saber mais sobre o assunto.

Salão Acústico lotado na palestra no Conjunto III, na Unifra. Foto: Carolina Busatto Teixeira
A editora Bárbara Nickel, na Unifra, após apresentar o vídeo com as reformulações de ZH Digital. Foto: Luzieine Rodrigues
A editora Bárbara Nickel, na Unifra, após apresentar o vídeo com as reformulações de ZH Digital. Foto: Luzieine Rodrigues

Os alunos do curso de Jornalismo do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA) receberam a editora-chefe de ZH Digital Barbara Nickel para um bate-papo, na noite dessa segunda-feira, 18.

No encontro, Nickel apresentou as mudanças para a versão digital propostas em 2014, data em que a publicação completa 50 anos, pensadas a partir das análises de comportamento dos leitores e das métricas de audiência. Com o sistema de verificação da audiência, é possível saber a frequência, os conteúdos mais acessados e por meio de quais dispositivo (smartphone, tablet ou desktop) são acessados.

Segundo a editora, os acessos durante o período da manhã são liderados por smartphones, à tarde pelos desktops e, à noite, por tablets. Outros aspectos levantados no debate com os alunos e professores, que participaram com diversas perguntas, foram o papel, usos e aplicações dos sites das redes sociais no compartilhamento das notícias. “O abastecimento de conteúdo nas redes sociais é prioridade”, destaca.

A respeito das mudanças na plataforma da ZH digital, Nickel salienta que o objetivo dessas inovações é propor novos conteúdos com aparência e abordagem diferenciadas do jornal impresso. “A gente não quer fazer um jornal”, declara.

Conteúdo com qualidade e informações precisas são características essenciais que independem de profissionais com conhecimentos técnicos apenas. “O digital precisa ter conteúdo bom. Precisamos ter os melhores repórteres, não importa a idade e o nível de conhecimento tecnológico”, enfatiza a editora.

A conversa com Bárbara Nickel se estendeu por mais de uma hora e meia e teve cobertura instantânea dos alunos da disciplina de Jornalismo Online, pela conta do Facebook Central Sul e do Twitter @centralsul da Agência Central Sul de Notícias. Este é o segundo ano que o jornal realiza a parceria com as faculdades de Jornalismo no Estado, com objetivo de aproximar os profissionais do jornal Zero Hora dos futuros colegas, como parte da sua programação de comemoração dos 50 anos.

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O relacionamento afetivo-sexual entre pessoas do mesmo sexo ainda enfrenta o preconceito.

Quando começou a chamar a atenção da sociedade, em meados dos anos 70,  a homossexualidade foi diretamente relacionada à AIDS. Na época a nomenclatura trazia o prefixo “ismo”, o que referenciava a homossexualidade como doença. Nos dias de hoje a população já começa a aceitar que optar por um (a) parceiro (a) do mesmo sexo é muito mais que uma escolha, mas ainda assim, há preconceito e intolerância vindos de todas as partes do globo.

Em março de 2014, a Uganda, um dos 37 países do continente africano, que discrimina a relação entre pessoas do mesmo sexo, aprovou a lei que decreta prisão perpétua para homossexuais moradores do país. Por conta dessa atitude tomada pelo governo Ugandês, que aprova as demais represálias da população contra gays, o país, que não conta com uma economia ascendente, está perdendo ajuda financeira de países europeus, como a Suécia, que agora deixará de enviar o auxílio de 1 milhão de dólares. Com isso, não só quem é homossexual sofre com as medidas do governo, mas também toda sociedade, independente da opção sexual.

Até que ponto o Estado pode intervir nas escolhas pessoais do cidadão? De acordo com o sociólogo e professor do Centro Universitário Franciscano Guilherme Howes, o Estado deve respeitar a individualidade de cada um. “Eu tenho uma posição muito própria a respeito disso. Acho que a individualidade do sujeito referente sobre tudo a sua sexualidade, sofre uma interferência do Estado bastante grande. […]O Estado regula a nossa sexualidade”, afirma.

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O sociólogo e professor universitário Guilherme Howes afirma haver muita interferência do Estado na sexualidade dos sujeitos, cujos padrões são construídos historicamente.

Juntamente com o Estado, há princípios religiosos que colocam a homossexualidade como perversão, indo contra as leis da natureza e da vida moral. O sociólogo explica que nascemos seres humanos e construímos nossa identidade sexual ao longo da nossa existência. “Quando as pessoas não gostam da identidade ou querem desconstruir a identidade gay, [por exemplo], elas remetem a um fator natural, a ideia do desde sempre, homem é homem, mulher é mulher e não pode ser diferente disso. Isso não é verdade”, explica.

Para a pastora da Igreja Evangélica Ministério Crescer em Cristo Sara Kormives, não é possível desconstruir o que não existe. Ela aponta que na visão de homem e de mundo existe apenas homem e mulher e não um terceiro gênero. “Na nossa visão não existe a construção de um terceiro gênero, a não ser por escolha de comportamento”, afirma.

De acordo com o sociólogo, a relação entre pessoas do mesmo sexo já perpassa séculos. Os cidadãos da antiguidade ou da renascença, por exemplo, só se relacionavam com outros homens e isso porque somente um homem estava à altura de um estatuto humano de outro homem. Segundo Howes, só um homem era merecedor do amor puro e digno de outro homem, o que não acontecia com as mulheres. O professor explica que as mulheres nessa época estavam abaixo do estatuto, portanto não merecedoras do amor de um homem.

Segundo Howes, esse status mudou com a chegada do Iluminismo – também conhecido como Século das Luzes, um movimento cultural europeu do século 18, que buscou mobilizar o poder da razão, com o intuito de reformar a sociedade – onde se construiu outros padrões de sexualidade. “Levou-se alguns séculos para que se descontrua um (padrão) e se construa outro”, declara.

Segundo a pastora, a visão da Igreja Evangélica a respeito da homossexualidade tem como parâmetro a bíblia. De acordo com essa visão, a homossexualidade é um desvio de conduta. “Assim ela [homossexualidade] é enquadrada na bíblia, como esse desvio, alguma coisa que está fora desse padrão pré-estabelecido por Deus. Não é algo que Deus criou assim”, afirma.

Para a pastora, o argumento utilizado por homossexuais de que a opção sexual não é questão de escolha, mas sim algo que está intrínseco àquele ser humano, não é válido, pois não é confirmado cientificamente.

De acordo com Sara, não existe descriminação em relação às pessoas, mas sim ao comportamento, quando esse é visto pela bíblia como um desvio. “As pessoas nunca são descriminadas por aquilo que elas escolhem ou por aquilo que elas fazem. Quando a gente olha o ser humano pela bíblia, você vai ver que o homem se desviou de Deus , da presença de Deus. Não foi o homossexual, foi o ser humano”, declara.

Bandeira arco-íris, símbolo dos homossexuais e também do movimento LGBT. Foto: internet
Bandeira arco-íris, símbolo dos homossexuais e também do movimento LGBT. Foto: internet

Quando o preconceito começa em casa

Lucas** tem 22 anos, é formado em Ciências da Computação e mora em Santa Maria, com amigos que conheceu em um intercâmbio para Portugal. Lucas é homossexual. Ele recorda que desde o início da adolescência já sentia que não tinha os mesmo interesses que os garotos da sua idade. Lucas se assumiu aos 18 anos e afirma nunca ter tido problemas por conta de sua orientação sexual, a não ser por parte da família. “Todos os meus problemas começaram na minha família. Se não fosse eles, eu teria me assumido muito mais cedo do que eu me assumi”.

Lucas conta que teve uma formação religiosa evangélica. Antes de se assumir, mantinha pensamentos de que não poderia ser gay, que era pecado. “Eu já sabia que era gay a muito tempo e tentava mudar isso dentro de mim. Chegou o ponto que eu tentei [mudar] todos os dias e não consegui”, lembra.

Na época, a mãe de Lucas, que estava casada com um pastor, começou a ficar intrigada com o fato de o filho sair muito para a balada, o que ele não fazia antes. Nesse meio tempo Lucas começou a namorar um rapaz e relata que tinha receio que a família fosse descobrir. O padrasto resolveu investigar o que Lucas estava fazendo e mexeu em seu computador pessoal.

“Minha mãe descobriu que eu era gay e surtou, não sabia como reagir, só chorava pelos cantos”, relata. Lucas e a mãe ficaram uma semana sem se falar. Passado esse período, Lucas decidiu que estava na hora de conversar com a mãe sobre o assunto. Lucas assegurou para a mãe que a orientação sexual não ia mudar o fato de ele ser um “ótimo filho”, mas mesmo assim, ela não aceitou a escolha. “Ela preferia ter um filho sem nada, mas que fosse heterossexual. […]Ela queria que eu mudasse.”, define.

Daquele momento em diante os conflitos só aumentaram. Um dia quando voltava da balada, o padrasto o impediu de entrar em casa. No outro dia a mãe o colocou para fora de casa. “Joguei tudo o que eu tinha dentro de uma mala e saí. Sentei na praça na frente de casa. Não sabia o que ia fazer. Ai caiu a ficha e eu comecei a chorar muito”, recorda.

Lucas destaca que o padrasto foi uma “aberração” em sua vida. “Todos os problemas que eu já tive na minha vida, grande parte deles foi por causa dele (o padrasto)”. Lucas comenta que os dois vivam em conflito, que trocavam agressões verbais e físicas. De acordo com Lucas, o padrasto não parecia por em prática os ensinamentos bíblicos. “Eu não via nenhum evangelho nele do tipo amar as pessoas. Ele sempre quis me bater, me quis fora de casa, queria que eu me ferrasse”, assegura.

Um mês após ter saído de casa, Lucas embarcou em um intercâmbio, mas ficou sem dinheiro. Sem ter muitas opções de para quem pedir ajuda, entrou em contato com a mãe para que ela lhe ajudasse. Porém, o padrasto interferiu novamente na relação de Lucas com a mãe. Por meio de uma rede social, o padrasto foi enfático quanto ao que queria para Lucas: “Teus problemas só estão começando. Eu quero que tu se ferre. Se tu precisa de dinheiro vai dar o c* para conseguir dinheiro, porque tua mãe não vai ficar sofrendo por causa tua e se alguma coisa acontecer com ela tenha certeza que tu é o responsável”, relata.

Ao voltar para Santa Maria, Lucas marcava encontros em cafés para ver a mãe. Ele conta que tinha medo de convidar a mãe para conhecer o lugar onde estava morando, por conta do padrasto. “Eu não queria que ela soubesse onde eu estava morando por medo. Esse cara me bateu algumas vezes dentro de casa”, descreve.

Por conta da escolha de Lucas, o laço que ele tinha com a mãe se desfez. “Eu defino meu sentimento por ela não mais de amor de mãe e também sem nenhum ódio, talvez desprezo”. Hoje, a mãe não mora mais em Santa Maria e eles se só falam por telefone em ligações mensais.

Todo o tipo de amor vale a pena.
Todo o tipo de amor vale a pena.

Lucas me contou sua história de forma muito espontânea, sem hesitar. Parecia como uma conquista poder falar sobre sua sexualidade. Mas de acordo com Lucas, falar dessa forma sobre seus problemas é um modo de conseguir lidar com eles. “Talvez o fato de tratar com tanta naturalidade ou tentar esquecer esses problemas, me fazem tornar esse assunto simplista, coisa que não é“.  Porém, mesmo por todos os obstáculos pelos quais Lucas passou, hoje ele avalia que tudo foi um aprendizado. “Essa época da vida, as dificuldades que eu passei foram como uma escola para mim, escola de maturidade”. Lucas destaca que o único preconceito que sofreu por conta da orientação sexual veio da família. “A partir do momento que eu saí de casa não tive problemas com as pessoas saberem sobre a minha sexualidade”, assegura.

“Hoje minha vida é excelente”. comemora Lucas.

**O nome foi alterado para preservar a identidade da fonte

Nova coordenação eleita para o DCE da Unifra com a presença da reitora Irmã Irani Rupolo. Foto: Gabriela Vargas
Nova coordenação eleita para o DCE da Unifra com a presença da reitora Irmã Irani Rupolo.
Foto: Gabriela Vargas

Na noite de quarta-feira, 11, aconteceu a cerimônia de posse da Chapa 1 – Primeira do Plural, que ganhou as eleições para assumir o Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Unifra. A cerimônia contou com a presença da reitora da Unifra Irmã Iraní Rupulo, dos 27 integrantes da chapa e também do ex-presidente do DCE Guilherme Pittaluga e do presidente da Comissão Eleitoral Guilherme Goulart.

O ex-presidente do DCE Guilherme Pittaluga falou do período de campanha das eleições, em que acompanhou o trabalho desenvolvido pela Primeira do Plural e se disse feliz com a escolha da chapa. Pittaluga encerrou o mandato com um breve discurso e mencionou as dificuldades de exercer um movimento estudantil em uma instituição onde não há engajamento com causas estudantis. “Saímos com a convicção de que fizemos um trabalho importante”, declara.

A acadêmica do curso de Direito e integrante da Primeira do Plural Eduarda Gindri, apresentou um discurso composto pelos integrantes da chapa, onde reafirmam o ideal de pluralidade da chapa, com a proposta da diversidade das vozes.

A reitora Iraní Rupolo aponta em sua fala a falta de engajamento estudantil, onde apenas seis cursos das instituição estão sendo representados pelos integrantes da chapa, em um total de 32. Rupolo enfatizou que a instituição está disposta a apoiar as necessidades da chapa. “Busquem o nosso apoio”, declara. A reitora também coloca a importância da experiência em administrar um movimento estudantil. “Que fique algo de muito bom para cada um de vocês”, finaliza.

A Primeira do Plural se elegeu no dia dois de junho com 65% dos votos. O mandato tem duração de um ano, tendo a possibilidade de concorrer novamente na próxima eleição.

 

Este é um ano de eleições e na Unifra não é diferente. No dia 28 de maio, os acadêmicos da instituição vão às urnas votar na chapa que melhor os representa. Os candidatos ao mandato do Diretório Central de Estudantes (DCE) são: a Chapa 1 – Primeira do Plural e a Chapa 2 – Por um DCE Forte, Atuante e de Verdade.

Cartaz de divulgação da Chapa 1
Cartaz de divulgação da Chapa 1

A Chapa 1 – Primeira do Plural é formada por 27 acadêmicos da Unifra, dos cursos de Direito, Jornalismo, Publicidade e Propaganda, Nutrição, Psicologia e Fisioterapia. “Trabalhamos de forma horizontal. A gente não tem a figura de liderança. A gente não quer manter o mesmo padrão que temos hoje para as próximas eleições. Isso traz os alunos para se politizarem, para que ele participem do meio acadêmico de forma efetiva”, explica o Coordenador Geral da Chapa 1 Daniel de Moura Pinto.

Fomentar a pesquisa é uma das propostas da Chapa 2
Fomentar a pesquisa é uma das propostas da Chapa 2

Algumas das propostas da Chapa 1 é fazer do DCE o mediador entre os alunos e a instituição e buscar a multidisciplinaridade entre os cursos.”Temos a ideia de ser plural. Temos a ideia de tentar englobar os cursos de uma forma que eles tenham uma relação e uma comunicação que seja efetiva”, afirma o Coordenador.

Promover a implementação de diretórios acadêmicos (DAs) também é uma das propostas da Primeira do Plural. “Uma das pautas é a fomentação dos DAs, para que a gente tenha compreensão concreta de quais são as pautas de cada curso”, declara o Coordenador Geral da Chapa 1.

A  Chapa 2 – Por um DCE Forte, Atuante e de Verdade, é composta por acadêmicos dos cursos de Direito, Fisioterapia, Serviço Social, Odontologia, Sistemas da Informação, Farmácia, Geografia, Matemática e Design.

A Chapa 2 traz propostas como defender e representar os direitos dos alunos, a confecção de um jornal para divulgar as ações do DCE e dos alunos da Unifra, criação de diretórios acadêmicos (DAs) para os cursos que não têm e apoio aos cursos que já possuem e promover eventos acadêmicos em parceria com os cursos.

Propostas da Chapa 2 - Por um DCE Forte, Atuante e de Verdade
Propostas da Chapa 2 – Por um DCE Forte, Atuante e de Verdade

“Nossa expectativa, é, na medida das nossas possibilidades, chegar até todos os estudantes para que ele decida o que é melhor para os rumos do DCE UNIFRA. Acreditamos na vitoria. Queremos ganhar a eleição para colocar em pratica nossos projetos para um DCE Forte, Atuante e de Verdade”, enfatiza um dos coordenadores geral da Chapa 2 Emerson Daniel Spitzmacher.

De acordo com Spitzmacher, a ideia de concorrer as eleições surgiu a partir de conversas onde os intergrantes partilham do mesmo ponto de vista sobre a atual situação do DCE. “Resolvemos aproveitar a oportunidade para buscar fazer melhor e disputar a eleição mesmo o processo ocorrendo de maneira duvidosa”.

 Spitzmacher afirma também que  a eleição está com dez meses de atraso e ainda aponta que a atual gestão mantém o DCE de maneira irregular, com problemas na comissão eleitoral, alegando que nem todos os diretórios acadêmicos foram convocados para compor a comissão.

Lema da Chapa 2
Lema da Chapa 2

A Chapa 2 se intitula como forte, atuante e de verdade. Segundo Spitzmacher, o DCE para ser de verdade precisa de legitimidade eleitoral e não a ditadura apresentada pelo atual representante. “O mandato dele [atual gestor do DCE] acabou em agosto do ano passado. Desde então ele deu um golpe, não chamou a eleição e se manteve a frente de um DCE de mentira e sem nenhuma atividade integradora para nós estudantes da Unifra. Temos mais de 8 mil colegas merecemos algo melhor!”

Atualmente o DCE da Unifra está sendo gerido pelo acadêmico do curso de Direito Guilherme Hoffmeister, que ganhou a eleição em 2012.

Nos dias 26 e 27 de maio vão acontecer debates com as duas Chapas, onde cada uma vai explanar sobre seus interesses e propostas.

Debate:

Dia 26 de maio Intervalo do turno da noite Conjunto I

Dia 27 de maio Intervalo dos turnos da manhã e noite Conjunto III

Reitora da Unifra, Irmã Irani Rupolo. Foto: Mark Braunstein

Em entrevista, a reitora do Centro Universitário Franciscano (Unifra) Irmã Irani Rupolo, falou para a equipe da ACS sobre o curso de Medicina, cujo processo já está em trâmite.  A proposta de criação do curso foi encaminhada em agosto de 2012 e, de acordo com a reitora, a expectativa é  de que em 2015  a instituição já realize vestibular para medicina, oferecendo entre 60 e 80 vagas.

De acordo com a reitora,” o curso conta com um projeto bem formulado, cuja proposta é a concepção integrada das disciplinas, tendo a teoria ligada à prática. O levantamento bibliográfico já está quase concluído e o curso já conta com uma equipe médica boa”. Ela ressalta que ele converge com a vocação e ação da Unifra em atuar de modo integrado junto à comunidade nas unidades básicas de atendimento.

A previsão é de que a instituição receba a visita da comissão do MEC já nesse semestre que inicia para verificar as condições de funcionamento. Em relação aos hospitais, a reitora relata que ainda não tiveram a autorização local para dar início à construção do hospital- escola já previsto para a área ao lado do atual Hospital São Francisco. “Santa Maria é uma cidade muito burocratizada”, afirma a reitora Irani Rupolo. De acordo com ela, se a autorização não for liberada, o hospital será instalado em um município vizinho. “Vai ser muito mais fácil e temos muitas opções próximo a Santa Maria”, declara a Reitora. Além disso, a Unifra continua investindo no aperfeiçoamento dos atuais hospitais que administra – a Casa de Saúde e o Hospital São Francisco.

 

Enquanto a prova não começa. Foto: Guilherme Benaduce

 Guilherme Motta e Lorenzo Rodrigues, Jornalismo Unifra

Os familiares também estão presentes no Vestibular de Inverno da Unifra para dar apoio aos vestibulandos. Aline Xavier, acadêmica do curso de fisioterapia veio acompanhar o marido Junior Porto, que tenta uma vaga no curso de Direito Noturno, o segundo mais concorrido deste vestibular.  Para ela, “este apoio é muito importante e não só na hora da prova”. Ela conta ainda que teve o mesmo apoio quando fez a prova e que está retribuindo.

Este é um vestibular marcadamente jovem, afirma a reitora da Unifra, Irani Rupolo. A tendência de que cada vez mais jovens estejam prestando o concurso já vem se acentuando nos últimos vestibulares.

Bibiana tenta uma vaga no curso de Direito. Foto: Julia Machado

Bibiana Prevedello, 16 anos, presta concurso para direito noturno. Segundo a vestibulanda, sua opção seria arquitetura, mas como é o seu primeiro vestibular, aceitou a “pressão” familiar. A escolha pela Unifra se deu pela infraestrutura e pela qualidade do ensino. Ela diz que apesar do custo, ela e seus pais primam pela qualidade dos professores e pelas condições oferecidas pela instituição.

Vítor tenta vaga na Odontologia. Foto: Julia Machado

Já Vitor Hugo, 20 anos, presta vestibular para Odontologia. Segundo ele, a escolha pela Unifra se deu pelo nível dos professores e do curso, apontado pelos amigos que cursam na instituição.

 

Nos próximos dias 18 e 19 de junho, às 9h, acontece em Santa Maria o Seminário Macrorregional Sul da Política Nacional de Humanização (PNH). O evento é promovido pelo Ministério da Saúde e conta com a parceria da Secretaria Estadual de Saúde/RS, do Departamento de Assistência a Saúde (DAS), da 4ª Coordenadoria Regional de Saúde (4ªCRS), da Secretaria Municipal de Saúde de Santa Maria e da Residência Multiprofissional da UFSM e acontecerá no Hotel Itaimbé.
O seminário vai reunir  especialistas em saúde e trazer ao debate a pesquisa, formação e produção de conhecimento sobre PNH e também a gestão e práticas em saúde; a atenção psicossocial, a gestão e apoio; as redes, participação social e movimento HumanizaSUS.
Com o Seminário pretende-se discutir o apoio na ação da PNH no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, a fim de oportunizar o compartilhamento de experiências, aprofundar a discussão a respeito do tema, reunir e dar visibilidade à atuação dos apoiadores nestes estados.

PROGRAMAÇÃO

DIA 18/06

9h – Mesa de abertura:
Local: Auditório do Hotel
Convidados: MS/SAS/PNH; SES/RS; 4ª Coordenaria Regional Saúde/RS; SES/SC; SMS/Curitiba; Prefeitura de Santa Maria; CMS de Santa Maria; Residência Multiprofissional UFSM

CONFERÊNCIA
10h30 – Painel – “Política Nacional de Humanização – cenários, práticas e contextos, 10 anos de experimentação”
Convidados: Gustavo Nunes de Oliveira (MS/PNH); Simone Paulon (PNH/RS); Sandra Fagundes (SES/RS)
Mediadora: Patrícia Silva (PNH/SC)

RODAS
13h30 – Roda 1 –Pesquisa, Formação, Produção de Conhecimento e Apoio
Convidados: Vânia Olivo (Residência Multiprofissional/UFSM) e Maria Claudia Matias (PNH/SC)
Moderador: Lúcia (ESP/RS);
Observador Analista: Manoela Luppke (Residência Multiprofissional/UFSM)
13h30 – Roda 2 – Atenção Psicossocial, gestão e apoio
Convidados: Marcelo Kimatti Dias (SMS/Curitiba); Paula Adamy (SES/RS)
Moderador:Carlos Garcia Júnior (PNH/SC)
Observador Analista: Simone Paulon (PNH/RS)

13h30 – Roda 3 – Redes, Participação Social e Movimento HumanizaSUS
Convidados: Stella Chebli (PNH/SP) e Sandra Fagundes (SES/RS)
Moderador: Aline Costa (PNH/BA)
Observador Analista: Jimeny Santos (PNH/MS)

13h30 – Roda 4 – Cuidado, gestão e práticas em saúde
Convidados: César Ramos (PNH/TO);Janaína Furtado/ UFSC
Moderador: Eliane Benkendorf (PNH/PR)
Observador Analista:Diogo Costa (4ª CRS/RS)

17h – Plenária

18h – Roda – Apoio e Produção de Vida em Santa Maria
Convidados: Simone Paulon (PNH RS); Carlos Garcia Jr (PNH SC); Eliane Benkendorf (PNH PR)
Moderadores: Sandra Fagundes (SES/RS) e Liane Righi (PNH/RS)

Dia 19/06

CONFERÊNCIA
9h – Painel 2 – O apoio como método
Convidados: Gustavo Nunes Oliveira (PNH/MS); Nilton Pereira Jr. (SMS/Curitiba)
Moderadora: Liane Righi (PNH/RS)

RODAS
13h30 – Roda 1 –Pesquisa, Formação, Produção de Conhecimento e apoio
Convidados: Marta Verdi (UFSC); Simone Paulon (PNH/RS)
Moderador: Teresinha Weiller (UFSM)
Observador Analista: César Ramos (PNH/TO)

13h30 – Roda 2 – Atenção Psicossocial, Gestão e Apoio
Convidados: Maria Judete Ferrari (SMS/Alegrete);
Fernanda Penkala (SMS/São Lourenço do Sul/RS) Moderador: Carine Ferreira Nied (PNH/RS)
Observador Analista: Adriana Krum (SMS/SM)

13h30 – Roda 3 – Redes, Participação Social e Movimento HumanizaSUS
Convidados: Stella Schebli (PNH/SP) e Patrícia Silva(PNH/SC)
Moderador: Lydia Leonhardt (Qualisus – Redes/RS)
Observador Analista: Ilse Mello (4ª CRS/RS)

13h30 – Roda 4 – Cuidado, Gestão e Práticas em Saúde
Convidados: Marcos Azambuja (UNIFRA/SM); Loiva de Boni (SMS/Farroupilha)
Moderador: Ana Paula Seerig (SMS/SM)
Observador Analista: Douglas Casarotto (CAPS/Santa Maria)

17h: Plenária Final
Esta plenária reúne a produção do seminário, temas e agendas relevantes, destaca avanços e contratos relacionados com a metodologia do Apoio.
Coordenação: Liane Righi (PNH/RS); Patrícia Silva (PNH/SC); Eliane Benkendorf (PNH/PR)

Amanhã, terça, dia 4, acontece o vestibular de verão da Unifra, nos prédios 13 e 17, no conjunto III, na rua Silva Jardim, 1175.

A prova única começa às 8 horas e tem quatro horas de duração. São 60 questões de múltipla escolha, divididas em: matemática, química, português, física, biologia, literatura, geografia, história, língua estrangeira (espanhol ou inglês) e a redação.

Neste vestibular a Unifra oferece 1360 vagas, distribuídas em 32 cursos de graduação. São 2140 inscritos a disputarem o processo seletivo.

O curso mais concorrido foi Odontologia com 6,47 por vaga. Em segundo e terceiro lugar ficaram os cursos de Direito (noturno) com 5,38 e Direito (manhã) com 4,55.

Os candidatos que ingressarem nos cursos de licenciatura (filosofia, geografia, história, letras :língua portuguesa e letras: potuguês e inglês, pedagogia e matemática) , que não possuem outro curso superior, é possibilitado 50% de desconto na mensalidade. Quem, após o ingresso, solicitar trasferência para curso de bacharelado, terá o desconto cancelado.

Atenção vestibulando!

É importante comparecer com meia hora de antecedência no local de realização da prova. Isto impede atrasos e procura das salas na última hora.

Não esqueça de  levar documento de identidade, além de caneta azul ou preta.

O gabarito do exame será divulgado às 14h do dia do exame. O listão dos aprovados será divulgado na sexta-feira, às 15h, no saguão do Prédio 16, Rua Silva Jardim, 1175.

As matrículas dos aprovados ocorrem entre os dias 11 e 14 de dezembro.

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