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Victoria Debortoli

Victoria Debortoli

Foto: Natália Venturini
Portão da 8ª CRE (Foto: Natália Venturini)

Na tarde dessa quinta-feira, 09, secundaristas das oito escolas ocupadas em Santa Maria caminharam em direção à 8ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE) com o objetivo de entregar a contra-proposta da Carta-Compromisso, elaborada pela Secretaria de Educação do Rio Grande do Sul. Contudo, encontraram a 8ª CRE fechada.

De acordo com os alunos organizadores, a manifestação contou com a presença de cerca de 50 secundaristas. A concentração, que ocorreu em frente a Escola Estadual Olavo Bilac, percorreu as ruas Coronel Niederauer, Duque de Caxias e Presidente Vargas. Por volta das 15h20min, os jovens fecharam a avenida Presidente Vargas em frente ao portão da 8ª CRE.

Cerca de 50 estudantes participaram da manifestação (Foto: Natália Venturini)

“Nós recebemos a proposta do atual governo, na última terça-feira, 07. A gente analisou a proposta, não considerou ela válida, porque faltavam algumas pautas, além disso ela era muito abstrata. Então, ontem, 08, reunimos todas as escolas ocupadas de Santa Maria na escola Maria Rocha e fizemos uma contra-proposta”, afirma o estudante do terceiro ano do Maria Rocha Leonardo Dutra, 18 anos.

Além dos secundaristas, o movimento contou com a presença de apoiadores, como Rafael Belmonte, 26 anos, formado em Música. “Nós estamos apoiando os alunos, fazendo a janta, ajudando na limpeza da escola. Não é nada mais justo apoiar”, completa.

A manifestação terminou por volta das 16h. Os jovens anexaram ao portão da 8ª CRE a contra-proposta. De acordo com alunos, o objetivo é voltar outro dia para entregar em mãos a resposta para a secretaria. Até lá, as escolas seguem ocupadas.

Íntegra da contra-proposta dos estudantes das escolas ocupadas:

Vimos, por meio deste documento, entregar a devida resposta para o atual governo a respeito da proposta da Secretaria de Educação, recebida terça-feira (07/06/2016). Entregamos à 8ª Coordenadoria Regional de Educação, atual representante da Secretaria de Educação na região central.

1- NÃO iremos desocupar nossas escolas. Não estamos totalmente de acordo com a proposta recebida, pois faltam algumas pautas que são reivindicadas por nós estudantes e também não temos nenhum tipo de garantia que as mesmas serão atendidas.

2- Não recebemos as devidas atenções da 8ª Coordenadoria, que, na região central, é a representante da Secretaria de e Educação.

3- Queremos um posicionamento público do governo estadual contrário ao projeto de lei 190/2015, que não é citado em momento algum na atual proposta.

4- Queremos a retirada de tramitação o projeto de lei 44/2016. O estado não pode fugir da sua responsabilidade com a educação pública. E a Pl44/2016 passa a responsabilidade do Estado para empresas privadas.  Isso contraria a constituição de 1988.

5- Nós, como alunos, queremos aulas e uma educação pública de qualidade, mas, para isso, precisamos de uma infraestrutura adequada, valorização de nossos educadores e maiores investimentos.

6- Queremos que o Estado trabalhe mais contra a sonegação de impostos e que, caso o Estado precise parcelar algum salário, que seja das categorias que recebem um valor mais alto, e que o governador não dê como exemplo o seu salário, pois, na sua última declaração de imposto de renda, prova que seu salário parcelado não faz diferença.

7- Queremos a abertura da CPI da merenda e a investigação da operação “alba branca”. Não consideramos 0,30 centavos um valor adequado para o lanche.

8- Acreditamos que a proposta enviada pelo governo não seja nada concreta. Na verdade, nem pode ser considerado um documento e não nos traz nenhuma garantia de que sejam cumpridas as pautas citadas. Além disso, faltam algumas que são reivindicadas por nós estudantes.

9- Não somos influenciados pelos professores, muito pelo contrário. Aprendemos a reivindicar nossos direitos com nossos educadores de tal forma que, se os professores voltarem da greve, não iremos desocupar as escolas sem que tenhamos uma garantia de que nossas pautas serão atendidas.

10- O Estado não tem direito de escolher onde nos manifestaremos. Estamos dentro do espaço público que é nosso por direito. Infelizmente os governantes esqueceram que trabalham para nós.

Ocupa Maria Rocha, Ocupa Cilon Rosa, Ocupa Olavo Bilac, Ocupa Maneco, Ocupa Augusto Ruschi, Ocupa Tancredo Neves, Ocupa Margarida Lopes e Ocupa Walter Jobin.

Imagem: Divulgação
Imagem: Divulgação

Você, estudante de Jornalismo, já imaginou desenvolver uma pauta jornalística que poderá ser conhecida em todo o Brasil? Até o dia 12 junho é possível! O prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão, em sua oitava edição, está com inscrições abertas e acadêmicos do curso de todo o país podem participar.

Com a temática “A epidemia do vírus zika no Brasil e as consequências diretas e indiretas no cotidiano da população, especialmente das mulheres”, os jovens estudantes podem inscrever-se individualmente ou em grupo de até três participantes. A premiação, iniciativa do instituto Vladimir Herzog, busca incentivar os acadêmicos a elaborar e desenvolver pautas relacionadas aos Direitos Humanos.

As pautas e reportagens que serão criadas precisam dar atenção especial ao complexo cenário de epidemia atual. Além disso, procura colaborar com a discussão sobre os cuidados das crianças com síndrome neurológicas associadas ao zika vírus.

As inscrições estão abertas até o dia 12 de junho no site www.jovemjornalista.org.br. A participação dos estudantes deve contar, obrigatoriamente, com um professor-orientador vinculado à instituição de ensino dos participantes. É preciso especificar para qual tipo de veículo a matéria será produzida.

Debora
Débora Pradella esteve na Unifra na noite de ontem, 01 de junho. Foto: Roger Haeffner. Lab. Fotografia e Memória.

Na noite da última quarta-feira, 01, o Centro Universitário Franciscano recebeu a editora de esportes da plataforma digital de Zero Hora, Débora Pradella. Com o tema “Esporte em ZH: integração on e offline e a cobertura digital de Grêmio e Inter”, a jornalista bateu papo com os acadêmicos da Unifra sobre a sua rotina profissional no jornal.

Débora contou que a editoria de Esportes de ZH no digital conta com quase 5 milhões de visualizações por mês, além de possuir perfis no Facebook, Twitter e Snapchat. De acordo com ela, a editoria é importante na estratégia de assinaturas da Zero Hora por ser um dos assuntos mais procurados.

Em um time de 26 profissionais no Esporte de ZH, a jornalista é uma das seis mulheres que trabalham com o assunto no jornal. Quando perguntada pelos acadêmicos sobre se sofre preconceito, ela comenta que infelizmente ainda existe, mas comemora os avanços. “Existe uma cultura de que mulher não entende de esporte, mas ela entende tanto quanto homens. Essa é uma geração que questiona muito isso e estamos caminhando para que não exista mais essa descriminação”, pontua.

O dia a dia em esportes em ZH depende, principalmente, do calendário de jogos. “Nossa rotina é baseada nas rodadas”, completa. Além da cobertura do futebol, o jornal tem dado atenção a outras modalidades esportivas pela chegada das Olimpíadas. “A gente se molda conforme o interesse do público”, afirma.

Foco no mobile

Durante o debate, Débora explicou como funciona a editoria de esportes. O jornal tem apostado em vídeos, especiais multimídias, podcasts e aplicativos para smartphones. A editora e colunista de Olimpíadas apresentou os apps Gre-Nal – aplicativos disponíveis para os sistemas android e IOS, que apresentam conteúdos exclusivos dos times -, com o objetivo de oferecer aos consumidores uma experiência unificada em qualquer plataforma.

O Ecossistema Gre-Nal, como nomeia Débora, foi produzido porque 95% dos conteúdos consumidos em Esportes ZH são sobre os times Grêmio e Internacional. Segundo a jornalista, o aplicativo aproxima mais a cobertura dos torcedores. Atualmente, são cerca de 100 mil usuários ativos.

Após mais de uma hora de conversa, Débora distribuiu exemplares da edição impressa do especial 52 anos da ZH. O ciclo de debates sobre jornalismo, promovido pela Zero Hora, segue até 2 de junho em diversas cidades do estado.

 

ZH-na-Faculdade
Imagem: Divulgação

Na última segunda-feira, 30, teve início a oitava edição do ciclo de debates promovidos pela Zero Hora. Até o dia 2 de junho, editores, repórteres e colunistas da ZH conversarão com estudantes da área da comunicação de 15 cidades gaúchas.

Nesta quarta-feira, 01, a Unifra recebe a jornalista Débora Pradella, Editora de Esportes da plataforma digital do jornal, com o debate “Esporte em ZH: integração on e offline e a cobertura digital de Grêmio e Inter”. O debate, que passará por 25 cursos de Jornalismo do estado, é parte das comemorações do aniversário de 52 anos da Zero Hora.

A palestra começa às 19h no Salão Acústico, prédio 14 do Conjunto 3 da Unifra. Não é necessário realizar inscrição. Na hora, haverá lista de presença que valerá como certificado de horas complementares.

 

 

 

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

A Intercom (Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação) realiza anualmente congressos regionais e congresso nacional. Nesse ano, o evento regional acontece entre os dias 26 e 28 de maio na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), em Curitiba, e contará com a presença de acadêmicos do Centro Universitário Franciscano para a apresentação de trabalhos.

O congresso, que acontece há 39 anos, reúne alunos de graduação e pós-graduação, pesquisadores e profissionais da área da comunicação. Ele é subdivido em Grupos Temáticos (GT’s), Intercom Jr. e Expocom. Nesse ano, o evento tem como temática “Comunicação e Educação entre Fronteiras: caminhos integrados para um mundo em transformação”. Os acadêmicos da Unifra apresentarão trabalhos no Intercom Jr. e Expocom.

Intercom Jr.

O espaço é destinado para a apresentação de trabalhos elaborados pelos alunos da graduação em Comunicação ou recém formados. É possível apresentar pesquisas derivadas de projetos de iniciação científica, de trabalhos de conclusão de curso (TCC) e de discussões teórico-práticas desenvolvidas no âmbito das disciplinas.

Serão apresentados os trabalhos “Jornalismo Ambiental e o uso da metáfora na recontextualização do discurso científico no programa Cidades e Soluções”, da acadêmica Luisa dos Reis Neves sob orientação da professora Rosana Cabral Zucolo, “Os infográficos facilitam a compreensão das informações na TV”, da acadêmica Amanda Rampelotto Löbler orientado pela professora Najara Ferreira Pinheiro, e “Radiodocumentário: Na Boca da Rua:um estudo sobre a identidade do santa-mariense na ocupação dos espaços públicos”, do acadêmico Daniel de Moura Pinto, orientado pelo professor Gilson Piber.

Do curso de Publicidade e Propaganda cinco trabalhos também serão apresentados no Intercom Júnior: ” Projeto Desenvolver: projeto comunitário para a conscientização do autismo”, das alunas Nathalia Alves, Ana Julia Lotufo e Bianca Durlo, orientado pela professora Maria Cristina Jobim;  “Fatores socioculturais em orange is the new black“, de Ana Júlia Lotufo, orientado pela professora Caroline De Franceschi Brum; ” A evolução dos formatos digitais no website da empresa de telecomunicações Net”, de Mariana Cadore Silva orientado pela professora Taís S. Ghislene; “Cinema e publicidade audiovisual:apontamentos sobre a história dos trailers nas décadas de 1910 a 1970″, de Mariana Fagundes Goethel, e ” Apropriação de linguagem videocliptica no cinema” da acadêmica Andreia Regina Böth, ambos orientados pela professora Michele Kapp Trevisan.

Expocom

A XVII edição do evento tem como objetivo expor e premiar os melhores trabalhos experimentais produzidos por alunos de graduação em Comunicação. Os trabalhos inscritos devem ter sido realizados no âmbito de uma disciplina da matriz curricular do curso e sob a orientação/supervisão de um ou mais docentes.

Os trabalhos apresentados serão os seguintes:

“Central Sul de Notícias: agência experimental de jornalismo”, realizado pelas acadêmicas Amanda Souza, Arcéli Ramos, Paola Saldanha e Victoria Debortoli, sob orientação da professora Rosana Cabral Zucolo. Inscrito na modalidade Agência Jr. de Jornalismo, o trabalho conta a história e o funcionamento da ACS.

“Luneta: telejornalismo a partir da interdisciplinaridade”, apresentado pela estudante Natália Librelotto, na modalidade Produção laboratorial em videojornalismo e telejornalismo. O telejornal é resultado da conjunção das disciplinas de Telejornalismo I, Telejornalismo II e Edição em Telejornalismo. O Luneta, produzido no último semestre de 2015, aborda o universo geek.

“Pergunte para quem esteve aqui” será apresentado pela acadêmica Julia Machado, na modalidade Filme de ficção. O curta-metragem foi produzido no segundo semestre de 2015 pelos alunos da disciplina de Cinema II. O filme aborda a representação da memória de Santa Maria, Rio Grande do Sul, através das descontinuidades nas reminiscências de um homem chamado Borges, trazendo importantes lugares na história do município que hoje retratam a parte decadente da cidade.

“Quebrando o tabu: como falar sobre suicídio na mídia brasileira”, de autoria dos acadêmicos Michelli Anchieta Taborda, Guilherme Benaduce e Luisa dos Reis Neves, sob orientação do professor Maicon Elias Kroth e da professora Aurea Fonseca. O trabalho concorre na modalidade Produção laboratorial em audiojornalismo e radiojornalismo.

“Radiodocumentário ‘O outro lado do apito'”, do aluno Tiago Nunes orientado pelo professor Gilson Piber. O trabalho concorre na modalidade Documentário Jornalístico e Grande Reportagem em áudio e rádio.

Fotos: João Alves
Fotos: João Alves

Termômetros que indicam baixas temperaturas. Dias cinzas e frios característicos da Boca do Monte. O inverno não começou oficialmente, mas as últimas semanas de outono trouxeram dias e noites muito gelados. Muitos santa-marienses necessitam de ajuda para encarar esse “frio de renguear cusco” e, para isso, há sete anos a cidade desenvolve a Campanha do Agasalho.

A edição de 2016, lançada na última quarta-feira, 18,  pretende arrecadar roupas quentes, cobertores e alimentos não perecíveis. Nessa sexta-feira, 20, foram divulgados mais de 100 locais para arrecadação. O principal ponto para doações é a sede do Governo Municipal, no Edifício João Fontoura Borges (SUCV) (R. Venâncio Aires, 1934). Mais informações podem ser obtidas por meio do telefone (55)32217212. A Unifra também conta com posto de arrecadação.

Confira os locais de arrecadação:

Prefeitura de Santa Maria
Secretarias de Município
Edifício João Fontoura Borges (SUCV)
Câmara de Vereadores
Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL)
Câmara de Comércio, Indústria e Serviços de Santa Maria (Cacism)
Fórum de Santa Maria
Banco do Brasil
Banrisul
Hospital da Brigada Militar
Linhas de ônibus do Transporte Coletivo Urbano
Associação dos Transportadores Urbanos (ATU)
Supermercado Rede Vivo
Supermercado Carrefour
Supermercado Peruzzo
Centro Universitário Franciscano (Unifra)
Colégio Coração de Maria
Colégio Marco Polo
Colégio Fátima
Colégio Técnico Industrial
Farmácias Reni
RBS TV
Jornal A Razão
Jolnal Diário de Santa Maria
BR Park Estacionamento
Gaudérios do Asfalto
Posto Ipiranga (Faixa Nova de Camobi)
Viação Centro-Oeste
ICardio
Casas Eny
Loja Mercamodas
Lojas Safira
Ótica Gaiger
Papelaria Camobi
Falk Tintas
Elegância Center Shopping
Sulclean
CTF Piá do Sul
Salão de Beleza Estilo Hair
Grupo Mexe Coração
Sindicato das Empresas Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico (Simmmae)
Lourdinha Amorin Cabelo e Pele
Eletrônica do Neizinho
Academia Life Acadmy House
Royal Plaza Shopping
Clube 21 de Abril (Itararé)
União Santa-mariense dos Estudantes
União das Associações Comunitárias de Santa Maria
Totem
Chalenger
Sindilojas
Papelaria Camobi
Mundo Novo- Educação Especial (Bairro Duque de Caxias)

Fonte: Jornalista Vera Jacques/ Prefeitura Municipal de Santa Maria

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Mostra com o tema “De quem é o Espaço” inaugurou nessa quinta-feira, 19 (Foto: Rodrigo Souza/ Lab. Fotografia e Memória)

O curso de Geografia do Centro Universitário Franciscano inaugura a mostra “De quem é o Espaço?” a partir das 17h. A exposição pretende representar os diversos viés da atuação do profissional de geografia através de trabalhos, fotos, maquetes, atlas escolares e materiais de viagem coletados por acadêmicos e professores do curso.

O evento pretende divulgar as várias faces do curso de geografia. A exposição ficará até o 10 de junho na sala Angelita Stefani, no prédio 14 do Conjunto III. A mostra pode ser visitada pelo público de segunda a sexta-feira, das 14h às 18h, e nas terças e quintas-feiras, das 9h ao meio-dia.

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Nessa quinta-feira, 12, ocorre o Colóquio 100/20 no Teatro Treze de Maio. O debate discutirá o jornalismo na era da internet através de um bate-papo com grandes nomes da área mediado pelo repórter Marcelo Canellas.

Na tarde do evento serão realizadas duas mesas. A primeira, marcada para as 16h, tem como tema “Novas plataformas, debate público e agendamento na era da internet”, com a participação do ex-colunista da Zero Hora, Moisés Mendes, e do fundador do Jornal Pessoal Lúcio Flávio Pinto. A segunda mesa, agendada para as 19h, tratará das “Novas plataformas, investigação e grande reportagem na era da internet”, com a participação de Mauri König, que escreve para a Folha de São Paulo, do repórter da Zero Hora, Huberto Trezzi, e da repórter da Agência Pública de Reportagem e Jornalismo Investigativo, Andrea Dip.

O Colóquio, realizado pela TV OVO, do curso de Jornalismo da Unifra e do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UFSM, visa debater assuntos atuais junto com a comunidade de Santa Maria. “A ideia primeira era que se pegasse mais a geração do Marcelo Canellas, das pessoas que pegaram formas bem diferentes de fazer jornalismo até hoje, que mudou muito a dinâmica e a lógica do processo e pensar para onde vamos e como a gente faz um bom jornalismo diante de todas essas transformações”, comenta a professora Neli Mombeli.

Para a coordenadora do curso de Jornalismo da Unifra, Sione Gomes, o evento representa um espaço de aprendizado. “É uma oportunidade única de escutar jornalistas do porte dos que estão convidados para os dois debates, tendo a oportunidade de trazer para a cena questões extremamente atuais e ouvir personalidades que tem uma trajetória, seja prática ou na própria academia, nessa área. Isso contribuiu muito, pois é assim que a gente cresce e amplia horizontes”, completa.

A entrada é gratuita mediante senhas que estão sendo retiradas desde 04 de maio. Para os acadêmicos, as senhas estão disponíveis nas respectivas coordenações. Já o público em geral tem acesso às entradas na bilheteria do Teatro Treze de Maio. Para quem não conseguir retirar a senha, haverá transmissão ao vivo na Unifra.

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Mapa da Cohab Santa Marta. Arte: Francesco Ferrari

Amigos. Vizinhos. Comunidade. Com mais de 30 anos de fundação, a Cohab Santa Marta, conjunto habitacional localizado no bairro Juscelino Kubitschek, guarda memórias dos seus primeiros dias. Entre 13.730 habitantes, de acordo com o censo de 2010, os moradores mais antigos relembram histórias da região.

“Aqui não tinha posto, não tinha igreja, não tinha escola. Só existia o centro comunitário. Eu cheguei pela parte da tarde e fiquei sabendo que era o primeiro morador, porque a Cohab veio fotografar. No segundo dia era bonito de ver as pessoas chegando na Cohab. Uns chegavam com a mudança no carro de mão, outros de carroça, outros de caminhão, uns com uma mochila nas costas”, conta Santo Mesquita de Almeida, 68 anos. O primeiro morador a chegar na Cohab recorda a construção da escola Augusto Ruschi e as festividades que ocorriam no Centro Comunitário. “O Centro Comunitário se localizava onde era o postinho de saúde. Era bem movimentado, faziam festas de aniversário e casamento, além do surgimento do CTF (Centro de Tradições Folclóricas) que começou lá”, completa.

Alcy ainda guarda o jornal que foi sorteado com a casa na Cohab Santa Marta (Foto: Fernando Cezar/ Lab. Fotografia e Memória)
Alcy ainda guarda o jornal que foi sorteado com a casa na Cohab Santa Marta (Foto: Fernando Cezar/ Lab. Fotografia e Memória)

Alcy Guterres, 79 anos, e sua esposa Eva Sueli de Oliveira, 87 anos, chegaram ao bairro há mais de 35 anos vindos de São Martinho da Serra. “Nós viemos em 28 de setembro de 1980. Nessa quadra aqui fomos os primeiros que chegamos. Todos os dias chegava uma mudança. Eu tenho até hoje o jornal que fui sorteado”, revela Alcy. O casal explica que na época havia muita dificuldade, sem mercados e postos de saúde perto, além de não haver linha de ônibus regular. Contudo, aos poucos o local foi desenvolvendo-se. “Aqui faltava água, era muita gente e ela não tinha força para subir, veio uma seca grande e nós íamos buscar água em um artesiano perto da Coca-Cola. As mulheres, para lavar roupa, tinha umas sanguinhas lá embaixo, na divisa da Nova Santa Marta com o Alto da Boa Vista. Se juntavam umas seis mulheres, levavam merenda e passavam o dia lavando roupa e, de tardezinha, vinham com as roupas prontas”, comenta o aposentado.

A igreja católica Santa Marta foi fundada logo após a estruturação da Cohab. “Quando chegamos, a primeira preocupação era ter uma comunidade católica. Na época, nós rezávamos missa no ambulatório médico, onde hoje é a APAE”, relata Alfredo Paiva de Almeida, 66 anos. O morador explica que a construção da igreja foi há cerca de 32 anos com a ajuda do padre Cláudio Dalbon, missionário do norte da Itália. “A nossa igreja já serviu de creche, durante uma reforma, como ambulatório médico e também acolheu o pessoal sem teto”, completa.

Praça Amigos do Dorival

praça
Dia de inauguração da cancha de bocha, na década de 80. O terceiro da esquerda para a direita, agachado, é Dorival. Foto: arquivo Alcy Guterres

Junto a inauguração do conjunto habitacional, já existia uma praça que circundava as quadras 7, 8, 9 e 10 da região. Em 2006, sob a Lei 4928/ 06 foi oficializado o nome Amigos do Dorival. “O nome da praça foi decidido em uma reunião da coordenação do pessoal da praça, porque Dorival era uma pessoa que estava sempre brincando e rindo e quando, ele faleceu, foi unânime a decisão do nome”, comenta Alfredo.

Durante anos os próprios moradores tomaram conta do local, realizando a manutenção, além da instalação de uma cancha de bocha e churrasqueiras. “Um domingo nós estávamos tomando mate e falei para Seu Pedro, meu vizinho, sobre a sujeira da praça. Nós queríamos comprar uma máquina e um cabo para cuidar daqui. Então saímos, visitamos todos os vizinhos em volta da quadra e não teve nenhum que não quisesse colaborar. Hoje a prefeitura faz, mas por anos fomos nós que lutamos por tudo”, relembra.

Na comunidade era realizado festejos, como o dia do vizinho e dia da criança. “Eu lembro que em um domingo, 12 de outubro, conseguimos apoio da Universidade (UFSM), e troucemos brinquedos e balas para as crianças. Era uma diversão”, recapitula Alfredo.

Alfredo de Almeida relembra sua chegada na Cohab Santa Marta. Foto: Diego Garlet/ Lab. Fotografia e Memória
Alfredo de Almeida relembra sua chegada na Cohab Santa Marta. Foto: Diego Garlet/ Lab. Fotografia e Memória

Em três décadas de história, a Cohab Santa Marta guarda com carinho os momentos de união vividos. As casas que, no início, eram todas iguais, modificaram-se ao passar do tempo. “Hoje as festividades não acontecem mais, pois muitos companheiros nossos já faleceram”, completa Alfredo. Apesar de dificuldades que o bairro ainda possui, a comunidade acredita em amanhã melhor. “Eu nunca perco a esperança. As coisas podem e tem como melhorar”, finaliza Alfredo.

Conjunto III do Centro Universitário Franciscano (Foto: Fernando Cezar/ Lab. Fotografia e Memória)
Conjunto III do Centro Universitário Franciscano (Foto: Fernando Cezar/ Lab. Fotografia e Memória)

Hoje, dia 27 de abril, o Centro Universitário Franciscano completa 61 anos de história. Em 1955 era fundado a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras Imaculada Conceição (FIC) que daria origem a mais de seis décadas de construção da educação de Santa Maria.

Durante o percurso da Unifra, que também já foi Faculdades Franciscanas (Fafras), a instituição foi o cenário de muitas histórias e conquistas. Alunos, professores, funcionários e todos que passaram pelo campus guardam com carinho na memória as vivências no Centro Universitário.

Nesta quarta-feira (27), acontece o encontro de professores, realizado em parceria com a Associação de Professores Universitários de Santa Maria (Apusm), marcará a programação de aniversário. Já nos dias 28 e 29 desse mês serão realizadas atividades comemorativas para os acadêmicos nos campus I e III.

A ACS foi ouvir o que acadêmicos, funcionários e professores  recordam e pensam sobre a instituição. Ela serão publicadas ao longo do dia de hoje, numa homenagem à instituição e a sua comunidade.

Prof. Adilção Beust. Foto: Fernando Cezar
Prof. Adilção Beust. Foto: Fernando Cezar

Eu fui aluno da FIC e me formei em 1983 em Matemática. Em 1987 reingressei na FIC como professor. Antigamente, onde é o bar, tinha uma conexão entre o colégio Sant’Anna e a FIC. No intervalo de uma aula para a outra, as irmãs que moravam aqui nos davam um pastelzinho e um suco de lanche. Nosso trabalho era profissional, mas ao mesmo tempo éramos uma família“.   Adilção Beust,  professor de Matemática Aplicada na Unifra e coordenador da Coperves.

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Prof. Orlando Agostta. Foto: arquivo pessoal

“Na condição de chefe de gabinete por quase 17 anos (hoje aposentado), posso testemunhar e destacar o empreendedorismo dos dirigentes do Centro Universitário Franciscano, representado pela liderança das irmãs Iraní Rupolo, Reitora e Inacir Pederiva, pró-reitora de administração. Por suas mãos, a coragem dos desafios e o espírito inovador foram a marca de uma gestão com visão de futuro e de responsabilidade diante dos desafios impostos pela conjuntura do país. Os 61 anos da UNIFRA representam o diuturno trabalho da congregação franciscana voltado para a formação e o aprimoramento da comunidade acadêmica.”      Orlando Renato Watimo Agostta, professor aposentado.

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Professor e jornalista Cassiano Scherner. Foto: arquivo

“À primeira vista, o que impressiona na Unifra não é o seu campus pujante mas sim, o potencial de crescimento que possui, tanto em nível estrutural como em questões pedagógicas. Fui professor do Curso de Especialização em Cinema e pude conferir de perto o trabalho qualificado que é desenvolvido pelos profissionais envolvidos na gestão dos cursos. Vida longa à esta instituição que é referência para Santa Maria e região!”                                                Cassiano Scherner, doutor em Comunicação, professor convidado para ministrar a disciplina “História do Cinema Brasileiro e Gaúcho no curso de Especialização em Cinema.

Ana
Profa. Ana Coiro, hoje na Faculdade Casper Líbero, em SP.

“A Unifra apareceu na minha vida como o primeiro emprego na área da Comunicação, logo após terminar o doutorado, em 2008. Foi um bom começo e me deu muita sorte, pois daí só saí para atuar em programas de pós-graduação. Hoje, professora na Cásper Líbero, em São Paulo, ainda curto nas redes sociais as notícias de ex-alunos e colegas! Feliz Aniversário, Unifra!”

 Ana Luiza Coiro Moraes, professora do PPG em Comunicação da Faculdade Cásper Líbero.