
Podcast RESpiros amplia diálogo sobre saúde mental na Universidade Franciscana
O podcast é um trabalho conjunto do Núcleo de Apoio a Diversidade Humana com a Rádio Web UFN.

O podcast é um trabalho conjunto do Núcleo de Apoio a Diversidade Humana com a Rádio Web UFN.

O vestibular também trouxe a novidade de três novos cursos na UFN.

Alunos participaram do programa Conheça seu exército.

Ser homem no futebol é fácil. Eles são maioria nas arquibancadas, nos bastidores, na imprensa e, principalmente, nas posições de poder. Mas o esporte não é exclusivo para eles.

Este ano o prêmio de Jornalismo chega a sua 10ª edição, e o de Publicidade e Propaganda a sua 18ª edição.

Quais são os momentos que garantem os direitos das crianças? A resposta é mais simples do que se possa imaginar.

No decorrer dos dias da 52ª Feira do livro de Santa Maria, que ocorreu na Praça Saldanha Marinho uma busca recorrente de parcela de leitores era por histórias em quadrinhos

Entre os dias 22 de agosto a 06 de setembro ocorreu a 52ª Feira do Livro de Santa Maria.

O formato traz a contação de histórias infantis por meio do áudio, explorando a paisagem sonora das narrativas que vão de poemas à livros completos.

Santa Maria tenta, mas a cada dia, é mais difícil esconder os problemas socioestruturais dos cantos da cidade, ou, melhor dizendo, os cantos esquecidos da cidade.
A Agência CentralSul de Notícias faz parte do Laboratório de Jornalismo Impresso e Online do curso de Jornalismo da Universidade Franciscana (UFN) em Santa Maria/RS (Brasil).

A Universidade Franciscana também é um espaço dedicado à reflexão sobre saúde mental, especialmente no contexto da comunicação. Atendendo ao pedido do Núcleo de Apoio à Diversidade Humana (NAHD), foi criado o podcast Respiros, com o objetivo de promover o debate sobre saúde mental. A iniciativa busca oferecer informações, reflexões e sugestões práticas para que as pessoas possam entender melhor o tema e encontrar maneiras de cuidar de sua saúde mental. O programa é apresentado pela professora do curso de Jornalismo Glaíse Bohrer Palma, com participação fixa do professor do curso de Psicologia Félix Guazina.
O NADH oferece apoio psicológico e orientação psicopedagógica, além de desenvolver um trabalho integrado com alunos inclusos na instituição, em colaboração com as famílias, coordenação e professores. A Coordenadora do NAHD, Cristiane Bottoli, explica que a ideia ocorreu depois de terem surgido demandas relacionadas a saúde emocional: “Nada melhor do que utilizar a rádio para poder falar sobre assuntos do dia a dia das pessoas, e que nós reconhecemos como relevantes, para poder levar informação e conhecimento.” Cristiane ressalta que o podcast é importante para desmistificar as ideias que as pessoas tem sobre o tema, não só na Universidade mas de uma forma geral.
Para o psicólogo e participante fixo do programa, prof. Félix Guazina, é de extrema importância que a Universidade disponibilize um espaço para discutir saúde mental. Segundo ele: “As questões que envolvem saúde mental têm sido uma preocupação mundial. Podemos dizer que, nos últimos cinco anos, aumentou muito o número de alunos, docentes e técnico-administrativos demandando cuidados e atendimentos. Então, ter um canal vinculado ao NADH que possa pensar e trazer temas contemporâneos, que dialoguem com as demandas da Universidade, é muito importante para a prevenção da saúde mental.”
Félix também destaca o impacto da divulgação do podcast Respiros: “As temáticas que trabalhamos no podcast levam a comunidade acadêmica a pensar que a saúde mental não é apenas para quem tem algum transtorno, mas que também possam entender que o cuidado tem que ser para todos.”

Félix comenta sobre a importância do cuidado contínuo com a saúde mental: “É um desafio para todos nós, mas é preciso ter esse cuidado no cotidiano no meio da correria para respirar e ter momentos de lazer, porque vivemos em uma sociedade muita barulhenta que acaba não deixando a gente se escutar. Precisamos nos olhar de uma forma mais honesta e ter um cuidado integral com as nossas vidas.”
Acompanhe os episódios no Youtube da Rádio Web UFN e no Spotify. A cada 15 dias, um episódio novo trata sobre alguma tema relativo à saúde mental.

Na última segunda- feira, 24 de novembro, a Universidade Franciscana realizou o Vestibular de Verão 2026, que atraiu mais de 1200 candidatos. A prova ocorreu de forma presencial e contou com a participação de estudantes de Santa Maria e região.
Na edição deste ano a UFN ampliou as ofertas de cursos de graduação, com a adição de três novas opções para os futuros universitários: Teologia, Inteligência Artificial e Ciência de Dados e Comunicação Digital, áreas que se alinham às demandas do mercado e aos desafios do cenário contemporâneo.
A Reitora da Universidade Franciscana, Iraní Rupolo, destacou que o curso Jornalismo é um ótimo exemplo de recepção dentro do vestibular “As pessoas que chegam, sejam pais, alunos ou professores de cursinhos percebem que o Jornalismo da Universidade Franciscana está numa prática efetiva e que existem laboratórios reais.” Sobre os novos cursos, a professora comentou que “Começar um novo curso é importante, mas isso não significa deixar de valorizar o que já existe. Precisamos criar a complementaridade da Comunicação Digital. Além disso, nós todos nas profissões que exercemos hoje, já fazemos uso da Inteligência Artificial, então é importante que saibamos usar e quem cursa saberá produzir a inteligência artificial. Então, a inteligência humana será colocada acima, pois somos nós que criamos a artificial, são modos do ser humano.”

Para os concorrentes do curso de Medicina, além da redação, que teve como tema: o impacto da falta de professores na qualidade da educação e no desenvolvimento social, os vestibulandos também responderam a 50 questões de múltipla escolha, com o tempo de 4 horas de prova.
Já para os candidatos aos outros cursos, a prova consistiu em apenas uma redação, cujo tema também refletiu as questões sociais contemporâneas. A reflexão proposta aos futuros acadêmicos foi: “De que maneira os influenciadores digitais podem contribuir para a elaboração de pautas sociais relevantes na contemporaneidade? Como sua atenção pode tanto ampliar o alcance de debates importantes para a sociedade brasileira, quanto reforçar discursos superficiais ou polarizados?”.

O dia do vestibular também foi marcado pela presença de pais, amigos, familiares e professores de cursinhos pré-vestibulares, que acompanharam os estudantes desde o início da tarde. Maria Cleunice, mãe do vestibulando de medicina, Luiz Antônio, conta que ele tem se preparado há 4 anos para a prova “Em julho ele veio fazer o vestibular de inverno na UFN e ficou de suplente, agora estamos esperando o resultado. Eu acredito na capacidade do meu filho e, aparentemente, está tranquilo.”

O Diretor do cursinho preparatório Jader Escobar diz que “Espero que nossos alunos possam realizar os sonhos deles. Sabemos que os que escolhem a UFN realmente querem essa universidade, e fazer parte dessa faculdade.” Renata Sarzi, professora de língua portuguesa e redação também comentou sobre as expectativas anteriores à prova: “As questões que a UFN costuma cobrar dos alunos, elas contemplam a gramática e interpretação e são devidamente formuladas. Já os temas das redações sempre são muito atuais, e sabemos que é uma prova muito atenta ao que está acontecendo e cobra isso do aluno.”
O curso de Jornalismo também marcou presença no vestibular com a distribuição do jornal impresso Abra, que chega à sua 32ª edição e é produzido na disciplina de Produção da Notícia, ministrada pela professora Neli Mombelli. O material ofereceu informação e entretenimento aos familiares que aguardavam os candidatos no pátio da UFN.




Já pensou em encontrar, no mesmo complexo, cavalos de equoterapia, simulações de guerra e até um estúdio de rádio funcionando a todo vapor?
Foi exatamente essa experiência que o curso de Jornalismo da Universidade Franciscana vivenciou nos dias 11 e 12 de novembro, durante uma visita técnica à 3ª Divisão do Exército (3ª DE), em Santa Maria. A atividade fez parte do programa “Conheça seu Exército”, que aproxima estudantes da área de comunicação ao cotidiano e das responsabilidades da instituição militar. Além dos acadêmicos, a comitiva contou com representantes da prefeitura, jornalistas do Diário de Santa Maria, professores de cursinhos preparatórios e professores e alunos da UFSM.
No começo do passeio a recepção contou com um café da manhã no Hotel de Trânsito ( HTSM) um meio de Hospedagem do Exército Brasileiro. O Coronel Leria iniciou um discurso de agradecimento pela presença de todos ” Nós temos que estar sempre em contato, escutando e fazendo parte da vida da comunidade. Nós temos que ter esse canal sempre aberto, contato com todos os formadores de opinião, jovens e estudantes, as chamadas forças vivas da comunidade.”
Durante o primeiro dia, os visitantes conheceram o Colégio Militar de Santa Maria (CMSM), também conhecido como “Colégio do Vagão”. Esse nome tem origem na história da instituição. Quando o colégio foi fundado, a Ferroviária de Santa Maria doou dois vagões de trem, que passaram a ser utilizados como salas de aula. Assim, os alunos, inicialmente, estudaram dentro desses vagões.



Outra oportunidade foi frequentar o Parque Regional de Manutenção da 3ª Região Militar onde sua principal função é a manutenção de viaturas e equipamentos do Exército, com foco em veículos blindados, e também em atividades de ensino e formação de militares. Depois, os militares ofereceram um almoço para todos os visitantes na 3ª DE.



A Rádio Verde Oliva também estava incluída no passeio, ela é um sistema de rádio do Exército Brasileiro, composto por diversas emissoras espalhadas pelo país, como em Brasília, Manaus, Três Corações, Resende e Santa Maria. A programação combina músicas, notícias nacionais e militares, utilidade pública e informações sobre civismo, cidadania e patriotismo. Thays Ceretta, jornalista e apresentadora da Rádio em Santa Maria, conta que “Temos 24 horas de programação, com músicas nacionais e internacionais, e nos intervalos tem programas jornalísticos que vem de Brasília e notícias locais. Ao todo na rádio, são 12 horas de jornalismo por dia.” A apresentadora também explica como funcionam as dinâmicas de trabalho dentro da Verde Oliva “Temos autonomia, tanto comerciais e musicais, são 60 mil músicas que temos no banco musical. Cada rádio tem o seu padrão, nós entramos ao vivo de manhã até a noite, de meia em meia hora.” Em Santa Maria, a Rádio Verde Oliva estreou dia 6 de março de 2024 com o slogan “Sinal Verde para a Boa Música”.


Outro local de visitação foi o Centro de Instrução de Blindados General Walter Pires ( CIBLD), estabelecimento de ensino que tem por missão especializar militares das Forças Armadas e de Nações Amigas na operação de meios blindados e mecanizados. A CIBLD possui uma seção de simuladores que tem os seguintes tipos: Simuladores de Procedimentos, Simuladores para Aprendizagem e Treinadores Sintéticos. Simuladores de procedimento são dispositivos que imitam equipamentos militares reais, com o objetivo de treinar os militares para usarem esses equipamentos tanto em condições normais quanto em situações de falha ou desgaste. Simuladores para aprendizagem são programas de simulação virtual que, quando usados em computadores, ajudam no desenvolvimento das habilidades cognitivas dos militares. O objetivo principal desses simuladores é ensinar aos militares as ações que devem ser realizadas no campo de batalha e as reações necessárias ao entrar em contato com forças adversárias. Treinadores Sintéticos são simuladores virtuais que conectam os periféricos de computadores, semelhantes às partes mais importantes do equipamento real, a um cenário virtual.



Na manhã de quarta-feira, os universitários tiveram a oportunidade de visitar a exposição de blindados da 6ª Brigada de Infantaria, onde puderam realizar um passeio dentro desses veículos. Os blindados os deixaram no Campo de Instrução de Santa Maria ( CISM) para conhecer o projeto de preservação ambiental e equoterapia, que se trata de um método terapêutico que utiliza o cavalo como agente de reabilitação para pessoas com deficiência ou necessidades especiais. Os cavalos do CISM se chamam Princesa, Ioli, e Jedi. O exército tem parceria com a APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) e atende os pacientes da instituição.



Por último, o almoço foi oferecido pelo Piquete Sarandi, onde os estudantes confraternizaram o final deste evento e receberam certificados de participação pela visita, além de uma caneca personalizada, revistas do exército e uma foto impressa com todos os participantes do programa.

Ser homem no futebol é fácil. Eles são maioria nas arquibancadas, nos bastidores, na imprensa e, principalmente, nas posições de poder. Mas o esporte não é exclusivo para eles.

Recentemente, uma fala machista vinda de uma figura de liderança dentro do Sport Club Internacional escancarou uma realidade que muitos insistem em ignorar: o futebol brasileiro ainda é um ambiente profundamente desigual e resistente à presença feminina. E o mais doloroso é ver esse tipo de postura partindo de um clube que trabalha com um time feminino potente.
O problema não é pontual. Ele reflete uma cultura que atravessa décadas e se mostra tanto na forma como jogadoras são tratadas, nas oportunidades oferecidas dentro das redações esportivas ou nas falas em que tentam nos colocar “no nosso lugar”.
A fala recente de Ramón Díaz não é um caso isolado. Durante sua passagem pelo Vasco da Gama, em 2024, o técnico já havia se envolvido em uma polêmica semelhante ao questionar a presença de uma mulher no comando do VAR, afirmando que “me parece complicado que no VAR quem tenha que decidir seja uma mulher”.
Agora, no Internacional, ele volta a reproduzir o mesmo tipo de discurso machista ao dizer que “o futebol é para homens, não para meninas”. As duas declarações, separadas por pouco mais de um ano, reforçam que o problema não está apenas nas palavras, mas na mentalidade enraizada em grande parte do meio esportivo, um ambiente que ainda insiste em tratar a presença feminina como exceção.
E não, não se trata de “criar crise”. O próprio clube já se encarrega disso, enquanto luta contra o segundo rebaixamento. O que está em debate é algo muito mais essencial: o direito das mulheres de pertencerem a esse espaço, seja como torcedoras, jornalistas, atletas ou dirigentes.
Quando o técnico de um clube do tamanho do Internacional reproduz discursos machistas, ele não fala só por si, ele reafirma estruturas de poder que afastam e silenciam mulheres há gerações. O Inter, que carrega em sua história o lema de “Clube do Povo”, precisa entender que o povo também é feminino.
O futebol é paixão, é cultura, é identidade. Mas enquanto continuar sendo um território hostil para as mulheres, seguirá sendo também um espelho das desigualdades que ainda marcam a nossa sociedade. E o maior erro é fingir que isso é normal.
A luta das mulheres por espaço no futebol não é recente, mas cada novo episódio de machismo expõe o quanto temos que avançar. Mesmo com o crescimento das competições femininas, da presença de jornalistas mulheres nas coberturas e das torcidas organizadas por elas, existe resistência em reconhecer o papel feminino como essencial ao esporte.
Ramón Díaz não mancha apenas a própria imagem, mas também a do clube que representa. Quando um técnico assume um cargo de liderança, ele se torna uma voz institucional, e suas palavras refletem diretamente nos valores e na reputação da equipe. A fala de Díaz retrocede séculos de exclusão, tempo esse que já proibiu mulheres de jogar, de narrar, de apitar e até de torcer livremente. Mas o futebol como espaço de paixão e representatividade, não pode ser palco para retrocessos.

Nos dias 12 e 13 de novembro ocorrem os Prêmios Universitários dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Universidade Franciscana. Neste ano, os eventos trazem como tema “Carnaval”. Os prêmios têm como objetivo principal ser um incentivo para que os alunos da UFN vejam como eles crescem à medida que amadurecem durante sua formação, além de dar visibilidade para os trabalhos feitos na graduação e a estrutura que a universidade oferece.
O Prêmio de Publicidade e Propaganda chega à sua décima oitava edição, com as categorias de Fotografia, Design Gráfico, Audiovisual, Campanha, Iniciantes, Áudio e trabalhos desenvolvidos em laboratórios didáticos. Para a professora de Publicidade e Propaganda da UFN e organizadora, Pauline Neutzling, “O Prêmio Universitário de Publicidade é uma oportunidade, a cada novo ano, dos alunos verificarem como o produto da sua formação acadêmica é capaz de impactar profundamente a sua construção profissional na publicidade. Construção essa que acontece na coletividade, por meio das trocas com os professores e colegas em sala de aula e laboratórios, e também na individualidade, por meio das suas habilidades específicas, dos seus temas particulares de interesse, das atividades complementares, das monitorias, estágios, leituras e eventos.”
Pauline também reforça a importância da organização do prêmio: “O curso proporciona esse reconhecimento na premiação, convidando profissionais do mercado, sobretudo egressos, não somente a avaliarem, mas também prestigiarem esses trabalhos e seus idealizadores. Os prêmios colocam os futuros profissionais na vitrine do mercado, apresentando às empresas de comunicação aqueles jovens que virão a contribuir com as ideias e realizações do futuro da propaganda.”
O Prêmio de PP, que ocorre no dia 12, também possui inscrições externas à Universidade Franciscana, permitindo a participação de alunos de outras instituições. Neste ano, houve mais de 150 inscrições e premiará mais de 70 estudantes. Entre as universidades participantes estão a UFSM (Universidade Federal de Santa Maria), a PUCRS (Pontifícia Universidade Católica do RS), a UNISC (Universidade de Santa Cruz do Sul) e os estudantes da própria Universidade Franciscana. Para a universitária e vencedora do prêmio na última edição, Vitória Maicá “A sensação de receber o prêmio universitário é incrível, pois ele representa o reconhecimento de todo o esforço que tivemos ao longo do ano. É o resultado do trabalho e da dedicação que investimos na faculdade durante esse período. Dessa forma, o prêmio nos incentiva a continuar nos empenhando para desenvolver excelentes projetos e inscrever novamente no próximo ano.” Diante desse incentivo, Vitória também concorreu e conquistou o prêmio de fotografia no 38º Set da Indústria Criativa, este ano na PUC, em Porto Alegre.
Já o Prêmio do curso de Jornalismo, que ocorre no dia 13 de novembro, chega à sua décima edição, e contempla as categorias de audiovisual, jornalismo social, digital, fotografia, texto, rádio e impresso. A professora de Fotografia e organizadora do evento, Laura Fabrício, comenta sobre as novidades desta edição. “Esse ano do jornalismo, no momento das fotos com os vencedores vai entrar um texto de incentivo feito pelos jurados a quem venceu e também para quem ficou no caminho. Este ano a gente vai mostrar as peças que são vencedoras, diferente do ano passado, vai ter foto das peças, vai aparecer fotografia de quem ganhou na subcategoria livre, na subcategoria de imprensa, e em todos os prêmios tem ouro, prata, bronze e menção honrosa, se assim os jurados decidirem”, afirma. Ela ainda destaca: “A gente espera que os alunos participem porque é um momento que os fazem brilhar, essa é a ideia, que o estandarte de Carnaval seja quem concorre.”
A edição deste ano também conta com uma comissão de jurados diversificada, incluindo profissionais da RBS, Zero Hora, rádios de Santa Maria, e da assessoria de comunicação do governo do estado. Para Laura, “essa diversificação traz credibilidade para os trabalhos produzidos e para o Prêmio, que a cada ano atinge mais pessoas.”

A estudante de Jornalismo e vencedora de três ouros na categoria audiovisual na ultima edição, Yasmin Zavareze, destaca: “É um momento muito especial e diferente que o curso promove, porque isso traz uma valorização para o trabalho do aluno. Somos vistos não só pelos professores, mas também pelos profissionais que atuam no mercado.” Sobre os prêmios conquistado, Yasmin acrescenta: “O prêmio do ano passado foi o primeiro do qual participei. Escrevi vários trabalhos desde 2022 e nunca imaginei ganhar prêmios em todos. Ganhei ouro, prata e bronze. Organizar um prêmio é muito difícil, porque temos uma noite muito especial. Precisamos valorizar os professores e assessores que se dedicam tanto para que tenhamos esse momento importante. Conseguimos perceber que o nosso trabalho realmente vale a pena.”
Colaboração: Acadêmicas de Jornalismo Maria Valenthine Feistauer e Eduarda Amorim

Quais são os momentos que garantem os direitos das crianças? A resposta é mais simples do que se possa imaginar. Eles estão assegurados na brincadeira, no contato com a natureza, na alimentação saudável, no afeto e na expressão cultural.
O brilho nos olhos de mais de 15 crianças da Escola Municipal Educação Infantil (EMEI) Criança Cidadã, que estavam em uma videoinstalação no Espaço Infantil da Feira do Livro, encantou quem observava a atividade na sexta-feira, 29 de agosto. Os vídeos reuniam registros audiovisuais do cotidiano de escolas municipais. Ao se verem no vídeo de um minuto, as crianças vibravam. A emoção não ficou restrita aos pequenos: pais, familiares e representantes das instituições participantes também se comoveram.
A diretora da escola, Priscila Barbosa, destacou o grande significado da participação da instituição na Feira do Livro, evento que reúne importantes nomes do cenário literário. Para uma escola com menos de um ano de funcionamento, estar presente em uma feira desse porte representa uma conquista imensa e um passo importante no fortalecimento da educação e cultura. “A participação da escola no evento não só reforça o compromisso com a formação de seus alunos, mas também marca o início de uma trajetória de valorização da leitura e do conhecimento. A presença na Feira do Livro é um marco que será lembrado como um momento especial na história da escola.”, ressalta Priscila.
A proposta do vídeo teve o apoio do Núcleo de Tecnologia Educacional Municipal (NTEM) que realizou uma oficina de vídeos voltada para o apoio e incentivo às produções audiovisuais nas escolas . A Semana Municipal da Educação Infantil, promovida de 22 a 29 de agosto no espaço da feira, teve como tema central “Infâncias em Movimento: Direitos das Crianças”. Durante a oficina, educadores, alunos e profissionais da área puderam explorar as ferramentas digitais e técnicas de produção de vídeos, com o intuito de criar conteúdo que promova a reflexão sobre os direitos das crianças e a importância da infância no desenvolvimento humano.

Além dos vídeos, as escolas também confeccionaram almofadas criativas e sustentáveis, feitas preferencialmente com materiais reaproveitados, que faziam parte do ambiente da exposição. Esses elementos proporcionaram uma experiência sensorial e acolhedora ao público, reforçando a ideia de aconchego e protagonismo infantil. Além da Feira do Livro, a exposição também foi montada no Centro de Educação da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e no Museu de Arte de Santa Maria (MASM).
Matéria produzida por Pedro Barbosa Ossanes na disciplina de Produção da Notícia do curso de Jornalismo, sob orientação da professora Neli Mombelli.

No decorrer dos dias da 52ª Feira do livro de Santa Maria, que ocorreu na Praça Saldanha Marinho, ao observar a movimentação, uma busca recorrente da parcela de leitores era por histórias em quadrinhos, as famosas HQs. São histórias com narrativas que combinam imagens e texto em uma sequência.
Diante de muitas folheadas, ligeiras passadas de olhos ou até mesmo muitas HQs lidas em poucos minutos diante da banca, eram ações comuns antes da decisão de levar a revista ou não. Até mesmo a procura certeira, de já chegar com algo específico em mente, essa foi umas das muitas tardes na feira.
A banca Sebo Camobi esteve presente durante os 16 dias de atividade. Rafael Pohlmann, que trabalha no local, comentou sobre a procura de HQs se manter alta com o passar dos anos. Diferentes faixas etárias caminham pela feira em busca desse universo “comic”, um universo compartilhado por vários personagens fictícios, como histórias da Marvel ou da DC, ou ainda com personagens solos, como por exemplo, o Homem Aranha.
A busca por essas histórias tem uma faixa etária bem abrangente, vai desde adolescentes de mochilas andando em um pequeno grupinho à tarde, que acabam sendo atraídos por HQs mais infanto-juvenis como Turma da Mônica Jovem e mangás expostos na feira, até adultos passeando com a família e seus cachorros, que mesmo segurando uma térmica e a cuia do seu chimarrão, os colocam embaixo do braço e se aproximam da banca. Não há idade certa, são colecionadores, nostálgicos, ou até mesmo curiosos que acabam se deparando com a existência das revistinhas ao garimpar livros pela feira.

Entre os dias 22 de agosto a 06 de setembro ocorreu a 52ª Feira do Livro de Santa Maria. O evento, promovido na Praça Saldanho Marinho e com os espetáculos no Theatro Treze de Maio, teve o objetivo de celebrar os 120 anos de nascimento do escritor brasileiro Érico Veríssimo. Esta edição contou com uma programação variada, incluindo atrações nacionais, apresentações musicais, peças de teatro e conversas com autores.
Os espetáculos do Livro Livre eram realizados no Theatro Treze de Maio durante todos os dias da Feira. Os convites eram retirados no dia de cada apresentação, na bilheteria, e a exibição começava a partir das 19h. Entre várias performances que passaram pelo palco do teatro, estiveram Letícia Wierschowski, escritora e roteirista brasileira, conhecida como autora do romance “A Casa das Sete Mulheres”; Nelson Motta, escritor, compositor e jornalista brasileiro, que realizou um bate-papo sobre os 80 anos de Elis Regina; o Espetáculo Érico – Um Solo de Clarineta interpretado pelo ator Rafa Sieg, onde conta um pouco das memórias de Erico Verissimo, autor de “O Tempo e o Vento” homenageado na Feira do Livro; e Thiago Lacerda, ator que interpretou o filme da obra de Verissimo.
As crianças também foram agraciadas com espetáculos infantis. Durante a semana, os ingressos eram destinados a alunos da Rede Municipal de Ensino de Santa Maria e, aos finais de semana, a retirada era livre ao restante do público. Entre as atrações, estavam Contos de Ananse, encenação onde quatro personagens percorrem o mundo contando histórias ancestrais da África e Em Busca da Amazônia, onde também quatro atores interpretam animais que cansados da vida cidade, decidem buscar um novo começo na selva.
Além disso, tiveram atrações da Feira Fora da Feira, conjunto de atividades descentralizadas da Feira do Livro, que leva a leitura para espaços públicos da cidade. Entre as atrações, houve troca de livros, oficina de quadrinhos e escrita, debates e exposições, em diferentes áreas da cidade.
Durante muitos anos, os espetáculos do Livro Livre eram realizados em um palco na Praça Saldanho Marinho. Neste ano, houveram reclamações das filas de espera para retirar ingressos e várias pessoas não puderam assistir por ser no teatro. Questionada sobre o assunto a secretária de Cultura da cidade, Rose Carneiro, explicou o porquê de as atrações do Livro Livre não serem mais realizadas na praça desde 2020. “Existem razões importantes para essa escolha, visto que o espaço oferece condições técnicas e de infraestrutura superiores às da Praça Saldanha Marinho, onde o evento era realizado anteriormente. Isso inclui a proteção contra instabilidades climáticas, garantindo que os eventos não sejam cancelados e que o público possa desfrutar da programação com conforto.” Ela ressalta que “A Secretaria entende a preocupação sobre a fila e a capacidade limitada do Theatro. A democratização do acesso se dá pela participação das escolas. Neste ano, praticamente todas as noites tiveram a presença de turmas de escolas públicas de EJA e Ensino Médio, algumas vezes de mais de uma escola.”
Durante a feira, a Universidade Franciscana esteve presente com a Nave de Histórias, um projeto de extensão que é promovido pelos cursos de Jornalismo, Design, Letras e Pedagogia. O projeto apresenta uma série de podcasts criados a partir de livros infanto-juvenis das autoras santa-marienses Onilse Noal Pozzobon, Vera Campos, Maria Rita e Maria das Graças Py. As histórias infantis foram contadas por meio de áudio, dentro de uma nave espacial, criada pelos alunos. As história estão disponíveis também no Spotify.


Bate-papo com Nelson Motta. Imagem Enzo Martins/ LABFEM




A Nave de Histórias deste ano apresenta uma série de podcasts criada a partir de livros infanto-juvenis das autoras santa-marienses Onilse Noal Pozzobon, Vera Campos, Maria Rita e Maria das Graças Py. O formato traz a contação de histórias infantis por meio do áudio, explorando a paisagem sonora das narrativas que vão de poemas à livros completos.


São 7 episódios de diferentes obras das autoras: o livro O Tatu Amigo, de Vera Campos; os livros A Bruxa Bruxilica e O Fantasminha Pluminha, de Onilse Noal Pozzobon; e 4 poemas do livro Poemas para Brincar, de Amélia Morcelli, Maria Rita e Maria das Graças Py.
A Nave está pousada na Feira do Livro no palco da praça para que os viajantes do mundo da leitura e do planeta do áudio adentrem nela e comandem a astronave dando play no episódio que queiram ouvir. Ela recebe visitação das 14h às 18h30 de segunda a sexta-feira. Nos sábados e domingos, o atendimento é das 10h às 18h30, até o dia 06 de setembro, último dia de Feira.


Gabriel Silva, de 4 anos, foi o primeiro a pilotar a Nave deste ano: “Vou voar para longe. Tchau papai!”
Nave de Histórias é um projeto de extensão da Universidade Franciscana e envolve quatro cursos de graduação. A turma da disciplina de Áudio para Mídias Digitais do curso de Jornalismo, ministrada pela professora Neli Mombelli, produziu os podcasts de contação de histórias. Em uma das unidades, o conteúdo trabalhado é storytelling. Foi então que os estudantes soltaram a voz e a imaginação para dar sonoridade às histórias dos livros infantis. Os roteiros, produção e locuções foram realizados por Andressa Rodrigues, Bruno Bertulini, Enzo Martins, Gabriel Deõn, Karina Fontes, Laura Pedroso, Luiza Fantinel, Rhuan Braga e Samuel Marques. O suporte técnico foi de Clenilson Oliveira.
Já os responsáveis para dar uma uma nova forma para a nave foram os estudantes do curso de Design Ana Clara Valadão, João Pedro Pires Carvalho e Julia Trevisan Kiling, com orientação dos professores Ciria Moro e Roberto Gerhardt, e suporte de marcenaria de Sandro Robert Rodrigues Vargas. A programação do painel de controle ficou por conta do professor do curso de Jornalismo Iuri Lammel. Ainda, se juntam ao projeto da Nave alunos do cursos de Letras e de Pedagogia, orientados pelas professoras Dulcineia Libraga Papalia De Toni e Talita Valcanover Duarte que, junto com alunos do curso de Jornalismo coordenados pela professora Glaíse Bohrer Palma, irão levar as histórias para escolas públicas e produzir podcast autorais desenvolvidos em salas de aula.
E para quem não puder embarcar na Nave de Histórias durante a Feira do Livro, pode acessar os episódios no Spotify, buscando pelo perfil Nave de Histórias.
Texto e Imagens: Neli Mombelli

Foto: Marcelo Oliveira (PMSM)
Santa Maria tenta, mas a cada dia, é mais difícil esconder os problemas socioestruturais dos cantos da cidade, ou, melhor dizendo, os cantos esquecidos da cidade. Para aqueles que penetram os centros urbanos durante o dia e retornam para suas casas durante a noite, isso é ainda mais evidente. É quase como se não fossem pertencentes deste admirável mundo novo, isolado geograficamente por longas estradas esburacadas, que o precário transporte público leva, com sorte, 1h para chegar.
Esse povo dos cantos travestido pela natureza de seus amargos empregos encaram diariamente uma derradeira constatação: há uma cidade feita para o centro e outra feita para seus arredores subjacentes.
Cultura, música, arte, símbolos históricos… estão sempre concentrados no centro. Nos cantos periféricos da cidade, o trabalhador, após um longo dia de labor, só encontra espaços públicos degradados, como as praças com equipamentos precários de musculação fornecidos pela prefeitura. Essas pessoas são verdadeiros impostores na cidade à parte, para a qual produzem, mas não pertencem.
O pobre pai de família, ao tentar frequentar esses centros, é olhado de cima para baixo ou esnobado por aqueles que, com seus egos inflados, o enxergam como verdadeiro forasteiro do seu mundo ideal. Esses forasteiros passam o dia inteiro trancafiados no centro, privados de ver a luz do sol, muitas vezes convivendo com forasteiros de outros cantos. Quando o senhor feudal, dono do tempo deste cidadão, é questionado por outro senhor feudal sobre ele, responde apenas: “não ligue, ele mora para aqueles cantos”.
Artigo produzido na disciplina de Narrativa Jornalística no 1º semestre de 2025. Supervisão professora Glaíse Bohrer Palma.