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No dia 27 de setembro é comemorado o Dia Nacional da Doação de Órgãos. O objetivo é informar, conscientizar e sensibilizar a população sobre a possibilidade de dar vida a uma nova pessoa que precisa da

Doações de sangue são importantes durante todo o ano

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UFN realiza 1ª Mostra de Extensão

A Universidade Franciscana (UFN) sediou, ontem (20), a 1ª Mostra da Extensão. A atividade teve como objetivo integrar a instituição com a comunidade. A abertura do evento se deu por meio de uma palestra do professor

UFN sedia júris

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Projeto Bom Samaritano atua cuidando de crianças em Santa Maria

A iniciativa, que nasceu em 2020, busca trazer conforto espiritual, alimentar e material para crianças, com palestras, doação de alimentos, além de roupas e calçados. Intitulado Bom Samaritano, o projeto atende crianças, adolescentes e jovens dos

No dia 27 de setembro é comemorado o Dia Nacional da Doação de Órgãos. O objetivo é informar, conscientizar e sensibilizar a população sobre a possibilidade de dar vida a uma nova pessoa que precisa da doação. No Rio Grande do Sul, a Secretaria de Saúde lançou a campanha de doação de órgãos e tecidos que se chama O Amor Vive durante uma sessão especial no Mirage Circus, fundado pelo ator Marcos Frota. O propósito do evento foi ampliar a informações sobre o tema e incentivar a doação de órgãos e tecidos, assim diminuindo as filas de espera para transplantes.

Na grande maioria das vezes, não há como garantir a vontade do doado, por isso a necessidade do diálogo entre os familiares, para que aja conhecimento do desejo de doar da pessoa que pode estar viva ou já falecida. Também existe a possibilidade de fazer um documento registrado em cartório pelo próprio doador demostrando sua intenção em ajudar ao próximo. A doação pode ser de órgãos (rim, fígado, coração, pâncreas e pulmão) ou de tecidos (córnea, pele, ossos, válvulas cardíacas, cartilagem, medula óssea e sangue de cordão umbilical). A doação de órgãos como rim, parte do fígado ou da medula óssea pode ser feita em vida.

Em 2023, o Rio Grande do Sul teve aumento em 36% das doações. De janeiro até julho a Central Estadual de Transplantes registrou que 441 órgãos foram captados de 164 doadores para transplantes. No estado, aproximadamente 2.700 pessoas esperam por um transplante. Neste momento, 1.307 pessoas aguardam na lista para receber um novo rim, já para o transplante de córneas são 1.202 pacientes na fila de espera.

A campanha O Amor Vive será transmitida em televisão e em redes sociais. Um vídeo gravado pelo ator Marcos Frota também será postado. A ideia é que siga a divulgação do conteúdo após o mês de setembro, para sempre lembrar e mobilizar a sociedade sobre a importância da doação de órgãos e tecidos no país.

Lançamento da campanha O Amor Vive com o embaixador Marcos Frota. Foto: Gustavo Mansur

O projeto de extensão Mapeando Memórias realiza a instalação de novas placas no próximo sábado, 30 de setembro. As placas serão instaladas na antiga Escola Industrial Hugo Taylor, onde hoje fica o supermercado Carrefour, e na antiga residência Mallo, onde fica hoje um antiquário. Além disso, uma palestra será promovida com o tema Arquitetura e tipologias da Vila Belga: de patrimônio cultural a atrativo turístico, ministrada por Ana Julia Socal, arquiteta e urbanista. A conversa é aberta ao público e ocorrerá no coworking do prédio 8 da UFN, Av. Rio Branco, 639.

O projeto é uma iniciativa do curso Arquitetura e Urbanismo em parceria com os cursos de Design e Jornalismo e tem como principal objetivo extrair a memória cultural e arquitetônica da cidade, por meio da tecnologia, usando como principal ferramenta o QR code. A placa identifica de qual roteiro o prédio faz parte e possui um QR Code que direciona o visitante para o perfil no Instagram @mapeandomemoriasufn que abriga dados históricos e a descrição arquitetônica sobre cada edificação.

A iniciativa desperta a curiosidade sobre a região do centro histórico e torna a comunidade parte do território. O Mapeando Memórias é dividido em três momentos da arquitetura: Art Déco, Ecletismo e Movimento Moderno. As professoras Clarissa Teixeira e Anelis Florão coordenam o projeto, que faz parte do Distrito Criativo Centro-Gare.

Conheça mais sobre o projeto através deste vídeo produzido pela equipe do LABSEIS:

Em julho deste ano foi feito o 1 º descerramento da placa localizada na casa 174 , na Av. Rio Branco, que marcou a implantação do projeto na cidade. Na época, em entrevista ao LABSEIS, o vice – prefeito Rodrigo Décimo destacou que “a movimentação destes empreendedores em conexão à visão cultural e histórica será um grande atrativo para pessoas daqui e de outras regiões”.

Foram mapeadas 33 edificações. Já foram instaladas placas do roteiro Art Déco na Casa Pedra (antigo Correio do Povo e na casa residencial Darling Prates. Já as placas do roteiro eclético foram instaladas na residência Valentin Fernandez, atual Tabelionato de Notas, e na casa 119 da Vila Belga, que abriga um empório. O roteiro moderno está contemplado até o momento com uma placa no edifício Taperinha, na Rua do Acampamento.

Nos períodos de outono e inverno, as infecções respiratórias apresentam um aumento, enquanto as doações de sangue apresentam uma baixa. Este é um dos pontos que fez com que surgisse o Junho Vermelho, uma forma de conscientizar a população sobre a importância da doação de sangue.

Em Santa Maria é possível doar sangue e medula óssea no Hemocentro Regional, encontrado na rua Alameda Santiago do Chile, 35. Segundo Andressa Baccin, assistente social do hemocentro, o estoque é muito variável. Ela ressalta que, por atender todos os 33 municípios da 4ª Coordenadoria Regional da Saúde, além de Caçapava do Sul, a demanda média é de mais de 800 bolsas de sangue por mês. “Hoje temos alguns tipos sanguíneos que se encontram em estado crítico em relação ao estoque. Normalmente são os tipos negativos (O- e A-), entretanto, nós tivemos uma baixa nas últimas semanas com A+”, afirma.

O Junho Vermelho também apresenta um impacto na doação de sangue. “A gente tenta cada vez mais buscar conscientizar pelo objetivo principal, mas observamos que é muito forte essa promoção social em prol da causa. Nós tentamos então aliar essas duas coisas, essa demanda das empresas com a necessidade que a gente tem em relação ao nosso estoque”, alega Alessandra. Ela ressalta também a importância de doar no inverno e no fim de ano, períodos onde tem menor frequência de doações.

Andressa acredita que estas campanhas de doação de sangue, em junho e novembro, são muito importantes para arrecadar bolsas de sangue. Imagem: Luiza Silveira/LabFem

Doando sangue pela segunda vez, Francisco José Simonetti comenta que foi incentivado a doar a partir de uma campanha realizada pelo dia do cooperativismo no banco onde trabalha. Já Gilberto de Cristo, também doador, afirma que foi a partir de campanhas realizadas pelo Junho Vermelho que começou a fazer as doações. “Eu compareci no banco e eles me disseram que estavam fazendo uma campanha, então eu entrei junto como um meio de abastecer o banco de sangue. Do jeito que nós podemos ajudar, vamos ajudar”, alega Gilberto.

Francisco teve conhecimento sobre a necessidade de doar por meio do banco onde trabalha. Imagem: Luiza Silveira/LabFem

No dia 14 deste mês, foi celebrado o Dia Mundial do Doador de Sangue. No dia 25 de novembro, se comemora o Dia Nacional do Doador de Sangue. O Hemocentro Regional de Santa Maria pode ser contatado pelos números (55) 3221-5262 e (55) 3221-5192. Os horários de doações de sangue são de segunda a sexta, entre 8h e 14h e em todos terceiros sábados do mês, entre 8h e 12h.

A 1 º Mostra de Extensão da Universidade Franciscana reuniu os projetos extensionistas de vários cursos incluindo o curso de Publicidade e Propaganda que, por meio da disciplina de Comunicação Comunitária, apresentaram para a comunidade local projetos que fazem parte do Instagram ComPP .

Segundo a professora e coordenadora da disciplina Cristina Jobim, o objetivo da matéria é desenvolver causas com instituições sociais, e que no final estes projetos de extensão, iniciados na cadeira de Comunicação Comunitária 1 e finalizados em Comunicação Comunitária 2, são organizados em vídeos case e os melhores são colocados no site chamado de ComPP para a consulta de alunos atuais e novos que virão: ” É uma das únicas oportunidades que eles podem fazer um trabalho de comunicação atuando na coordenação pois, após a faculdade, quando estão trabalhando com clientes, eles tem várias pessoas para atender”

Coordenadora da Disciplina de Comunicação Comunitária professora Cristina Jobim. Foto: Hellen Andrade/LABFEM

A coordenadora pontua a importância de os alunos terem liberdade de fazer aquilo que desejam apresentar à comunidade com a orientação dos professores, como foi por exemplo a ação Conexão Azul realizada no último domingo, 18 de junho, sobre o dia do orgulho autista e que contou com a participação dos acadêmicas Caroline Flores, Fernanda Menezes, Fernanda Silveira, Isadora Pilar, Mallu Rodrigue, Thais Kuster, Vanessa Guasque e Vitória Cornel do curso de Publicidade e Propaganda em parceria com os cursos de Fisioterapia e Psicologia da UFN : “Eles são estimulados à criação de projetos amplos. Nesta ação no Shopping foram realizadas atividades com as crianças autistas para marcar este dia especial”

Evento Conexão Azul realizado no Shopping Praça Nova . Fotos por Vanessa Guasque e Gessica Moraes/ Arquivo Pessoal

Uma vantagem que alunos e professores envolvidos com as disciplinas de Comunicação Comunitária tem é de possuírem um acesso ilimitado a veículos da imprensa, justamente por ser uma causa social que tem um espaço comercial muito grande, conforme ressalta a professora Cristina.

Projeto RECRIA

Um dos ateliês apresentados na tarde da terça, 20 de junho, faz parte do projeto de extensão RECRIA, que tem como objetivo auxiliar a comunidade a entender sobre audiovisual. Na oficina o foco foi levar quem estava presente a criar fotos para o meio publicitário utilizando somente o celular através de um estúdio caseiro produzido pelos acadêmicos de PP: Pedro Schroeder, Patrício Fontoura e Raphael Carvalho. A iniciativa tem como objeto principal a criação de um e – book, que em breve será disponibilizado no Instagram do ComPP.

  • Studio caseiro produzido para o ateliê. Foto: Hellen Andrade/LABFEM

Estúdio Caseiro produzido pelos acadêmicos do projeto RECRIA. Fotos por Hellen Andrade/LABFEM

Para o acadêmico do 7 º semestre Pedro Schroeder , a produção do estúdio surgiu da intenção de que no começo do curso de Publicidade e Propaganda os alunos não possuem um material necessário para a produção de conteúdo, e o estúdio pode ser facilmente reproduzido por conta dos equipamentos caseiros utilizados na criação. “Você não precisa de muito investimento financeiro para a construção deste estúdio”, ressalta o acadêmico.

Acadêmico que atua como coordenador do projeto Pedro Schroeder. Foto: Hellen Andrade/LABFEM

Schroeder destaca que realizar este workshop com alunos de outros cursos da Universidade Franciscana foi muito bom para compartilhar os conhecimentos e aprendizados demonstrados pelos professores e pelos próprios colegas dentro do curso: ” Não é um conhecimento que você sabe onde procurar e agora, através desta iniciativa , as pessoas terão facilidade para entender sobre o audiovisual”

Em relação ao ebook, Pedro destaca que atualmente eles estão na pós – produção e, em breve, o livro estará no link do Instagram da ComPP.

Instagram da Feira do Livro

Outro projeto apresentado na Mostra fez parte da ação de alunos de Publicidade e Propaganda no gerenciamento das redes sociais da Feira do Livro na sua 50 ª edição, que teve a coordenação da professora Taís Ghisleni. O objetivo foi de proporcionar aos alunos a vivência de assessoria de comunicação dentro do mundo publicitário.

Acadêmico Henrique Jobim atuou na cobertura da 50 º Feira do Livro em abril deste ano. Foto: Hellen Andrade/LABFEM

O aluno do 7ª semestre do curso Henrique Hollerbach Jobim destaca que participar desta edição foi muito importante. Foi feito um cronograma para separar as produções de modo que todos pudessem atuar na cobertura por meio do Instagram da Feira: “Esta cobertura me ajudou a entender como lidar com situações do cotidiano já que eu desejo ingressar na carreira esportiva dentro da publicidade, coisas que a gente aprende dentro do curso, mas que ao fazer o projeto extensionista acaba se tornando algo muito bom para os alunos”. Saiba mais sobre a cobertura realizada durante a Feira do Livro na sua 50 ª edição no link .

Projeto Não te julgo , te ajudo

O último projeto a ser apresentado na tarde de ontem foi o Não te julgo, te ajudo que conta com a ação conjunta entre os cursos de Publicidade e Propaganda e Psicologia. O projeto tem como objetivo principal quebrar tabus e falar mais sobre este tópico no meio acadêmico ou também para aqueles que desejam saber mais e receber ajuda, segundo conta a acadêmica Paola Teixeira que é uma das participantes da iniciativa. Além de Paola, o projeto ainda conta com os acadêmicos: Paula Siqueira, Allysson Ramos, Luiza Prolla e Rodrigo Teixeira.

Acadêmica do 7 ª semestre Paula Siqueira é participante do projeto. Foto: Hellen Andrade/LABFEM

Para Paula , atuar dentro do Não te julgo, te ajudo é especial pois ela tem uma ligação com a Psicologia e frisa também a importância de se falar sobre saúde mental principalmente agora que o semestre está perto do fim e, para outros, há a pressão do TFG:” Isto deixa os alunos estressados e até mesmo pensando em trocar de curso , se sentem desanimados e o que nós queremos é dar este apoio para que eles não desistam”

Painel de ajuda aos visitantes produzido pelos acadêmicos do projeto. Foto: Laura Andrade/LABFEM

Para a professora Cristina Jobim este projeto entra como um respiro principalmente por conta da pandemia da Covid – 19 que mexeu de forma específica na saúde mental, e até mesmo por conta da pressão que o ambiente universitário oferece: ” O universitário é alguém que saiu da adolescência, mas que agora tem que se preocupar com a sua vida adulta e futura profissão, e é comum que ali tenham questões de insegurança e sofrimento na saúde mental. Com a pandemia isso piorou e o projeto então vem para que haja um estímulo para as pessoas conversarem”.

A Universidade Franciscana (UFN) sediou, ontem (20), a 1ª Mostra da Extensão. A atividade teve como objetivo integrar a instituição com a comunidade. A abertura do evento se deu por meio de uma palestra do professor do curso de História, Márcio Tascheto da Silva, que falou sobre “A Extensão Universitária da UFN”.

O professor acredita que os projetos de extensão são uma grande forma de aprendizado no âmbito universitário. Imagem: Julia Buttignol/ LabFem

O professor explicou o histórico da curricularização de projetos extensionistas. Entre os tópicos apresentados estavam os princípios da filosofia educacional freireana e as Diretrizes para a Extensão na Educação Superior Brasileira de 2018. “Com a extensão vem o modo de aprendizagem, mas vem também uma teoria do conhecimento e uma filosofia educacional. É também uma forma de fazer diferente a universidade e a pedagogia universitária”, afirma.

Após a palestra, teve início a mostra das produções extensionistas, onde os estudantes puderam apresentar seus trabalhos com a comunidade para o público presente nos estandes. Simultânea a realização da mostra, aconteceram os ateliês, onde os participantes inscritos experienciaram na prática as atividades realizadas durante a elaboração dos projetos.

Alguns projetos apresentados

O curso de Nutrição da UFN expôs o projeto “Educação Alimentar e Nutricional no contexto escolar”. Segundo a professora Ana Lucia de Freitas Saccol, já existia uma procura das escolas pelo curso. “Tem procura para auxiliar os estudantes, tanto da Educação Infantil como do Ensino Fundamental e Médio, que muitas vezes acabam não tendo hábitos tão saudáveis. Então é uma demanda que veio da própria comunidade escolar. Todos os semestres a gente tem atividades nas escolas, então nós as frequentamos, fazemos um diagnóstico com as turmas que a gente vai trabalhar e eles executam essas atividades”, afirma a professora.

Professora Ana Lucia ressalta que todas as atividades realizadas em escolas são focadas em saúde, bons hábitos e que, quando possível, as atividades são feitas também com a família, professores e funcionários. Imagem: Julia Buttignol/ LabFem

O curso de Ciências Contábeis tratou sobre “Soluções contábeis para o agronegócio”. Este é um tema que vem sendo trabalhado desde 2019. Em parceria com uma cooperativa, o projeto passou a estudar as demandas de um pequeno produtor da região. A professora Bruna Faccin Camargo comenta que “o objetivo é ramificar essa ideia. Queremos continuar na linha dos produtores rurais que são o foco, mas também trazer outros cursos para nos apoiarem”.

Nos ateliês, onde os inscritos puderam ter uma experiência prática dos projetos de extensão, os cursos trouxeram atividades para os visitantes do evento. O “Distrito Criativo em Maquetes”, produção do curso de Arquitetura e Urbanismo, trouxe aos alunos a oportunidade de trabalhar com a produção de maquetes. A extensão faz parte do projeto Mapeando Memórias, onde visa alcançar a educação patrimonial. Segundo a professora Clarissa de Oliveira Pereira “o projeto com a fabricação digital abre várias possibilidades. Um plano que nós temos é de criar maquetes táteis, onde uma pessoa com deficiência visual possa reconhecer como são as fachadas e como são, volumetricamente, estas edificações que nós mapeamos”.

A professora comentou sobre a valorização e o conhecimento da cidade por parte dos cidadãos. Imagem: Julia Buttignol/LabFem

Alunos da escola Nossa Senhora da Conceição junto a diretora Valéria Haag e os acadêmicos de jornalismo responsáveis pelo projeto.
Foto: arquivo Nossa Senhora da Conceição

Universidade Franciscana promove a 1ª Mostra de Extensão com a Comunidade na terça-feira, 20 de junho. O evento tem como público-alvo universitários, estudantes de escolas, representantes de secretarias municipais e todos aqueles que estão envolvidos com projetos de extensão nas comunidades locais.

Um desses projetos é o dos acadêmicos de Jornalismo, que colaboraram com os alunos do quinto ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental Nossa Senhora da Conceição, situada no bairro Caturrita, para desenvolver o Jornal Conceição. Esse jornal engloba temas relevantes da comunidade e da própria escola, apresentando matérias elaboradas pelos próprios alunos. Esse projeto de extensão foi desenvolvido dentro das disciplinas de Projeto de Extensão em Comunicação Comunitária I e II, que faz parte do currículo do curso de Jornalismo.

A concepção do projeto nasceu da identificação de desafios relacionados à escrita e leitura entre os alunos da Escola Conceição. A partir dessa percepção, foram organizadas oficinas embasadas em técnicas jornalísticas, abordando os fundamentos de uma notícia e o processo de realização de entrevistas. Além disso, foram desenvolvidas atividades específicas com o intuito de aprimorar as habilidades de escrita e leitura dos alunos, ao longo de um período de 15 semanas. Segundo a professora e orientadora do projeto, Sione Gomes, o jornalismo e a comunicação podem contribuir para gerar impactos significativos na sociedade. “Não é possível formar um profissional para trabalhar em comunicação, sem ter uma percepção clara da sociedade onde a gente vive”, explica.

“Ao sentir orgulho do processo de “fazer um jornal”, automaticamente as crianças levam adiante a importância de interagir e agir” relata Valéria Haag, diretora da escola.
Foto: Vitória Gonçalves

O projeto contou com os alunos Caroline Freitas, Heloisa Helena Canabarro, Luiz Paulo Favarin e Vitória Gonçalves, que puderam colocar em prática os conhecimentos que aprenderam durante o curso e aprimorarem novas técnicas jornalísticas. Para Caroline, o projeto foi uma experiência muito rica para sua formação jornalística e ampliou os seus conhecimentos sobre iniciativas sociais. “Poder compartilhar nossos conhecimentos com quem não tem acesso a isso, é muito gratificante”, relata. Ela acrescenta que projetos como esse desempenham um papel fundamental na transformação de vidas dentro das comunidades em que são implementados: “Esse tipo de ação proporciona um conhecimento amplo da realidade das comunidades e pode ser um gerador de desenvolvimento de políticas públicas.”.

O trabalho prestado pelos acadêmicos de Jornalismo trouxe um papel transformador para os alunos da Nossa Senhora da Conceição. Segundo a diretora, Valéria Haag, as crianças, de modo geral, demonstraram uma evolução durante o período em que o projeto estava sendo realizado. “Eles demostraram uma maior autoestima por estarem participando de um projeto, maior preocupação com as questões da escola e comunidade. Melhoraram na leitura e desinibição, orgulho e engajamento na produção do Jornal escolar, entre tantos aspectos positivos”. Ela ainda relata que esse tipo de iniciativa é muito importante para “comunidades tão esquecidas” e que o projeto leva referências importantes para a sociedade. “São projetos como estes que realmente contribuem para com a educação. Ficaram na história e no coração de nossa escola e comunidade”, conclui.

Não é a primeira tentativa de fiscalização de consumo do álcool que há na cidade. Imagem: Pixabay

Aprovada em dezembro de 2022, a Lei do Sossego Público começa a penalizar seus infratores na segunda quinzena deste mês. O projeto proíbe o consumo de bebidas alcoólicas em vias públicas entre 00h e 7h. Além disso, também será combatido o som alto proveniente de carros parados, estacionados ou em movimento no mesmo horário.

Proposta pelo vereador Getúlio de Vargas e sancionada pelo, então, prefeito em exercício Rodrigo Decimo, a lei teve seus seis primeiros meses focados na realização de rondas e conscientização do público. A principal questão no momento é se haverá fiscalização ou não. Segundo Cássio Lemos, sócio coproprietário do bar Gárgula, a falta de fiscalização pode fazer com que a nova legislação não tenha tanto impacto direto.

Já Marcel Jacques, também sócio coproprietário do Gárgula, acredita que a vizinhança destas distribuidoras terão seu sossego garantido, entretanto, o comércio de distribuição de bebidas será impactado negativamente. “Para os bares e casas noturnas, acredito que não tenha maiores impactos, tendo em vista que o consumo interno é maior por estes lugares oferecerem determinados confortos, como música ambiente e bancos com mesas. A única medida que evitará com que estes locais sejam penalizados é fiscalizando melhor quem sai com bebida, deixando os clientes cientes de que agora há esta lei. Além disso, fazer com que os estabelecimentos fechados, como bares e casas noturnas, invistam em comodidade e entretenimento para que os clientes não queiram ficar pelas ruas”, afirma. Marcel também destaca que o Gárgula já adotou há muito tempo a medida de não deixar os clientes beberem na frente do bar.

A restrição do consumo de álcool em áreas comuns já é um tema debatido há muito tempo. Em junho de 2015 foi realizada uma audiência pública na Câmara dos Vereadores para discutir a proibição em praças. Em junho de 2020, durante o período pandêmico, o decreto nº 93 proibiu o consumo em locais públicos e lojas de conveniência entre 20h e 8h.

No ano de 2002, foi decretado o fechamento de bares e restringida a venda de bebidas alcoólicas em postos e outros estabelecimentos a partir das 23h, na cidade de Diadema, no estado de São Paulo. Segundo levantamentos realizados pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Políticas Públicas de Álcool e outras Drogas (INPAD), a decisão reduziu em média 11 homicídios por mês na cidade.

As penalidades serão aplicadas como multas. Em uma primeira ocorrência, o valor pago será de 50 Unidades Fiscais Municipais (UFM). Na segunda reincidência, a multa passa para 200 UFMs e na terceira para 1000 UFMs. Em 2023, o valor da UFM corresponde a R$ 4,3526.

A Universidade Franciscana (UFN) sedia júris de homicídio e tentativas de homicídio em suas instalações, desde 2022. Os julgamentos ocorrem no Salão de Júri do Prédio 13 – Conjunto III. Apenas no mês de abril, foram quatro sessões.

A razão pela qual a instituição foi escolhida para sediar estes casos se dá pela sua estrutura física e rede lógica. Segundo o professor do curso de Direito, Paulo Renato dos Santos Ferroni “em reunião da Comissão de Gestão Mista do Judiciário, quando fomos informados da reforma do Prédio do Fórum e da necessidade de nova localização para realização dos Júris de Santa Maria, consultamos a coordenação do curso e reitoria sobre a possibilidade de oferecermos o Salão do Júri”.

O espaço conta com a segurança feita por policiais. Imagem: Luiza Silveira / LabFEM

O próximo júri será realizado na quarta-feira (24), às 13h. Este será o quarto de seis casos que serão trazidos para dentro da universidade este mês. Os dois últimos júris de maio ocorrem na terça-feira (30), às 9h30 e na quarta-feira (31), às 13h.

Segundo Maísa Cecília Filipini Vasconcelos, acadêmica de Direito, “foi uma experiência muito fascinante poder acompanhar os julgamentos de perto e ver o Direito sendo aplicado. Também um privilégio ter acesso a esse conhecimento através da Universidade”. A estudante afirma que esse contato com o profissional ainda dentro da faculdade é muito proveitoso. Ela também ressalta que esta oportunidade dá mais clareza aos alunos sobre onde querer atuar posteriormente, além de possibilitar mais conhecimento sobre a área judicial.

Os júris são realizados no Salão do Júri do Prédio 13 – Conjunto III. Imagem: Luiza Silveira / LabFEM

Os demais júris são realizados no Fórum de Santa Maria. Por se tratarem de atos públicos, a participação é aberta. Menores de idade, a partir dos 15 anos, podem assistir desde que acompanhados por seus pais ou responsáveis.

Santa Maria celebra 165 anos de emancipação política rodeada de momentos e nomes marcantes. Entre João Cezimbra Jacques, Mariano da Rocha, Eduardo Trevisan e Felipe D’Oliveira, a arte vai nos explicando porque o município é chamado de Cidade Cultura.

É visando apresentar esta história que a Solar, espaço cultural da cidade, abriu suas portas nesta segunda-feira (15), sediando duas exposições abertas ao público até o dia 15 de junho. Os visitantes podem conhecer registros da história local e contemplar a visão artística sobre ela.

As exposições contam com entrada franca e as obras estão expostas por todo o interior da galeria. Imagem: Luiza Silveira / LabFEM

Imembuy, é tu? apresenta artes visuais que abordam o conto do século XX. A história escrita por João Cezimbra Jacques retrata a origem do povo santa-mariense de forma romantizada com o amor entre a índia Imembuy e o bandeirante Rodrigo. Segundo Luciano Santos, um dos expositores e organizadores do evento, “A gente pensou ‘quem é Imembuy?’. Nós queríamos retratar esta ideia. Cada artista que está participando tem uma linguagem própria de trabalho. Nós temos desenhos, pinturas, fotografias, colagens, artes visuais, entre outros. Esta exibição conversa com a outra que está ocorrendo, afinal, um dos livros apresentados é o da história dela”.

Os livros apresentados são protegidos devido ao seu valor histórico, entretanto, eles podem ser encontrados nas bibliotecas da cidade. Imagem: Luiza Silveira / LabFEM

Simultaneamente, a Solar recebe Memórias de um santa-mariense. O projeto apresenta as memórias, documentos e registros do farmacêutico Geolar Badke. Grande admirador e conhecedor da história local, Geolar possuía diversos livros, itens e arquivos. Desde carteiras de cineclubes e diplomas de formatura até livros raros sobre a cidade, o acervo disponível é de grande valor histórico. A exibição é promovida pelos cursos de Jornalismo e História da Universidade Franciscana (UFN), com organização dos professores Bebeto Badke e Roselâine Casanova Corrêa. Segundo a professora Roselâine, responsável pela curadoria da exposição, “aquele pertencimento que nós vemos, por exemplo em Pelotas, é mais fragilizado aqui. Pelotas tem o centro todo tombado e uma gestão pública que continua preservando, tombando e com vários projetos de preservação. O Geolar era um santa-mariense que tinha o gosto pela preservação. Ele preservou o que era material, mas também tinha uma memória exemplar”. A professora também ressalta que o próximo passo com a documentação exposta é a sua digitalização. “Este é o caminho de qualquer acervo e o Bebeto tem um acervo imenso”, afirma.

À exceção de dois livros, o conteúdo apresentado não pode ser manuseado pelos visitantes. As visitas podem ser realizadas todos os dias das 14h às 18h, na rua Venâncio Aires, 344. Estas mostras provam que mesmo que alguns grandes artistas possam desaparecer, literalmente, da noite para o dia, o título de Cidade Cultura continua forte e atual.

A iniciativa, que nasceu em 2020, busca trazer conforto espiritual, alimentar e material para crianças, com palestras, doação de alimentos, além de roupas e calçados. Intitulado Bom Samaritano, o projeto atende crianças, adolescentes e jovens dos bairro Noal, Lídia, Arco – Íris e Chaminé. E foi no bairro Arco-Íris que tudo começou, quando Wagner Santos resolveu ajudar usuários de drogas a se afastarem do vício. Logo no início, ele percebeu a busca de famílias por alimentos e então resolveu trabalhar no combate à fome das pessoas do bairro. Ao todo, hoje são mais de 90 crianças e 45 famílias atendidas por semana nos quatro bairros. Segundo Wagner, a preparação começa um pouco antes das crianças chegarem com os pais: “Nós vamos um pouco antes, preparamos todo o alimento para as crianças e jovens, levamos também doações de roupas e calçados”. Além disso, o grupo de voluntários leva mensagens de fé e esperança por meio do estudo bíblico.

Fátima Da Silva é voluntária há 3 meses do Projeto Bom Samaritano . Foto: Luiza Silveira/LabFEM

Fátima da Silva é mãe de Uriel da Silva, que foi acolhido pelo projeto. Ela conta que percebeu uma mudança gradual no comportamento do seu filho depois que começou a participar das atividades. Hoje, a maneira dela retribuir é também ajudando outras famílias como voluntária do Bom Samaritano.

Jamile dos Santos é voluntária e ex – participante do Bom Samaritano . Foto: Luiza Silveira/LabFEM

Jamile dos Santos hoje tem 16 anos e conheceu o projeto aos 13. Segundo ela, participar do grupo levou-a a conhecer mais sobre Deus e os valores de ética e moral e isto foi transformador. “O legado que eu quero deixar para eles é o conhecimento pelo Senhor Jesus”. Hoje ela também é voluntária e atua no atendimento de outras crianças e adolescentes.

Wagner Dos Santos é o fundador do Bom Samaritano . Foto: Luiza Silveira/LabFEM

Wagner relata que, na adolescência, se envolveu com drogas e ao ser preso, por volta dos 17 anos, teve um encontro com o que ele denomina como ‘a verdade’, que ele hoje ensina aos participantes do grupo.

Segundo Santos, o legado que ele deseja deixar através desta iniciativa é de uma caminhada moral e ética para que estas crianças e adolescentes não trilhem o mesmo caminho que ele: “90 % dos pais das crianças que o projeto atende estão envolvidos neste mundo do crime , a gente quer que eles estejam no caminho certo, que eles não olhem para as ‘oportunidades’ que estão lá fora, por que isso é passageiro “

Uma parte da equipe do Projeto Bom Samaritano: Marli Fátima Soares , Kauã Rosa , Wagner Santos, Régis Da Silva e Maria Claudete. Foto: Luiza Silveira/LabFEM

A maior parte das doações vem de membros da Igreja Evangélica Jesus Para as Nações, localizada em Santa Maria e liderada pelo casal de pastores Mustafá e Eloiza Aqel. São montadas cestas básicas para serem doadas a mães chefes de família que passam mais dificuldades.

Local é cedido por espíritas para que o projeto possa ser realizado . Foto: Luiza Silveira/LabFEM

O grupo também está recolhendo doações para construir sua sede própria. Segundo Santos, os atendimentos ocorrem toda quinta-feira, das 18h às 19h, no espaço cedido pela casa fraterna no Bairro Noal , Rua Vermelho, número 50.

Para quem quiser mais informações ou fazer doações, o projeto disponibiliza o WhatsApp abaixo: