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Santa Maria, RS, Brazil

Entrevista

A arte do pão de cada dia

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Educar para aprender: o paradigma que inaugura a era “figital”

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Santa Maria nas telas de Marília Chartune

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No último sábado, 24, o Theatro Treze de Maio recebeu o músico Esteban e seu público fiel. Mesmo com chuva e frio não deixou de enfrentar fila para garantir uma poltrona na primeira fileira e assistir

Beatriz Ardenghi entrevista Lucas Ozônio no episódio desta semana. Arquivo: LabSeis

Que Arte é Essa? é o tema da mais nova temporada do Provoc[A]rte que, no segundo episódio, discute sobre a arte do pão, ou melhor, de fazer pão. Arte ou não, qual é o lugar que o pão ocupa nas nossas vidas? Como lembra Beatriz, em uma de suas perguntas ao convidado Lucas Ozônio, padeiro da padaria e confeitaria Pão do Gato, as palavras companheiro e companhia, vem do latim companis, que significa aquele com quem dividimos o pão. Afinal, com quem compartilhamos o pão e estaria ele neste lugar social de afeto?

O Provoc[A]rte vai ao ar nesta terça-feira (11), às 19h, com reprise às 22h, na UFN TV, pelo canal 15 da NET, com reprise no sábado, às 19h, e no domingo, às 19h30min. E também pode ser visto na TV Câmara, canal aberto 18.2, na sexta-feira, às 21h, e sábado, a partir das 19h. Acompanhe a temporada Que Arte é Essa? na íntegra! 

Lucas Ozônio domina a arte da panificação. Arquivo: LabSeis

O programa é produzido pelo Lab Seis, laboratório de produção audiovisual dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Universidade Franciscana (UFN) e disponibilizado no canal do YouTube da UFNT TV. A equipe é formada por Beatriz Ardenghi e Petrius Dias no roteiro e apresentação, João Pedro Ribas na direção de arte e na divulgação nas redes sociais, com auxílio de Aryane Machado, Raphael Sidrim na edição,  Alexsandro Pedrollo na gravação, Jonathan de Souza na finalização, e coordenação e direção da professora Neli Mombelli.

Texto: Neli Mombelli

O impacto da pandemia é um divisor de águas: da noite para o dia instituições de ensino, gestores, coordenadores, professores, famílias e alunos tiveram que explorar fronteiras e horizontes desconhecidos, pouco experienciados, de forma abrupta e incondicional.

 Giuliana Diettrich Carvalho Pimentel, consultora pedagógica na empresa Foccus. Foto: arquivo pessoal

Giuliana Diettrich Carvalho Pimentel, consultora pedagógica, com experiência em Educação,  Gestão e Processos Mediacionais, traduz esse  contexto, nessa entrevista,  explicando o quanto foi desafiador, e continua sendo, trabalhar com educação. Entretanto, percebe-se na sua fala que, com certeza, rupturas e espaços de construção foram realizados para que tenhamos mais possibilidades com a educação figital (presencial e virtual integradas, fluídas) ampliando os processos, os espaços e as propostas educacionais.

Agência Central Sul: Para contextualizar o momento, que impactos a Pandemia causou na educação?

Giuliana Pimentel – As grandes rupturas e acelerações que ocorreram na história da humanidade foram tracionadas por guerras, revoluções ou pandemias. Neste contexto atual observa-se o enfrentamento de uma guerra biológica, permeada por uma revolução tecnológica, impulsionada pelas características de uma pandemia viral global sem precedentes.

Um cenário que exigiu para além da globalização um processo de mundialização acentuado, com um enfrentamento pelas diferentes nações, culturas, continentes e países, cada um com a sua capacidade de entendimento, ação e de intervenção, imprimindo uma série de ressignificações nos diferentes setores e indústrias, devido às limitações, restrições e necessidades de medidas sanitárias e de distanciamento social. Este movimento gerou transformações em diferentes níveis e dimensões nos diferentes realidades, trazendo desafios, dilemas, problemas, possibilidades e oportunidades para o seu enfrentamento, muitas amparadas pelas soluções tecnológicas.

Nesta perspectiva, ao olharmos para o setor educacional identificamos um processo de aceleração de transformação digital nunca antes experimentado neste segmento, visto que este processo não havia adentrado de forma nativa e estrutural na educação brasileira, ou seja, tínhamos sim um panorama de uso de tecnologias educacionais e de plataformas para a mediação do ensino digital, entretanto, repensar toda a experiência formativa dos estudantes sem a questão da presencialidade trouxe demandas de planejamento e a organização dos percursos formativas, o redimensionamento das situações formativas, dos processos de mediação, de interação e de avaliação embarcados  com a transformação digital: tecnologias, dispositivos, aplicativos, o real time, on-line, off line etc.

Da noite para o dia instituições de ensino, gestores, coordenadores, professores, famílias e alunos tiveram que explorar fronteiras e horizontes desconhecidos, pouco experienciados, de forma abrupta e incondicional. Desafiador, aliás, continua sendo… mas, com certeza rupturas e espaços de construção foram realizados para que tenhamos mais possibilidades com a educação figital (presencial e virtual integradas, fluídas) ampliando os processos, os espaços e as propostas educacionais.

ACS – A partir dessas transformações, como você percebe a relação entre educação e tecnologia?

GP– A relação da tecnologia com o desenvolvimento humano, da cultura, da sociedade e do conhecimento sempre existiu de forma nativa e genuína. Antes com as tecnologias como o fogo, a escrita, a arte, a imprensa, o livro, o vapor, a fotografia, o rádio, o cinema, a TV, a Internet… todas estas tecnologias sempre impactaram o processo de educação, desafiando-o e ressignificando-o. Por que seria diferente agora? Costumo dizer que as tecnologias são degraus para a evolução do conhecimento e da cultura. Desta forma, a hiperconectividade existente hoje, os dispositivos, as plataformas, os ambientes de simulação, a realidade virtual, os hologramas são adventos da genialidade e da evolução humana e sempre afetarão os processos de produção, construção e difusão do conhecimento.

ACS  – O que significa a perspectiva aprendizagem no processo de educação em substituição ao verbo ensinar?

GP – A educação durante muitos anos esteve centrada no processo de transmissão da informação. Na história da humanidade, seja pela oralidade ou pelo os escribas, depois posteriormente pelos livros, a sistematização, o registro e a difusão da informação era o ponto que se estruturava a educação.

Com o advento da Sociedade do Conhecimento, cada vez mais conectada e digital, grandes bibliotecas, repositórios, bases de dados, portais, canais e sites foram organizados e, continuamente, alimentados e atualizados, em um grande movimento informacional. Ou seja, o esforço da transmissividade, da disponibilização e do acesso à informação foi perdendo espaço para outras funções e dimensões como: significar, compreender, avaliar, aplicar, aprender. Ou seja, a questão da função educativa transcendeu a dimensão informacional do saber, para uma perspectiva do saber – fazer – ser – conviver. Desta forma, o ensino na sua função estruturante não cumpre seu ciclo virtuoso sem a aprendizagem. E de certa forma, durante séculos aprendemos a ensinar, creio que agora precisamos ensinar a aprender. Movimentos dialéticos da evolução humana.

ACS  – As  perspectivas da educação para os próximos anos….

GP – Essa é a resposta de um milhão de dólares! Creio que teremos a aprendizagem cada vez mais aberta, colaborativa, integrando os diferentes espaços formativos (comunidades, empresas, instituições de ensino, organizações) em um contínuo de possibilidades presencias, virtuais e/ou híbridas, visto a diversidade de competências e habilidades que a serem constantemente desenvolvidas e ressignificadas. Aprender não será mais o caminho, mas uma constante caminhada, pelas diferentes áreas do conhecimento. Daremos cada vez mais o lugar da empregabilidade para a trabalhabilidade, ou seja, aprendizagens constantes e recorrentes para estarmos plugados nesse mundo BANI.

ACS  -Por que a hibridização é a saída apontada para o campo da educação?

GP– Particulamente, prefiro a imagem da hibridização como entrada para essa perspectiva de educação nos seus diferentes tempos, espaços e desdobramentos. Creio que a relação entre presencialidade, virtualidade e hibridização oportuniza a organização de percursos formativos mais ricos, diversificados e efetivos, oportunizando e ampliando as situações formativas para a aprendizagem significativa. Quando olhamos para o 5G, para Internet das Coisas, para a Inteligência Artificial, para a automação percebemos algumas barreiras se tornando tão frágeis, tão invisíveis… creio que isso acontecerá com a educação. A educação é um processo cultural, evolui. Assim como tudo que acontece na humanidade a afeta. Neste sentido, que precisamos pensar mais nos horizontes do que nas fronteiras que certas construções nos impõem.

ACS – Tua atividade, hoje, é promover novos caminhos educacionais, através de uma prestação de consultoria. Qual  a proposta da Foccus?

GP– Atuamos na transformação e na implantação do ecossistema institucional das instituições de ensino, cocriando modelagens acadêmicas que valorizem e organizem a experiência formativa dos estudantes de forma ativa, considerando o protagonismo, a aprendizagem e o desenvolvimento de competências e de habilidades como pilares no planejamento e na construção do produto e do serviço educacional ofertado. Ou seja, neste processo de desenvolvimento institucional cocriamos a proposta de valor, o diferencial competitivo, a inovação acadêmica e a identidade da IES.

ACS –  Como você chegou na gestão da Foccus?

GP – A Foccus – Consultoria Educacional é um hub de consultores educacionais altamente qualificado, com grande experiência de mercado nacional e internacional em processos de gestão administrativa, regulatória, acadêmica, pedagógica, mercadológica e de inovação no segmento da educação nos seus diferentes níveis e modalidades. Atuo há mais de 26 anos no segmento educacional, tanto no setor público quanto privado, nos diferentes níveis e modalidades. Após alguns cargos e funções executivas em grandes grupos educacionais e rede de ensino pública percebi um espaço para esse tipo de atuação coletiva, pautada nos processos de associativismo e de cocriação, um movimento de atuação que a genialidade coletiva existisse e coexistisse  por meio de uma rede dinâmica de cooperação e colaboração, buscando o fortalecimento da aprendizagem e novas fronteiras para proposta educacional institucional. Prefiro dizer que somos um movimento, não uma empresa.

 

Santa Maria por Marília Chartune. Imagens: Arquivo de Pinturas Marília Chartune

A crise provocada pela pandemia da Covid-19 impôs novos desafios a profissionais de diversos segmentos, incluindo os relacionados à cultura. Não foi diferente com os artistas plásticos. Sem exposições, com museus e galerias de artes fechadas, o lugar onde os artistas têm encontrado o público é nas redes sociais. Para a artista plástica Marília Chartune, o mais importante é que o artista não desanime com a pandemia, mesmo com desafios impostos pela quarentena.

Marília Chartune, artista plástica, ex-secretária de cultura de Santa Maria, atualmente à frente da direção do Museu de Arte de Santa Maria (Masm) e proprietária do Atelier Marília Chartune que atua no ramo de pintura, restauração e orientação técnica. Foto: arquivo pessoal

Marília nasceu na cidade de Tocantins, interior de Minas Gerais, é formada em pintura e restauração pela UFRJ, porém, fez de Santa Maria sua casa. De 2013 a 2016 atuou como Secretária de Cultura do Município, mas à noite ou nos finais de semana, sempre ia para o ateliê pintar e desenvolver seu trabalho, apesar de que a pasta exigia tempo integral de atenção. Atualmente, desde o início do mês de maio deste ano, Marília é diretora do Museu de Arte de Santa Maria (Masm) e proprietária de um ateliê que leva o seu nome que atua no ramo de pintura, restauração e orientação técnica.

Para pintura de seus quadros, suas principais inspirações são os elementos comuns do cotidiano. No início de sua carreira, as montanhas e cidades mineiras eram os temas preferidos; no Rio de Janeiro, suas principais inspirações eram as marinas do Rio e litoral fluminense, os estaleiros, que via da janela do sétimo andar da Escola Nacional de Belas Artes, onde aprendeu a técnica da aquarela.

Confira abaixo a entrevista realizada com a artista plástica e pintora Marília Chartune Teixeira.

Mateus Facco: Como os artistas vêm fazendo para conseguir passar por essa pandemia? (em relação ao lado financeiro).

Marília Chartune: Os artistas são muito vulneráveis a qualquer mudança na economia porque exercem atividade informal sem renda fixa. Por isso, um dos cortes em orçamento é o investimento em arte, talvez o primeiro. Os artistas que têm produção tentam vender através da internet ou oferecem pelas redes sociais. Nesse momento de reclusão, é importante produzir e pesquisar, mas sem retorno financeiro, se torna uma tarefa difícil! Estão acontecendo mudanças nos processos de alcance ao público consumidor, os artistas estão reinventando com transmissão de conhecimentos através das lives e conquistando o mercado virtual.

MF: Você que é mineira, formada no Rio de Janeiro, por que se interessou tanto por Santa Maria? O que te trouxe para cá?

MC: Sou mineira de Tocantins, vivi minha infância até me formar no ensino médio em Ubá, fui estudar em Juiz de Fora onde iniciei Engenharia Civil e, posteriormente, fui para o Rio de Janeiro onde me formei em Pintura e Restauração na UFRJ. Em 1989 vim para Santa Maria, por motivo de casamento, cidade que acolhe e valoriza quem aqui se instala e sempre procurei participar de atividades culturais!

MF: Por que você gosta de pintar as paisagens da cidade?

MC: Santa Maria tem muitos atrativos, sua arquitetura art dèco, Neo clássica, seus morros, igrejas, ruas movimentadas, o mais lindo e instigante pôr do sol e as estações definidas são minha inspiração! Gosto de gente, bicicletas e flores! Eu tento criar umas cenas de cidades ideais e Santa Maria me encanta por ter tudo isso que, como artista, vejo com poesia!

MF: À frente da direção do Museu de arte de Santa Maria (Masm), quais são as suas propostas para o museu?

MC: Atualmente aceitei esse convite que muito me interessou por sempre ter atuado junto ao Masm desde sua criação! Tenho que seguir as normas que o museu se propõe como instituição e os projetos como editais, concursos, salões e exposições. Atualmente estamos passando por essa crise sanitária e o espaço físico está impossibilitado de receber visitações. Criamos uma série de eventos no projeto Viva Masm que abrange um mercado de arte no hall, exposição virtual na Sala Jeanine Viero e faremos mostras das coleções do acervo para visitas virtuais. Estamos começando pela coleção de Érico Santos que foi feita doação de pinturas a óleo neste ano e está exposta na Sala Iberê Camargo, mas será veiculada através das redes sociais. Faremos com a AAPSM a mostra em homenagem a Carlos Scliar, no Sesc pelo centenário de nascimento e uma mostra virtual. Sobre a obra de Eduardo Trevisan que também comemoraria em 2020 cem anos! Estão abertas as inscrições para o Concurso Fotográfico Cidade de Santa Maria e divulgaremos também pela internet. Teremos outra forma de movimentar e principalmente disponibilizando nosso acervo.

MF: Quem é a tua inspiração no mundo da arte?

MC: Tenho muitos artistas onde busquei inspiração, mas considero Joaquim Sorolla, impressionista espanhol como minha grande fonte de inspiração na técnica, desenho e luz!

MF: Qual é o seu quadro favorito? E por que ele?

MC: Gosto muito do romantismo inglês e da profusão de cores de William Turner, por isso elejo o “The Burning of the Houses of Parliament, 1834, meu quadro favorito!

Imagem: The Burning of the Houses of Parliament, 1834

MF: Quando secretária de cultura, qual foi teu maior desafio?

MC: Após assumir em 2013, ano em que ocorreu a tragédia que abalou a todos nós, tivemos que reinventar a Cultura! Santa Maria recebeu em novos moldes, uma forma de buscar a autoconfiança e autoestima, tarefa desafiadora. Uma delas foi dar condições a que todos os segmentos buscassem recursos, e com a aprovação do Plano, Fundo e Sistema de Cultura, nos capacitamos junto aos outros pilares Secretaria, Conselho e Conferência a andar em consonância com o Sistema Nacional e o Estadual.

MF: O que a pandemia te deixa de lição. poderá sair algum quadro em relação a isso?

MC: A pandemia já está mudando o comportamento de todos nós, mas na arte, confirmando sua importância, quando nos sentimos isolados, nós acompanhamos de música, arte culinária, design, pintura etc.! A cultura salva, isso está comprovado! Fiz uma pintura para a exposição ConfinArte da Galeria Gravura em Porto Alegre em que a cidade vazia, sem as pessoas se tornou melancólica!

Mais informações sobre os quadros de Marília Chartune acesso o link: https://www.galeriaarte12b.com/marilia-chartune

Por Mateus Facco, acadêmico do curso de Jornalismo da UFN.  Matéria produzida para a disciplina de Jornalismo Cultural, orientada pelo professor Carlos Alberto Badke.

Floresta amazônica. Imagem de Rosa Maria para Pixabay

O UFN Entrevista dessa semana abordou meio ambiente e preservação da Floresta Amazônica. Para falar sobre o assunto, a RádioWeb UFN recebeu o professor de Geografia Helder Vieira. UFN Entrevista tem edição inédita, ao vivo, nas quartas-feiras. Você escuta pelo link no site da Instituição e pode acompanhar pelo Facebook da RádioWeb UFN. As reprises pelo site da rádio são nas sextas (21h30), sábados (16h30), domingos (18h) e segundas-feiras (21h). O UFN Entrevista tem produção e apresentação do acadêmico de Jornalismo Gianmarco de Vargas.

Irmã Irani Rupolo fala sobre a principal novidade do Vestibular de Verão 2014. Foto: Karin Spezia
Irmã Irani Rupolo fala sobre o curso de Medicina e outras novidades do centro universitário. Foto: Karin Spezia

Um dos momentos mais esperados da manhã do Vestibular de Verão foi a coletiva de imprensa com a Reitora Irmã Irani Rupolo. A entrevista aconteceu nas dependências do novo prédio da Instituição, prédio 15, no Conjunto III. Entre os assuntos tratados, a Reitora falou sobre a inserção do curso de Medicina, principal atrativo do Vestibular de Verão 2015, Hospital São Francisco, entre outros temas. Confira a entrevista na íntegra:

O que representa o curso de Medicina para a Instituição, e também as tratativas da construção do Hospital São Francisco. Que informações podem ser passadas?

A expectativa, eu penso, que é uma meta alcançada, de um trabalho realizado há dois anos. O curso de Medicina foi estudado e cuidadosamente construído ao longo desses anos. Sobre o hospital, temos o São Francisco, que estamos trabalhando junto ao poder público para expansão deste hospital, as tratativas estão bem encaminhadas, não ainda concluídas, mas esperamos alcançar em breve nos próximos meses.

O que o curso de Medicina representa, de fato, para instituição?

Uma reafirmação de que nós temos responsabilidade com o que falamos. Portanto, a gente fala a partir de uma meta, de um propósito, mas também de uma responsabilidade educacional, e temos consciência disso.

Foram vários anos estudando o curso, e quando a primeira turma estiver formada, teremos o dobro de médicos formados por ano em Santa Maria. Dá para dizer que a residência em Medicina é o próximo passo da Unifra?

A residência em Medicina na Unifra, já é uma realidade. Começamos no ano passado com a residência em Psiquiatria. Em 2015 teremos 12 residentes, isso progressivamente, já na área de clínica geral e também da saúde da família. Em 2016, esse número será duplicado. A residência está se concretizando junto com a graduação. Em 2015, teremos a criação do hospital-escola, uma instituição de um porte cada vez mais denso, e esperamos que a comunidade e a cidade de Santa Maria colaborem conosco. É importante que o poder público esteja conosco para melhorarmos cada vez mais a universidade.

Quais foram os cuidados a respeito da segurança e do sigilo desta prova, que certamente é a mais importante da instituição?

A semelhança do que vinha acontecendo anteriormente, sempre tivemos cuidado. Desde a elaboração, quanto à revisão. A nossa equipe do processo seletivo é cuidadosa, e esperamos que se mantenha toda a confiabilidade deste projeto. Outro cuidado é que os alunos sejam liberados somente às 11h30min. São todas formas de precaução.

A questão de expansão da instituição tem algum plano para outros cursos? O que muda na estrutura da Unifra, após a criação de Medicina aqui na universidade?

Nós vamos crescer em alguns cursos da área tecnológica, à semelhança da Tecnologia em Design de Moda, que começamos em 2014, teremos outros cursos na área tecnológica. Teremos mais cursos da área da Engenharia, e a criação de pós-graduação, mestrado e doutorado.

A excelência não se conquista da implantação de novos cursos, e sim de um estudo cuidadoso. Como a Sra. analisa  a criação do curso que vem sendo estudada há mais de dois anos?

Eu penso que Unifra tem equipe. São pessoas, funcionários altamente engajados. Quando eu digo funcionários, cito o administrativo e professores, coordenadores de cursos, área administrativa, da gestão superior e de pró-reitorias. Mais do que construir prédios e pátios, nós construímos uma cultura universitária. Essa é a diferença de quem cuida e planeja a instituição. Mas não é apenas isso, os estudantes também agregaram esse valor interpretativo na Unifra. Esse valor agrega e também atrai.

O que o Centro Universitário Franciscano oferece para quem estará chegando aqui, a partir do ano que vem?

Quando autorizamos o curso de Medina em Fevereiro de 2014, a estrutura de estudo já estava composta, porém eu não quero restringir isso apenas ao curso de Medicina. Cada curso quando começa a ser criado, já está com a sua concepção inteira. Quero dizer aos pais, estudantes e familiares que: em termos de nível de pesquisa, de conteúdo, vamos buscando cada vez o aprimoramento desta qualidade.

 

Por Pedro Correa e Victória Papalia.

Marcelo Canellas em painel do XVIII SEPE
Marcelo Canellas em painel do XVIII SEPE. Foto: Pedro Pellegrini. Lab. Fotografia e Memória.

O Centro Universitário Franciscano recebeu ontem, 8 de setembro, o jornalista Marcelo Canellas e o arquiteto e urbanista, Tiago Holzmann, para debate no painel sobre “As cidades e seus espaços de vida”. A palestra foi parte da programação do XVIII SEPE: Simpósio de Ensino, Pesquisa e Extensão, promovido anualmente pela Instituição. A conversa mediada pela jornalista do jornal Diário de Santa Maria, Liciane Brun, lotou o Salão de Atos do prédio 1, Conjunto I da Unifra. O público atento, teve significante participação no encontro através de perguntas aos convidados. A Agência Central Sul de Notícias se fez presente no evento e conversou com Marcelo Canellas sobre a profissão do jornalista. Confira o bate-papo:

ACS: Qual a principal mudança percebida por você no fazer jornalístico com a inserção das novas tecnologias?
Canellas: Houve uma mudança absurda. Houve uma verdadeira revolução tecnológica nos últimos 25 anos. Eu sou do tempo da máquina de escrever. Para fazer pesquisa tinha que estivar uma tonelada de papel. Hoje em dia, a vida da geração de vocês (acadêmicos de Jornalismo), está moleza comparada com a nossa quando começamos. Agora, o grande questionamento a se fazer é se existe uma correspondência a essa revolução tecnológica com uma revolução do ponto de vista do estofo teórico dos jornalistas para decifrar uma realidade cada vez mais complexa. A realidade hoje é muito mais complexa do que era há 25 anos atrás e é necessário, talvez, uma preparação muito maior por parte do jornalista. A grande dúvida é se essa revolução tecnológica causou também uma revolução no fazer jornalismo.

ACS: Sobre essa realidade, para você, o jornalismo a reflete, a recorta ou a constrói?
Canellas: É um recorte da realidade baseado na capacidade e nas ferramentas teóricas que o jornalista tem para raspar o verniz das aparências. Se o jornalista tiver essas ferramentas, quanto melhor forem essas ferramentas, melhor vai ser a leitura de uma realidade que sempre aparece caótica diante de nós. A realidade nunca aparece elucidada. Então, depende muito da capacidade do jornalista de fazer essa leitura da realidade, objetiva.

ACS: Qual o maior desafio da profissão?
Canellas: Eu acho que é contar, fazer juz a grandeza insubmissa do jornalismo. É você exercer a sua profissão na sua plenitude, que significa recuperar todas as prerrogativas do jornalista, inclusive a de interferir na agenda de cobertura dos lugares onde você trabalha.

ACS: Se você pudesse resumir em uma palavra a sua jornada jornalística até aqui, qual palavra seria?
Canellas: Paixão. Acho que o Jornalismo tem muito de paixão e … acho que é isso.

ACS: Você tem algum conselho que recebeu ainda em sala de aula e que carrega até hoje?
Canellas: O domínio das ferramentas da profissão, a começar pela língua. O prazer da leitura é uma preparação para o exercício da profissão.

ACS: Você tem algum conselho para os acadêmicos do curso de Jornalismo?
Canellas: Deixe-se surpreender pela vida. Não se submeta a ideias preconcebidas e teses à priori. Isso é a morte do jornalismo. O grande barato da profissão é se surpreender com a vida, que é muito mais surpreendente do que a tua própria imaginação.

Em entrevista à Agência CentralSul durante lançamento do seu livro “Todo Dia é Segunda-feira”, o Secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, falou sobre seu trabalho por trás das UPP’s (Unidades de Polícia Pacificadora), a violência em Santa Maria e sobre possíveis manifestações durante a Copa do Mundo.

Secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, lança biografia em Santa Maria © Foto: Matheus Christo | Núcleo de Fotografia e Memória da UNIFRA
Secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, lança biografia em Santa Maria © Foto: Matheus Christo | Núcleo de Fotografia e Memória da UNIFRA

Para o Secretário, ainda faltam melhorias a serem implementadas nas favelas do Rio de Janeiro, e que o objetivo da Polícia Militar do Rio de Janeiro é apenas recuperar território.

“Falta muita coisa, não tenha dúvida, falta todo um processo de consolidação. A UPP é como abrir uma janela, abrir portas. A sociedade toda tem uma dívida a ser paga com essas comunidades que foram renegadas durante décadas. Você precisa primeiro entrar e garantir que as outras coisas cheguem, a Polícia só está lá para isso, para entrar e garantir que as coisas cheguem. O objetivo é recuperar território.” 

Com o aumento dos índices de violência em Santa Maria, que registrou no início do mês o 31º assassinato apenas neste ano, José Mariano Beltrame disse que a cidade está sentindo os efeitos da desigualdade social, e conta que a violência é sobretudo um problema latino-americano. 

“Acho que Santa Maria sofre o que a maioria das cidades da América Latina sofrem, que é oriundo da desigualdade social, da educação, cultura.”

Beltrame ainda conta que os Poderes Públicos priorizam outras questões, e deixam serviços importantes para trás.

“Os Poderes Públicos pensam muito em outras coisas e deixam serviços importantes para trás, e depois as pessoas acham que a polícia vai resolver tudo. É uma visão míope do problema. Nós temos exatamente que sair desse binômio polícia-bandido, e ir atacar outras questões estruturantes que precisam ser vistas. Como Santa Maria é uma cidade que cresce, sem dúvida nenhuma ela hoje está sentindo os efeitos disso, assim como qualquer outra cidade. O problema não é mais carioca, nem santamariense, é um problema brasileiro e sobretudo latino americano.”

As dez cidades com maior índice de violência no RS
Clique sobre as cidades para visualizar os dados criminais no ano de 2013

Fontes: SIP/PROCERGS – Extração em 03 de janeiro de 2014
As informações prestadas nesse mapa levam em consideração os registros para fatos consumados, estes podem sofrer alterações em decorrência do andamento das investigações criminais.

Faltando menos de um mês para a Copa do Mundo, Beltrame disse não ter dúvidas da existência de manifestações durante o evento, e contou também que além da PM e dos manifestantes, a sociedade aprendeu com os protestos que tomaram conta do país em junho do ano passado, prestes a completar um ano.

“Eu acho que nós vamos ter sim manifestação na Copa do Mundo, não tenho dúvida. Mas acho que todos esses movimentos que aconteceram em Junho do ano passado, todos nós aprendemos muito com isso. Acho que a polícia aprendeu, os manifestantes aprenderam, a sociedade aprendeu. Principalmente depois daquele episódio que aconteceu no Rio de Janeiro onde um colega de vocês foi morto”

Referindo-se a Santiago Andrade, cinegrafista da Band ferido em uma explosão durante manifestação no Rio de Janeiro no dia 6 de fevereiro desse ano.

O Secretário revelou que a Inteligência da Polícia Militar já realizou levantamento dos protestos que estão sendo planejados.

“A gente tem levantamento da Inteligência que teremos manifestação, mas eu acho que o que a Polícia aprendeu muito, e acho que as manifestações hoje elas vão para aquilo que a Democracia quer, e o que a Democracia quer é movimentação e não violência.”

Confira abaixo a entrevista na íntegra com José Mariano Beltrame.

Vida no combate à violência

Natural de Santa Maria, Beltrame é formado em Direito pela UFSM e em Administração pela UFRGS. Na década de 1980, ingressou na Polícia Federal, onde atuou como delegado e chefe de Serviço de Inteligência e da Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal). Em 2006, assumiu a Secretaria de Segurança Pública do Rio, e de lá pra cá recebeu tanto apoio quanto críticas pela sua gestão. Seu currículo inclui ainda especializações em Inteligência Estratégica, estudos de Guerra e Análise de Dados de Inteligência Policial.

Em novembro de 2010, foi um dos articuladores da ocupação das favelas Vila Cruzeiro e do Complexo do Alemão no Rio de Janeiro, tirando o controle do tráfico na região resultando na apreensão de diversos chefes do narcotráfico e na criação das UPPs, Unidades de Polícia Pacificadora.

“Todo Dia É Segunda-feira”

O lançamento da biografia de José Mariano Beltrame aconteceu na última sexta-feira, dia 16 de maio, na livraria Nobel do Royal Plaza Shopping. No livro, o Secretário aborda desde a sua infância na cidade até fatos recentes como a idealização das UPPs, e o desaparecimento do ajudante de pedreiro Amarildo de Souza em julho de 2013.

Confira a galeria de imagens abaixo:

Por Marcos Kontze, Matheus Christo e Victor Mostajo

Reportagem realizada para disciplina de Jornalismo Online

Na manhã da realização da prova do Vestibular de Verão 2014, nessa terça-feira, 3 de dezembro, a Reitora Irmã Iraní Rupolo prestou entrevista coletiva à imprensa e respondeu às perguntas da equipe. Foram diversos esclarecimentos sobre o futuro do Centro Universitário Franciscano. Confira a seguir.

Magnífica Reitora Iraní Rupolo fala sobre o processo natural para a transformação em Universidade. Foto: Guilherme Benaduce.

O curso de Tecnologia em Design de Moda tem sido solicitado por empresários da região. Isso demonstra a interatividade do Centro Universitário Franciscano com Santa Maria e as demais cidades da região central?

Havia um estudo institucional sobre o assunto e do contato com os empresários essa ideia somou. Então, foi a partir daí que construímos juntos. De fato, demonstra a interatividade que nós temos com a realidade local e isso é mais abrangente.

Ainda sobre o curso Design de Moda: no primeiro ano ele já é o 9º mais procurado pelos vestibulandos. Gostaria que a senhora falasse sobre isso.

Bem, pensamos que Santa Maria comporta a análise que nós fizemos, comporta um curso de Design de Moda. Mas não apenas isso. Não são apenas os estudantes que vão se formar, é um desenvolvimento local e isso oportuniza. Esperamos que, também, mais pessoas empreendam nessa área que está promissora.

Quando, definitivamente, teremos o vestibular para o curso de Medicina?

Estamos na fase de recebermos a avaliação local, a avaliação interna. São designados avaliadores pelo Inep, instituto que encaminha a avaliação das condições institucionais. Posso garantir que da parte da Unifra, nós estamos com a infra-estrutura, por oferecermo mais 8 cursos da área da saúde, relação com hospitais, convênios com a região. Tudo isso está pronto, essa parte está muito bem construída. O que nós também já fizemos e já recebemos visita e avaliação diz respeito ao curso de residência médica, que possivelmente será aprovado em breve. Estão saindo os resultados e foi isso que atrasou um pouco a vinda da  comissão, porque o  Ministério da Saúde antecipou as visitas de residência. Pensamos que para o próximo ano, nessa época, nós devamos estar com processo seletivo também em andamento.

Como a Unifra está avançando para o caminho de Universidade?

Bem, eu tenho dito que este é um processo natural. A Unifra tem evoluído tanto no trabalho de crescimento do campus, quanto na proposta conceitual de ensino e conhecimento, na graduação e pós-graduação. Estamos aguardando também a avaliação de mais três projetos de pós-graduação stricto sensu da Capes. São esses os processos naturais que estão indo. Será um movimento natural.

Em relação à construção do hospital, qual é a situação?

Nós estamos aperfeiçoando as condições do Hospital São Francisco e o licenciamento para a construção do hospital está em movimento, não está parado.

Quais são os três cursos  de pós-graduação que estão aguardando avaliação?

Ciências da Saúde, Ciências Ambiente, e Mestrado e Doutorado em Ensino de Ciências e Matemática.

Dos dois novos cursos oferecidos este ano pela Instituição, Tecnologia em Gestão de Turismo não foi tão procurado quando Design de Moda. Como a senhora avalia isso?

A demanda está menor porque não há na cidade ou na região uma cultura de investimento e desenvolvimento em turismo. Foi um investimento que a Unifra fez por 10 anos com o bacharelado, acreditando no potencial e na relação com a sociedade. Mas é importante o movimento da empresa e do empreendedor local para o desenvolvimento desse potencial. Esta responsabilidade não está acontecendo. Porém, vamos manter o curso aprovado, continuar atentos a demanda e, havendo possibilidade, vamos fazer oferta em outros momentos.

Haverá oferta de novos cursos tecnólogos para o próximo vestibular?

Nós estamos trabalhando, sim, também para o ensino a distância e aí estamos trabalhando já com outros cursos de tecnologia para serem ofertados na modalidade virtual. E nessa modalidade entrarão cursos tecnológicos que também serão ofertados de formato presencial.

 

No último sábado, 24, o Theatro Treze de Maio recebeu o músico Esteban e seu público fiel. Mesmo com chuva e frio não deixou de enfrentar fila para garantir uma poltrona na primeira fileira e assistir ao show que faz parte da carreira solo do ex-baixista da banda Fresno. A apresentação foi lançamento do seu novo EP, “Smokers in Airplanes”. Tavares conversou com ACS antes do show.

Show Esteban. Foto: Mariana Righi

ACS: Como foi retornar a Santa Maria, oito meses depois do último show?

Esteban: “É muito bom estar de volta em Santa Maria, principalmente para lançar a turnê desse projeto em inglês. Acho que é a cidade onde mais gostam de mim, mais que Porto Alegre e São Paulo e a que mais me sinto bem recebido”.

 

ACS: Quais as expectativa para o show do “Smokers in Airplanes”?

Esteban:”Vou tocar todas as músicas do disco ¡Adiós Esteban! e todas do novo EP. Não quero cortar música do setlist. Se a galera tá aqui para me ver e conhece todas as músicas, vou tocar tudo. Antes eu tocava cover porque eu gostava, alguns covers que tocava eu conheciamais que o público. E agora tem o EP. Daqui a pouco sai outro EP, dirigido pelo Aaron Marsh”.

ACS: Qual a ideia do novo EP dirigido pelo Aaron Marsh?

Esteban: “O Smokers in Airplanes saiu porque o Aaron não conseguiu produzir em tempo o meu outro EP. Ele está pronto, mas não chegou ainda, a previsão é chegar no final de outubro. Então, acabei lançando o Smokers, produzido em uma semana”.

ACS: O que representa a participação do Stephen Christian (Anberlin) na música “Follow”?

Esteban: “Primeiro eu sou feliz por ser fã dos caras, segundo eu sou feliz por ter tocado com os caras, depois sou feliz por ter virado amigo dos caras. A gentileza com que ele me tratou e recebeu esse trabalho que ele participou. Nem um brasileiro foi tão simpático comigo, nem amigo meu. Eu mandei um email para ele dizendo que precisava lançar o EP do Aaron não deu tempo de ficar pronto e eu tinha cinco dias para lançar e pedindo para me ajudar. Queria que ele escrevesse a parte dele na música. Mandei a música para ele, dez minutos depois ele tinha mandado pronta”.

ACS: Então foi como a realização de um sonho…

Esteban: “Meu objetivo não é ter fãs nos Estados Unidos, mas o Stephen foi um cara que impulsionou meu trabalho lá. É difícil de dizer que o teu ídolo é teu amigo, mas ele é, me trata muito bem. É realização de um sonho. A coisa mais forte que aconteceu foi ele ter tocado junto comigo, se tu for pensar como eu conheci o Anberlin e como eu divulguei a banda. Até o Stephen já falou em entrevista que o sucesso deles no Brasil eles devem a mim e o Lucas. É pretensioso dizer que sim, mas é verdade. Vou no show do Anberlin e eles me convidam pra cantar. Sou muito grato”.

Esteban em entrevista à reporter Silvana Righi, da ACS, antes do show. Foto: Mariana Righi

ACS: Qual é a sua relação com o guitarrista do Humberto Gessinger?

Esteban: “Eu toco com o Humberto e isso é muito louco. É difícil ficar nessa prepotência de eu toco com ele porque cheguei aqui. Eu toco com ele porque eu sou fã dele. Eu fico mais admirando ele de longe, fico mais me divertindo tocando com ele, do que absorvendo o momento. Eu sou fã do cara e ainda tenho a regalia de não tocar com ele quando tenho os meus shows”.

ACS: E como anda a vida pessoal do músico?

Esteban: “Vou mudar para o Rio de Janeiro mês que vem. Eu tava em São Paulo por causa da Titi (namorada do Tavares, que saiu da MTV e agora está no Multishow).  O escritório do Humberto Gessinger é no RJ. Estou fazendo o que quero na vida, quero ter um filho. O que acontece agora na minha vida, não aconteceu em seis anos de Fresno. Nunca tive um momento tão tranquilo e sereno como agora. Estou tocando sozinho, toco com meu ídolo, tenho a minha família. Mudou bastante coisa desde que sai da Fresno. Não que a saída da banda tenha melhorado a minha vida, mas eu estou tri bem. Voltei a falar com Lucas (vocal e guitarra da Fresno), tenho uma boa relação com a Fresno, as coisas que passaram, passaram”.

ACS: Você tem carreira solo, mas é ainda citado como ex-baixista da Fresno. Isso incomoda você?

Esteban: “Não me importo de ser reconhecido com o ex-Fresno, não me importo porque de fato eu sou o ex-baixista da Fresno, eu cheguei em muitos lugares por causa da banda. Inclusive eu ganhei prêmios no Multishow e na MTV, por causa da banda. Mas ao mesmo tempo agora eu sou guitarrista do Humberto. Esse é meu o presente e eu sou o Esteban. A vida é assim”.