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Professores de educação física se reinventam durante a pandemia

Desde que a pandemia começou, os professores se reinventam a cada dia que passa, para manter o foco dos alunos. Vamos conhecer profissionais que fazem os alunos se movimentarem para valer, mesmo nas aulas on-line.  Durante

 Semana Saúde na Escola inicia hoje 8 com foco na imunização 

Profissionais que atuam nas Unidades Básicas de Saúde estão se deslocando até escolas públicas de Santa Maria. As principais atividades realizadas são verificação de vacinas atrasadas conforme faixa etária, e entrega de materiais educativos.A iniciativa integra a Semana Saúde

Marcos Rolim

Onde a escola fracassa o tráfico triunfa

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Uma viagem pela literatura infanto-juvenil com o Ônibus da Leitura

Contar estórias, brincadeiras com fantoches e muita leitura é o que o Ônibus da Leitura transporta às escolas do município.  A iniciativa da Prefeitura de Santa Maria, por meio da Secretaria de Município da Educação, tem levado a

Como anda a saúde escolar em Santa Maria?

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4ª Mostra das Profissões da Unifra é nessa sexta-feira

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O tradicionalismo na nova geração

A importância dos jovens na cultura gaúcha é tanta que existe até um dia especial que representa isso: dia 5 de setembro. Segundo os especialistas em cultura gaúcha, nesse mesmo dia, em 1947, oito jovens saíram

Desde que a pandemia começou, os professores se reinventam a cada dia que passa, para manter o foco dos alunos. Vamos conhecer profissionais que fazem os alunos se movimentarem para valer, mesmo nas aulas on-line. 

Aula de Capoeira on-line, ministrada pelo professor Rodrigo.  Foto: arquivo pessoal Rodrigo Silveira.

Durante esse período de pandemia, boas ideias e iniciativas fazem uma diferença enorme para os estudantes. O professor Rodrigo Silveira é personal trainer, preparador físico para concursos e também dá aula de educação física, futebol e capoeira em escolas de educação infantil e ensino fundamental em Santa Maria. “A forma virtual de aula veio para ficar, pois tem muita gente que acabou se adaptando e esse sistema de treinamento, como treinar em casa, ter uma assessoria do professor através de um aplicativo ou até vídeos aulas, que é bem interessante. Mas nada igual ao contato presencial do aluno com o professor”, destaca Silveira. 

Muitas instituições de ensino se perguntaram o que fazer agora que as salas de aula estão vazias. O primeiro passo foi colocar as disciplinas em ambiente virtual, pela internet. Um desafio para alunos e professores. A professora de educação física Thais Machado Costa Corrêa, que trabalha em uma instituição privada de ensino em turmas de educação infantil e anos iniciais, conta que os primeiros desafios foram a gravação e aprender a editar. Ela até abriu um canal no youtube para conseguir gerar o link para postar as aulas na plataforma que a escola disponibilizou para os alunos. “Eu não tinha tanto domínio de ferramentas de edição de vídeo. Um vídeo era uma, duas horas editando’, explica a professora. 

O início das aulas síncronas, ou seja, quando o professor e seus alunos estão conectados ao mesmo tempo, foi mais uma barreira enfrentada por esses profissionais. O envolvimento dos alunos através de um dispositivo  e o espaços que eles teriam para realizar as atividades passou a fazer parte do pensamento dos professores na hora de preparar a aula.  

Em outubro do ano passado muitas escolas reabriram, depois de meses de portas fechadas. Em março deste ano, com instauração da bandeira preta,  no antigo modelo de combate ao coronavírus proposto pelo governo do Rio Grande do Sul, as escolas tiveram que retornar ao modo virtual de ensino. Em abril, as escolas voltaram a forma presencial de ensino, intercalando com o on-line, de acordo com as regras estabelecidas e a necessidade das famílias. 

Com o ensino hibrido, os desafios são bem parecidos com os enfrentados no início da pandemia.  “Pensando sempre nos alunos que estão em casa, que não tem a sala de aula que é um espaço mais amplo, como eu estou me organizando, planejo minhas atividades, penso nos materiais que eu vou levar para quem está na escola e penso na adaptação para quem está em casa” explica Thais.

Aula de educação física com a professora Thais, na forma hibrida. Foto: arquivo pessoal Thaís Corrêa.

Uma das aulas mais prejudicadas, sem dúvida, é a de educação física. Antes havia vários espaços, como a quadra de esportes, ao ar livre.  Na educação infantil e no primeiro ano do ensino fundamental, a professora Thais relatou que foi mais complicado de envolver as crianças, por terem mais dependência das famílias. “Do segundo ano em diante, em que eles já tem um pouquinho mais de autonomia, foi mais tranquilo, como as crianças na minha disciplina principalmente, gostam do movimento, geravam uma bagunça dentro de casa que, de certa forma, os pais não se incomodavam, porque era aula”, reforça a professora.  

Já o professor Silveira retomou as aulas presenciais de alunos nas academias, mas ainda está aguardando as escolas retomarem as atividades extracurriculares. “Já dá pra perceber as mudanças. Aumentou a procura pelos atendimentos, até porque a grande maioria dos alunos preferem o atendimento presencial”, lembra o profissional. 

Para os estudantes, as aulas viraram um estímulo para cuidar da saúde. “Depois que faço a aula, fico mais disposto, até mais feliz”, relata Gabriel Bender, aluno do 4º ano da rede pública de ensino. Com a pandemia, essa forma de dar aula de educação física a distância mostrou como essa disciplina é importante dentro do currículo escolar. 

 

Texto: Ana Luiza Deicke

Produção feita na disciplina de Jornalismo Esportivo, durante o primeiro semestre de 2021, sob coordenação da professora Glaíse Bohrer Palma.

Alunos e professores assistem a abertura da copa do mundo feminina. Fotos: Beatriz Bessow/LABFEM

Escola Municipal de Ensino Fundamental Professor Sérgio Lopes: sentados no tapete e em grandes bancos de madeira arrastados até à frente da pequena televisão, os alunos dos anos finais se reuniram, atentos, para assistir a abertura da copa do mundo feminina. O silêncio era absoluto, mesmo porque as caixas de som não ajudam muito na acústica da sala de convivência, localizada em um grande contêiner sem qualquer tratamento térmico ou acústico, ao lado da escola. Alunos e professores olhavam atentamente para a TV. Seus diversos troféus e medalhas ao fundo enfeitando a sala, junto aos diversos cartazes sobre empoderamento feminino, direitos igual, e o lugar da mulher no esporte.

A Escola ” Sérgio Lopes” , como é popularmente conhecida, se encontra no bairro Renascença, nos fundos do Shopping Praça Nova, região periférica de Santa Maria.  Era conveniada com uma instituição filantrópica até 2016, ano em que recebeu uma nova direção do município. Desde então, participa dos Jogos Esportivos de Santa Maria (JESMA), no qual cerca de 70 escolas se inscrevem para jogar. A escola Prof. Sérgio Lopes tem ganho grande destaque entre as escolas municipais.

Troféus da JESMA expostos na sala de convivência.

Cartazes podem ser vistos colados em todo o corredor e por toda a sala de convivência, e remetem ao esforço da escola em trabalhar projetos que incentivem os alunos. A diretora Andréia Aparecida Liberali Schorn conta que em um deles estão trabalhando o esteriótipo de gênero que delimita o que meninos e meninas podem fazer ou não. “A gente começou a puxar pelo lado do futebol para eles entenderem, já que aqui as meninas ganham muito no futebol do JESMA”, comenta Andréia.

Cada sala de aula tem um nome escolhido que homenageia uma mulher importante na história, e os cartazes dispostos em suas portas explicam o porquê  de terem sido escolhidas. Entre elas podemos encontrar Frida Kahlo, Djamila Ribeiro, Marie Curie, Maria Rita Py Dutra, Carolina Maria de Jesus, sem esquecer da Marta Vieira da Silva que ocupa o nome da sala do 3º ano.

 Apesar da pouca estrutura, os alunos da Sérgio Lopes participam em diversas categorias. Jogam tanto nos esportes coletivos quanto nos individuais, e mesmo que não tenham cesta de basquete para os treinos, improvisam com cadeiras empilhadas para compreenderem o básico do lançamento. Além disso, a vice diretora, Vanessa Flores explicou que a professora de Educação Física trabalha todas as modalidades  do esporte em aula, mas como o interesse dos alunos é grande, foi criado um projeto no turno inverso em que um professor proporciona 4 horas de futebol para os times feminino e masculino praticarem.

Raiane Lamach Almeida tem 12 anos e ganhou o troféu de primeiro lugar em xadrez no ano passado.

A Sérgio Lopes é bicampeã entre as escolas municipais, tendo arrecadado mais pontos pela grande participação em muitas categorias. No ano passado, o único título geral que ganhou foi no xadrez com a aluna Raiane Lamach Almeida do 6º ano, na categoria infantil. Ela conta que não achou ganharia, pois costumava perder nas partidas em aula, mas ficou muito feliz por poder representar o colégio. “Gosto muito da escola. Sempre que eu precisei eles me ajudaram”, confessa Raiane. Apesar de na hora nem acreditar que havia ganhado, a menina de 12 anos levou um troféu só dela para casa.

Desde 2016, quando a escola começou a participar JESMA, a realidade das crianças foi melhorando. O ex-aluno, Eduardo Conceição de Abreu, de 15 anos afirma que antes não era assim, “era só aula atrás de aula”. Foi quando mudou para escola municipal que Eduardo sentiu o incentivo ao esporte fazer uma diferença nos seus dias. “Eu sinto muita saudade da escola, venho ajudar aqui, às vezes, porque eu me sinto em casa; é como uma segunda casa pra mim”, expressa.

Além dos alunos aprenderem muito sobre disciplina e trabalho em grupo, a vice diretora, Vanessa Flores, relata também ter aprendido muito com eles. “Acho que o esporte é fundamental, tudo que eles aprendem influencia na aula, principalmente para trabalhar o companheirismo”, afirma Vanessa. Apesar das condições não serem das melhores, como precisarem descer no Rio Cadena para busca a bola quando cai, a vice diretora destaca a garra de seus alunos por nunca se vitimizarem, sempre manterem a determinação e persistirem, fazendo o que gostam. Mesmo no JESMA já foram elogiados pela organização, por sua educação e comportamento e, ainda,  por dificilmente receberem cartões durante as partidas.

“Elas voam com o futebol”, comenta a diretora Andréia sobre a participação das meninas no esporte.

A vice diretora ressalta que acha muito importante mostrar que acredita neles, e que  notou uma transformação quando o esporte começou a ser mais incentivado. “Eles se uniram muito mais em questão do esporte”, menciona. Mesmo quando um ex aluno vai participar de jogos, ela é convidada e sempre marca presença na plateia para torcer por seus alunos.

Foto: arquivo ACS

Profissionais que atuam nas Unidades Básicas de Saúde estão se deslocando até escolas públicas de Santa Maria. As principais atividades realizadas são verificação de vacinas atrasadas conforme faixa etária, e entrega de materiais educativos.A iniciativa integra a Semana Saúde na Escola, iniciativa organizada pelos ministérios da Saúde e da Educação, e  ocorre de 8 a 12 de abril.  Se necessário, a fim de atender todos os estudantes, algumas escolas terão atividades além dessa semana.

Segundo informações da Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Santa Maria, a proposta é” mobilizar e envolver a comunidade com ações prioritárias de educação em saúde sobre o tema “Imunização”. As ações visam favorecer a intersetorialidade e fortalecer a integração e a articulação das redes de Educação e a Atenção Básica, beneficiando  estudantes da Educação Infantil e dos ensinos Fundamental e Médio.  Caso os profissionais da saúde não consigam aplicar a dose na escola, os estudantes serão orientados a procurar as unidades de cada comunidade.

Confira as datas das visitas:

São José

– 8 de abril, na EMEF Miguel Beltrame

Vitor Hoffmann

– 8 e 9 de abril, na EEEM Castelo Branco

USF Urlândia

– 8, 11 e 12 de abril, na EMEF São Carlos

ESF São João

– 9 de abril, na EMEF Erlinda Minóggio Vinadé

Arroio do Só e Pains

– 10 de abril, com verificação da situação vacinal

Dom Antônio Reis

– 10 de abril, na EMEF Dom Antônio Reis, e 12 de abril, na EMEF Ione Medianeira Parcianello

Centro Social Urbano

– 10 e 11 de abril, na EMEF Fontoura Ilha

– 12 de abril, na Escola de Educação Infantil Casa da Criança

– 16 e 17 de abril, na EMEF Castro Alves

Santos

– 11 de abril, na EMEF Alfredo Winderlich

Alto da Boa Vista

– 11 de abril, na EMEF Adelmo Simas Genro

 

Fonte:  Manuela Vasconcellos, Superintendência de Comunicação Prefeitura Municipal de Santa Maria

 

Marcos Rolim
Rolim afirma que a educação é fundamental para que as pessoas possam reconstruir a vida, ter perspectiva e pensar em um futuro melhor. (Foto: Caroline Costa / Laboratório de Fotografia e Memória)

Os cursos de licenciatura do Centro Universitário Franciscano promoveram aula inaugural, na última terça-feira (11), com o jornalista e sociólogo Marcos Rolim, que abordou o tema “Educação, Violência e Pensamento” ,

Jornalista graduado pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), doutor e mestre em Sociologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), especialista em Segurança Pública pela Universidade de Oxford, Rolim é conhecido por defender os direitos humanos e lutar pela educação de crianças e adolescentes no Brasil.  

O sociólogo lançou há pouco tempo o livro ‘A Formação de Jovens Violentos – Estudo sobre a etiologia da violência extrema’, no qual busca explicações sobre a origem da violência praticada pelos jovens que estão à margem da criminalidade extrema e hoje estão afastados da sociedade, devido aos crimes que cometeram.

A análise foi desenvolvida por meio de entrevistas em profundidade com jovens presos, que cumprem medidas socioeducativas, traçando um perfil. A pesquisa apontou dados preocupantes e que chamam a atenção.

A educação como saída

Um dos principais pontos é a evasão escolar. A escola está perdendo seu papel para o crime, que todos os dias recruta jovens e adolescentes. O fato é que a instituição escolar está desabilitada a manter jovens por mais tempo do que os anos iniciais, o que gera desistência da maioria dos jovens de baixa renda.

Rolim afirma que a educação é fundamental para que as pessoas possam reconstruir a vida, ter perspectiva e pensar em um futuro melhor.

“Os dados expostos aqui hoje evidenciam e demonstram que, especialmente no Brasil, se as pessoas não alcançarem uma escolarização superior, elas não possuem condições de aprender mais, o que acaba implicando em subemprego e dificuldade de empregabilidade. O que está relacionado com alternativas ilegais de sobrevivência, como o crime”, explica ele.

Hoje, o grande desafio da escola é ser repensada, como ela pode se transformar um espaço que seja agradável e atraente para esses meninos e meninas que vivem em uma realidade completamente diferente das classes médias. E que não tiveram relação com a cultura dentro de casa, que não tiveram livros, pelo fato também dos pais serem analfabetos e não desenvolverem o hábito da leitura.

“Hoje uma criança de cinco e seis anos, quando chega na escola, se ela vem de classe média, chega praticamente alfabetizada. Ela tem o domínio de folhear um livro, mesmo que não saiba ler, porque na sua casa tem livros e porque seus pais lêem. Agora nas periferias, nas famílias semi-alfabetizadas não há se quer um livro dentro de casa, os pais não têm tempo e, muitas vezes, não sabem contar uma história para os seus filhos”, compara.

Escola defasada provoca evasão

Segundo Rolim, a escola continua a mesma que há 50 anos e é evidente que essas coisas não funcionam e com a fuga das crianças e adolescentes das escolas, eles acabam sendo atraídos e recrutados pelo crime. “No tráfico, eles são socializados de uma forma perversa. E exatamente ali onde a escola fracassou em acolhê-los o tráfico triunfa” observa Rolim.

A sociedade mudou bruscamente no últimos 30 anos. A escola e a forma de ensino continuam as mesmas dos pais desses adolescentes. Se o ensino não mudar, se a forma de desenvolver as habilidades dos alunos permanecer a mesma de anos atrás, cada vez mais o tráfico irá recrutar esses jovens.

Fotos: Luana Mello, acadêmica de Jornalismo
Ônibus da Leitura vai às escolas municipais. Fotos: Luana Mello, acadêmica de Jornalismo

Contar estórias, brincadeiras com fantoches e muita leitura é o que o Ônibus da Leitura transporta às escolas do município.  A iniciativa da Prefeitura de Santa Maria, por meio da Secretaria de Município da Educação, tem levado a literatura infanto-juvenil para as escolas do município. Na semana passada, o ônibus esteve nas escolas municipais  Santa Flora, na quinta-feira,17, e João Pedro Menna Barreto, na sexta-feira, 18. Ele completa o trabalho das escolas que desenvolvem, durante todo o ano letivo, os seus próprios projetos de leitura e, com a visita do ônibus, buscam levar aos seus alunos uma atividade diferenciada envolvendo a temática.

No caso da EMEF João Pedro Menna Barreto foi realizado o encerramento da sua VII Semaninha Literária, que neste ano abordou o tema “Portas”. “As portas se abrem e os alunos tem o mundo da leitura atrás delas e isso é muito importante, porque quando o aluno que lê, ele consegue sonhar, imaginar e ser feliz”, afirma a diretora da escola, Ilka Rejane Martins.

Fantoches e livros
Um ônibus cheio de fantoches e livros.

As crianças têm a oportunidade de explorar o ônibus, seus fantoches e livros espalhados pelos bancos, além de participar do momento de contação de histórias com a pedagoga Bruna Arend. Enquanto seus alunos prestavam atenção à história “O menino que morava no livro”, de Henrique Sitchin, a professora do 3º ano da EMEF Santa Flora, Maria Cristina Alagia, conta sobre o título a turma irá lançar no dia 30 de novembro.

O Projeto intitulado “Soldadinhos da Leitura” traz “causinhos” contados pelos alunos, que buscaram em seu dia a dia a inspiração para construir suas histórias. O livro conta ainda com a parceria da turma de 3º ano da EMEF Chácara das Flores, assim como de sua professora Viviane Leal.

“Como nós somos uma escola rural, eu tinha muita vontade que eles tivessem contato com uma escola da cidade, então nós fizemos esse intercâmbio com os alunos da escola Chácara das Flores. Eles criaram um e-mail, fizeram trocas de correspondência, eles nos visitaram e nós fomos até lá conhecer a escola também”, declara Maria Cristina.

Contação de estórias
Contação de estórias

Antes de produzir o livro, os alunos participaram de oficinas com a escritora Selma Feltrin, que falou sobre o processo de escrita. Além do texto, as crianças foram responsáveis também pela arte da capa. “Nós trabalhamos durante todos os meses com a imaginação, sempre desafiando os alunos a produzir, a pensar no texto”, conclui a professora. Essa atividade acontece dentro do Projeto A União Faz a Vida, do Sicredi.

O Ônibus da Leitura a Escola visitou a Escola de Ensino Fundamental Batista Paulo de Tarso na segunda-feira, 21; hoje, 23, está na Escola João Hundertmarck,  e amanhã, quinta-feira, 24, estará na Escola José Paim de Oliveira.

Fonte: Luana Mello, acadêmica de Jornalismo

“Nós não esperávamos que o índice de doenças fosse emergir tanto”, afirma Gabriela Fragoso, acadêmica de enfermagem do Centro Universitário Franciscano, ao constatar os altos índices de gripe e  infecção urinária entre os alunos da rede escolar de educação como resultado da pesquisa aplicada junto à escola da rede municipal de ensino.

Os dados apurados evidenciam um elevado número de doenças respiratórias, tais como: gripe: 47%; alergia respiratória: 21%; bronquite: 16% e pneumonia: 16%  indicando que a saúde escolar tem lacunas que exigem atenção. E também doenças que acometem o sistema digestivo dos alunos: diarréia: 45%; verminose: 24%; dor gástrica: 16% e constipação intestinal: 15%.

Professora Regina Costenaro, durante a Semana da Enfremagem. Foto: arquivo
Professora Regina Costenaro, coordenadora da pesquisa, durante a Semana da Enfermagem. Foto: arquivo

Os números constatados na pesquisa sobre as doenças do sistema digestório são considerados preocupantes, uma vez que, diarréia e verminose são condições possíveis de serem reparadas. Já a dor gástrica, pode estar associada à carência alimentar, visto que durante uma manhã de coleta de dados foi verificado que quatro estudantes sofriam de dor gástrica. E mesmo com algum problema de saúde, 42% dos alunos não deixaram de frequentar à escola. Os motivos apontados para tanto, mostram que a escola oferece alimento, além do fato dos responsáveis trabalharem em turno integral e não terem onde deixar os filhos,  faz com que os estudantes se encaminhem para a escola mesmo com dor. 

Tais resultados são parte da pesquisa  Doenças que acometem os escolares: principais causas e como prevenir, aprovada em 2015 e registrada na Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP), coordenada pela professora, Regina Gema Santini Costenaro, doutora em filosofia da enfermagem.

Desenvolvida desde 2015, a pesquisa avalia as condições de saúde dos escolares da rede pública em Santa Maria e foi aplicada na escola municipal Adelmo Simas Genro, região oeste da cidade,  quando avaliou cerca de 120 alunos com idade entre 06 e 17 anos. Através de questionário lido e preenchido junto aos responsáveis pelos alunos, investigou incidência de doenças como gripe, bronquite, pneumonia, alergia respiratória, otite, diarréia, hepatite, rubéola, catapora, caxumba, verminose, infecção urinária, constipação intestinal e dor gástrica.  Os responsáveis pelos estudantes foram questionados se algumas dessas patologias impediam os alunos de realizarem as atividades escolares, se possuíam saneamento básico em suas residências e de que maneira acreditavam que essas doenças poderiam ser prevenidas.

Segundo Regina Costenaro, “a avaliação das condições de saúde dos escolares é uma ferramenta de saúde pública importante, uma vez que permite a identificação precoce de sinais, tendências patológicas ou doenças instaladas na população de escolares”.  Para ela é necessário que  a saúde escolar tenha uma visão especial por parte dos profissionais da saúde, e ressalta a importância do trabalho de enfermeiros atuando nas dependências escolares.  “Não consigo imaginar temas de grande importância separados. Estas duas ciências trabalhando juntas podem contribuir para amenizar muitas situações e prevenir doenças”, observa a coordenadora  ao defender que os profissionais da saúde estejam inseridos na educação.

Mão-pé-boca

Síndrome mão-pé-boca. Foto: arquivo wikipedia
Síndrome mão-pé-boca. Foto: arquivo wikipedia

Dentre outras infecções presentes na saúde escolar da rede pública está a doença mão-pé-boca que interditou, em março deste ano, 12 escolas em Santa Maria e deixou mais de três mil alunos sem aulas na cidade. A suspensão se deu após 84 estudantes serem diagnosticados com os sintomas da infecção.

A virose é transmitida pelo enterovírus 71, também chamado de vírus cosxackie e afeta, principalmente, crianças menores de cinco anos. A transmissão ocorre pelo contato direto entre as pessoas por meio de tosse, espirros, saliva, objetos, alimentos contaminados e pelo contato com fezes infectadas.

Os sintomas da doença são febre, feridas na boca e na garganta, além de manchas avermelhadas pelo corpo. O tempo de ação do vírus no corpo varia de cinco a sete dias e o tratamento para aliviar o sintomas é a base de analgésicos e anti-inflamatórios.

Síndrome mão-pé-boca. Foto: arquivo
Síndrome mão-pé-boca. Foto: arquivo

Orientada pela Vigilância em Saúde do Município, as instituições que tiveram alunos diagnosticados com o vírus passaram por um processo de higienização. Os coordenadores das escolas receberam treinamentos para que fossem adotados os primeiros procedimentos caso uma criança fosse diagnosticada com a doença.

A Superintendente da Vigilância em Saúde, Selena Michel, declara que as medidas integram o Manual de Boas Práticas de Higiene criado pela Vigilância para a Educação Infantil. “As creches foram fechadas para que fossem higienizadas, de modo a evitar assim a propagação viral. Nas escolas em que tomamos essas medidas, a propagação parou”, afirma Selena.

As creches passaram por uma faxina geral: pisos e paredes foram lavados, brinquedos e louças desinfetados. Foram usados produtos como água sanitária, álcool, água, sabão e escova. Alguns brinquedos, por exemplo, foram deixados de molho na água sanitária com sabão, e desinfetados com álcool 70.  “Esse tipo de higienização serve para prevenir que outras pessoas contraiam a doença”, explica a superintendente.

Uma das escolas de educação infantil de Santa Maria, em que a doença mão – pé – boca se manifestou nos alunos e provocou a suspensão das aulas, foi o Centro de Educação Infantil Sinos de Belém, no bairro Nova Santa Marta, região oeste da cidade. Na instituição, apenas um aluno dos 230 matriculados foi diagnosticado com a virose e outro apresentou os sintomas. Apesar disso, por prevenção, as escolas foram suspensas.

Por Márcio Fontoura, Suellen Krieger e Victória Luiza. Matéria produzida na disciplina de Jornalismo Especializado II.

 

 

 

 

Sete escolas foram visitadas pela Blitz da 4ª Mostra das Profissões. Os alunos receberam o convite para comparecerem à feira no dia 17 de outubro. Foto: divulgação.
Alunos de sete escolas de Santa Maria foram visitados pela Blitz da 4ª Mostra das Profissões e receberam o convite para comparecerem à feira no dia 17 de outubro. Foto: divulgação.

A quarta edição da Mostra das Profissões do Centro Universitário Franciscano está imperdível e está chegando. Nesse ano, a mostra que acontece nessa sexta-feira, dia 17 de outubro, espera mais de três mil pessoas para conhecer os 33 cursos de graduação disponíveis na Universidade. O conjunto III da Instituição estará de portas abertas a partir das 9h às 20h, para que a comunidade e os futuros acadêmicos possam conhecer melhor as profissões, mediante as atrações preparadas por cada curso. A programação conta com estandes, shows, apresentações dos cursos, apresentações culturais e mais uma edição do concurso fotográfico.

As escolas Marco Polo e Instituto São José também foram visitadas pela Blitz da 4ª Mostra das Profissões. Foto: divulgação.
As escolas Marco Polo e Instituto São José também foram visitadas pela Blitz da 4ª Mostra das Profissões. Foto: divulgação.

Uma das novidades de 2014 foi o projeto “Experiência Universitária”, programa que possibilitou a visita dos futuros acadêmicos ao Centro Universitário Franciscano. A ação voltada para estudantes do ensino médio e de cursinhos pré-vestibulares, ocorreu de 22 de setembro ao dia 3 de outubro. Durante a visita, os participantes puderam fazer uma foto nas dependências da Instituição para participar do concurso Fotografe a Sua Experiência. O dono da foto mais votada ganhará um Iphone. As fotografias estão disponíveis no site da mostra para votação.

Com a inserção do curso de Medicina no Vestibular de Verão 2015, o curso terá um estande próprio para apresentação da formação. Além disso, a mostra contará com o Espaço Institucional que reunirá a Editora Unifra, a Pós-Graduação, a Incubadora Tecnológica, a Assessoria de Comunicação e o Setor de Intercâmbio para apoio e esclarecimento sobre o Centro Universitário Franciscano.

Confira a programação completa da 4ª Mostra das Profissões:

Horário Atração/Gênero/Duração Curso

9:45 – Encenação / Enfermagem

10:15 – Flash Mob/ Intervenção /  Letras

10:30 – Kelvin & Klaus / Música / Atlântida

11:30 – Desfile de Modas / Design de Moda

12h – 13:30 – Intervalo

 

14:00 –  Encenação / Enfermagem

14:30 – Música / Direito

15:00 – Encenação / Administração

15:30 – Vane K. / Atlântida

16:00 – Encenação / Fisioterapia

16:30 – 16:45 – Quic Response – jogo interativo / Coral Geografia e Pedagogia

17:00 – Encenação / Téc. Enfermagem

17:30 –  Música / Flash Mob TO / Letras

18:00 –  Encenação / Enfermagem

18:30 – Jones Hauck / Música / Atlântida

19:00 – Encerramento / Sorteio IPhone

Natal do Coração 2013 terá participação especial das crianças e adolescentes das escolas de Santa Maria. Foto: Vitor Mirailh

Segue a programação do Natal do Coração 2013. Nesta sexta-feira, 22 de novembro, Santa Maria terá a Noite da Educação Fiscal, promovida pelo Programa Municipal de Educação Fiscal (PMEF). O evento será realizado na Praça Saldanha Marinho e irá dispor de uma série de apresentações artísticas das escolas municipais e estaduais da cidade. Além das escolas, a Noite da Educação Fiscal terá a participação da Escola de Dança de Salão Oito Tempos, do Dance One Cia de Dança, do Clube Recreativo Dores, e do Street Art Grupo de Dança, da IPI Santa Maria.

No sábado, 23, a programação inicia logo pela manhã. Das 9h30min às 13h, haverá o encerramento da semana dedicada à primeira infância. Durante o período, a comunidade terá á disposição serviços como conscientização sobre o câncer infantil e atividades recreativas. À noite, das 19h às 22h30min, o palco principal recebe as bandas Balanço do Forró e Rosa Madalena. No domingo, 24, a partir das 19h, a atração fica por conta dos mais diversos estilos musicais. O show será das bandas Clube do Samba e Banda Rocksane.

 

Confira a programação completa para este final de semana:

Data: Sexta-feira (22)

Local: Praça Saldanha Marinho

19h: Apresentação do Programa Municipal Educação Fiscal (PMEF)

EMEF junto ao CAIC Luizinho De Grandi
EMEF Hylda Vasconcellos
EMEF Antonio Gonçalves do Amaral
EMEF Vicente Farencena
EMEF Pão dos Pobres Santo Antônio
EMEF Rejane Garcia Gervini
EMEF Zenir Aita
Dance One Cia de Dança – Clube Recreativo Dores
Street Art Grupo de Dança
EMEF João Link Sobrinho
Escola de Dança de Salão Oito Tempos – Lucas Pendezza e Daniela Lopes

 

Data: Sábado (23)
Local- Praça Saldanha Marinho

9h às 13h: Primeira Infância Melhor e Turma do Ique**

19h: Balanço do Forró

20h: Apresentação da Banda Rosa Madalena

*Em alusão ao encerramento da Semana dedicada à Primeira Infância, das 9h às 13h30 serão realizados vários serviços e atividades recreativas na Praça Saldanha Marinho. Estão previstas as apresentações da Banda Marcial do Projeto Social da Vila Urlândia, Grupo de Capoeira e Percussão – Escola Pão dos Pobres, Coral Vidas em Canto – Escola Marista Santa Marta e Grupo Muzenza de Capoeira.

* Em alusão ao Dia Mundial de Combate ao Câncer Infantil, a Turma do Ique irá expor os trabalhos recreativos, de acolhimento e de artesanato feito com as crianças, bem como a comercialização de produtos da grife “Turma do Ique”.

 Data: Domingo (24)

Local: Praça Saldanha Marinho

19h: Clube do Samba

21h: Banda Rocksane

 

Fonte: Prefeitura de Santa Maria.

Durante a 59ª Feira do Livro de Porto Alegre, as professoras promoveram atividades que objetivavam o incentivo à leitura. Foto: Divulgação/Marieta D'Ambrósio.

A Escola Estadual de Ensino Fundamental Marieta D’Ambrósio, de Santa Maria, lançou o livro “Desafios na Prática Docente” na 59ª Feira do Livro de Porto Alegre, que teve encerramento no último domingo, 17 de novembro. O livro foi organizado pelas professoras Adriane Maria Limana Guerra, Ethyene da Silva de Vargas e Marta Regina Fontoura, que buscam, através desse, alternativas para os problemas e necessidades cotidianas da escola e aperfeiçoar do conhecimento na temática do letramento.

O lançamento do livro não foi a única atração proposta pelas educadoras. Durante a feira, no espaço Vitrine da Leitura, junto à biblioteca Moacyr Scliar, as professoras realizaram outras atividades, como a gaiola dos poemas. O público era convidado a libertar um poema e, após, desafiado a participar da oficina literária, coordenada pela professora Edinara Leão. Ao final da oficina, os participantes receberam uma cópia do título produzido pelas professoras.

A produção do livro “Desafios na Prática Docente” contou com o apoio da Secretaria de Estado da Educação (Seduc) e apresenta, nos dois primeiros capítulos, oficinas, palestras e atividades pedagógicas voltadas às necessidades da escola. O terceiro mostra o resultado dessa formação, com produções de prosa e poesia, de autoria de professores da escola e outras instituições de ensino.

No mês de dezembro ocorre a divulgação dos vencedores do concurso literário, promovido pela Escola Marieta D’Ambrósio. O concurso deve virar livro. As professoras afirmam que pretendem continuar com as produções literárias em 2014.

Concurso de dança é realizado no pátio da escola. Foto: Pedro Corrêa.

A importância dos jovens na cultura gaúcha é tanta que existe até um dia especial que representa isso: dia 5 de setembro. Segundo os especialistas em cultura gaúcha, nesse mesmo dia, em 1947, oito jovens saíram pilchados, em seus cavalos, pelas ruas de Porto Alegre. Eles traziam os restos mortais do herói farroupilha David Canabarro de Sant’Ana do Livramento para a capital e Paixão Cortes os recebeu e fez a guarda de honra destes gaúchos  para homenagem. Eles saíram ao longo da Avenida Farrapos até a praça da Alfândega. Naquele momento, Paixão Cortes saiu à procura de voluntários que, como ele, quisessem reviver a cultura do povo gaúcho que se encontrava visivelmente esquecida perante outras manifestações culturais.

Desde a revalorização desses elementos, através da invenção dos centros de tradições gaúchas, a semana farroupilha é uma semana especial para quem nasce em qualquer cidade do Rio Grande do Sul. Costumes, hábitos e valores são ensinados e transmitidos para as gerações seguintes. No Colégio Estadual São Sepé, por exemplo, há 2 anos é realizado um churrasco no pátio da escola com todas as turmas, nos dias próximos a 20 de setembro. Brincadeiras típicas, como “laçar a vaca parada”, declamação de versos, “soletrando” e concurso de danças os alunos, fazem parte da programação que permitem que os alunos fiquem envolvidos e vivenciem tradições típicas da figura do gaúcho rural.

Escolas propõem atividades que visam o incentivo às tradições gaúchas. Foto: Pedro Corrêa.

Os jovens, em sua maioria, são assíduos em todos os bailes da semana farroupilha, e, para eles, essa semana é esperada por todo o ano letivo. É o que conta a aluna Isadora Seixas,17 anos, do 3º ano ensino médio. “A semana farroupilha, para mim, é uma época onde aflora de uma maneira inexplicável o amor pelas tradições. Espero o ano todo por essa semana e vou a todos os bailes. O amor pelo meu estado fica lá escondidinho, mas nunca esquecido e quando chega essa época ele solta aos quatro ventos”, diz Isadora.
Os professores da escola se envolvem ao elaborar as brincadeiras, assar churrasco com os alunos, e ao passar um pouco do amor à cultura gaúcha para os seus pupilos. A aluna Oleana Ribas, vestibulanda, afirma que aprendeu a gostar das tradições porque o colégio a fez se interessar por isso. “Eu tinha certo pré-conceito com CTG e semana farroupilha, mas depois que eu vi e entendi o que é mesmo, comecei a gostar e até frequentar. A cultura gaúcha, mais precisamente a nossa história farroupilha é linda, e deve ser mantida e preservada de geração em geração”, declara. Oleana encerrou afirmando que pretende incentivar os filhos no cultivo das tradições gaúchas.

A semana farroupilha sempre será uma semana em que sul-rio-grandenses ficam mais gaúchos do que nunca porque um sentimento nacionalista fala mais alto nessa época do ano. Para o Gustavo Peixoto, 17 anos, trata-se de uma época mais importante que a semana da pátria. “Minha pátria é o meu estado Rio Grande do Sul, sou bairrista, e semana da pátria pra mim passa batido, agora a semana farroupilha é outros quinhentos. Cultuo as tradições como manda o figurino e danço até clarear o dia nos bailes e como bóia campeira a semana toda”, afirma. 

Os jovens tradicionalistas, hoje, fazem a cara dos CTG’s. São a certeza de que os valores e hábitos  não serão esquecidos e que serão sempre cultivados, a cada geração. “O tradicionalismo pra mim representa  uma forma de seguir os passos dos nossos que antepassados (avôs, pais, bisas) nos deixaram como herança cultural; representa o orgulho e respeito pelas origens”, alegou Marcela Santos, 17 anos. A cultura gaúcha cultuada na nova geração, no cotidiano, nas escolas ou nos centros tradicionalistas, são uma evidência de que há aspectos e elementos desta identidade cultural que se perpetuaram, pois permanecem, mesmo com algumas alterações. Como determina a música do grupo “Os Fagundes”: “Eu sei que não vou morrer, porque de mim vai ficar, o mundo que eu construí. O meu Rio Grande, o meu lar, campeando as próprias origens, qualquer guri vai achar.

Por Pedro Corrêa