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Romaria reúne 250 mil fiéis em sua 81ª edição

Esta é a primeira edição da Romaria com Nossa Senhora Medianeira coroada Rainha do Povo Gaúcho.
Além das missas, shows e momentos de espiritualidade, a programação contou com uma rústica no sábado pela manhã.

A fé ainda prevalece

Milhares de devotos participaram, neste domingo (11), de uma das principais celebrações religiosas do Rio Grande do Sul a Romaria de Nossa Senhora Medianeira, em Santa Maria. Os fiéis saíram da Catedral Metropolitana e percorreram cerca de

A fé que move fiéis em direção a Santa Maria

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A fé moveu milhares em Santa Maria

250 mil pessoas, segundo a Brigada Militar,  foi o número de romeiros que caminharam os 2,2 KM da Catedral Metropolitana até a Basílica da Medianeira, na procissão à padroeira do Estado, Nossa Senhora Medianeira, na manhã

Os significados da Páscoa

Uma palavra tão pequena, mas de significado muito grande na vida dos cristãos. A Páscoa é comemorada em vários países do mundo, porém nem todos celebram a data como muitos brasileiros, junto da família, com a tradicional brincadeira

Romeiros realizam procissão em reverência à imagem de Nossa Senhora Medianeira
Imagem: Michélli Silveira/LABFEM

A abertura oficial da 81ª Romaria Estadual da Medianeira ocorreu na tarde da última sexta-feira, 8 de novembro, na Basílica Santuário de Nossa Senhora Medianeira. O momento reuniu autoridades e membros da comunidade religiosa para celebrar o início de um dos maiores eventos de devoção mariana no Rio Grande do Sul. Estavam presentes o arcebispo de Maceió, Dom Carlos Alberto Breis, Irmão Alan, Missionário Redentorista, o vigário geral Padre Cristiano Quatrin, o reitor da Basílica do Pai Eterno de Trindade, em Goiás, padre Marco Aurélio Martins, além do Cônsul da Itália no estado, Valério Caruso. 

A celebração, que teve como tema “Maria, Mãe da Igreja, intercedei por nós” foi marcada por cânticos, orações e a mensagem do arcebispo metropolitano, que ressaltou a importância da fé e da esperança em tempos tão difíceis.  Dom Leomar fez uma reflexão sobre o significado da romaria e a importância do tema. Para ele, tanto a coroação quanto a romaria têm em comum a palavra “esperança”. “E esperança no sentido de que está na hora de nós sermos realistas, mas confiar naquele que nos criou”, destacou o arcebispo.  

A irmã Iraní Rupolo, reitora da Universidade Franciscana, instituição que tem sido uma das principais aliadas da arquidiocese, comentou sobre o significado desse evento para a cidade e para a devoção: “A Romaria da Medianeira já vem acontecendo regularmente há 80 anos. Agora, na 81ª edição, podemos ver o quanto o povo gaúcho, especialmente de Santa Maria e região, se dedica a este ato de fé”. A reitora acredita que, ao adotar a imagem da Nossa Senhora da Medianeira como Rainha, a romaria ganhara ainda mais força, tanto em termos de espiritualidade quanto de presença popular. “A devoção à Medianeira como Rainha vai atrair mais a fé, a devoção e a espiritualidade do povo gaúcho. É um movimento que tende a crescer, a se expandir”, afirma. 

Na manhã do dia seguinte, sábado, 9 de novembro, às 6h30min, ocorreu a segunda edição da Rústica da Medianeira, que reuniu 500 corredores em um evento que interligou esporte e espiritualidade pelas ruas de Santa Maria. Organizada pela GOFIT, pela Arquidiocese de Santa Maria e pela Basílica da Medianeira, a prova contou com percursos de 5 e 10 km para corrida e um trecho de 3 km para caminhada.

O ponto de partida foi dado com entusiasmo, sendo iniciado por um atleta cadeirante. Logo em sequência, foi a vez dos corredores se desafiarem nos trajetos de 10 km, 5 km, e, por fim, dos participantes da caminhada, percorrerem os 3 km. O trajeto principal se estendeu pela Avenida Nossa Senhora Medianeira, uma rota simbólica que inspirou e motivou participantes e espectadores como Romeiros da Rainha do Povo Gaúcho.

Para Carlos Alberto Ferreira, participar da Rústica auxilia a manter o bem-estar na rotina: “Eu comecei a correr faz seis meses. É muito gratificante poder participar. Agradeço às pessoas que me incentivaram a começar a correr”. Já Lucas de Andrade, de 34 anos, relatou que a Rústica foi uma ótima experiência: “Fazia muito tempo que eu não corria. O tempo, o dia e o clima de hoje contribuíram para que fosse uma boa corrida”.

A Rústica da Medianeira foi marcada pela presença vibrante do Animador Padre Júnior Lago, que trouxe ainda mais entusiasmo ao evento, apoiando cada corredor que se dispôs a participar dessa jornada especial de superação e devoção.

A programação da manhã do segundo dia de Romaria, 9 de novembro, foi encerrada com uma missa na Basílica da Medianeira, às 10h30. A celebração eucarística foi conduzida pelo Padre Rogério Schlindwein, administrador paroquial da Paróquia São João Evangelista.

Na tarde de sábado, às 15h, também na Basílica da Medianeira, ocorreu a Missa da Saúde. A celebração, que reuniu diversos romeiros e foi presidida pelo Arcebispo Metropolitano de Santa Maria, Dom Leomar Antônio Brustolin, foi destinada a abençoar toda a comunidade, sobretudo aquelas pessoas que enfrentam problemas de saúde e aguardam pela cura.

Os participantes ainda foram convidados para a Indulgência, um perdão especial para fiéis acima de 65 anos, que ocorrerá no dia 11 de fevereiro. Logo depois, houve o momento de adoração e benção do Santíssimo Sacramento.

Por meio de uma mensagem de esperança e acolhimento, o Arcebispo destacou a importância do cuidado à saúde dos mais jovens e o enfrentamento do sofrimento: “Quando a gente sofre com a sensação de que Deus nos abandona é pelo contrário, é quando estamos apavorados, pode ser sofrimento físico ou mental. Deus está conosco! Está conosco do mesmo jeito que uma mãe faz com um filho doente. A mãe com o filho doente abandona tudo para o filho que mais precisa.”, reiterou.

Na noite de sábado, durante a programação da 81ª Romaria Estadual da Medianeira, um momento cultural saudou o público presente. A banda Os Fagundes, ícones da música tradicionalista gaúcha, uniram a fé e a cultura popular em uma apresentação memorável. Com pipoca, chimarrão e muita alegria, centenas de famílias cantaram e dançaram por mais de uma hora e meia um repertório que transitou entre o gauchesco e o religioso católico, gerando um clima de celebração e devoção.

A banda Os Fagundes, com sua longa trajetória no Rio Grande do Sul, representa a música tradicionalista que valoriza as raízes do povo gaúcho. Dom Leomar, Arcebispo Metropolitano de Santa Maria, ressaltou que a banda foi escolhida para valorizar artistas da região e a relevância da cultura regional no contexto da fé vivida na Romaria. Com harmonia entre o sagrado e o tradicionalista, a noite de sábado se tornou um marco de celebração da cultura, da fé e da união do povo gaúcho em torno da Medianeira.

Durante a homilia, Pe. Rogério destacou que Maria ensina os fieis a ter um coração grato, capaz de transformar seus lares e o ambiente em que vivem. “A mensagem de Deus sempre tem um endereço certo. Com um coração agradecido, Maria canta Magnificat com as maravilhas que Deus fez em seu favor. Ela nos ensina a ter este coração agradecido, que tanto faz falta nos dias de hoje para olhar para o nosso contexto de um jeito mais positivo, assim como Maria fez”, afirmou o Pe. Rogério.

Na manhã de domingo, último dia da Romaria, ocorreu a tradicional procissão de Nossa Senhora Medianeira, que saiu às 8h30 da Catedral Metropolitana, na Avenida Rio Branco. Antes de percorrer cerca de dois quilômetros, até a Basílica da Medianeira, o arcebispo de Santa Maria, Dom Leomar Brustolin, rezou, juntamente com os guardiões da Mãe, que iam carregá-la na procissão, uma Ave-Maria.

De acordo com os números divulgados pela Brigada Militar, a procissão reuniu cerca de 250 mil pessoas de diversas localidades do país. A prática consiste em um espaço de convívio interpessoal, permitindo com que os fiéis explorem as potencialidades de sua fé e que os visitantes desfrutem o momento por meio de experiências marcantes em relação ao conhecimento de rituais e credos praticados pela religião.

Nestor Freitas contou que desde 1975, quando chegou em Santa Maria, participa da Romaria. “A gente sempre comparece, aqui é uma área de graça. A gente se sente agraciado pela nossa Senhora Medianeira. Sempre que eu tenho algum problema eu intercedo a Nossa Senhora, peço a intercessão dela para que ela me dê aquela graça e tenho sempre recebido.”, comentou Freitas.

A procissão teve começou pela Avenida Rio Branco, passando pela Rua do Acampamento e pela Avenida Nossa Senhora Medianeira até Parque da Medianeira, onde chegou por volta das 10h. Após a chegada da imagem de Nossa Senhora Medianeira ao Parque, no Altar Monumento ocorreu a Missa Solene, presidida pelo Arcebispo de Maceió, Carlos Alberto Breis Pereira, pertencente a Ordem dos Frades Menores (O.F.M). A tão aguardada missa principal, caracterizada por ser realizada no ambiente externo do Parque da Medianeira, foi marcada pela concentração massiva de fiéis no entorno do Altar. “Nessa Romaria, o melhor presente para dar a Medianeira é de renovar o nosso compromisso da caminhada com Jesus”, falou Dom Breis aos fiéis.

Dom Breis também destacou três sentidos de “graça” atribuídos a Maria: Dom, Alegria e Beleza. O dom concedido à Virgem foi seu sim ao ser a serva do Senhor, recebendo o privilégio de chamar o Criador do universo de “meu filho”. A alegria do Evangelho, que preenche a vida de quem aceita Jesus e encontra uma nova razão para viver. Por fim, Dom Breis afirmou que Maria é a mulher bela por excelência, não conforme os padrões de beleza que conhecemos, mas sim pela comunhão e solidariedade que demonstrou ao longo do Evangelho.

Imagens: Nelson Bofill, Michélli Silveira, Luiza Silveira e Guilherme Pregardier/LABFEM

Matéria com informações produzidas em conjunto pela Universidade Franciscana e voluntários da Pascom/Arquidiocese de Santa Maria.

Milhares de devotos participaram, neste domingo (11), de uma das principais celebrações religiosas do Rio Grande do Sul a Romaria de Nossa Senhora Medianeira, em Santa Maria. Os fiéis saíram da Catedral Metropolitana e percorreram cerca de três quilômetros até o Santuário da Medianeira. Nas mãos dos devotos, flores, terços, velas e imagens de Nossa Senhora da Medianeira.

Mesmo de cadeira de rodas, o agricultor Edson Luis Rossi, 55 anos, participa de todas as romarias. Ele virou devoto da Mãe Medianeira depois de sofrer um acidente: “Venho todos os anos e hoje vim agradecer por estar vivo”, confessou Rossi.

Durante o trajeto da procissão e na missa celebrada em frente ao Altar Monumento no domingo, foram muitos os pedidos e os agradecimentos feitos à Mãe Medianeira.“As pessoas vem para Romaria em busca de fé, suporte espiritual e esperança para suas vidas. O mundo necessita de compaixão e boas intenções. A minha expectativa é que tenhamos muita paz”, disse Sirlei Barcelos, aposentada, 62 anos.

A romaria atraiu também pessoas de outras cidades. Eliane Bastos, 35 anos, moradora de Porto Alegre veio pela primeira vez na procissão. “Acredito que, assim como eu, a maioria dos romeiros vem em busca de fortalecer a fé e esperança de um mundo melhor”, comentou.

Já por outro lado, há inúmeros fiéis da cidade. Levam ao pé da letra a palavra “fidelidade”, pois não perdem uma romaria. Rosa Maria Fogaça, 52 anos, bancária aposentada comenta: “Venho desde criança. Todos os anos, as pessoas vêm em busca da renovação da fé devido às dificuldades que cada um passa. Eu noto que cada ano cresce o número de romeiros”.

Fiéis de todo estado manifestaram sua devoção na 74ª Romaria da Medianeira. Foto: Matheus Jardim

Talvez um dos maiores mistérios da humanidade seja a fé. Ainda que não se tenha comprovação científica ou evidência da existência de milagres e curas, essa força que brota do mais íntimo do ser humano é capaz de comover e mover pessoas. E não foi diferente na 74ª Romaria Estadual de Nossa Senhora Medianeira, realizada no dia 12 de novembro, em Santa Maria. Esta edição é realizada no Ano Mariano, celebrado pela Igreja Católica no Brasil em comemoração ao centenário da aparição de Nossa Senhora de Fátima, em Portugal, e aos 300 anos de surgimento da imagem de Nossa Senhora Aparecida, no rio Paraíba do Sul, no Sudeste do Brasil.

Nem o forte calor impediu a participação dos fiéis na procissão, que culminou em missa campal no Santuário Basílica de Nossa Senhora Medianeira. Agradecimento por graças alcançadas, pagamento de promessas e tradição familiar são os principais motivos que trouxeram mais de 300 mil fiéis a Santa Maria, incluindo caravanas de outros estados. Exemplos como o de João, deficiente visual de Belo Horizonte, que há 33 anos participa da Romaria da Medianeira. João Eduardo dos Santos, 50 anos, acompanha a procissão junto ao veículo que carregou a imagem da Mãe Medianeira pelas ruas da cidade. O próprio arcebispo de Santa Maria, Dom Hélio Adelar Rupert, reconhece a devoção de João. “É mais fácil o bispo não estar presente do que seu João faltar a uma romaria”, afirma em tom de brincadeira.

Há romeiros que contam suas curas pela Mãe Medianeira e comparecem anualmente desde então. Um deles é Dirceu Canabrava, 68 anos. Ele foi operado de úlceras no intestino grosso e no fígado. No entanto, como precisava manter os cinco filhos e a esposa, trabalhou logo após a operação, e adquiriu hérnia em função disso.

“A minha hérnia tinha tamanho semelhante ao de uma bola de bocha”, comenta. Ele fez os exames, marcou a cirurgia e aguardou três anos por falta de leito. Veio, então, a Romaria pedir pela cura, mesmo com dúvidas quanto ao milagre. Após a procissão não sentiu mais dor e garante que a hérnia desapareceu.

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Paróquia Nossa Senhora do Rosário. Fotos: Rodrigo Souza. Lab. Fotografia e Memória

Marca arquitetônica central no bairro e situada em frente ao conjunto III do Centro Universitário Franciscano, a Igreja Nossa Senhora do Rosário foi inaugurada em 1959, como Paróquia com a proposta de congregar e acolher os moradores do Rosário. A história das origens da igreja, no entanto, é anterior. Data do ano 1873,  com a instauração da Irmandade Nossa Senhora do Rosário – uma iniciativa da comunidade negra que, a partir dos muros do cemitério Santa Cruz (1854), ergueu uma capela para abrigar a sua religiosidade, uma vez que desde a época da escravidão, os negros eram impedidos de frequentar as mesmas igrejas dos senhores (brancos).

No Brasil, as igrejas de Nossa Senhora do Rosário  nasceram dessas irmandades negras constituídas no final do período colonial – a primeira data de 1725 –  que serviram como locais para atividades religiosas, acolhimento dos escravos alforriados e a administração da Irmandade, composta de diretoria e mesários. Em muitos locais,  as igrejas mantém as denominações originais como Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos  ou Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, como é chamada popularmente.

Em Santa Maria, somente no ano de 1889 a Irmandade foi aprovada. Um ano após, em 1990, foi lançada a pedra fundamental da capela. E em sete de outubro de 1901 foi inaugurada a Capela Nossa Senhora do Rosário, quando o então padre Aquiles Caetano Pagliuca, benzeu o local.

Os padroeiros e os párocos

Nossa Senhora do Rosário, a padroeira principal,  também é, tradicionalmente, a santa de devoção dos negros devido à semelhança entre o rosário e o fio de contas  usado nas  religiões de matriz africana. Segundo historiadores, os escravos recolhiam as sementes de um capim, cujas contas são grossas, denominadas “lágrimas de Nossa Senhora”, e montavam terços para rezar. Em Santa Maria, a estátua da padroeira, vinda de Roma, foi

São Benedito, ou Benedito, o mouro, como era conhecido, é o único santo negro da Igreja Católica. Foto: João Pedro Foletto. Lab. Fotografia e Memória
São Benedito, ou Benedito, o mouro, como era conhecido, é o único santo negro da Igreja Católica. Foto: João Pedro Foletto. Lab. Fotografia e Memória

benzida por São Pio X.

São Judas Tadeu e São Benedito são padroeiros secundários. São Benedito encontra-se à esquerda da porta de entrada da paróquia. A imagem

recuperou seu lugar em meados de 2006 , depois de longo tempo nos porões da igreja. Nessa ocasião, o pároco local restaurou a imagem e buscou retomar a identidade da igreja do Rosário, reaproximando-a da comunidade afrodescendente.

Hoje, o padre Luiz Artêmio Santi, entrevistado para essa reportagem, faz um resgate histórico do endereço onde hoje se localiza a Paróquia Nossa Senhora do Rosário. Com o auxilio dos cinco livros tombos – livros de registros de atividades da freguesia – ele descreveu a trajetória de um ponto importante do bairro.

A capela passou por um período em que, segundo Pe. Luiz, ficou sob a posse da maçonaria. O fato ocorreu no ano de 1914. No ano seguinte, a capela reabriu e funcionou até 1942, quando passou por uma reforma. Em 1943, foi lançada a pedra fundamental da igreja. No ano de 1949 começaram os esforços para tornar a Igreja Nossa Senhora do Rosário paróquia, o que aconteceria em 1959.

A arquitetura simples e acolhedora é um convite ao recolhimento e à reflexão.
A arquitetura simples e acolhedora é um convite ao recolhimento e à reflexão.

O padre Luiz Artêmio está em sua segunda passagem pela paróquia. A primeira foi entre os anos de 1972 a 1974, a segunda iniciou-se em 7 de abril de 2013 e segue até hoje . Ao todo houve 13 passagens de párocos pela Nossa Senhora do Rosário

 Os frequentadores

De acordo com a moradora Lori Salete de Bem, 72 anos, frequentadora da paróquia, celebrações de casamentos eram realizadas todos os sábados. Amélia Müller, 82 anos, conta que assiste a missa uma vez por mês. “Eu ia à paróquia com mais frequência antes, mas como moro longe, o deslocamento para mim é cansativo”, revela.

Para Amélia- que considera o lugar como ponto de referência e importância para o bairro- o número de fieis caiu na paróquia em função da não relevância de certos problemas.

Nascido no Rosário, Paulo Medeiros, 60 anos, revela que hoje não frequenta mais a paróquia, mas comenta que há alguns anos o lugar era mais frequentado. “A paróquia é referência do Rosário, mas o movimento caiu bastante. Já ouvi falar que a causa disso é a troca frequente de párocos”, conta Medeiros.

Em entrevista para a página Pôr do Sol do Rosário, o Pe. Luiz também comenta sobre o movimento de fiéis na Paróquia. No vídeo, há também o depoimento do professor do curso de Arquitetura e Urbanismo, Adriano da Silva, que participou da última reforma do local, em 2009.

Para quem quiser mais informações sobre as atividades na Paróquia, basta ligar para o telefone: 30284009  ou ir até ela na rua do Rosário, n°401.

A tabela abaixo traz os horários das missas.missas

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Milhares de romeiros se reuniram ao redor do Altar Monumento para realização da missa campal (Foto: Diego Garlet/Laboratório de Fotografia e Memória)

250 mil pessoas, segundo a Brigada Militar,  foi o número de romeiros que caminharam os 2,2 KM da Catedral Metropolitana até a Basílica da Medianeira, na procissão à padroeira do Estado, Nossa Senhora Medianeira, na manhã do último domingo.

Para Maria Clara Neves, 48, que fez a caminhada de pés descalços pela segunda vez, foi a maior Romaria que já presenciou e crê que a manifestação religiosa irá crescer mais ainda nos próximos anos. “Minha prece na última Romaria foi atendida, as pessoas estão renovando sua fé com tempo e cada vez mais irão vir agradecer a mãe Medianeira”, completou a romeira.

A missa campal rezada pelo bispo auxiliar de Aparecida, Dom Darci José Nicioli, reuniu os milhares de romeiros que não se importaram com o sol e demonstraram fortes manifestações de fé. Francisco Pereira, 68, que veio de Cachoeira do Sul para a Romaria, enfrentou o sol durante a procissão e a missa para agradecer a padroeira pela cura de pneumonia no fim do ano passado. “Passei por tempos difíceis e, graças a Medianeira, hoje estou bem, então vim agradecer”, conta o agricultor que diz ter pretensão de vir nas próximas Romarias também.“Enquanto a saúde permitir, irei sempre agradecer a Nossa Senhora”, afirma.

Os ovos de chocolate são uns dos símbolos da Páscoa. Foto: Reprodução

Uma palavra tão pequena, mas de significado muito grande na vida dos cristãos. A Páscoa é comemorada em vários países do mundo, porém nem todos celebram a data como muitos brasileiros, junto da família, com a tradicional brincadeira de caçar os ovos de chocolate. Há países que nem a celebram, a exemplo do Japão e dos países Muçulmanos.

Aqui, a Páscoa é um momento de reflexão, no qual celebramos a vida, o amor, a paz, a união e o respeito. A Igreja Católica considera a Páscoa a celebração mais importante, pois celebra a passagem da morte para a vida, a ressurreição de Jesus Cristo.

Para o estudante Pedro Correa, 19 anos, a Páscoa é o momento de refletir sobre a morte de Jesus Cristo e sobre os sacrifícios que ele fez pela humanidade. Diferente do pensamento de Marissa Moreira, 18 anos, ateia. Para ela, a Páscoa não tem significado relevante, pois não tem ligação com Deus.

Uma dos aspectos divertidos é à hora em que as crianças vão à procura de suas cestas, guiadas pelas pegadas de coelhos, realizada por seus pais. Para Diego Oliveira, esse era o motivo pelo qual ele mais gostava da Páscoa quando criança. Por isso, também, a data é muito importante para o comércio, pois os consumidores não associam só a religião, mas também ao consumo de chocolates para presentear amigos e familiares.

No dia 20 de abril, data em que celebraremos a Páscoa, muitas reflexões devem ser feitas. Pode ser um bom momento de perdoar, de rever conceitos e de celebrar a esperança de vida nova.

Por Fernanda Gonçalves e Francine Antunes