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felicidade

A felicidade está na palma da mão

De maneira geral, todas as pessoas buscam a felicidade, mas ela depende de alguns fatores para ser concretizada. Podemos dizer que existe uma fórmula para se chegar ao sentimento pleno. Com essa temática, a psicóloga Clarissa Tochetto de Oliveira,

Bem-estar e felicidade foram tema de abertura do XVIII SEPE

“O que interessa às pessoas: ausência de doença mental ou ampliação do bem-estar psíquico?”, essa foi a pergunta que regeu a palestra de abertura do XVIII Simpósio de Ensino, Pesquisa e Extensão do Centro Universitário Franciscano.

Dançar para ser feliz

Dançar não se resume apenas à aquisição de habilidades. Além de descontração, desenvoltura, disciplina e uma notável melhora na postura do bailarino, ela contribui para a formação cultural da sociedade e auxilia em processos terapêuticos. Como

Bruna Lombardi autografou seu novo livro após a palestra

A atriz, poeta, escritora, apresentadora, roteirista, produtora, palestrante e ativista ambiental Bruna Lombardi esteve, no dia 19 de outubro, na região de Santa Maria. Ela participou da 3ª Convenção do Varejo da Região Centro do RS e da 6ª Convenção da Associação Gaúcha para Desenvolvimento do Varejo (AGV). Realizadas simultaneamente e promovidas em parceria com a Câmara dos Dirigentes Lojistas de Santa Maria, foram sediadas pelo Hotel Business Center Beira Rio, no município de Restinga Seca.

A atração principal da noite foi a atriz, que falou sobre o tema felicidade. Ela abordou assuntos relacionados às escolhas que fazemos na vida, como atitude positiva, qualidade de vida, equilíbrio entre vida pessoal e profissional, autoconhecimento e “mindfulness”. Bruna falou sobre o seu portal, a Rede Felicidade, que é um ponto de encontro interativo e tem como propósito promover o equilíbrio entre o corpo, mente e espírito. Por meio da sua Rede, realiza em diversas cidades do Brasil as Jornadas do Conhecimento, um bate-papo com o público sobre temas essenciais para tornar a vida melhor, feliz e mais produtiva.

O público estava atento às palavras da palestrante, assim como jornalistas, empresários e admiradores. O clima era de contemplação e reflexão da plateia aos assuntos dialogados por Bruna. Logo após o término da palestra, foi feita uma sessão de autógrafos de seu mais recente livro de poesias, “Clímax”, quando as pessoas também puderam tirar fotos com a poeta.

No camarim, ela respondeu algumas perguntas sobre as mudanças que fazemos na vida e salientou que a mudança que buscamos precisa de inovação, uma nova maneira de pensar novos hábitos. As pessoas ficam tão inseguras quando tem que tomar uma decisão importante e tudo isso está relacionado com o medo de errar. “Todas as escolhas feitas hoje, determinam o futuro. A grande satisfação é você descobrir o melhor em você mesmo. Quando você faz isso, você está pleno. Você não tem que ser melhor que os outros”, afirmou Bruna.

A apresentadora ainda deixou uma mensagem para o público daqui: “É um prazer, uma alegria bem grande de estar aqui. Eu agradeço muito o convite e esse convívio, esse carinho de todos, que sempre me lembra o quanto o gaúcho é cordial, hospitaleiro, acolhedor. Que gente maravilhosa!”, disse. “E vir assim, para o campo, para esse lugar lindo, é um privilégio. Vocês têm que ter muita gratidão por morar e poder trabalhar num lugar tão belo quanto essa região toda. Muito obrigada”, completou.

Texto e foto: Maristela Santos

Produzido para a disciplina de Jornalismo I sob a orientação da professora Sione Gomes

De maneira geral, todas as pessoas buscam a felicidade, mas ela depende de alguns fatores para ser concretizada. Podemos dizer que existe uma fórmula para se chegar ao sentimento pleno. Com essa temática, a psicóloga Clarissa Tochetto de Oliveira, conversou, na terça-feira, 11, com estudantes da Universidade Franciscana, durante o 2º Fórum Integrado de Negócios.

Clarissa Tochetto de Oliveira. Foto: Thayane Rodrigues / LABFEM

De acordo com a profissional, a felicidade autêntica vem de três pilares fundamentais:

  • Emoções Positivas: Aquelas que são passageiras;
  • Engajamento: Fazer tarefas que você goste;
  • Propósito: Fazer a vida ter um sentido.

Para Clarissa, quem atingir esses três pilares tem uma vida plena. Contudo, para muitas pessoas o fator financeiro pode ser determinante para ter felicidade. Será que é verdade ? Conforme  a psicóloga esse ponto é oscilante. “Pesquisas mostram que o dinheiro só interfere quando a gente não ganha o suficiente para suprir as necessidades básicas. Já quando o salário é maior, mais as pessoas acreditam ter uma vida boa”, pondera Clarissa.

Outra questão respondida durante o encontro é se felicidade pode ser genética. Segundo Clarissa, estudos mostram que 50% da busca pela felicidade pode ser um fator genético, 10% das circunstâncias da vida, como ganhar um prêmio surpresa, e 40% dependem das atividades intencionais das pessoas. “Temos que focar no que queremos e somos bons. Temos seis virtudes humanas e 24 características. Se conseguirmos colocar as 5 características mais fortes em prática vamos atingir esse nível”, sugere a psicóloga.

Ela também destacou que uma boa noite de sono interfere nesta busca, pois 40% deste nível depende de iniciativas próprias, a pessoa precisa estar bem para não prejudicar o desempenho diário. As relações no trabalho e nas tarefas são importantes para se alcançar a felicidade. “As vezes estamos em uma equipe e não interagimos. Essa interação básica já aumenta os níveis de felicidade da pessoa”, aponta Clarissa.

O 2º Fórum Integrado de Negócios termina nesta quarta-feira e reúne acadêmicos dos cursos de Administração, Ciências Contábeis e Economia da UFN.

 

Plateia atenta na palestra com o Professor Dr. Luis A. Paim Rohde. Fotografia: Karin Spezia. Laboratório de Fotografia e Memória.
Plateia atenta na palestra com o professor  Luis A. Paim Rohde. Fotografia: Karin Spezia. Laboratório de Fotografia e Memória.

“O que interessa às pessoas: ausência de doença mental ou ampliação do bem-estar psíquico?”, essa foi a pergunta que regeu a palestra de abertura do XVIII Simpósio de Ensino, Pesquisa e Extensão do Centro Universitário Franciscano. O encontro aconteceu na manhã da quarta-feira, 1˚ de outubro, no Salão de Atos do Conjunto I da Instituição quando acadêmicos e professores receberam  Luis Augusto Paim Rohde, professor titular de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e professor na Pós-Graduação da Universidade de São Paulo (USP).

Rohde que também é vice-coordenador do Instituto Nacional de Psiquiatria do Desenvolvimento para a Infância e Adolescência, afirmou estar interessado em estudar a relação entre os transtornos mentais e as etapas iniciais de vida. “A Psicologia e a Psiquiatria se centraram no estudo da saúde mental a partir do fim da adolescência, início da idade adulta, dando menos importância aos quadros de transtornos mentais na infância e adolescência”, afirmou. Segundo ele, os distúrbios como ansiedade, depressão, bipolaridade, déficit de atenção e hiperatividade são doenças crônicas dos jovens. “Boa parte dos transtornos já estão presentes na infância e na adolescência”, declarou. Para Rohde, é necessário dar mais atenção a essas etapas da vida.

Em resposta à pergunta tema da discussão, o doutor declarou que os pacientes não querem, apenas, se livrar do transtorno, mas buscam, sobretudo, o bem-estar e a felicidade. “O que interessa não é ter menos tristeza e preocupação, mas buscar contentamento e alegria”, explicou. Conforme a Organização Mundial de Saúde, saúde não é ausência de doença, mas estado completo de bem-estar físico, psicológico e social. A Psicologia Positiva estuda esses conceitos relacionados a sensação de bem-estar e felicidade. Ela é, também, a responsável pela quebra de paradigma – a Psicologia deixa de se preocupar com os transtornos para focar nas forças pessoais, no desenvolvimento humano positivo.

Rohde publicou cerca de 180 artigos científicos e é organizador ou editor de 8 livros sobre saúde mental de crianças e adolescentes no Brasil, Inglaterra, Alemanha e EUA. Fotografia: Karin Spezia. Laboratório de Fotografia e Memória.
Rohde publicou cerca de 180 artigos científicos e é organizador ou editor de 8 livros sobre saúde mental de crianças e adolescentes no Brasil, Inglaterra, Alemanha e EUA. Fotografia: Karin Spezia. Laboratório de Fotografia e Memória.

Bem-estar e Felicidade

A humanidade sempre esteve na luta pelo aumento da sensação de bem-estar. Rohde explica que o conceito está intimamente ligado ao suprimento das necessidades básicas humanas. Ainda explica que os aspectos psicológicos associados à sensação, refletem os sentimentos e pensamentos do indivíduo.

Segundo pesquisas, o indivíduo obtém sucesso na busca pelo bem-estar quando traça metas significantes para a própria vida e quando tem prazeres momentâneos, sentimentos positivos. Cientificamente, o Dr. Luis apresentou as alternativas como: bem-estar eudaimônico e bem-estar hedônico, respectivamente.

De acordo com uma pesquisa que tinha como objeto o Twitter, o final de semana é o período  em que as pessoas estão mais felizes. A pesquisa observou que as publicações de sexta-feira, sábado e domingo continham palavras associadas à felicidade, e tendia a decair quando chegava a segunda-feira.  Isso demonstra que há alguns determinantes para a sensação de bem-estar.

Dicas sobre como aumentar a sensação de bem-estar

Na última etapa da palestra, o professor garantiu que é possível intervir na sensação de bem-estar do indivíduo e que os resultados são significantes. Mediante pesquisa, foi possível constatar algumas intervenções que obtiveram sucesso. Foi proposto pelo especialista a um grupo de pessoas os seguintes exercícios:

  • Procure escrever, ao final do dia, o que deu certo. Não visualize somente os pontos negativos do seu dia.
  • Estabeleça metas e estude como executá-las.
  • Escreva uma carta em gratidão à alguém.
  • Faça uma lista de suas forças pessoais.
  • Faça um favor à alguém.
  • Identifique quem são os seus melhores amigos.

O Simpósio de Ensino, Pesquisa e Extensão segue nessa quinta-feira, dia 2 de outubro. A novidade da edição é o intervalo cultural com atrações musicais, lançamentos de livros, abertura da exposição “Percursos Ana Norogrando” e apresentação da peça “Pedro: O viajante. As atividades culturais terão início às 15h, no Conjunto III do Centro Universitário Franciscano.

Para dançar ballet é necessário disciplina e dedicação. Foto: Fabrício Campos

Dançar não se resume apenas à aquisição de habilidades. Além de descontração, desenvoltura, disciplina e uma notável melhora na postura do bailarino, ela contribui para a formação cultural da sociedade e auxilia em processos terapêuticos. Como prática pedagógica, a atividade favorece a criatividade, a construção de conhecimento e a sociabilidade.

As danças em grupo surgiram através de rituais religiosos e depois, passaram a aparecer em jogos olímpicos, nas comemorações sociais, em festas da nobreza e também como recreação. Aos poucos foi se transformando em atividade social acessível a todos, como por exemplo, as danças de salão.
No Brasil, a dança sofre influência de diversas culturas, como a africana, a europeia, a mourisca e a indígena. São ritmos diversos que variam de acordo com cada região brasileira e aptas a atender todos os gostos.

Para a professora de dança do ventre Clarice Garibaldi, 44, a dança é fundamental para a manifestação dos sentimentos através da expressão corporal e, assim como qualquer outra manifestação artística, traduz o universo íntimo do bailarino. “Quanto à dança como cultura, todos os órgãos mantenedores da educação deveriam ser patrocinadores da atividade para que mais pessoas tivessem acesso às múltiplas modalidades de dança e fossem beneficiadas pelas vantagens que ela traz, tanto físicas quanto psicológicas”, destaca.

Dança do ventre auxilia na recuperação da auto estima. Foto divulgação.

Em Santa Maria, há três estúdios que oferecem dança do ventre. Segundo Clarice, crianças a partir de cinco anos podem participar, além de jovens e adultos de todas as idades. “A dança do ventre é recomendada especialmente para mulheres que já trataram câncer, pois além de melhorar a autoestima, é uma atividade lúdica e prazerosa”, assegura a professora.

Levar dança clássica à população carente é um desafio para a professora Gisela Mendonça, 32. Ela explica que esta arte é restrita às elites, portanto, poucas pessoas têm a oportunidade de praticá-la. “A sociedade civil tem se organizado para tomar este espaço que é pouco explorado ao proporcionar aulas de balé em algumas ONGs (Organização Não Governamental), pois somente escolas particulares oferecem essa modalidade aos seus alunos”, ressalta.

A característica elitizada do balé vem desde a sua origem, pois se investia nesta cultura para a manutenção do status quo dos reis e das rainhas. O balé se perpetua através dos tempos, pois peças que eram dançadas no século XVI são dançadas até hoje. Dessa forma, essa arte tem o poder de perpetuar a cultura e passar valores de geração em geração por intermédio da história e dos credos, pois as pessoas acreditavam que as coreografias enfatizavam as mulheres como deusas e traziam os espíritos da época. Assim como a literatura, o balé carrega características das fases do modernismo, do romantismo e do barroco e assim, acompanha os ideais de acordo com cada época.

Segundo Gisela, tem que haver muita disposição do professor para alcançar a população desprovida economicamente. “Em primeiro lugar tem que fazer acontecer, se dispor e só depois pedir apoio da Prefeitura ou Secretaria de Cultura da cidade. Além disso, Santa Maria tem apenas uma escola de balé com alto nível técnico”, enfatiza.

Quanto ao ofício de ensinar, a instrutora explica que a dança requer disciplina rigorosa. Isto se torna um desafio, pois a geração da pós-modernidade não quer resultados em longo prazo e sim imediatos. “O aluno não vai girar quatro piruetas na hora, isto pode demorar muito. Tem que ter rigor técnico e estudar, pois balé não é modismo, é uma arte clássica”, destaca Gisela.

Além dos benefícios físicos, a dança auxilia na formação cultural do bailarino. Foto: divulgação

Além de arte, a dança é terapia para a secretária Ester Barcellos, 29 que dança contemporâneo há nove anos. Essa modalidade conserva a postura do balé, porém é menos delicado, ou seja, os movimentos são mais naturais. Para ela, a dança ajuda a melhorar a postura e a qualidade de vida, já que cuidar da alimentação é pré-requisito para movimentar-se com eficiência.

A secretária conta que começou a dançar na igreja e a partir dali começou a se especializar, pois além da técnica, estudou a história do balé e do contemporâneo. Quanto às dificuldades, explica que o alto custo das mensalidades e o preço dos materiais impedem muitas pessoas de praticar essa belíssima arte. “Embora existam leis de incentivo à cultura, elas só funcionam na teoria. O professor de balé praticamente paga para dar aulas, é por amor mesmo”, desabafa

Ester, que dá aulas de dança para adolescentes no Parque Pinheiro Machado, incentiva a todos a dançarem, pois os benefícios são muitos, entre eles, vencer a timidez. “Gosto muito de repartir o que aprendi. Muitas pessoas estressadas e preocupadas encontram na dança alívio para seus problemas. Vale à pena”, conclui.

Quem quiser aprender dança deve matricular-se em uma escola especializada. As modalidades são muitas: balé, dança do ventre, jazz, contemporâneo, dança de salão, etc. Além do investimento financeiro, o bailarino deve dispor de tempo, dedicação e disciplina para desfrutar dos benefícios que a dança oferece. Calce as sapatilhas e comece hoje!