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FLISM recebe Universo de Tormenta e Literatura em Santa Maria

Na tarde de sexta feira, 13, às 16h, na Festa Literária de Santa Maria (FLISM), Leonel Caldela falou sobre o universo RPG. Durante vinte anos, o protejo multimídia ‘Tormenta’ lançado em livros, quadrinhos e RPG tem ajudado

Em seu último dia de evento FLISM relembra Mario Quintana

A Festa Literária de Santa Maria que foi realizada dos dias 11 a 13 de setembro, no auditório da CESMA, relembrou o famoso poeta Mario Quintana em seu último dia de evento, na sexta-feira. Este ano completa

FLISM debate Ficção latino-americana de autoria feminina

No último dia da Festa Literária de Santa Maria (FLISM), sexta-feira, 13 de setembro, um dos temas debatidos foi a Ficção latino-americana de autoria feminina. Para falar sobre o assunto, subiram ao palco os professores do

FLISM relembrou as aventuras investigativas de Sherlock Holmes

A Festa da Literatura de Santa Maria (FLISM) recebeu na tarde da última sexta-feira, 13, AZ Cordenonsi, autor da série juvenil Sherlock e os Aventureiros, e Emanuele Coimbra, tradutora de A Sabedoria dos Mortos, do espanhol

Bate-papo sobre as narrativas transmídias na FLISM

Durante a tarde de ontem, quinta-feira, 12, a Festa Literária de Santa Maria trouxe ao palco dois especialistas no ramo da transmídia para debaterem sobre as narrativas do gênero, curiosidades e apresentarem os seus trabalhos. Um bate-papo mediado

FLISM relembrou o lendário Jack Kerouac

A Festa da Literatura de Santa Maria (FLISM) trouxe a história de Jack Kerouac nos seus “50 anos da morte do autor de On The Road” nas vozes dos especialistas e fãs, Gérson Werlang e Márcio

Festa Literária recebeu Letícia Wierzchowski

Encerrando a noite de quinta-feira,12, a Festa Literária de Santa Maria recebeu a autora de “A Casa das Sete Mulheres”, Letícia Wierzchowski, para contar ao público sobre a alegria da escrita na sua carreira. O encontro

Flism e o bate-papo sobre Fernando Pessoa

O segundo dia da Festa Literária de Santa Maria (Flism), quinta-feira, 12, que aconteceu na Cesma, iniciou com uma conversa para abordar a vida e carreira do poeta Fernando Pessoa. A conversa foi mediada pelas professoras

Machado de Assis: as multifaces do feminino no Flism

Assim como alguns outros nomes da literatura brasileira, Machado de Assis, também foi tema para debate na tarde da última quinta-feira, 12, no Flism. Eni Celidônio, formada em Letras pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e

A 5ª Festa Literária de Santa Maria (FLISM) tem início hoje, 05, às 19h no auditório da CESMA. A Festa ocorrerá até o dia 08 de outubro. A FLISM é apoiada pelo Programa de Pós-Graduação em Letras (PPGL) da UFSM e celebra a literatura regional, nacional e internacional. Esta edição conta com conversas e palestras mediadas por docentes, pesquisadores e escritores da Universidade, além de convidados especiais.

A FLISM ocorre de 05 a 08 de outubro. Imagem: divulgação

É necessário a realização das inscrições, por este e-mail ou pelo Formulário de inscrição https://forms.gle/Zpen7kbVoTBgJx4B7. Caso você já tenha se inscrito por e-mail, não é preciso preencher o formulário, e vice-versa.

A FLISM é um evento gratuito e a presença em 70% das atividades dá direito a certificado de 16h.

PROGRAMAÇÃO 

QUARTA – 05 DE OUTUBRO | AUDITÓRIO DA CESMA

19h • Ana Miranda • Musas praguejadoras da literatura Mediação de Raquel Trentin 

20h • Sessão de autógrafos de Ana Miranda 

QUINTA – 06 DE OUTUBRO | AUDITÓRIO DA CESMA

14h • PEDRO BANDEIRA • Literatura para crianças e jovens na construção do futuro Mediação de Enéias Tavares 

15h • EMILY BRÖNTE • O Morro dos Ventos Uivantes: lendo, traduzindo e debatendo a importância de um clássico. Com Márcia Heloísa de Vitorianas Macabras 

16h • CAROLINA DE JESUS • Vida, obra, polêmicas. Com Anselmo Péres Alós & Maria Rita Py Dutra 

17h • FELIPPE D’OLIVEIRA • Na Semana de Arte Moderna de 1922. Com Pedro Brum Santos & Lucas Zamberlan. 

19h • NEI LISBOA • Abrindo a caixa de Pandora. Mediação de Gérson Werlang. 

20h • Sessão de autógrafos de Nei Lisboa e lançamento de Condições ideais para o amor de Luiz Eurico Tejera Lisbôa.

SEXTA – 07 DE OUTUBRO | AUDITÓRIO DA CESMA

14h • Poesia escrita por mulheres no RS. Com Taiasmin Ohnmacht, Cátia Simon, Mariam Pessah & Maria Alice Bragança. 

15h • JAMES JOYCE • Ulysses, o tal livro difícil Com Lielson Zeni e Mônica Stefani e mediação de Maria Clara Carneiro. 

16h • Escrevivências de antirracismo e de reexistência na ficção brasileira contemporânea. Com Taiasmin Ohnmacht e mediação de Ilse Vivian 

17h • Literatura de/em Santa Maria: Conto, Crônica, Sátira. Com Eliana Sturza, Ronaldo Lippold & Marcus de Martini e mediação de Gérson Werlang. 

18h • Lançamento de obras: Eliana Sturza, Taiasmin Ohnmacht, Cátia Simon, Mariam Pessah, Maria Alice Bragança, Gérson Werlang, Ronaldo Lippold e Marcus de Martini. 

19h • MICHEL LAUB • A literatura no caos da informação Mediação de Renata Farias de Fellipe & Gérson Werlang. 

20h • Sessão de autógrafos de Michel Laub 

SÁBADO – 08 DE OUTUBRO | UFSM SILVEIRA MARTINS 

15h • Oficina: Da Concepção à criação De livros ilustrados infantis e juvenis: roteiro & arte. Com Mathias Towsend 

17h • Coffee Break 

18h • Encerramento Musical: Marcos Kröning Corrêa, violão. 

Leonel Caldela falou sobre o universo RPG na FLISM. Foto: Vitória Gonçalves / LABFEM

Na tarde de sexta feira, 13, às 16h, na Festa Literária de Santa Maria (FLISM), Leonel Caldela falou sobre o universo RPG. Durante vinte anos, o protejo multimídia ‘Tormenta’ lançado em livros, quadrinhos e RPG tem ajudado a moldar a face da literatura voltada para jovens leitores. Leonel discutiu sobre o fenômeno Tormenta que se mantém em publicação interrupta no Brasil desde os anos 90 e conversou com o público sobre como sua carreira foi moldada por esse universo fantástico. Leonel é um dos escritores responsáveis pelo surgimento da Dragão Brasil que é uma revista nascida em 1994, mas ressurge nos últimos três anos como uma revista digital.

Ainda na mesma tarde, às 18h, o poeta Leonardo Brasiliense e o professor Vitor Biasoli falaram sobre suas obras, hábitos de escrita e concepções de literatura. Santa Maria foi por muito tempo a cidade cultura do estado. Os convidados foram responsáveis por contar aos participantes do evento como está a situação atual da literatura na cidade, mostrando também suas obras como Adeus Conto de Fadas, produzido pelo escritor Leonardo Brasiliense, e O Mundo Grego, escrito pelo autor Vitor Biasoli.

Os professores Pedro Brum Santos e Escobar Nogueira durante a FLISM. Foto: Heloisa Helena Canabarro / LABFEM

A Festa Literária de Santa Maria que foi realizada dos dias 11 a 13 de setembro, no auditório da CESMA, relembrou o famoso poeta Mario Quintana em seu último dia de evento, na sexta-feira. Este ano completa 25 anos de sua morte e, além de relembrar o poeta, a principal questão levantada foi a respeito da permanência da sua poesia no cenário literário atual.

Mario Quintana nasceu na cidade de Alegrete, no Rio Grande de Sul. O autor publicou seu primeiro livro em 1940, porém, só em 1960 obteve verdadeiro reconhecimento de suas obras. Foi considerado um dos maiores poetas do século XX, mestre da palavra, do humor e da síntese poética. Em 1980 recebeu o Prêmio Machado de Assis e, em 1981, o Prêmio Jabuti de Personalidade Literária do Ano.

A FLISM trouxe ao palco para falar do poeta o professor da UFSM e doutor em Letras, Pedro Brum Santos, e Escobar Nogueira, poeta, escritor e professor de literatura. Os palestrantes falaram sobre a vida, obras, sua simplicidade, musicabilidade e leram alguns trechos de seus poemas. Também debateram sobre como suas obras foram importantes para um determinado momento e que, embora nos dias atuais Mario Quintana não seja tão lembrado, ficará para sempre na história.

 

No último dia da Festa Literária de Santa Maria (FLISM), sexta-feira, 13 de setembro, um dos temas debatidos foi a Ficção latino-americana de autoria feminina. Para falar sobre o assunto, subiram ao palco os professores do PPG-Letras da UFSM, Anselmo Peres Alós e Renata Farias de Felippe.

O principal tema da conversa foi o quão pouco reconhecidas foram as escritoras de ficção ao longo dos séculos, muitas esquecidas ou ignoradas pelo fato de serem do sexo feminino. Para exemplificar, os professores fizeram algumas perguntas como “Quantas autoras femininas você conheceu as obras no ensino médio?” As respostas eram as mesmas: “poucas” ou “nenhuma”.

Para dar reconhecimentos a essas fantásticas escritoras, os professores falaram um pouco de algumas delas: Andradina de Oliveira, que escreveu o primeiro romance urbano gaúcho,  Júlia Lopes de Almeida, que além de escritora foi uma das idealizadoras da Academia Brasileira de Letras, Ana Luísa de Azevedo Castro, primeira autora de um romance catarinense, e Emília Freitas, pioneira da literatura fantástica brasileira.

 

 

A Festa da Literatura de Santa Maria (FLISM) recebeu na tarde da última sexta-feira, 13, AZ Cordenonsi, autor da série juvenil Sherlock e os Aventureiros, e Emanuele Coimbra, tradutora de A Sabedoria dos Mortos, do espanhol Rodolfo Martinez, romance premiado que une o mundo racional de Sherlock aos mistérios sobrenaturais de H.P. Lovecraft.Sherlock e Watson foram criados por Arthur Conan Doyle no final do século XIX, conquistando desde então os mais variados públicos, gostos e faixas etárias. Os autores discutiram e mostraram alguns exemplos de versões para cinema de obras que recriam Sherlock e seu método dedutivo na Nova York contemporânea.

Experiente na área de Letras, com ênfase no ensino de espanhol como língua estrangeira, Emanuele Coimbra, traduziu, junto com Enéias Tavares, o livro A Sabedoria dos Mortos, do autor espanhol Rodolfo Martinez. Para Emanuele, o ator Robert Downey Jr faz a melhor interpretação cinematográfica de Sherlock Holmes. “Eu gosto do ator, apesar de ser nosso eterno Homem de Ferro. Ele, na minha opinião, é o melhor Sherlock que nós temos em todas as adaptações.”, disse a professora tutora do curso de Letras.

 

Bate papo sobre transmídia. Foto: Lavignea Witt

Durante a tarde de ontem, quinta-feira, 12, a Festa Literária de Santa Maria trouxe ao palco dois especialistas no ramo da transmídia para debaterem sobre as narrativas do gênero, curiosidades e apresentarem os seus trabalhos.

Um bate-papo mediado pelo editor, redator e roteirista Lielson Zeni, contou com a presença de Enéias Tavares e Christopher Kastensmidt. A atividade teve início às 15h na Cooperativa dos Estudantes de Santa Maria,  segundo dia de evento.

Ao longo da tarde foram tratadas questões relacionadas ao modo da produção de projetos transmídias, à comparação com crossmídia, formas e técnicas utilizadas e as dificuldades que existiram ao longo dos projetos.

Os autores convidados promovem produções que buscam retratar a literatura e a cultura brasileira de maneira mais interativa. Enéias, explica que embora essa mídia seja uma estratégia de mercado comparando às outras mídias que estão no momento, produções como a dele e a de Christopher foram criadas com o intuito de desenvolver conhecimento cultural às crianças que não leem livros, por meio de web séries e jogos. 

Esse modo de fazer mídia mais inteligente está cada vez crescendo mais no Brasil, porém, não se trata de uma disputa entre as mesmas e sim, de um trabalho em conjunto para fortalecer as produções que apenas querem promover mais conhecimentos para a geração que pouco lê.  

Christopher Kastensmidt é um escritor norte-americano, conhecido pela sua série de noveletas “A Bandeira do Elefante e da Arara”, com obras de ficção publicadas em doze países. Com uma longa carreira de desenvolvedor de games emilhões de exemplares vendidos pelo mundo, o escritor foi finalista do Prêmio Nebula  com sua noveleta “Duplo Fantasia Heroica – O Encontro Fortuito de Gerard van Oost e Oludara”. O Prêmio Nebula é concedido anualmente pelo Science Fiction and Fantasy Writers of America (SFWA), para os melhores trabalhos de ficção científica e fantasia publicados nos Estados Unidos. 

A Bandeira do Elefante da Arara. Foto: internet

A Bandeira do Elefante e da Arara é uma série que narra as aventuras do holandês Gerard Van Oost, e o guerreiro africano Oludara, no Brasil do século XVI, durante o período colonial. A história aborda os nativos e colonizadores, e as muitas relações e conflitos entre eles, e também os inúmeros seres encantados do folclore brasileiro, indo desde o sagaz Saci Pererê até o Boitatá e o Capelobo.

Já Enéias Tavares, morador de Santa Maria, é doutor em letras e especialista nos livros iluminados de William Blake. Pesquisador, tradutor e escritor, leciona literatura clássica na Universidade Federal de Santa Maria. De ficção, publicou “As idades do homem” na coletânea 40, da editora Libretos e trouxe para a FLISM sua mais nova produção “Brasiliana SteamPunk”.

A todo o vapor. Foto: Internet

Brasiliana SteamPunk mescla a estética steampunk com personagens clássicos da literatura brasileira, figurados no Brasil na cidade de Porto Alegre, em meados das primeiras décadas de 1900. Além das vozes literárias já existentes, e de domínio público, a série é escrita com a grafia da época, possuindo desde pequenas substituições de letras até diferenças dos acordos ortográficos. 

Conversa sobre Jack Kerouac. Foto: Lavignea Witt

A Festa da Literatura de Santa Maria (FLISM) trouxe a história de Jack Kerouac nos seus “50 anos da morte do autor de On The Road” nas vozes dos especialistas e fãs, Gérson Werlang e Márcio Grings. O momento de conversa teve início às 17 horas na Cesma, onde reuniu diversos jovens e adultos que acompanharam e conheceram o trabalho de  Jack. 

Os convidados relatam a vida de Jean-Louis Lebris de Kerouac, mais conhecido por Jack Kerouac, escritor estadunidense e um do líderes do movimento literário conhecido como geração beat. O movimento beat foi usado tanto para descrever um grupo de escritores e poetas, que tornaram-se conhecidos no final de 1950 e no começo de 1960, pelo fenômeno cultural que eles inspiraram, levando vida nômade e fundando comunidades. Posteriormente, associado à cultura hippie. 

O livro On the Road que no Brasil ficou conhecido como “Pé na estrada” exemplificou para o mundo aquilo que ficou conhecido como a “geração beatnik” e fez com que Kerouac se transformasse em um dos mais controversos e famosos escritores de seu tempo. 

O guitarrista, violonista, poeta e compositor, Gérson Werlang e o pesquisador e desbravador pela música mundial Márcio Grings, citaram diversas obras de Jack e fizeram referência com sua história profissional. Durante a conversa foram tratados o quanto o movimento teve importância na época, assim colocando Jack como um “deus”, embora ele não levasse em conta esse tempo, além do uso de drogas no período e o crescimento do rock, assim tendo seus aprimoramentos. 

 

Encerrando a noite de quinta-feira,12, a Festa Literária de Santa Maria recebeu a autora de “A Casa das Sete Mulheres”, Letícia Wierzchowski, para contar ao público sobre a alegria da escrita na sua carreira. O encontro estava marcada para às 19 horas, na Cesma e foi mediado por Gérson Werlang. 

Escritora e roteirista, Letícia é uma das grandes vozes do romance contemporâneo no nosso estado. Gaúcha, nascida em Porto Alegre, é a grande mulher por trás da obra que fez sucesso e encantou o Brasil inteiro, A casa das Sete Mulheres.

Escritora Letícia Wierzchowski encerrando a noite de quinta-feira da FLISM. Foto: Lavignea Witt

A escritora contou de onde surgiu a origem da ficção que fez sucesso e de onde saiu toda sua inspiração para escrever o livro que antes mesmo de chegar ao fim, estava confirmado como minissérie na rede globo. 

Letícia ainda participou no trabalho do roteiro que originou a minissérie ‘O tempo e o Vento”, de Érico Veríssimo – do qual é “super” fã – em conjunto com Tabajara Ruas. Totalizando 28 títulos lançados, entre romances, contos e literatura infanto-juvenil, a escritora relata na FLISM o início de sua carreira e como nasceu o amor que tem em escrever e criar histórias. 

Ainda pequena com seis anos aprendeu a ler. Embora sua família tivesse pouco contato com a leitura, sempre buscou ler muito. Após várias escolhas que não o trouxeram amor profissional, achou na escrita o seu futuro ideal. Com 22 anos ficcionou pela primeira vez. Foi quando viu que era o que realmente gostava e dedicou-se fortemente àquilo. Letícia fala que no início recebeu muitos “não”.  Embora na época não existisse internet e contato era mais complicado, ela nunca desistiu de correr atrás de seu sonho. Após receber o sim, Letícia não parou mais e seu crescimento veio à tona quando escreveu a obra baseada na literatura gaúcha e na voz feminina, A Casa das Sete Mulheres. 

A autora, ainda fala na importância da persistência que os jovens devem ter para com seus sonhos realizar. Além de expressar o quanto gosta de escrever ficções ambientadas nas sua terra, assim criando personagens e fatos que embora não existam, transmitem sentidos aos que leem e passam a existir na memória.  Ao final da noite, houve o lançamento do mais novo livro de Letícia, “O menino que comeu uma biblioteca”, com seção de vendas e autógrafos.

Andrea do Roccio Souto e Raquel Trentin, contando a vida e história de Fernando Pessoa. Foto: Emanuely Guterres/ Agência CentralSul.

O segundo dia da Festa Literária de Santa Maria (Flism), quinta-feira, 12, que aconteceu na Cesma, iniciou com uma conversa para abordar a vida e carreira do poeta Fernando Pessoa. A conversa foi mediada pelas professoras da Universidade Federal de Santa Maria, Andrea do Roccio Souto e Raquel Trentin. Andrea começou abordando sobre quem foi e o que fez o poeta Fernando Pessoa, sobre o processo criativo do autor especificamente das poesias, onde mais se destacou. ”Fernando Pessoa criava mundos literários que refletem o mundo atual, porém, aquilo que ele era, não era aquilo que ele escrevia”, explicou a docente.

Apesar de ter sido reconhecido como escritor apenas após a sua morte, Pessoa deixou muitas criações que ainda são fonte de questionamentos, como a ‘Dinâmica do fingimento’ explicada ao público presente. Segundo Andrea, a explicação para essa dinâmica é a de que coisas não existem, mas começam a existir quando são faladas/abordadas.

O principal assunto da conversa foi o Projeto Heteronímico, as obras mais famosas do poeta. ‘Heterônimos’ são pessoas humanas, criadas pelo autor e que, segundo Andrea, eram ”imperfeitos quanto ele, e perfeitos na sua imperfeição.” A heteronímia de Fernando Pessoa trouxe muitos pontos para discussão e para a professora Raquel, Alberto Caieiro, considerado o Mestre Ingênuo dos heterônimos, foi a sua melhor criação. Para fechar a mesa, um dos seus mais famosos poemas, “Tabacaria”, foi recitado e comentado pelas professoras.

Lucas da Cunha e Eni Celidônio, tendo um bate-papo sobre o escritor Machado de Assis. Foto: Emanuely Guterres/ Agência CentralSul.

Assim como alguns outros nomes da literatura brasileira, Machado de Assis, também foi tema para debate na tarde da última quinta-feira, 12, no Flism. Eni Celidônio, formada em Letras pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e professora adjunta naquela instituição e Lucas da Cunha Zamberlan, Doutor em Letras (Estudos Literários)e mestre também pela UFSM — foram os responsáveis de falar sobre alguns dos personagens femininos mais importantes e famosos na carreira do escritor denominado como maior nome da literatura Brasileira.

Os convidados abordaram o lado demônio e anjo do romance ‘Dom Casmurro’, onde Capitu e Bentinho protagonizaram uma história que até hoje gera opiniões e questionamentos. O narrador e os focos narrativos foram os principais elementos explicados, contextualizando a obra ao cenário atual. Trabalhos acadêmicos feitos por outros autores também foram compilados para um debate mais aprimorado sobre o romance.