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Vestibular de Verão 2025 reúne cerca de 1.300 candidatos

Além dos 1.300 vestibulandos esperados hoje, familiares e professores lotaram o pátio do conjunto 3 da Universidade Franciscana antes das provas começarem. O professor de Matemática de cursinho pré-vestibular, Mateus Beltrame, destaca que a prova da

Além dos 1.300 vestibulandos esperados hoje, familiares e professores lotaram o pátio do conjunto 3 da Universidade Franciscana antes das provas começarem.

O professor de Matemática de cursinho pré-vestibular, Mateus Beltrame, destaca que a prova da UFN é tradicional, onde as questões mais cobradas são de funções, geometria plana e geometria espacial.

O professor Mateus Beltrame traz a relevância de alguns pontos para os vestibulandos. Foto: Michélli Silveira/LABFEM

A aluna do 3ª ano do Ensino Médio, Laurah Ribeiro, acredita estar preparada para a prova e está segura que irá responder as questões com calma e terá um ótimo resultado. “Em relação à redação, independente do tema, eu estou tranquila, pois já tenho uma base e também sei como fazer uma estrutura”, pontua a estudante.

Laurah Ribeiro, vestibulanda do curso de Medicina, diz estar pronta para a prova de hoje. Foto: Michélli Silveira/LABFEM

A professora de redação de cursinho pré-vestibular, Mariane Lazzari, ressalta que a redação geral para os cursos tem a tendência de ser bem pontual com um texto específico, em que o texto motivador deverá ser aproveitado para a construção do texto. “O aluno muitas vezes tenta buscar o que já escreveu, mas às vezes é um assunto que não foi trabalhado antes. Então o texto tem que nascer no ato da prova e a originalidade precisa ser a marca do texto hoje. Por isso a importância de aproveitar o texto base para a escrita”, frisa a professora.

A professora Mariane Lazzari destaca as principais diferenças entre as provas de redação de Medicina e dos demais cursos. Foto: Michélli Silveira

Quando se trata da prova de Medicina, Mariane destaca que, neste caso, é necessário dominar o tempo pois a prova é mais corrida. Outra dica é de ler atentamente os textos motivadores, não se esquecendo de fazer uso de palavras chave do tema ao longo da produção do texto.

O direito ao estudo e ao trabalho é a base de uma sociedade justa e igualitária, onde a cor da pele nunca seja motivo de distinção. Imagem: Pixabay

Nesta quarta-feira, 20 de novembro, é comemorado o dia da Consciência Negra. Este é o primeiro ano em que a data será celebrada como feriado nacional, medida que foi sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em dezembro de 2023. Este dia remete ao marco da morte do líder do Quilombo dos Palmares, um dos maiores lutadores contra a escravidão no país. Este dia serve para refletirmos sobre o duro caminho que ainda é preciso percorrer em rumo a uma sociedade mais justa e igualitária. A escravidão de pessoas humanas acabou, mas a segregação fruto do racismo ainda impacta a inserção da população negra no mercado de trabalho.

O Ministério do Trabalho e Emprego, levantou dados do seguro desemprego para pessoas resgatadas em condições análogas à escravidão, de 2022 a 2024, mostram que 66% que recebem o benefício são negros. Já os dados de Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) do 2º trimestre de 2024, apontam que as mulheres negras são as mais prejudicadas no mercado de trabalho. Segundo a RAIS, no 2º trimestre de 2024, havia 7,5 milhões de desocupados e a taxa de desemprego média é de 6,9%. Para os homens não negros, é de 4,6% e 10,1% para as mulheres negras.

O relatório de transparência salarial de 2023, baseado em dados da RAIS, aponta que mulheres ganham, em média, 20,7% menos que homens nas mesmas funções. A desigualdade é ainda mais acentuada para mulheres negras, que recebem apenas 50,2% do salário de homens brancos. Além disso, em 42,7% das empresas analisadas, mulheres pretas ou pardas representam até 10% do quadro de trabalhadores.

Por outro lado, houve avanços na escolaridade no Brasil, especialmente entre a população com 15 anos ou mais. Entre 2019 e 2024, cresceu o número de pessoas com nível médio completo e superior incompleto, com destaque para mulheres negras e não negras no aumento de diplomas de nível superior.

Quanto ao mercado de trabalho, dos 101,8 milhões de ocupados no segundo trimestre de 2024, 38,6% estavam na informalidade. A taxa de informalidade era maior para homens negros (44,1%) e mulheres negras (41%) em comparação com seus pares não negros. A subocupação atingiu 5,1 milhões de pessoas, e a taxa composta de subocupação e desocupação foi de 11,6%, mas chegou a 16,7% para mulheres negras, mais que o dobro da taxa para homens não negros (7,5%).

Os dados apresentados reforçam as profundas desigualdades de gênero e raça no mercado de trabalho brasileiro, evidenciando que as mulheres, especialmente as negras, enfrentam barreiras significativas tanto na remuneração quanto nas oportunidades de inserção e permanência em empregos formais. Apesar dos avanços na escolaridade, que indicam um caminho promissor para a redução dessas desigualdades, ainda há um longo percurso a ser trilhado para assegurar condições equitativas para todos os grupos. A superação desses desafios exige ações estruturais e políticas públicas focadas na inclusão e na justiça social.

Acadêmicos de jornalismo marcam presença em encontro organizado pelo DAJOR. Imagem: Vitória Oliveira/Labfem

Na noite da última quarta-feira, dia 6 de novembro, o Diretório Acadêmico (DAJOR) do curso de jornalismo da Universidade Franciscana, promoveu um bate-papo com o jornalista e Delegado Regional do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul (SindJoRS) em Santa Maria, Mateus Azevedo. O evento, destinado aos acadêmicos do curso, tratou da importância da atuação sindical no âmbito jornalístico, trazendo à tona questões pertinentes como direitos, desafios e conquistas intrínsecas ao campo da comunicação no processo de construção da carreira profissional.

O encontro teve o propósito de permitir com que os estudantes, desde o período de formação acadêmica, já tenham acesso a espaços que incentivem o diálogo e a transmissão de conhecimento e, ao mesmo tempo, possam ter contato com relatos de vivências reais que fazem parte do exercício da profissão.

A palestra foi conduzida através de uma perspectiva fundamentada em aspectos históricos, tratando do impacto gerado pelas transformações de cunho social e político que emergiram ao longo do tempo. As mudanças acabaram por atingir o meio sindical e, consequentemente, impuseram alterações estruturais e readaptações.

Mateus não esconde a sensação de satisfação por poder participar do evento: “É um sentimento de muita gratidão e solidariedade, afinal de contas, na época que frequentei o recinto acadêmico, muitas pessoas também compartilharam seu conhecimento comigo. Fico muito honrado de transmitir parte da minha vivência sindical e profissional com os acadêmicos”.

Ele construiu a maior parte da sua trajetória no jornalismo na cidade de Bagé, onde atuou na prefeitura do município, foi assessor de imprensa no ramo político, responsável por criar a revista de agenda cultural “Happy Hour” e trabalhou no já extinto jornal Correio do Sul. Desde 2017, reside em Santa Maria e trabalha na Câmera de Vereadores do município. Em 2021, deu início ao mestrado em Ciências Sociais na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

A diretora de comunicação do DAJOR, Andressa Rodrigues, comenta que o diretório acadêmico foi fundado com o objetivo de auxiliar os alunos durante o processo de formação acadêmica e preparação para a vida profissional, salientando que a promoção de encontros como esse visa fazer com que o aluno usufrua de todas as possibilidades que a universidade tem a oferecer.

Imagens: Vitória Oliveira

O sindicato tem se mostrado um importante aliado dos jornalistas na defesa do livre exercício da profissão. Imagem: Divulgação.

Na próxima quarta, dia 6 de novembro, a Universidade Franciscana (UFN) receberá o jornalista Mateus Azevedo para uma palestra voltada aos acadêmicos de jornalismo. Com o tema “A Importância da Atuação Sindical no Jornalismo”, Azevedo abordará direitos, desafios e conquistas da categoria, destacando o papel fundamental do sindicato na defesa dos profissionais da imprensa. A palestra será no prédio 14, do conjunto III, na rua Silva Jardim, 1175, sala 601, com início às 18h30 e é aberta ao público.

O Diretório Acadêmico de Jornalismo Glória Maria (Dajor) convida toda a comunidade acadêmica da UFN para participar da palestra, incentivando estudantes de diferentes áreas a conhecerem mais sobre a importância da atuação sindical no jornalismo e seus impactos no cenário atual da comunicação.

A presidente do diretório acadêmico, Vitória Oliveira, destacou a importância da participação de um representante do sindicato dos jornalistas em eventos universitários, ressaltando que muitos estudantes e até profissionais desconhecem a existência do sindicato e sua atuação. Segundo Vitória “o sindicato oferece suporte fundamental, como a orientação sobre piso salarial e outras condições de trabalho, ajudando os recém-formados a entenderem melhor o mercado. Além disso, esses encontros permitem aos acadêmicos questionar e entender o funcionamento da profissão, fortalecendo a representatividade e despertando o interesse em assumir papéis ativos na área.”

A atuação sindical no jornalismo é crucial para garantir direitos como salários justos, carga horária adequada, segurança no trabalho e proteção contra demissões arbitrárias. No entanto, enfrenta desafios como a precarização do trabalho, ameaças à liberdade de imprensa e a rápida evolução tecnológica. Apesar disso, os sindicatos acumulam conquistas importantes, como acordos coletivos, melhores condições nas redações, segurança em coberturas de risco e defesa dos direitos autorais. Assim, eles atuam contra a precarização e promovem melhorias para os jornalistas. Os sindicatos são essenciais para assegurar que os jornalistas tenham condições dignas e liberdade para atuar, apesar das mudanças e pressões no setor.

Especialistas alertam que a falta de concentração de alguns alunos está ligada ao uso excessivo do celular. Imagem: Nelson Bofill/Labfem

O Congresso e o Ministério da Educação (MEC) buscam aprovar até o final do ano o projeto de lei que proíbe o uso de celulares nas escolas, tanto públicas quanto privadas. Os envolvidos acreditam que o tema já está bem encaminhado e não enfrentará grandes obstáculos. Especialistas afirmam que o uso de celulares nas escolas prejudica o desenvolvimento dos alunos e a capacidade de concentração. Alguns países como Finlândia, Holanda, Portugal, Espanha e Estados Unidos já implementaram restrições ou proibições em relação ao uso desses dispositivos. Uma pesquisa revelou que 62% da população brasileira é favorável à proibição do uso de celulares nas escolas.

O projeto de lei que está sendo discutido na Câmara dos Deputados já havia sido apresentado em 2015 e sugere que alunos da educação infantil até o 5º ano não possam portar celulares. Já para os estudantes do 6º ao 9º ano e do ensino médio, a proposta permite a posse do aparelho, mas proíbe o uso durante as aulas e recreios, exceto em atividades pedagógicas supervisionadas. O MEC tem adotado uma abordagem cautelosa, evitando a demonização da tecnologia e buscando incluir diretrizes sobre educação midiática e uso responsável de celulares no projeto de lei. Se aprovada, a nova legislação será aplicada em todo o Brasil, com as redes de ensino, públicas e privadas, definindo a implementação.

Ainda que não haja uma determinação nacional, 28% das instituições de ensino urbanas e rurais já implementam restrições rígidas em relação aos smartphones, segundo a pesquisa TIC Educação 2023, divulgada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil em agosto deste ano.

Especialistas afirmam que a hiperconexão pode afetar a aprendizagem e a saúde mental dos alunos. Imagem: Nelson Bofill/Labfem

Letícia Shio, professora de história e coordenadora pedagógica da Escola Básica Estadual Cicero Barreto, analisa o impacto da lei que, se aprovada, regulamentará o uso de celulares nas escolas. “Enquanto no ensino fundamental os alunos raramente trazem celulares e a falta desse recurso não causa problemas, nos anos finais do ensino fundamental e no ensino médio a situação é diferente. Os alunos frequentemente usam os dispositivos para fins pedagógicos, mas há reclamações sobre distrações e a gestão inadequada do uso do aparelho, o que afeta o desempenho escolar e o bem-estar dos estudantes”, afirma Letícia.

Letícia destaca que muitos alunos não conseguem administrar o tempo de uso do celular, resultando em noites mal dormidas e até conflitos online entre colegas, que se manifestam fora do ambiente escolar. Embora algumas escolas proíbam totalmente o uso de celulares, ela observa que isso pode levar a um aumento na interação entre os alunos, e garantir melhorias no aprendizado. “No entanto, a resistência à proibição é esperada, especialmente entre aqueles que já estão acostumados a ter acesso aos dispositivos durante a jornada escolar”, complementa a professora.

Tiago Machado, de 17 anos, estudante do segundo ano, comenta sobre a proibição de celulares nas escolas que “alguns alunos usam o celular para emergências, como contatar os pais. Por outro lado, muitos se distraem, utilizando os dispositivos para tarefas não escolares, ouvindo música alta ou jogando durante as aulas, o que pode atrapalhar o aprendizado”. Para Tiago, falta um limite e um controle do uso dos celulares.

Educadores enfrentam desafios crescentes com o uso de celulares em sala de aula, que têm afetado a concentração dos alunos. O professor de Matemática Davi Homercher ressaltou que “muitos estudantes não conseguem controlar o uso dos dispositivos, que deveriam ser ferramentas pedagógicas, mas acabam causando distrações. A situação se torna ainda mais complicada quando os alunos se perdem nas redes sociais, exigindo que os professores interrompam as aulas para retomar a atenção da turma. Além de prejudicar o aprendizado, o uso excessivo do celular tem impactado a socialização dos jovens, que se tornam cada vez mais solitários e desconectados de interações sociais. A proposta de limitar o uso de celulares em escolas públicas é vista como uma medida benéfica para o desenvolvimento social e educacional dos alunos”. O docente sugere que as escolas adotem regras mais rigorosas sobre o uso de celulares, citando exemplos de instituições no Rio de Janeiro e em Porto Alegre que já implementaram restrições com sucesso.

Os especialistas afirmam que a hiperconexão pode afetar a aprendizagem e a saúde mental dos alunos. O uso excessivo dos aparelhos também ocorre dentro de casa. Portanto, é fundamental que educadores e pais estejam atentos a esses impactos, buscando estratégias para promover um uso equilibrado da tecnologia.

Marcelo Machado, de 43 anos, cobrador de ônibus, morreu no domingo, dia 6 de outubro, após uma série de atendimentos médicos que começaram com uma dor no braço e terminaram com uma internação na UTI do Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM). A fatalidade ocorreu após o Machado ser picado por uma aranha, o que inicialmente não foi diagnosticado.

Na sexta-feira, dia 4, Machado chegou em casa reclamando de uma dor intensa no braço direito. Na madrugada seguinte, foi até a Policlínica Ruben Noal, onde recebeu medicação para dor. No entanto, a dor persistiu, impedindo-o de dormir. Na manhã de sábado, retornou ao posto e recebeu um medicamento mais forte, mas o desconforto não cessou.

Preocupada, sua esposa, Rejane Machado, levou-o ao Pronto Atendimento do Patronato (PA), onde Marcelo passou por exames de raio-X e recebeu nova medicação para dor. Ainda sem diagnóstico preciso, o caso se agravou.

O veneno da aranha-marrom contém uma enzima que provoca a destruição de células, causando necrose nos tecidos ao redor da picada. Imagem: Rejane Machado

Horas depois, ao procurar a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), o médico de plantão identificou a picada de uma aranha-marrom como a provável causa dos sintomas. Marcelo foi liberado por volta das 18h, mas teve que aguardar duas horas até que uma ambulância o levasse ao Hospital Universitário de Santa Maria(HUSM). Ao chegar no HUSM, ele foi encaminhado diretamente para a emergência e, em seguida, para a UTI. Apesar dos esforços da equipe médica, Marcelo não resistiu e faleceu.

Outro grave incidente envolvendo um trabalhador da construção civil, ocorreu em outubro do ano passado. O operário, que preferiu não ser identificado, foi picado por uma aranha-marrom (Loxosceles) enquanto trabalhava com madeiras.

No momento da picada, sentiu apenas um incômodo no polegar da mão esquerda, pensando tratar-se de uma farpa. No entanto, horas depois, o dedo começou a inchar, acompanhado de dor intensa e febre. Preocupado com a piora dos sintomas, procurou atendimento médico. Após exames detalhados, foi confirmada a picada da aranha-marrom, uma das espécies mais perigosas do Brasil.

Após cerca de seis à oito horas da picada, os sintomas começam a surgir, como inchaço, dor, queimação e vermelhidão. Imagem: Tiago Miranda

O trabalhador passou dois meses internado para tratamento, necessitando de três cirurgias. Uma delas foi de debridamento, um procedimento cirúrgico para remover o tecido necrosado causado pela toxina do veneno. Mesmo após o longo período de internação, ele segue em tratamento fisioterápico e aguarda uma quarta cirurgia para a amputação da parte distal do polegar.

Os casos de picadas de aranha-marrom, embora não tão frequentes, podem ter consequências graves se não tratados rapidamente, com risco de necrose, perda de tecido e, em alguns casos, amputação. Especialistas reforçam a necessidade de cuidados em ambientes onde essas aranhas podem estar presentes, como construções e áreas com entulho, e alertam para a importância de procurar ajuda médica imediatamente ao perceber sintomas de envenenamento.

Acidentes causados por aranhas são a segunda maior causa de envenenamento no país. No ano passado, foram 43.933 casos de acidentes por aranhas registrados no Brasil, o que representa 12% do total de casos com animais peçonhentos. O Ministério da Saúde alertou que os aracnídeos são o segundo causador de envenenamentos, ficando atrás apenas dos escorpiões.

No Brasil, devido ao clima tropical e a biodiversidade favorável, o país abriga um grande número de animais peçonhentos, como serpentes, aranhas, escorpiões e outros animais cujas picadas ou mordidas podem resultar em graves consequências para a saúde humana. Embora apenas três grupos de aranhas causem acidentes graves, todas fazem parte do convívio humano, seja dentro de casa, nos quintais ou parques. No caso de picadas, é recomendado o uso de antivenenos, incluindo o soro antiaracnídico, distribuídos exclusivamente via Sistema Único de Saúde (SUS), podendo ser disponibilizado por hospitais públicos, filantrópicos e privados.

Acidentes por aranhas, ou araneísmo, é o quadro clínico de envenenamento decorrente da inoculação da peçonha de aranhas, através de um par de ferrões localizados na parte anterior do animal. Assim como os escorpiões, as aranhas são representantes da classe dos aracnídeos.

No Brasil, a Loxosceles (aranha-marrom ou aranha-violino) é uma das principais aranhas causadoras de envenenamentos graves. Os sintomas incluem dor de pequena intensidade, o local acometido pode evoluir com palidez mescladas com áreas equimóticas (placa marmória), instalada sobre uma região endurecida. Outros sinais podem ser observados, como vesículas ou bolhas com conteúdo sero-sanguinolento ou hemorrágico podem surgir na área endurecida. Em casos graves, ocorre hemólise intravascular, podendo levar à insuficiência renal aguda por necrose tubular, sem relação direta com a extensão da lesão cutânea.

A aranha-marrom pode ser encontrada dentro de casa, atrás de quadros, armários e calçados. Imagem: Shutterstock

A Phoneutria (aranha-armadeira ou aranha-macaca) tem como um de seus sintomas mais frequentes a dor imediata após a picada. A intensidade da dor é variável, podendo irradiar até a raiz do membro acometido. Outros sintomas incluem inchaço por acúmulo de líquidos, manchas vermelhas na pele, formigamento ou dormência, e excesso de suor no local da picada, onde podem ser visualizadas as marcas de dois pontos de inoculação.

Aranha-armadeira, ou aranha-macaca, pode ser encontrada em plantações de bananeiras e pode vir nos cachos da fruta. Imagem: Shutterstock

A terceira e não menos perigosa é a Latrodectos (viúva-negra), os sintomas de sua mordida são a dor, suor generalizado, alterações na pressão e nos batimentos cardíacos. Podem ocorrer ainda tremores, ansiedade, excitabilidade, insônia, dor de cabeça, manchas vermelhas na face e no pescoço. Em casos graves, há relatos de distúrbios de comportamento e choque.

Em caso de acidentes com animais peçonhentos, procure auxílio médico o mais rápido possível. Imagem: Shutterstock

O Instituto Butantan é o principal produtor de soros antiveneno no Brasil e o único a produzir o soro antiaracnídico para envenenamentos por aranhas e escorpiões. Os soros são distribuídos exclusivamente pelo SUS e estão disponíveis em hospitais públicos, filantrópicos ou privados, garantindo tratamento gratuito. O Ministério da Saúde, em seu último contrato, adquiriu, junto ao Butantan, 600 mil frascos de antivenenos para o atendimento de todos os acidentes por animais peçonhentos que são tratados com estes imunobiológicos na rede do SUS. 

O que fazer em caso de picada

  • Em caso de acidente, a principal orientação é procurar atendimento médico imediatamente.
  • Fotografar ou informar ao profissional de saúde o máximo possível de características do animal, como tipo de animal, cor, tamanho, pode ajudar bastante no tratamento.
  • Se possível e, caso tal ação não atrase a ida do paciente ao atendimento médico, também é indicado lavar o local da picada com água e sabão.
  • Além disso, realizar compressas mornas pode ajudar a aliviar a dor.
  • Já as medidas para prevenir acidentes com aranhas incluem manter jardins e quintais limpos, evitar o acúmulo de entulhos, folhas secas, lixo doméstico e material de construção nas proximidades das casas.
  • Outra dica é evitar folhagens densas (plantas ornamentais, trepadeiras, arbusto, bananeiras e outras) junto a paredes e muros das casas, bem como limpar periodicamente terrenos baldios vizinhos.
  • Por fim, colocar soleiras nas portas e telas nas janelas, e usar telas em ralos do chão, pias ou tanques pode impedir o contato com estes animais peçonhentos

Nesta sexta-feira, 18 de outubro, a Universidade Franciscana (UFN) realiza mais uma edição da Mostra das Profissões. O evento é voltado para estudantes e professores de escolas públicas e privadas do Rio Grande do Sul, além de familiares e interessados. O evento, que começou às 9h se estende até às 17h, é uma ótima oportunidade para todos conhecerem a Universidade e os diversos cursos oferecidos.

A estudante de segundo ano do ensino médio, Ana Laura, de 16 anos, comenta sobre sua expectativa e qual a importância de iniciativas como essa para conhecer melhor as opções acadêmicas disponíveis. Laura mencionou que “muitas vezes os jovens têm dificuldade em acessar informações sobre os cursos, e eventos assim ajudam a despertar o interesse por diferentes áreas de estudo”. A estudante expressou seu desejo de cursar farmácia e ressaltou que tais eventos são essenciais para fornecer diretrizes sobre as oportunidades que cada curso pode oferecer.

Ana Laura visitou o evento da Mostra das Profissões para conhecer os cursos disponíveis. Imagem: Nelson Bofill/Labfem

O professor do curso de Medicina, Henrique Barroso expressou suas boas expectativas para o dia, esperando um grande envolvimento dos alunos da cidade. Ele ressaltou a importância de proporcionar aos jovens a oportunidade de conhecer diferentes profissões, ajudando na difícil escolha que podem fazer para suas futuras carreiras. Henrique comentou que “embora a teoria seja essencial, o curso já oferece contato prático desde o início, com uma maior imersão nas atividades práticas nos últimos anos, incluindo o internato em hospitais e postos de saúde, onde os alunos vivenciam a rotina médica diretamente”.

Henrique destaca a importância dos alunos conhecerem o mundo acadêmico e seu funcionamento. Imagem: Nelson Bofill/Labfem

A reitora da Universidade Franciscana (UFN) Iraní Rupolo deu as boas vindas aos alunos visitantes. Durante uma conversa com jovens sobre a importância da educação, Rupolo compartilhou sua experiência ao encontrar uma mulher que, após orientação, conseguiu se inscrever no ProUni e ingressar no curso de Nutrição. Ela destacou que muitas oportunidades estão ao nosso alcance, mas frequentemente não as percebemos.

A reitora enfatizou a relevância do ensino superior como um passo fundamental na formação profissional, “lembrando que a graduação transforma estudantes em profissionais capacitados para o mercado de trabalho”. Ela incentivou os jovens a buscarem cursos presenciais, em vez de optarem apenas por modalidades a distância, que limitam o desenvolvimento de habilidades sociais e práticas. A mensagem central foi de que a educação é uma escolha digna e essencial para evitar caminhos perigosos, como a criminalidade. Ao finalizar, ela reforçou a necessidade de valorização dos educadores e a importância de se preparar para um futuro melhor por meio da formação acadêmica.

Reitora da UFN, Iraní Rupolo destacou a importância de os jovens começarem a refletir sobre a escolha certa do curso que pretendem cursar no futuro. Imagem: Nelson Bofill/Labfem

A jornalista e Diretora de Comunicação Carina Batista Bohnert falou que a expectativa para o evento é que “os jovens participantes possam esclarecer suas dúvidas sobre carreiras e profissões, além de ajudá-los a fazer escolhas sobre seu futuro. A iniciativa visa também apresentar a universidade àqueles que ainda não a conhecem, buscando deixar uma boa impressão e incentivando o interesse nas opções de formação oferecidas”.

“Que os jovens saiam daqui hoje com a escolha certa sobre qual profissão querem seguir”. Imagem: Nelson Bofill/Labfem

Durante o dia, o público poderá explorar os estandes dos cursos de graduação da UFN, participar de experiências nos laboratórios e aproveitar workshops, oficinas, palestras e bate-papos. Haverá também informações sobre pós-graduação, incluindo especializações, mestrado e doutorado, além de detalhes sobre o Vestibular de Verão 2025, bolsas e financiamentos no espaço Estude Aqui.

Confira a partir de hoje, nas quintas-feiras, matérias produzidas por acadêmicos do curso de Jornalismo tendo como pano de fundo a Feira do Livro

Calçadão Salvador Isaia é um dos caminhos que levavam a Feira do Livro. Foto: Ana Cecília Montedo

Após as enchentes do Rio Grande do Sul, houve algumas ações sociais para mobilizar a população a apoiar produtores e comerciantes locais. Com os bloqueios das estradas e o difícil acesso à capital, Porto Alegre, quem não tinha capacidade de estocar mantimentos e mercadorias, acabou sendo pego desprevenido, principalmente no ramo alimentício. Além disso, ambulantes que dependem do clima e do fluxo da cidade ficaram impossibilitados de trabalhar nesse período, por falta de mercadorias, compradores e até mesmo por morar em locais afetados.

Alguns comerciantes sentiram uma drástica diferença em suas vendas com a chegada da Feira do Livro, principalmente pela movimentação de estudantes no Calçadão santa-mariense, como disse Graziela Oliveira, funcionária de uma lancheria localizada em frente à Caixa Econômica Federal. Já Viviane, que é caixa do tradicional mercado no final do calçadão, comenta que houve aumento do movimento inclusive superando as edições passadas da Feira.

Desta vez, o evento não teve a tradicional praça de alimentação, o que ajudou na movimentação em seu entorno. Uma das opções foi o Café do Theatro Treze de Maio, que também foi palco do livro livre, onde ocorreram a maioria das atrações e contou com mesas e cadeiras disponíveis em frente ao local. Com essa mudança, barraquinhas como a de Deusa Sattes não puderam ficar próximas ao evento. Segundo a vendedora, a prefeitura estabeleceu o local em que eles poderiam atuar durante o evento, isto é, no final do calçadão, na esquina oposta ao local das bancas de livros. Embora à distância, conforme Deusa, o faturamento não foi impactado por conta da grande circulação de pessoas.

De acordo com a organização da Feira, foram cerca de oitenta mil pessoas que visitaram a  Praça Saldanha Marinho durante as duas semanas de programação. A Feira do Livro de Santa Maria, que tradicionalmente ocorre no primeiro semestre do ano, em virtude das enchentes de maio, foi realizada neste ano de 2024 de 26 de agosto a 8 de setembro.

Texto produzido por Ana Cecília Montedo na disciplina de Produção da Notícia, sob supervisão da professora Neli Mombelli, durante o segundo semestre de 2024.

Na última quinta, 26 de setembro acadêmicos e professores de diversas instituições de ensino superior de Santa Maria participaram de uma visita técnica a 6ª Brigada de Infantaria Blindada. A Universidade Fransiscana (UFN) esteve presente por meio dos alunos do curso de Jornalismo e do professor e coordenador Iuri Lammel.

Os alunos Nicolas Krawczyk, Vitória Oliveira e Emily Pilar ao lado do professor do curso de jornalismo Iuri Lammel em visita ao exército. Foto: Saulo Oliveira/Arquivo Pessoal

Segundo o Cononel Vanderson, a história do quartel surgiu em 1919. O prédio histórico foi inaugurado como 7ª Regimento de Infantaria permanecendo no local até a década de 90. Após, o regimento foi transferido para o Boi Morto com o nome de 7ª BIP devido a uma reestruturação que o exército sofreu. ” A Rádio Verde Oliva foi uma forma que o exército encontrou de se aproximar da sociedade, e é um vetor de comunicação social do exército”, destaca o coronel.

Rádio Verde Oliva foi inaugurada em março de 2024 e conta com os jornalistas Thays Ceretta e Diogo Brondani, egressos da UFN .Foto: Vitória Oliveira/LABFEM

A Rádio Verde Oliva surgiu em 2002 em Brasília, e com o passar dos anos migrou para outras regiões do país como Manaus, Três Corações e Rezende que possuem contigentes militares. “Em Santa Maria existe um dos maiores contigentes militares do Brasil. Nós temos um transmissor que fica localizado aqui no quartel, e a rádio possui a capacidade de atingir um raio de 160 km na região que abrange toda a parte central do estado”, destaca o jornalista Diogo Brondani. “Nosso principal produto é informação com prestação de serviço. Temos um espaço conhecido como Especial Verde Oliva, onde fazemos entrevistas a partir das ações que o exército realiza, como o Dia da Árvore em que foi feita uma ação de integração ” , comenta Brondani.

Comandante destaca o papel do exército na construção da sociedade. Foto: Vitória Oliveira/LABFEM

Os alunos participaram de uma palestra em que o Comandante Marcos Augusto Newald destacou o papel do quartel general frente as enchentes de maio deste ano no estado. Segundo ele, as ações do exército foram realizadas mediante a Operação Taquari que já estava em andamento desde do dia 30 de abril onde estava sendo realizada um treinamento de guerra. Foram mais de 95 dias de operação com 5 mil homens e mulheres. “Nós não queríamos passar por isso, mas foi uma oportunidade também de estender a mão amiga do exército neste momento de reconstrução e de ajudar pessoas que perderam tudo”, frisou Newald.

Comandante Newald recepcionou o grupo de visitantes. Imagem: Vitória Oliveira/LABFEM

Para Newald: ” A ideia deste passeio é de interação e troca de experiências, e mostrar um pouco do nosso trabalho” .

Espaço Cultural Niederauer homenageia o soldado santa-mariense que lutou na Guerra do Paraguai. Foto: Vitória Oliveira/LABFEM

Após o almoço, os estudantes tiveram a oportunidade de andar de tanque e assistir a uma simulação de ataque. A TV Verde Oliva Sul produziu uma matéria sobre a atividade disponibilizada esta semana na conta oficial do Instagram da 6ª Infantaria.

Veja momentos da visita ao exército:

Fotos: Vitória Oliveira/LABFEM

Ciência é Pop é um podcast fruto de um projeto de extensão que busca tornar o conhecimento científico mais acessível ao público em geral, utilizando uma abordagem didática e envolvente para conectar pesquisas acadêmicas com temas do cotidiano. O projeto é coordenado pela professora do curso de Jornalismo Neli Mombelli, e conta com o acadêmico de Jornalismo e bolsista Probex Isaac Brum.

Identidade visual do podcast “Ciência é pop”. Foto: divulgação

A professora Neli destaca que “A ideia do podcast é mapear os projetos desenvolvidos aqui na UFN, tanto de pesquisa quanto de extensão. Selecionamos sete projetos e entrevistamos pesquisadores e alunos para que eles falem sobre suas pesquisas. A proposta é transformar essas entrevistas em um podcast narrativo que explique conceitos complexos, como o uso de nanotecnologia a partir da quercetina para tratar queimaduras. A linguagem acessível é fundamental para conectar o que é estudado com o cotidiano das pessoas, pois a ciência está diretamente ligada a soluções que melhoram nossa vida.”

Atualmente, quatro episódios já foram produzidos. Podcasts novos são lançados semanalmente. O primeiro, disponível no Spotify, aborda um tema ambiental, o uso do plástico PET que, segundo o IBAMA, é descartado em grande quantidade e sua decomposição pode levar em torno de 600 anos. O episódio explora como um grupo de pesquisa da UFN, coordenado pela professora de Engenharia Ambiental e Sanitária, Maria Amélia Zazycki,  está testando o uso do PET como substituto da areia na fabricação de concreto. O projeto busca reduzir o impacto ambiental do plástico e encontrar um novo destino para esse material amplamente descartado. 

O episódio mais recente aborda o tratamento de queimaduras, uma experiência comum e dolorosa. Um grupo de pesquisa da Universidade Franciscana (UFN), coordenado pelo professor Sergio Roberto Mortari, do curso de Engenharia Química, investiga o uso de compostos naturais para tratar lesões causadas por queimaduras, buscando alternativas mais eficazes e seguras para a recuperação.

Isaac destaca como está sendo participar do podcast: “Tem sido uma experiência muito enriquecedora. Estou aprendendo sobre todas as etapas da produção de um podcast, desde a elaboração do roteiro até a prática de uma fala clara e compreensível. Essas habilidades são fundamentais para minha formação profissional.” 

Para não perder nenhum episódio, acompanhe o Ciência é Pop no Instagram @pop.ciencia e no Spotify.