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Rio Grande do Sul

Jovens estão na expectativa de votar pela primeira vez

Os jovens estão cada dia mais engajados na política brasileira. A eleição deste ano é marcada pelo crescimento no número de pessoas entre 16 e 18 anos aptos a votar. Os números de alistamentos eleitorais realizados

A trajetória Covid no Brasil

Desde a detecção do primeiro caso de infecção pelo coronavírus no fim de 2019, foram registrados 518 milhões de pessoas que tiveram Covid-19 e mais de 6,25 milhões de mortes no mundo. No Brasil, são 30,5

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O gaúcho e o 20 de setembro: para além da tradição

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Gaúcho de apartamento na Semana Farroupilha

Quando chega a Semana Farroupilha, o amor pelo Rio Grande do Sul aflora e os gaúchos e gaúchas de todas as querências querem mostrar para todos a força da tradição e o apego pelo Rio Grande. Muitas pessoas

Mudança de temperatura é assunto nas ruas

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Os jovens estão cada dia mais engajados na política brasileira. A eleição deste ano é marcada pelo crescimento no número de pessoas entre 16 e 18 anos aptos a votar. Os números de alistamentos eleitorais realizados nos três primeiros meses do ano mostram que o Brasil ganhou 1.144.481 novos eleitores na faixa etária de 15 a 18 anos, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Imagem: Divulgação/TSE

No Rio Grande do Sul o crescimento no número de jovens foi de 48,8% na comparação a eleições de 2018, a porcentagem corresponde a 80.044 mil eleitores no estado. Santa Maria é o 5º maior colégio eleitoral gaúcho com 208.727 votantes aptos, destes 2.675 são jovens entre 16 e 17 anos, 1,28% do eleitorado da cidade.

A estudante do 2º ano do ensino médio, Giselle Xavier, de 16 anos, vota pela primeira vez nas eleições do dia 2 de outubro. Ela espera que com o voto possa ter mais controle e estar mais presente nas decisões que influenciam o seu futuro. Giselle acredita que “as pessoas têm que votar, para que assim não deixemos nas mãos dos outros esse poder e sim nós mesmos termos o controle”. Ela conta que fez o título no intuito de ter influência na decisão do futuro do país: “ isso influencia diretamente no meu futuro como jovem”. Ela acredita que muitos jovens irão votar este ano por conta da influência da mídia pois “ferve de informações a respeito dos candidatos, talvez por estarem insatisfeitos com o atual governo ou até mesmo por influência dos pais em casa”.

Nelson Dutra, estudante do 2º ano do ensino médio, tem 17 anos e conta que suas expectativas são boas, pois “ espero que meu voto faça diferença no futuro”. Para ele, votar é muito importante para decidir como o país irá estar posteriormente “ principalmente para quem é jovem”. Dutra conta que fez seu título após a pandemia pois viu que o país não podia seguir da forma que está: “fiz meu título com o intuito de votar pra colocar alguém que realmente cuide do povo brasileiro”. Ele acredita que muitos dos jovens que irão votar este ano não gostam muito de política, mas irão às urnas no dia 2 para mudar a forma que o país é hoje.

Já para Jordana Dutra, de 18 anos, as expectativas são “que os candidatos que eu vou votar ganhem”.  Para ela o voto é “super importante para o nosso país, nosso estado, nosso município. Pois de alguma forma o povo tem voz”. Jordana acredita que muitos jovens decidiram votar após a pandemia, pois “todos passamos por várias situações complicadas e não houve interesse do poder público perante estes acontecimentos”.

O primeiro turno da votação será realizado no próximo domingo, dia 2 de outubroJá o segundo turno, nos estados e nacionalmente, caso preciso, ocorrerão em 30 de outubro, o último domingo.

Caçapava do Sul se tornou o berço da olivicultura gaúcha, após ser pioneira no plantio de olivais no Rio Grande do Sul, e agora irá promover uma imersão nesta cultura que envolve o azeite de oliva. A  1ª Festa do Azeite de Oliva, evento que ocorrerá nos dias 27,28 e 29 de maio, no Largo Farroupilha aguarda mais de 10 mil pessoas.

A cidade possui atualmente cinco  das 40  marcas que existem no estado e o solo gaúcho gera 75% dos olivais brasileiros. A produção da região já foi premiada mundialmente e a consolidação da cultura está sendo celebrada nestes três dias. O projeto está sendo gerenciado por produtores locais, Instituto Brasileiro de Olivicultura (Ibraoliva) e  pela Prefeitura Municipal de Caçapava do Sul, no intuito de incentivar e divulgar na região este produto que tem grande importância  na gastronomia. A iniciativa está sendo financiada pelo Pró-Cultura RS e Governo do Estado do RS.

Gustavo Lima, produtor de azeite de oliva, nos conta de onde veio a motivação para produzir este produto: “Em 2005, quando foi comentada a questão de plantar oliveiras no município, nós resolvemos entrar com o plantio, para diversificação da propriedade. De lá para cá vimos a necessidade desse plantio se transformar em azeite, dando agregação de valor, tendo um retorno muito interessante e valorizando mais o produto”. A festa, para ele, trará visibilidade para as marcas desta mercadoria, atraindo mais consumidores tanto regionais quanto de outros lugares do país.

A festa contará com uma Vila do Artesanato, em que estarão presentes 8 estandes com artesãos locais. Rosa Ruschel, dona do ateliê Rosa Biscuit, nos fala porque decidiu participar da Vila: “acho importante, porque nosso artesanato nunca esteve tão bem selecionado, organizado e disposto a participar das feiras que acontecem no nosso município. Especialmente agora que nós temos o dossiê do geoparque Caçapava, onde eu faço parte da comissão organizadora. Sou geoproduto e iniciativa parceira dentro desse projeto, acho muito importante para o desenvolvimento das pessoas que têm pouca renda”. Ela acredita que muitos artesãos caçapavanos ainda temem a burocracia na hora de expor seus trabalhos, mas ela relata que, “temos uma movimentação muito grande de artesãos em Caçapava, nós temos um trabalho muito bonito”. 

A 2ª Capital Farroupilha está com o projeto do geoparque, onde o comércio trabalha a flora e fauna local. Mas com a Festa do Azeite de Oliva eles tiveram que modificar seu foco de trabalho, “eu trabalho muito a preguiça gigante, agora vou trabalhar oliveiras”, explica Rosa. As expectativas dela para a os 3 dias não são de grandes vendas, mas sim de divulgação do trabalho que está sendo feito em Caçapava.

Uma eleição foi realizada para a escolha das soberanas da Festa, com 172 mil votos, onde foram eleitas como rainha, Karine Trindade, como princesa, Ana Constante e como Miss Simpatia, Bruna Meireles.

Soberanas da Festa do Azeite de Oliva entregam convite para governador no Piratini - Jornal do Comércio
As soberanas da Festa. Imagem: divulgação

Entre as atrações, haverá deck gastronômico, com sommelier de azeites, oferecendo degustação, Vila do Artesanato, atrações nacionais e locais, como Chimarruts e Comunidade Nin-Jistu, além do cantor e compositor Dante Ledesma.

Programação

Dia 27/05 – Sexta-Feira

17h30 – Solenidade de abertura com autoridades

18h15 – Apresentação Coral Caçapavano – Palco principal

19h30 – Apresentação Banda Municipal – Palco principal

Dia 28/05- Sábado

15h30  – Pra ti Vê – pagode – Palco gastronômico

17h30 – Duda e Pety – MPB – Palco gastronômico

18h – Grupo  Rolêzin – pagode – Palco principal

18h45 –Estela La Bella – sertanejo- Palco principal

20h – Comunidade Nin-Jitsu – Palco principal

21:15 – Mfunk- Palco Principal

22h15 – Chimarruts – Palco principal

Dia 29/05 – Domingo

11h30 – Tela Class  – rock – Palco Gastronômico

13h – Pra ti Vê – pagode – Palco gastronômico

14h30 – Invernada no CTG do Forte

15:30h Bonecos da Montanha – teatro infantil  – Palco Principal

16h15 – Jairo Lambari Fernandes –  nativista – Palco Principal

17h30 – Dante Ramon Ledesma – nativista – Palco Principal

18h45 – Lênin e William -sertanejo – Palco Gastronômico

Entrada franca

Desde a detecção do primeiro caso de infecção pelo coronavírus no fim de 2019, foram registrados 518 milhões de pessoas que tiveram Covid-19 e mais de 6,25 milhões de mortes no mundo. No Brasil, são 30,5 milhões de infectados e quase 664 mil óbitos até o dia 10 de maio. Mas em outra perspectiva, 60,2% da população global está vacinada e no Brasil esse percentual é de 77,9%, sendo sua maior concentração de vacinados nos estados de São Paulo e Piauí.

Homenagem às vítimas da Covid-19 em frente a Esplanada dos Ministérios em 18 de outubro de 2021.  Imagem : EVARISTO SA / AFP

No dia 11 de março de 2020 a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou como pandemia o adoecimento pelo vírus Sars-Cov-2. Na prática, o termo pandemia se refere ao momento em que uma doença já está espalhada por diversos continentes com transmissão sustentada entre as pessoas. Na época, segundo a OMS, o mundo registrava 118 mil casos e 4.291 mortes.

Mas, de fato, o mundo registrou seu primeiro caso de Covid no dia 17 de novembro de 2019, quando um homem de 55 anos foi detectado com a doença na província de Hubei, próximo de Wuhan, foco do primeiro surto. Desde então a pandemia se agravou muito no mundo, chegando ao Brasil no dia 26 de fevereiro de 2020 no estado de São Paulo, onde um homem de 61 anos com histórico de viagem para a Itália foi identificado com esta enfermidade. No dia 10 de março chegou ao Rio Grande do Sul onde um homem, de 60 anos, residente em Campo Bom, que teve histórico de viagem para Milão foi localizado com sintomas. Já em Santa Maria o primeiro caso surgiu em 22 de março, com um homem de 32 anos que viajou para Joinville(SC)  e quando voltou fez um teste sendo comprovada a infecção.

Foi a partir daí que vimos o caos se formando, milhares de infecções, causando superlotação em hospitais. Com as superlotações, os profissionais da saúde tiveram que manter seu foco no combate à pandemia. Diagnósticos de doenças como o câncer diminuíram por conta do receio de ir em consultas médicas, além de pessoas que apresentaram sinais de acidente vascular cerebral (AVC) e infarto  mas que adiaram a busca por ajuda ou simplesmente não procuraram socorro.

Um dos momentos mais preocupantes da pandemia foi o estoque de oxigênio em Manaus se esgotando e o sistema de saúde colapsado, com dezenas de mortes por asfixia de pacientes com Covid-19. Funerárias passaram a aderir a sepultamentos à noite por conta do número de enterros muito acima do habitual. A prefeitura de Manaus chegou a adotar um sistema de enterros em camadas, ou seja, enterrar caixões um por cima do outro, em valas mais profundas. À época, a justificativa era a necessidade de atender à demanda, que cresceu durante a pandemia.

O isolamento

O mundo parou com o isolamento instaurado, as formas de trabalhos e relacionamentos tiveram que se adequar aos novos tempos, o home office foi estabelecido em muitos casos. Com a recomendação da quarentena as pessoas começaram a consumir muitas notícias, por conta da necessidade de  se manterem informadas. A infodemia, como foi chamada, trouxe uma exposição excessiva de informações tanto verdadeiras quanto falsas. A sobrecarga de informações fez com que a qualidade de vida das pessoas fosse abalada, pois há mais processamento de dados do que daríamos conta de modo saudável. Com esse aumento de informações as fake news, ou notícias falsas, vieram com tudo, como afirmações de que as máscaras não tinham eficácia e de que as vacinas não funcionavam.

A chegada das vacinas

Após uma triagem com voluntários, a vacina de Oxford em parceria com o laboratório AstraZeneca começou a ser testada em profissionais da saúde de São Paulo no dia 20 de junho de 2020. Na ocasião, a vacina era uma das 141 registradas na Organização Mundial da Saúde (OMS) e uma das 13 que tinham conseguido alcançar a terceira fase de testes. Mais tarde, em dezembro, ela seria a primeira a ter os resultados da fase 3 publicados em uma revista científica. Além disso, a vacina de Oxford também foi uma das primeiras a ter um contrato de compra fechado pelo governo brasileiro.

As vacinas eram um sonho que todos aguardavam que se concretizasse, porém somente no dia 8 de dezembro de 2020 Margaret Keenan, de 90 anos, , foi vacinada contra esta doença na cidade de Londres no Reino Unido, e tornou-se a primeira pessoa no mundo a receber a vacina da Pfizer contra a Covid-19 fora de um ensaio clínico.

Margaret Keenan, prestes a completar 91 anos, é a primeira vacinada contra Covid-19 no início da imunização no Reino Unido. Imagem: Reuters

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou no dia 17 de janeiro de 2021, para uso emergencial, as duas primeiras vacinas contra o coronavírus no Brasil. Foram compradas 2 milhões de doses da vacina da AstraZeneca, produzida em parceria pela Universidade de Oxford com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e 6 milhões da Corona Vac, produzida pela chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan. Minutos depois da aprovação, a enfermeira Mônica Calazans, de 54 anos, tornou-se a primeira brasileira a ser vacinada, em São Paulo. O Ministério da Saúde e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) apresentaram no 22 de Fevereiro as primeiras vacinas contra a covid-19 totalmente produzidas em solo nacional. De forma simbólica, os imunizantes da AstraZeneca foram fabricados na sede da Fiocruz, no Rio de Janeiro.

A enfermeira Mônica Calazans, 54, recebe a vacina contra o coronavírus. Imagem: Reuters/Amanda Perobelli

A primeira pessoa a ser vacinada contra a Covid-19 no Rio Grande do Sul foi uma técnica de enfermagem que atua no Centro de Atendimento Intensivo (CTI) no Hospital de Clínicas (HCPA), em Porto Alegre. A vacinação ocorreu às 23h do dia 18 de janeiro. A primeira pessoa a ser vacinada em Santa Maria foi a enfermeira Mônica Oliveira Galimberti, de 56 anos, que atua na saúde há mais de 30 anos. Desde então são cerca de 60,2% da população global já vacinada, no Brasil esse percentual é de 77,9%, já o Rio Grande do Sul tem cerca de 87,3% dos habitantes vacinados e 88% da comunidade santa-mariense vacinada.

Variantes

Após mutações, uma nova variante do coronavírus se tornou comum no Reino Unido. Governos mundo todo fecharam as fronteiras para o país tentando evitar a propagação do vírus mutado. Essa nova versão recebeu o nome de linhagem B.1.1.7. e já teria sofrido pelo menos 23 mutações. A principal delas mudou a forma do espinho do novo coronavírus, que é a proteína que o vírus usa para abrir a célula. A agência inglesa de saúde tinha identificado a variante em setembro e notificou a OMS. O diretor de emergências da organização, Michael Ryan, afirmou no dia 21 de dezembro 2021 que a nova variante do coronavírus não estava “fora de controle”, mas que os bloqueios adotados por diferentes países eram “prudentes”.

Desobrigação do uso de máscara

A queda de casos de covid possibilitou órgãos de saúde do país optarem pela desobrigação do uso da proteção. O Projeto de Lei 5412/20, aprovado no dia 1 de abril, findou a obrigatoriedade do uso de máscaras,  ficando dispensado o uso e fornecimento de máscaras cirúrgicas ou de tecido em estados ou municípios que deixaram de exigir a utilização da proteção em ambientes fechados. No dia 6 de abril Santa Maria aderiu a lei tornando facultativo o uso da máscara em ambientes fechados.

Segundo dados da última segunda-feira, dia 9 de maio, o quadro da cidade de Santa Maria é bastante favorável e esperançoso. Há apenas dois adultos confirmados com Covid e um suspeito em leitos de UTI , um paciente em UTI pediátrica, e mais 20 adultos  hospitalizados em leitos normais. Totalizando 24 pessoas hospitalizadas na cidade.

Em uma disputa acirrada, o ex-prefeito de Pelotas Eduardo Leite (PSDB) foi eleito governador do Rio Grande do Sul. O candidato foi eleito neste domingo dia 28 de outubro para comandar o Estado para os próximos quatro anos, superando o atual mandatário José Ivo Sartori (MDB). Com a vitória, o PSDB retoma o poder do Estado após 12 anos, e o Rio Grande do Sul mantém a tradição de não reeleger seu governante. 

Com 100% das urnas apuradas, Eduardo Leite obteve 53,62% (3.128.317 votos) válidos contra 46,38% (2.705.601 votos) de José Ivo Sartori.

Em Santa Maria, assim que foi confirmada matematicamente a vitória do tucano, às 19h, seus eleitores começaram a festa em frente ao comitê do PSDB na Avenida Rio Branco. A rua ficou tomada por eleitores, que agitavam bandeiras e motoristas que buzinavam. A mesma empolgação se repetiu na Avenida Presidente Vargas, com carreata, buzinas e muita festa de pessoas que votaram em Leite.

Produzido para as disciplinas de Jornalismo I e Jornalismo Digital I sob a supervisão dos professores Sione Gomes e Maurício Dias 

Protesto em função do parcelamento de salários ocorreu hoje em Santa Maria Foto. Maiquel Rosauro

Professores e funcionalismo estadual precisam sobreviver com R$ 350,00, menos da metade do salário mínimo. Será possível sustentar uma família, pagar aluguel, saldar dívidas e, ainda, se alimentar com este valor? Com base nisso, o CPERS/Sindicato realizou um grande ato, nesta quinta-feira, 21, na Praça Saldanha Marinho, em Santa Maria.

O protesto visou denunciar  o mal pagamento e o descaso do governo do Estado para com os servidores estaduais, os quais receberam o seu salário mais uma vez parcelado, com o valor inicial de R$350,00.

O ato é organizado pelo Comando de Greve do 2º Núcleo do CPERS de Santa Maria e contará com a participação de colegas do 4º Núcleo – Cachoeira do Sul, 18º Núcleo – Santa Cruz do Sul e 41º Núcleo – São Gabriel. A Seção Sindical dos Docentes da UFSM (Sedufsm), a Associação dos Servidores da UFSM (Assufsm) e o Diretório Central dos Estudantes da UFSM (DCE/UFSM) também confirmaram presença.

Durante a manifestação, foram realizados uma sessão Plenária Regional, uma Aula Pública e por fim, Ato Público Unificado em Defesa da Educação e dos Direitos, com uma marcha que percorreu o centro de Santa Maria.

A greve da categoria teve início em 5 de setembro e não tem data para ser finalizada. O CPERS cobra o fim imediato da política de parcelamento de salários.

Desfile dia do gaúcho em Santana do Livramento.

E chega o 20 de setembro, Dia do Gaúcho. Não existe outro dia tão importante para o povo riograndense como este. Vestimentas tradicionalistas tomam as ruas, os CTGs lotam, o cheiro do churrasco se espalha pelo ar e é possível ouvir de longe o som das músicas e danças típicas. Assim é comemorado o feriado.

Mas qual o significado da data? Simples, foi a data de início da Revolução Farroupilha. A revolta iniciou em 20 de setembro de 1835 quando os rebeldes, liderados por Bento Gonçalves, tomaram Porto Alegre, fazendo da província, uma república.  Após 10 anos de grandes disputas, a revolução chegou ao fim, quando as duas partes envolvidas, o exército republicano e o Imperialista, selaram um acordo de paz.

O Dia do Gaúcho esta incluído na Semana da Farroupilha, uma celebração da cultura e das tradições gaúchas, que ocorre anualmente entre 14 e 20 de setembro, no estado brasileiro do Rio Grande do Sul. Durante a semana, são feitas diversas festas que ressaltam os costumes típicos do gaúcho, desde pratos típicos, vestimentas e apresentações culturais.

Uma cultura forte

A tradição do gaúcho tem longo alcance e vai além das fronteiras do sul. Há quem fale de uma diáspora. A rudeza da história gaúcha se faz num Estado constituído a partir das guerras. As fazendas eram tocadas pelas mulheres, muito diferentes das moças da corte, segundo os relatos dos viajantes que por aqui passaram. Mulheres fortes e decididas não por opção, mas exatamente porque a escolha era entre viver ou morrer.

A pilcha é o traje típico do gaúcho inclui o seu pala (ou poncho) que é um sobretudo que pode servir de cobertor para dormir, um facão ou adaga (ou facón, em castelhano), um relho (ou rebenque) e as calças largas chamadas bombachas, presas às suas cinturas por um tipo de cinto denominado guaiaca (ou tirador, em castelhano). Depois vem as botas, o chapéu de barbicacho e o lenço no pescoço. Alguns ainda carregam as boleadeiras (bolas ou boleadoras, em castelhano), uma soga (corda) de couro torcido ou trançado com duas pedras redondas amarradas em cada uma de suas extremidades e outra soga (corda) de couro atada no meio dela com uma pedra menor na extremidade, sendo chamada de Pedra Chica. É usada na caça ou na captura de animais e muito utilizada no pampa gaúcho.

As raízes da cultura no pampa gaúcho. Fotos cedidas: Patrícia Simões. arquivo pessoal

O vaqueiro gaúcho passava a vida cavalgando os Pampas, domando os bois e cavalos. Tornaram-se grandes carneadores, sabiam matar e aproveitar ao máximo um animal para que este lhe servisse de alimento. Tinham pouco acesso ao sal, e aprenderam a conservar o sangue do animal e usar a própria gordura do assado para lhe dar maciez. Daí o famoso churrasco de chão. É feito o fogo em um buraco cavado no chão. Depois, trespassa-se um pedaço de pau na carne e colocam-na inclinada sobre o fogo em um ângulo de mais ou menos 45º, virando-a lentamente, até estar ao ponto desejado. Ainda hoje, essa tradição é mantida.

Falar da cultura gaúcha é dizer, entre outros do Borghettinho e do Yamandu Costa (os dois juntos é delírio puro!). Há belas imagens do gaúcho nos pampas quando se passa pelas estradas ao sul – misto de nostalgia e vida campeira; há as danças – a chula é tudo de bom e saindo do circuito conservador, as mulheres dançam também. Antes ela era privilégio masculino.

Há os cavalos e os cavaleiros – homens e mulheres na labuta do dia a dia, sempre acompanhados do fiel cachorro ovelheiro, border collie – para quem não sabe, é parente do collie – e conhecido por reunir sozinho, os rebanhos nos campos. Tem o espaço das missões para quem quer fazer turismo, ainda hoje conservando o mistério. Tem o chimarrão  que reúne o povo num compartilhar a prosa aquecida pela mistura de erva mate e água quente. E a cozinha, onde a mandioca(aipim/macaxeira) e a batata-doce são a base de inúmeros pratos. Há inúmeras lendas que narram a epopéia destes homens e mulheres destemidos. Basta se aventurar e conhecer.

O 20 de setembro em Santa Maria

Em Santa Maria o Dia do Gaúcho não passará em branco, haverá o Desfile Farroupilha, e diversas festividades nos CTGs da região serão feitos. Almoços, e festas estão marcadas, veja a programação para o feriado:

CPF PIÁ DO SUL:
Almoço: 12h
Cardápio:Churrasco, arroz e saladas
Valores: R$ 10 para participantes do desfile, R$ 25 para público em geral

CTF OS NATIVOS:

Café da manhã e saída para o desfile, às 6h30min
Desfile Farroupilha, às 9h
Almoço e fandango, às 12h30min, com grupo Sangue Gaúcho
Cardápio – Churrasco, galeto, maionese, arroz e saladas diversas
Valores: R$ 30 ou somente o baile R$ 20. Pessoal que desfilou para R$ 15
Encerramento da Semana Farroupilha, às 18h

CTG ESTÂNCIA DO JARAU:

Almoço: 12h
Cardápio: Churrasco, maionese, arroz, saladas e cuca
Valores: R$ 40 para adulto e R$ 10 para crianças de 7 a 12 anos
Agradecimentos, às 14h
Baile, às 15h, com Tchê Kakareko
Arreamento das bandeiras, extinção da chama crioula e encerramento da semana farroupilha: 18h

A.T PONCHO BRANCO

Almoço: 12h
Cardápio: Churrasco, porco, galeto, salsichão
Valor: R$ 25
Encerramento com Alexandro Nunes a noite
Cardápio: Sopão
Valor: R$ 10

CTG SENTINELA DA QUERÊNCIA

Almoço fandango: 12h30min
Cardápio: Churrasco, galeto à vinagrete, arroz branco, maionese, mandioca e saladas
Valores: R$ 20 para sócios, R$ 25 para não sócios, R$ 15 para invernadas, e R$ 10 para crianças de 7 a 11 anos

Texto: Fernando Cezar e Rosana Zucolo

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Polícia Civil, Brigada Militar e Susepe fizeram ato público no Centro de Santa Maria nesta quinta-feira (3) (Foto: Natália Zuliani)

Salários parcelados, situação tensa e arriscando suas vidas. É assim que passaram os últimos dias policiais civis, brigadianos e agentes penitenciários. “Hoje o policial militar não é tido como trabalhador. Nós somos excluídos da Constituição, não temos o direito à greve, não temos o direito a todos os mecanismos que todos os trabalhadores têm para reivindicar seus salários e seus direitos. Mas nós vamos nos manter mobilizados”, afirma João Valdenir Silva Correa, 45 anos, da Associação Beneficente Antônio Mendes Filho, da Brigada Militar. Na última segunda-feira (31), policiais civis se uniram à Brigada Militar e começaram sua mobilização reivindicando seus direitos perante o Estado do Rio Grande do Sul.

“É o terror que tomou conta. O abalo psicológico é muito grande. São pais e mães de família que estão pensando: pô, o que que eu vou pagar?”, comenta o escrivão Pablo Mesquita, 38 anos, representante da União Gaúcha dos Escrivães, Inspetores, Investigadores, Rádio-telegrafistas e Mecânicos Policiais (UGEIRM). Ele também revela que, apesar de arriscarem a vida todos os dias para proteger a comunidade, é isto que os mantêm trabalhando, afinal, conforme o policial, “não é a gente que escolhe o serviço, é ele que nos escolhe!”. Pablo também comenta que não apoia nenhum tipo de parcelamento, e que, se for necessário tomar essa medida, ” que corte o salário de todos”, opina.

A expectativa da Brigada Militar é que o trabalho retorne nesta sexta-feira (4). Já a Policia Civil decidiu manter a paralisação até sexta (4).

 

 

 

Grupo de jovens tomando mate na Praça Saldanha Marinho. Foto: Karin Spezia. Laboratório de fotografia e memória.

Quando chega a Semana Farroupilha, o amor pelo Rio Grande do Sul aflora e os gaúchos e gaúchas de todas as querências querem mostrar para todos a força da tradição e o apego pelo Rio Grande.

Chiripá farroupilha. Foto: arquivo
Chiripá farroupilha. Foto: arquivo

Muitas pessoas renovam as “pilchas”, denominação dada a indumentária do gaúcho. Para o homem, bombacha, bota ou alpargata, cinturão, lenço, chapéu e camisa, além do chiripá – saiote que lembra um fraldão, usado sobre a bombacha. Hoje vale o mesmo para as mulheres que conquistaram essa alternativa para além do tradicional vestido de prenda. Segundo Fabiana Gonçalves, gerente de uma loja especializada em artigos gaúchos, disse que aumentou 50% as vendas devido à Semana Farroupilha,  e também que este aumento já era esperado.  A festa comemorativa lota os CTGs (Centro de Tradições Gaúchas), a semana toda, com bailes, “entrevero de bóias” (Nome dado aos jantares/almoços que servem vários pratos típicos da culinária gaúcha).

No entanto, há também os chamados “Gaúchos de apartamentos”, termo utilizado para quem compra pilcha e se veste a caráter somente na Semana Farroupilha, mas  não abre mão de cultivar as tradições o ano todo assegurando o churrasco aos domingos, o chimarrão e outras peculiaridades da cultura gaúcha. Estes, não necessariamente, frequentam os CTGs, como é caso do Cezar Bonacorso (19). “Gosto do mate à tardinha e do churrasco aos domingos, porém não frequento CTG, e não gosto muito de usar bombachas. Mas respeito e gosto das tradições gaúchas,” afirma Bonacorso.

É também o caso do estudante da UFSM, Cássio Michels (20), para quem uma das maiores paixões  é o churrasco. “Não vou a CTG, não uso pilchas, mas gosto do bom e velho churrasco,” diz o estudante que ainda disse que ia “para fora” ( expressão usada para referir a ida para as fazendas, sítios ou chácaras no meio rural) mas que com a faculdade e a falta de tempo, não vai mais.

Leonardo Lima  e Juliana Dorneles tomando chimarrão na Praça Saldanha Marinho. Foto: Karin Spezia. Laboratório de fotografia e memória.

As tradições e o amor pelo RS passam de pai para filho, como conta a Juliana Dorneles, técnica em enfermagem (24), “Meus pais cultivam o ano todo as tradições, frequentam CTG e me ensinaram também a cultivar as tradições,” relata Juliana.

Para Stefani Mello (23) “o amor pelo Estado está além de ir ou não a CTG. Está dentro da gente, nasce conosco, até quem não frequenta esses espaços tem um amor pelo Rio Grande,” diz a estudante que também afirmou que gosta da música gaúcha, de dançar em CTG e de vestir bombacha.

Este repórter-aprendiz não pode deixar de se manifestar quando se trata dos pagos gaúchos. Para mim, ser gaúcho de apartamento ou de CTG não importa, somos todos iguais Gaúchos. E temos um amor pela nossa terra, por mais que não cultivemos de forma veemente as tradições, sempre levamos algo dela conosco, com os costumes, as comidas e bebidas típicas que fazem parte do nosso cotidiano. Ao tomar um chimarrão, fazer um churrasco com os amigos, ir para fora aos finais de semana, falar sinaleira ao invés de semáforo, chamar o menino de guri ou pia, estamos conservando as tradições e mostrando que podemos gostar de rock, samba, pagode, jazz, música clássica, funk, sertanejo, mas mesmo assim sermos gaúchos de apartamento ou não, mas gaúchos.

Dia lindo de primavera em Santa Maria. Foto: Gabriel Haesbaert

O dia começou bonito e fresquinho em Santa Maria. A temperatura chegou aos 13ºC na manhã desta segunda-feira, 4 de novembro, e à tarde, atingiu os 25ºC. Em outubro, os santa-marienses já haviam se despedido do inverno ao notar altas temperaturas registradas nos termômetros da cidade, mas o clima instável da primavera os fez puxar novamente casacos e mangas compridas para fora do guarda-roupa.

O clima fresco que fez hoje pela manhã, na verdade, foi uma frente fria que passou pela região e avança para o litoral dos estados do Paraná e de São Paulo, e irá provocar pancadas de chuva nessas regiões.

Opiniões diferentes sobre o clima

A estudante Ana Paula y Castro, de 18 anos, não está satisfeita com a estação. “Não estou gostando das mudanças repentinas de temperatura. A gente não consegue organizar o guarda-roupa conforme o clima da primavera. É chuvoso e frio de manhã, e quente à tarde. Ficamos no efeito “cebola”, “se descascando” durante o dia”, desabafa.

Já a secretária Carla Silveira, 22 anos, e a estudante Michelli Taborda, 19 anos, estão contentes com o clima. “Gosto do clima friozinho, mas acredito que o calor já esteja chegando. Ainda bem que têm pancadas de chuvas que diminuem, por instantes, o mormaço”, declarou Carla, sobre as intempéries da primavera. Michelli comentou que a temperatura dessa segunda-feira poderia permanecer durante o restante do verão, pois considera desgastante o calor da próxima estação.

Boca do Monte está colorida na estação das flores. Foto: Victória Papalia

Para o taxista Derli Fernandes Silva, de 57 anos, o clima está diferente do que era há 20 anos. “As estações mudaram muito. Está tudo desregulado. Não há mais primavera e nem outono. As estações se misturaram. Nem o verãozinho de maio nós temos mais. E acredito que a crise de temperatura só vá aumentar”, afirmou.

Previsão para os próximos meses

Segundo o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), as temperaturas aumentam gradativamente na Região Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil. As máximas poderão atingir valores muito elevados em função da forte radiação solar e da maior frequência de dias com céu claro. Contudo, ainda podem ocorrer incursões de massas de ar frio intensas, o que causa as mudanças drásticas no clima.

A previsão para os meses de novembro, dezembro e janeiro é em torno da normal climatológica. Haverá maior probabilidade de chuva na categoria abaixo da faixa normal no oeste da Região e acima da normal numa faixa entre o leste de Santa Catarina e o nordeste do Rio Grande do Sul.

Fontes: CPTEC; ClicRBS; Climatempo.

Fonte: Último segundo iG.