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SEPE

Premiação no encerramento do XVII SEPE

A cerimônia de premiação do Concurso Acadêmico Melhores Projetos tornou a tarde de encerramento do XVII Simpósio de Pesquisa e Extensão (SEPE) ainda mais bela. O salão de atos do conjunto I do Centro Universitário Franciscano

Formação cultural operária no RS

As apresentações de trabalhos do SEPE seguiram nesta quinta-feira. No curso de história foram apresentados diversos trabalhos. Um deles abordava a formação cultural militante, anarquista e socialista no Rio Grande do Sul. O acadêmico responsável pelo

O teatro que interpreta a história

As práticas teatrais e o ensino de história. Um estudo a partir das práticas obtidas com o PIBID.” Este é o título do trabalho apresentado pela acadêmica do 8º semestre do curso de História do Centro

Trabalhos expõem problemáticas da área do Direito

A 17ª edição do Simpósio de Estudo, Pesquisa e Extensão (SEPE) do Centro Universitário Franciscano contou com 100 trabalhos inscritos na área de Ciências Sociais. Entre eles, os trabalhos de duas pesquisadoras, Rosane Leal da Silva e

A história em debate no SEPE

O segundo dia do XVII Simpósio de Ensino Pesquisa e Extensão (Sepe), que começou quarta-feira, dia 2, no Centro Universitário Franciscano, marcou as apresentações na área da História. Na sala 205 do Conjunto I da IES,

As atividades culturais foram a novidade do XVIII Simpósio de Ensino, Pesquisa e Extensão do Centro Universitário Franciscano.  O intervalo da tarde da última quinta-feira, 2 de outubro, ficou por conta de muitas atrações, entre elas, a peça “Pedro: O Viajante”. A apresentação aconteceu às 17h30min no Salão de Atos do hall de entrada do Conjunto III. O espetáculo é composto por acadêmicos da instituição, uma egressa e pela Companhia de Dança de Salão Fernando Serpa. O ambiente pensado em baixa luminosidade, com focos de luz no palco, fez com que a plateia permanecesse atenta até o último minuto da peça.

O espetáculo conta a história de Pedro, um jovem confuso sobre qual profissão seguir. Pedro tem um relacionamento conturbado com a mãe, que não o apoia na possibilidade de escolher a música como profissão. Sem a presença do pai, Pedro encontra na menina Júlia, uma amante e amiga, que o ajuda a procurá-lo. Júlia é uma jovem que, como Pedro, está indecisa sobre o futuro, mas conta com o apoio da mãe em qualquer decisão que tome. Por causa de Júlia e com o apoio do amigo Kevin, Pedro resolve aprender a dançar. A dança levou Pedro a se tornar um viajante no mundo das artes.

O diretor da peça, Prof. Carlos Alberto Badke, declarou que o principal objetivo é retratar a realidade do jovem às vésperas da tomada de decisões sobre a vida. “É uma época de indecisões do adolescente. Época em que se precisa decidir o futuro e a gente acaba confundindo sentimentos pessoais com aquilo que o pai e a mãe querem”, explicou. O professor enfatizou a importância da arte na vida do indivíduo em formação. “Pedro descobre o mundo pela dança. Então, a gente faz com que a arte tenha parte na vida das pessoas”, disse. Segundo o diretor, a peça é importante para o esclarecimento da condição do adolescente no período pré-vestibular e para desconstruir o preconceito que há em torno das artes como profissão.

Marlisa Xavier, acadêmica de Letras da Unifra, saiu maravilhada do espetáculo. “O que mais me marcou foram as coreografias e as diferentes realidades apresentadas. Realmente é uma viagem linda no mundo da música e da dança. Eu achei um espetáculo, vibrei. Achei demais!”, contou a acadêmica.

 

Canellas Cidades painel
Holzmann e Canellas debateram sobre a cidade de Santa Maria. Fotos: Pedro Pellegrini. Lab. Fotografia e Memória.

O XVIII Sepe (Simpósio de Educação, Pesquisa e Extensão) realizou um painel na noite desta segunda-feira, 08 de setembro, com a presença do jornalista Marcelo Canellas e do arquiteto Tiago Holzmann. O evento lotou o salão de atos do campus I da UNIFRA e teve como tema ” A cidade e seus espaços de vida”.
Canellas e Holzmann debateram sobre alternativas para melhorar a cidade de Santa Maria e responderam a questionamentos do público presente.
Para o  jornalista Marcelo Canellas a cidade é o espaço de acontecer solidário. Todos, juntos, constroem a cidade. E sobre a violência, Canellas disse que ela possui vários significados: “Violência não se define por números de crimes, violência é quando a desigualdade é naturalizada”, afirma o jornalista. Canellas também fez referências a história da cidade, e falou sobre a importância de não esquecer o passado e conservar a história: “Devemos recuperar a memória e os seus espaços”, comentou ele que enxerga no patrimônio arquitetônico de Santa Maria o caminho para a recuperação da autoestima da cidade. Marcelo ressaltou que Santa Maria é uma cidade que é anfitriã, que projeta o futuro e que a vocação da cidade é o debate e a convivência. O jornalista finalizou, dizendo que a ética do jornalista é a ética do cidadão.

Publico lotou o Salão de Atos do Conjunto I da Unifra.
Publico lotou o Salão de Atos do Conjunto I da Unifra.

Já o arquiteto Tiago Holzmann fez um comparativo com exemplos próximos de cidades que se reergueram e hoje são referências no mundo. Ele defende que as pessoas devem sempre planejar o futuro da cidade: “Devemos pensar a cidade daqui a dez anos”, diz.
Holzemaan comentou sobre a situação da arquitetura no Rio Grande do sul e afirmou que ela não é valorizada. No entanto, se comparada a outros estados brasileiros, para ele, o Rio Grande do Sul ainda está bem.
Questionado quanto à pichação, Tiago disse: “Quando o lugar é de qualidade, o mesmo não é pichado”. Holzmann ressaltou também a importância das pessoas terem uma relação de pertencimento ao lugar onde nasceram ou moram. Isso faz com que elas cuidem mais do local onde vivem.

Professora e alunos recebem prêmio de 1º lugar das mãos da Reitora Irani Rupolo. Fotografia: Gabriel Haesbaert. Laboratório de Fotografia e Memória.

A cerimônia de premiação do Concurso Acadêmico Melhores Projetos tornou a tarde de encerramento do XVII Simpósio de Pesquisa e Extensão (SEPE) ainda mais bela. O salão de atos do conjunto I do Centro Universitário Franciscano recebeu na sexta-feira, 4 de outubro, autoridades da Instituição e alunos pesquisadores ansiosos pelos resultados.

O primeiro, segundo e o terceiro lugares foram premiados com tablet, smartphone e máquina fotográfica digital, respectivamente. Todos os estudantes selecionados receberam um certificado de participação.

Os acadêmicos Natália Lampert, do curso de Geografia e Leandro da Silva Roubuste, do curso de Filosofia receberam o primeiro lugar. O projeto “Estética, educação patrimonial e transformação de pessoas em uma perspectiva filosófico-geográfica” foi orientado pela professora de Geografia e Antropologia, Elsbeth Becker. Os alunos receberam o prêmio e o certificado das mãos da Reitora Irmã Irani Rupolo.

O trabalho trata de um prédio histórico de Santa Maria, o Theatro Treze de Maio. “Nossa intenção é fazer com que os alunos aprendam conceitos vinculados à filosofia e à geografia, e então desenvolvam uma noção de pertencimento a este espaço, preservando-o”, esclarece Natália.

O projeto não para por aí. Serão produzidas práticas para a transformação da sociedade, de acordo com o tema desta edição do SEPE “Educação e Cultura para Transformação de Pessoas”. A prática é uma apresentação de teatro em frente ao patrimônio histórico, onde personagens como Sócrates e Platão, tecerão um diálogo sobre a questão estética relacionada à historicidade da cidade de Santa Maria.

Leandro está satisfeito com o reconhecimento do seu esforço. “É muito importante um concurso como esse. Revela o interesse da Instituição na relação com seus estudantes. É gratificante”, afirma.

Segue a relação dos projetos premiados no XVII SEPE do Centro Universitário Franciscano:

1º lugar: Projeto “Estética, educação patrimonial e transformação de pessoas em uma perspectiva filosófico-geográfica”.

Natália Lampert Batista, Leandro da Silva Roubuste e Elsbeth Becker.

2º lugar: Projeto “Boas práticas sustentáveis para serviços de alimentação”.

Martiele Nassinger da Silva.

3º lugar: Projeto “Como reverte uma “página apagada” de nossa história?”.

Teatro Tui no encerramento do XVII SEPE. Fotografia: Gabriel Haesbaert. Laboratório de Fotografia e Memória.

Carlos Spall, Dinis Cortes e Fabiane Gomes.

O encerramento contou também com a ilustre presença do Teatro Universitário Independente – Tui. A apresentação foi interativa, garantiu a animação do público presente e ainda provocou reflexão sobre o tema da 17ª edição do SEPE.

 

Por Laíz Lacerda e Victória Papalia.

Ivorá, vista panorâmica. Foto: divulgação

Preservar o patrimônio histórico, cultural, religioso e gastronômico e ainda contribuir para o desenvolvimento do potencial turístico da Quarta Colônia de Imigração Italiana. Estes foram os objetivos que marcaram as apresentações do curso de Turismo na 17ª edição do Simpósio de Ensino, Pesquisa e Extensão, o Sepe. No segundo dia do evento, duas acadêmicas do Curso de Turismo tiveram a oportunidade de apresentar seus trabalhos, na sala 504, do prédio 14, no conjunto II, da Instituição. Ivorá, município de imigração Italiana, com 2.424 habitantes (IBGE: 2009), localizado na Serra de São Martinho à 47 km de Santa Maria foi o foco das apresentações.

A acadêmica Paola Nicola Correa juntamente com sua orientadora, a professora Adriana Pisoni da Silva apresentaram o projeto de pesquisa “O perfil dos visitantes da Festa da Abobora em Ivorá”. Segundo a professora a escolha do tema ocorreu porque essa festa é organizada pela comunidade e não pela Igreja, sendo, portanto, um diferencial entre os eventos realizados na localidade. A pesquisa contou com a aplicação de questionários de cunho quantitativo e qualitativo, que buscou identificar o perfil das pessoas que visitam a festa da Abobora de Ivorá. A conclusão que se chegou, segundo a acadêmica Paola foi que os visitantes não podem ser classificados como turistas e sim como excursionistas, visto que, estes não permanecem no município mais do que 24 horas e a o principal interesse é a gastronomia típica italiana.

As festas católicas são outro atrativo marcante no município de Ivorá, pois a religiosidade faz parte da cultura e da identidade dos imigrantes italianos. E foi com esse foco que a acadêmica Thais Viera Bezerra apresentou o projeto “Festa no Capitel: O turismo cultural em Ivorá”. A professora Eva Regina Barbosa Coelho, orientadora do projeto revelou que há muito tempo tinha interesse em estudar a história e os significados dos Capitéis encontrados na Quarta Colônia. A pesquisa revelou que as festividades e as cerimônias realizadas em torno do Capitel podem ser consideradas como um evento turístico.

Os Capitéis são oratórios construídos ao longo das estradas, podendo também ser designados como capelinhas. Estes são construídos por famílias que desejam pagar alguma promessa ou homenagear um santo de devoção. Mas segundo a professora Eva, apesar dos Capitéis serem construídos por pessoas particulares, por estarem à beira das estradas, passam a ser públicos. Entretanto, algumas capelinhas são adotadas por famílias que passam a se dedicar a sua preservação e a organização de festas religiosas em seu entorno, atraindo fieis de diversas regiões e cidades vizinhas.

Os dois trabalhos apresentados fazem parte de projetos maiores que tem por objetivo pesquisar o potencial turístico das cidades da Quarta Colônia de Imigração Italiana, contribuindo com a preservação dos patrimônios dessas comunidades. Essas pesquisas são relevantes na medida em que contribuem com o desenvolvimento da economia local, oferecem uma alternativa de trabalho aos jovens e contribuem para a elevação da autoestima dos moradores.

Por Daiane Spiazzi

As apresentações de trabalhos do SEPE seguiram nesta quinta-feira. No curso de história foram apresentados diversos trabalhos. Um deles abordava a formação cultural militante, anarquista e socialista no Rio Grande do Sul.

O acadêmico responsável pelo trabalho,Eduardo da Silva Soares, tem a pesquisa como norteador da sua formação. Ele diz que o objetivo é compreender a formação dos movimentos culturais de esquerda no estado.

Foram feitas análises das publicações “Echo Operário” do final do século XIX e início do século XX. O material era produzido de forma independente pelo movimento operário.

O trabalho busca compreender todo o processo inicial da formação sindical no estado e no país. Soares salienta a importância de compartilhar a pesquisa em escolas, pois, segundo ele, essas costumam ficar limitadas às universidades.

Por Robson Brilhante

As práticas teatrais e o ensino de história. Um estudo a partir das práticas obtidas com o PIBID.” Este é o título do trabalho apresentado pela acadêmica do 8º semestre do curso de História do Centro Universitário Franciscano, Stéfani Martins Fernandes, durante o SEPE deste ano.

Stéfani salienta que a utilização dessa prática contribui para que os alunos das escolas de ensino médio tenham mais gosto pela disciplina. Além disso, ela reforça a importância de sair do método tradicional e, assim, fazer com que os alunos possam sentir-se parte da história que lhes é apresentada.

O projeto é desenvolvido no Colégio Estadual Coronel Pilar desde março deste ano, por graduandos do curso de história do Centro Universitário Franciscano. Ela comenta que a aceitação por parte dos estudantes do colégio é grande. “Alguns alunos falam que passaram a gostar e a entender história depois que o teatro foi inserido”, diz Stéfani.

A pesquisa segue até o final deste semestre. No entanto, a graduanda acredita que o colégio deve dar sequência ao método, devido aos bons resultados em sala de aula.

Por Robson Brilhante

 O tema do XVII Simpósio de Estudo, Pesquisa e Extensão (SEPE) é Educação e Cultura para a transformação de pessoas. Dentro dessa temática foram apresentados na noite de quinta, dia 3, os trabalhos de filosofia na sala 209 do conjunto I do Centro Universitário Franciscano.

A filosofia para muitos é algo difícil de entender. E quem ouvia a tentativa de falar o nosso português enquanto apresentava o seu trabalho, percebia que o haitiano de Porto Príncipe duplicava seus esforços para explicar o seu trabalho. Franckel Fils-Aimé falava sobre a dificuldade que se têm na escola devido à  falta de qualidade na formação de professores no ensino da filosofia. Durante o debate, houve o questionando sobre o problema de inserir a disciplina nos outros campos de estudo, tendo o professor de filosofia que se aprofundar em uma área a qual não  pertence para poder ensinar  outras áreas de conhecimento.

Outro trabalho apresentado foi do acadêmico do sexto semestre de filosofia da Unifra, Leandro da Silva Roubuste: “Estética e educação patrimonial sob uma perspectiva filosófico-geográficos – uma proposta pedagógica com vista à transformação de pessoa.” O autor do trabalho comentou que o mesmo tem o intuito de mostrar que a nossa realidade não tem o vigor que seria necessário. O objetivo do trabalho é levar alunos do ensino médio ao Teatro Treze de Maio e fazê-los perceber o que é belo dentro da estética geográfica e filosófica, para depois de compreendido esses conceitos trabalhar e aplicá-los na questão patrimonial da cidade. Para ele prestamos muita atenção em coisas de fora e deixamos outras presentes no nosso dia-a-dia passarem despercebidas aos nossos olhos. Leandro acredita que a função do educador é mostrar essa diversidade que a falta de tempo e a rotina nos impedem de enxergar.

A sala 209 só ficou silenciosa durante a apresentação dos trabalhos. Bastava um terminar o que falava para iniciar uma discussão entre a plateia ouvinte, professores e o acadêmico expositor. Entre momentos eufóricos e mais calmos a discussão acabava chegando a um ponto em comum.

O SEPE termina nessa sexta-feira, dia 4. Mas deixa a todos os participantes, sejam os professores avaliadores, alunos que apresentaram seus trabalhos ou as pessoas que acompanharam as apresentações, a construção e troca de conhecimentos das mais diversas áreas e ainda a reflexão sobre a educação e cultura como transformação de pessoas.

Para Leandro que apresentou o trabalho citado acima, o SEPE é a hora de expor o conhecimento que os alunos e professores desenvolvem dentro da academia. “O evento nos proporciona aprendizado dos demais temas e também é o momento de mostrar o conhecimento de uma maneira mais rigorosa devido aos questionamentos que são feitos” , conclui Leandro.

Por Adriély Escouto

A 17ª edição do Simpósio de Estudo, Pesquisa e Extensão (SEPE) do Centro Universitário Franciscano contou com 100 trabalhos inscritos na área de Ciências Sociais. Entre eles, os trabalhos de duas pesquisadoras, Rosane Leal da Silva e Julia Dalla Roza Schiavo,  ligadas aos cursos de Direito do Centro Universitário Franciscano (Unifra) e da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM),  respectivamente, que os apresentaram na sala 309, do prédio 13 da IES.

O primeiro artigo, de autoria de Julia Schiavo, discorreu sobre dificuldade à possibilidade de transação, acordo ou conciliação no âmbito de Ação Civil Pública de Improbidade Administrativa. Segundo a autora, a vedação legal ocorre pela ideia de que o patrimônio público e a probidade de seus agentes são bens indisponíveis. Em casos de Improbidade Administrativa, meios alternativos de tutela colocariam em risco o interesse coletivo. O trabalho de Julia analisou a possibilidade excepcional de firmamento de Compromisso de Ajustamento de Conduta em hipóteses de Improbidade Administrativa. A autora conclui pela necessidade de flexibilização das posições jurisprudenciais e doutrinárias, que negam a referida possibilidade, de modo que, com olhos no caso em concreto, seja viabilizado o firmamento do Compromisso, se este for o meio mais satisfatório e que mais bem tutele o interesse coletivo.

A pesquisadora apresentou ainda um segundo artigo em que analisa a relevância da tempestividade para a efetividade da prestação jurisdicional, especialmente diante do direito à razoável duração do processo e de sua célere tramitação. A pesquisa examinou as posições doutrinárias acerca da sentença parcial de mérito, prevista no Código de Processo Civil, no sentido de investigar sua efetividade como meio de garantir os direitos previstos na Constituição Federal. A autora conclui que sem celeridade não há que se falar em efetividade da prestação jurisdicional, por outro lado, atenta-se que nem sempre uma resposta rápida mostra-se efetiva. Ela ressalta a necessidade de uma resposta adequada a cada caso. Quanto à sentença parcial de mérito, há entendimentos sustentando a sua viabilidade, bem como em sentido contrário.

No terceiro trabalho apresentado sob o título ” A exposição de crianças e adolescentes ao ódio on line”, a pesquisadora e professora Rosane Leal da Silva evidenciou uma nova forma de vulnerabilidade aos direitos fundamentais de crianças e adolescentes, constituídos nos discursos de ódio disponíveis na internet. Ela parte da premissa de que o acesso prematuro das crianças e adolescentes a esses materiais pode se revelar prejudicial ao disseminar pensamentos e incentivar condutas de intolerância e de negação ao outro. A autora, após analisar as principais características dos discursos de ódio, o qual é feito pelo emprego do método dedutivo, realizou estudo de caso e apresentou exemplos extraídos do site Nuevorden.net, ambiente que reúne inúmeras manifestações e pregações de caráter racista. Em razão das dificuldades do Estado em enfrentar o problema, ela conclui, como sugestão, que se adote no Brasil, a co-regulação, sensibilizando a sociedade para a seriedade do problema e encorajando os internautas a denunciarem às autoridades a este comportamento violador dos direitos fundamentais.

Por Daniel Dallasta

 

O XVII Simpósio de Ensino, Pesquisa e Extensão, iniciou na última segunda-feira, dia 01 de outubro, na UNIFRA, com o tema Educação e cultura para a transformação de pessoas. No segundo dia do evento, seis alunas do Curso de Geografia tiveram a oportunidade de apresentar seus trabalhos, no prédio 4, do conjunto I, da Instituição. Na totalidade foram expostas nove pesquisas que contaram com a avaliação dos professores presentes Valdemar Valente e Gislaine Auzani.

O Professor Valdemar Valente dividiu em três únicas temáticas os trabalhos apresentados: globalização, geografia cultural e a educação geográfica. Além disso, falou sobre a abordagem didática oferecida atualmente nas escolas pelos professores das disciplinas. Segundo ele o desafio atual dos professores e futuros professores está em descobrir novos métodos de aprendizagem. “Geografia está na UTI. Temos que fugir da didática maçante e da geografia da decoreba trabalhada antigamente”. destacou.

Alissani Koning, aluna do 2º semestre, apresentou o trabalho “Contribuições do PIBID/Geografia/UNIFRA na formação docente. Em co-autoria com Deise Caroline Trindade e Natalia Lampert e Orientação da Professora Doutora Gislaine Auzani, buscaram identificar quais eram as colaboração de aprendizado do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência- PIBID, aplicado pelos alunos do Curso de Geografia da IES, a alunos da rede Estadual de Ensino. Para a pesquisa foram realizadas entrevistas com os alunos que receberam o programa em sala de aula.

A estudante do 10º semestre, Ana Luiza Pinto Alves, representou o curso de Geografia da UFSM. Com orientação da Professora Doutora Meri Bezzi e auxilio da colega Paloma Saccol, utilizou-se de coleta de dados e entrevistas para realizar o trabalho “A manifestação da cultura Gaucha na cidade de Bagé. Ana Luiza apresentou o trabalho que mostra os costumes tradicionais que se mantêm, a identidade cultural e as principais formas de pecuária e agricultura no município da campanha.

As tradicionais danças gaúchas Chula e Dança do Facão, juntamente com a apresentação das regiões Charqueadoras, no Rio Grande do Sul, foram os temas abordados pelos dois trabalhos apresentados pela aluna Bruna Cassiele. O primeiro artigo exposto tinha como objetivo apresentar as danças difundidas em CTGs e entidades que valorizam a cultura regional. A outra atividade exibida pela aluna, inicialmente fazia parte da disciplina curricular do Curso, Projeto Coletivo I. O artigo possui um levantamento histórico da prática da produção de Charque no nosso
Estado. Para melhor visão espacial foi utilizado a produção de uma maquete, como forma de didática para os alunos.

Dança também foi o tema desenvolvido na pesquisa da aluna Deise Trindade Lorensi. O artigo “O Tango e sua influência na construção da cultura portenha da identidade nacional argentina” que teve orientação da Professora Doutora Elsbeth Leia Spode Becker, é resultado de um trabalho realizado pela aluna. Em conjunto com alunos do 8º ano da Escola CAIC, de Santa Maria, foi elaborada uma revista digital online sobre a dança rioplatense. Além disso, Deise Lorensi ainda apresentou o artigo “Educação geográfica: investigando a paisagem”, realizado em conjunto com Andressa Pozzobom, que buscava apurar a educação geográfica atual, ressaltando a importância das práticas de didática para o ensinamento da área.

Estudante do 4º semestre de Geografia do Centro Universitário Franciscano, Eva Cristiane Gabriel, expôs o artigo “Percepção acerca da educação inclusiva do PIBID, na Escola Escola Estadual de 1º e 2º Graus Coronel Pilar”. Com co-autoria de Natalia Lampert e Alissani Koning, desenvolveram um artigo relatando a experiência do trabalho com três alunos especiais, que cursam o ensino regular da escola. Eva Gabriel ainda ressaltou a importância da acessibilidade nas escolas. “Escola inclusiva tem o intuito de preparar o aluno para a vida”, destacou.

A última a apresentar seus trabalhos foi a aluna do 8º semestre, Natalia Lampert Batista. “Estágio Curricular Supervisionado III: Percepções a cerca do trabalho Viagem na América” conta como foi elaborada a inserção das acadêmicas no ambiente escolar e a transformação do sujeito aluno em sujeito professor. E com a orientação da Profssora Mestre Lia Margot Dornelles Viero realizou o artigo “Ferrovia um marco histórico-cultural do Bairro Itararé – Santa Maria/RS”. Através de entrevistas com moradores antigos da localidade é feito um resgate histórico do bairro e a importância da extinta ferrovia na cidade.

Por Eduardo Clavé

O segundo dia do XVII Simpósio de Ensino Pesquisa e Extensão (Sepe), que começou quarta-feira, dia 2, no Centro Universitário Franciscano, marcou as apresentações na área da História. Na sala 205 do Conjunto I da IES, na rua dos Andradas foram cinco trabalhos: dois abordaram o tema da educação patrimonial e da história local. Além destes, os outros dois temas foram apresentados o respeito às diferenças culturais nos livros didáticos usados em sala de aula e a história dos trabalhadores informais em Santa Maria.

O patrimônio cultural e a história local

Os trabalhos que tratam sobre patrimônio cultural foram apresentados pelas acadêmicas do curso de História do Centro Universitário Franciscano , Andressa de Rodrigues Flores e Tatiane de Almeida Machado e pela já professora de História, Janaína Souza Teixeira.

O título do trabalho das acadêmicas é Educação Patrimonial: a valorização da memória local em sala de aula. O projeto foi implantado no Centro de Atenção Integral a Criança (CAIC) e ao Adolescente “Luizinho de Grandi”, localizado na Vila Lorenzi, em Santa Maria. Na prática os oito alunos que compõem o grupo passaram aos alunos do sexto ano a importância de conservar o patrimônio público e também a importância dos museus. Uma oficina de diferenciação entre grafite e pichação foi outra atividade proporcionada aos alunos, já que muitos patrimônios são danificados por vândalos com esse tipo de atitude. “Preservar e manter viva a história da nossa cidade, da nossa gente, é fundamental”, ressaltou a estudante Andressa.

O outro trabalho que abordou sobre esse mesmo tema, a preservação do patrimônio público, foi apresentado pela já professora em História, Janaina Souza Teixeira. O objetivo da professora é ver como as escolas de educação básica e os professores trabalham esta questão da história local e também da educação patrimonial. “Cidades do interior nem sempre tem sua história escrita por historiadores, por isso é preciso se trabalhar nesse sentido”, explica Janaina. O projeto é realizado através do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid), conta com 20 bolsistas e iniciou em agosto de 2012.

Questões culturais

Com o título A renovação das pesquisas históricas nos livros didáticos e sua contribuição para o respeito das diferenças culturais nas salas de aula, a acadêmica do curso de História do Centro Universitário Franciscano, Tatiane de Andrade Machado trouxe à tona a questão do preconceito com exemplos como a escravidão e o racismo. Com o trabalho ela busca descobrir quais as renovações que estão sendo feitas em livros didáticos dentro das escolas para ajudar na diminuição do racismo e do preconceito. O objeto de estudo são os livros utilizados do sétimo ao nono ano do ensino fundamental, nas edições de 2009 a 2011 e 2011 a 2013.

“A pesquisa está em andamento, estamos conseguindo levantar muitos dados sobre o assunto. É muito importante que haja essa mudança, já que o livro auxilio o professor em sala de aula”, salienta Tatiane.

Você conhece como surgiram os camelôs em Santa Maria?

Você sabe? Não? É isso o que o mestrando em História pela UFSM, Matheus Rosa Pinto, vem buscando há cerca de dois anos e meio de pesquisa. Com o título: A metamorfose do trabalho urbano no caso dos comerciantes de Santa Maria, o pesquisador tenta explicar como surgiu e o desenvolvimento do mercado informal nas principais ruas de Santa Maria e depois com a criação do Shopping “Popular” Independência. Para isso ele delimitou o tempo dos anos 80 até 2011 e classificou como mercado informal os camelôs, ambulantes e artesãos.

As justificativas para o trabalho são de que envolve diversas áreas: economia, política, identidades culturais e migração. Alguns resultados já foram obtidos como a responsabilização de falta de políticas públicas para a expansão do negócio e as características de Santa Maria ser uma cidade polo na região, que atraí pessoas de outras cidades devido à UFSM e aos quartéis. A conseqüência disso é que muitos que não conseguiram empregos no mercado formal devido a falta de qualificação, encontraram no mercado informal a saída para conseguir renda. As fontes de pesquisa de Pinto são fontes orais, documentos da prefeitura e de associações de comércio e também jornais da época.

Neste ano foram inscritos 623 trabalhos de pesquisa e extensão para o seminário, de todas as áreas do conhecimento na instituição. Uma novidade no Sepe é o Concurso Acadêmico Melhores Projetos sobre Transformação Criativa. Os projetos selecionados estão expostos no Pátio Interno do Conjunto I e os melhores serão premiados na sexta-feira, 4, o último dia de encontro.

Por Naiôn Curcino