Os canoístas santa-marienses Gilvan e Givago Ribeiro, irmãos, foram conferir de perto a situação atual do Arroio Cadena. Em apoio ao Movimento Pelas Águas (Pro Water), os atletas percorreram de caiaque e stand up (prancha com remo) o trecho em que o arroio passa pela Avenida Dom Ivo Lorscheiter. A ação buscou alertar a comunidade sobre a necessidade de preservação do meio ambiente. Segundo o atleta Gilvan, é importante que todos percebam o descaso com nossas riquezas naturais. “O poder público precisa fazer sua parte, mas os cidadãos também, pois o lixo não vai para lá sozinho”.
Além de pneus, sacolas e até objetos grandes, como televisores, eles se depararam com o desagradável cheiro de esgoto no percurso. “Não consigo entender como deixamos o nosso rio virar um lixão, nossa sociedade civilizada precisa evoluir muito ainda”, ressalta Gilvan. Nos anos 70, o arroio Cadena era considerado limpo e muitas pessoas utilização sua água para banho e lazer.
A baixa qualidade da água nos rios é um dos principais problemas enfrentados pelos habitantes das grandes cidades brasileiras. A poluição afeta a biodiversidade e compromete uma série de serviços ambientais prestados pelos ecossistemas. No caso de Santa Maria, o arroio é considerado o maior problema ambiental da cidade porque nos seus 16 quilômetros de extensão passa por 13 bairros e atinge as pessoas que moram às margens.
A atual gestão municipal, através do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), executou um projeto para retirada de algumas famílias que estavam em áreas de risco, mas nada foi feito ainda em prol da limpeza e revitalização do Cadena. ‘’Acho de suma importância chamar atenção da população para um problema que é grave, mas infelizmente fica esquecido por muitos. Em Santa Maria vejo um potencial muito grande no Cadena, para transforma-lo em uma área de lazer e também para pratica de esportes náuticos’’ conta Givago.
Pro Water – O movimento pelas águas começou em São Paulo. O idealizador do projeto, Fernando Fernandes, é o campeão mundial de para-canoagem. Na sua primeira etapa, o projeto se propôs a fotografar rios, lagoas ou praias que estão degradados pela poluição, com o intuito de alertar as pessoas. Assim, chama a atenção para lugares em que a natureza divide espaço com o lixo, mas que poderiam ser áreas de lazer e de praticas esportiva. As primeiras imagens foram feitas em março deste ano no rio mais famoso e mais poluído do Brasil, o Tietê. Os Irmãos Ribeiro fizeram a primeira atividade do Pro Water no Rio Grande do Sul.
Uma resposta
vamos fazer algo para que essa realidade comece a ser mudada já……..