Os bancários de Santa Maria e região rejeitaram as propostas da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) na noite de hoje, quinta,25, e aprovaram por unanimidade a greve nacional da categoria. A paralisação, decidida em assembleia da categoria, inicia na terça-feira, 30, e seguirá por tempo indeterminado.
A proposta da Fenaban é de reajuste de 7% no salário, na PLR e nos auxílios refeição, alimentação e creche, além de 7,5% no piso (1,08% acima da inflação).
Os bancários reivindicam reajuste de 12,5%, valorização do piso salarial no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$ 2.979,25 em junho), defesa do emprego, fim da terceirização e combate às metas abusivas e ao assédio moral.
Segundo o Sindicato dos Bancários de Santa Maria e Região uma nova reunião da categoria está marcada para as 19h, de segunda -feira, na segunda-feira,29, na AABB, para organizar as ações do primeiro dia de greve.
Principais reivindicações da Campanha Salarial dos Bancários 2014
- Reajuste salarial de 12,5%;
- PLR: três salários mais R$ 6.247;
- Piso: R$ 2.979,25 (salário mínimo do Dieese em valores de junho);
- Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 724,00 ao mês para cada (salário mínimo nacional);
- Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários;
- Emprego: fim das demissões e da rotatividade, mais contratações, proibição às dispensas imotivadas, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PL 4330 na Câmara Federal, do PLS 087 no Senado e do julgamento de Recurso Extraordinário com Repercussão Geral no STF;
- Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS): para todos os bancários;
- Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós;
- Prevenção contra assaltos e sequestros: cumprimento da Lei 7.102/83 que exige plano de segurança em agências e PABs, garantindo pelo menos dois vigilantes durante todo o horário de funcionamento dos bancos; instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento das agências; e fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários;
- Igualdade de oportunidades para todos, pondo fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência (PCDs).
Fonte e fotos: Maiquel Rosauro, assessor de imprensa do Sindicato dos Bancários de Santa Maria e região.