Santa Maria, RS (ver mais >>)

Santa Maria, RS, Brazil

Hábitos e simbologias da Páscoa: o que sabemos?

Os ovos pintados são uns dos símbolos da Páscoa. Foto: Reprodução

Estamos a três dias da Páscoa, celebrada 40 dias após o Carnaval. Quem comemora o Carnaval sai de sua rotina com as festas e, em alguns casos, muita bebida e folia fazem parte do calendário. Após essa agitação, o período quaresmal – sete semanas antes da Páscoa – sugere uma fase de penitência e abstinência, baseada no símbolo quarenta da Bíblia. Este indica o universo material e um tempo de vida de provações e dificuldades, segundo o professor de história, Luciano Scheffer, para quem a data tem sofrido mudanças.

“A Quaresma era considerada um tempo de purificação das coisas que corrompem a alma. O costume de não consumir carne vermelha na Sexta-feira Santa – a regra certa seria o jejum. Isso também se tornou mais um elemento a ponto de ser, mais uma vez, um verdadeiro mercado de venda de peixe”, comenta.

Os costumes no período pascal originaram-se dos festivais pagãos da primavera. A páscoa, palavra que, segundo o site sua pesquisa.com, significa “passagem”, celebra a ressurreição de Jesus Cristo. O coelho e os ovos – de galinha pintados a os de chocolate – são os símbolos relacionados à data pois representam a fertilidade que, para os povos da antiguidade, eram sinônimos de preservação da espécie.

A figura do coelho da páscoa foi trazida para a América pelos imigrantes alemães, entre o final do século XVII e início do século XVIII. “A cada Páscoa, o cristão renovava-se na fé e nas promessas batismais. Isso se perdeu quase que totalmente. A Páscoa, hoje, já não é considerada como a festa da Ressurreição do Verbo Encarnado, mas como ocasião para consumir” comenta Scheffer.

A pedagoga e professora de séries iniciais, Maria Luciana Tomazi, 41 anos, concorda com as afirmações de Scheffer e ressalta que a Páscoa possuía, além do sentindo católico, uma magia, um encanto. “A Páscoa passou a ser vista com o simples intuito de dar presentes. Por exemplo, hoje vende mais o ovo de chocolate que tem brinde”, afirma.

Anita Camilo, 84 anos, aposentada, relatou que as crianças dessa época não foram ensinadas pelas suas famílias por não terem o costume de passar adiante o momento cristão ou por terem outras religiões. Mas, também, não buscam a informação do motivo de se ganhar aquele doce.

Esta semana Santa será bastante lembrada pelos brasileiros, muitos dos quais se reunirão em família porque o feriado da sexta-feira emenda com o dia 21 de abril, segunda-feira, quando é celebrado no país, Tiradentes.

Por Bruna Germani e Eveline Grunspan

LEIA TAMBÉM

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Adicione o texto do seu título aqui

Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Ut elit tellus, luctus nec ullamcorper mattis, pulvinar dapibus leo.

Os ovos pintados são uns dos símbolos da Páscoa. Foto: Reprodução

Estamos a três dias da Páscoa, celebrada 40 dias após o Carnaval. Quem comemora o Carnaval sai de sua rotina com as festas e, em alguns casos, muita bebida e folia fazem parte do calendário. Após essa agitação, o período quaresmal – sete semanas antes da Páscoa – sugere uma fase de penitência e abstinência, baseada no símbolo quarenta da Bíblia. Este indica o universo material e um tempo de vida de provações e dificuldades, segundo o professor de história, Luciano Scheffer, para quem a data tem sofrido mudanças.

“A Quaresma era considerada um tempo de purificação das coisas que corrompem a alma. O costume de não consumir carne vermelha na Sexta-feira Santa – a regra certa seria o jejum. Isso também se tornou mais um elemento a ponto de ser, mais uma vez, um verdadeiro mercado de venda de peixe”, comenta.

Os costumes no período pascal originaram-se dos festivais pagãos da primavera. A páscoa, palavra que, segundo o site sua pesquisa.com, significa “passagem”, celebra a ressurreição de Jesus Cristo. O coelho e os ovos – de galinha pintados a os de chocolate – são os símbolos relacionados à data pois representam a fertilidade que, para os povos da antiguidade, eram sinônimos de preservação da espécie.

A figura do coelho da páscoa foi trazida para a América pelos imigrantes alemães, entre o final do século XVII e início do século XVIII. “A cada Páscoa, o cristão renovava-se na fé e nas promessas batismais. Isso se perdeu quase que totalmente. A Páscoa, hoje, já não é considerada como a festa da Ressurreição do Verbo Encarnado, mas como ocasião para consumir” comenta Scheffer.

A pedagoga e professora de séries iniciais, Maria Luciana Tomazi, 41 anos, concorda com as afirmações de Scheffer e ressalta que a Páscoa possuía, além do sentindo católico, uma magia, um encanto. “A Páscoa passou a ser vista com o simples intuito de dar presentes. Por exemplo, hoje vende mais o ovo de chocolate que tem brinde”, afirma.

Anita Camilo, 84 anos, aposentada, relatou que as crianças dessa época não foram ensinadas pelas suas famílias por não terem o costume de passar adiante o momento cristão ou por terem outras religiões. Mas, também, não buscam a informação do motivo de se ganhar aquele doce.

Esta semana Santa será bastante lembrada pelos brasileiros, muitos dos quais se reunirão em família porque o feriado da sexta-feira emenda com o dia 21 de abril, segunda-feira, quando é celebrado no país, Tiradentes.

Por Bruna Germani e Eveline Grunspan