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Joan Baez encanta Porto Alegre

Em um auditório Araújo Vianna completamente lotado, Joan Baez finalmente estreou em solo brasileiro, na quarta-feira, 19/03. O show estava marcado para acontecer há 33 anos, porém, a cantora foi impedida de tocar no país no ano de 1981 devido à repressão militar. Esbanjando um repertório de músicas autorais e de grandes músicos tanto norte-americanos quanto brasileiros, a cantora emocionou a platéia com sua balada folk, juntamente com os músicos Gabriel Harris e Dirk Powell.

A música de apresentação da noite foi “God is God”, de Steve Earle, a qual mostrou o lado religioso da intérprete. A cantora que fez sucesso juntamente com Bob Dylan, na década de 1960,  não podia deixar de cantar as músicas de seu ex-companheiro. Assim apresentou ao público “Farewell Angelina” e a belíssima “It’s All Over Now, Baby Blue”,

Joan Baez cativou o público tentando se expressar em português. Foto: Sidi Santos/Arquivo Pessoal

“Todos os seus marinheiros com enjôo, estão indo pra casa
todos os seus exércitos de renas estão indo pra casa
O amante que acabou de sair por sua porta
tirou todos os cobertores dele do chão.
O carpete também está se movendo debaixo de você
e está tudo acabado agora, Baby Blue”

Joan tentava explicar em português a mensagem de cada uma de suas músicas, desta maneira apresentou “Sweet Low, Sweet Chariot”, canção que fez questão de ressaltar que tocou na Marcha sobre Washington, em 1963 e no Festival de Woodstock, em 1969, assim como a “Joe Hill”. Suas músicas em espanhol, marcantes na carreira da artista, eram as mais pedidas da platéia, desta maneira agradou o público cantando “Gracias a La Vida”.

O momento de êxtase do auditório foi quando Joan Baez cantou músicas brasileiras, “Mulher Rendeira”, escrita por Lampião, “Cálice”, escrita por Chico Buarque, que acabou sendo censurada na época do regime militar, e “Para Não Dizer Que Não Falei De Flores”, de Geraldo Vandré, a qual acabou sendo um dos hinos contra a repressão militar brasileira,

“Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer”

O encerramento do show veio com “Imagine”, música mundialmente conhecida, do beatle John Lennon. Os fãs mais fervorosos da cantora esperavam que ela tocasse “Blowin’In The Wind”, de Bob Dylan, ou até mesmo a sua música mais conhecida, “Diamont and Rust”. Porém o público saiu satisfeito do Araújo Vianna, com a certeza de que viveu um momento histórico.

Após o show no Rio Grande do Sul, a cantora tem como destino Rio de Janeiro, São Paulo e Recife, onde todos os ingressos já estão vendidos.

Da esquerda para direita, Dirk Powell , Joan Baez, Grace Stumberg (assistente de palco) e Gabriel Harris. Foto: Sidi Santos/Arquivo Pessoal

 

 

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Em um auditório Araújo Vianna completamente lotado, Joan Baez finalmente estreou em solo brasileiro, na quarta-feira, 19/03. O show estava marcado para acontecer há 33 anos, porém, a cantora foi impedida de tocar no país no ano de 1981 devido à repressão militar. Esbanjando um repertório de músicas autorais e de grandes músicos tanto norte-americanos quanto brasileiros, a cantora emocionou a platéia com sua balada folk, juntamente com os músicos Gabriel Harris e Dirk Powell.

A música de apresentação da noite foi “God is God”, de Steve Earle, a qual mostrou o lado religioso da intérprete. A cantora que fez sucesso juntamente com Bob Dylan, na década de 1960,  não podia deixar de cantar as músicas de seu ex-companheiro. Assim apresentou ao público “Farewell Angelina” e a belíssima “It’s All Over Now, Baby Blue”,

Joan Baez cativou o público tentando se expressar em português. Foto: Sidi Santos/Arquivo Pessoal

“Todos os seus marinheiros com enjôo, estão indo pra casa
todos os seus exércitos de renas estão indo pra casa
O amante que acabou de sair por sua porta
tirou todos os cobertores dele do chão.
O carpete também está se movendo debaixo de você
e está tudo acabado agora, Baby Blue”

Joan tentava explicar em português a mensagem de cada uma de suas músicas, desta maneira apresentou “Sweet Low, Sweet Chariot”, canção que fez questão de ressaltar que tocou na Marcha sobre Washington, em 1963 e no Festival de Woodstock, em 1969, assim como a “Joe Hill”. Suas músicas em espanhol, marcantes na carreira da artista, eram as mais pedidas da platéia, desta maneira agradou o público cantando “Gracias a La Vida”.

O momento de êxtase do auditório foi quando Joan Baez cantou músicas brasileiras, “Mulher Rendeira”, escrita por Lampião, “Cálice”, escrita por Chico Buarque, que acabou sendo censurada na época do regime militar, e “Para Não Dizer Que Não Falei De Flores”, de Geraldo Vandré, a qual acabou sendo um dos hinos contra a repressão militar brasileira,

“Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer”

O encerramento do show veio com “Imagine”, música mundialmente conhecida, do beatle John Lennon. Os fãs mais fervorosos da cantora esperavam que ela tocasse “Blowin’In The Wind”, de Bob Dylan, ou até mesmo a sua música mais conhecida, “Diamont and Rust”. Porém o público saiu satisfeito do Araújo Vianna, com a certeza de que viveu um momento histórico.

Após o show no Rio Grande do Sul, a cantora tem como destino Rio de Janeiro, São Paulo e Recife, onde todos os ingressos já estão vendidos.

Da esquerda para direita, Dirk Powell , Joan Baez, Grace Stumberg (assistente de palco) e Gabriel Harris. Foto: Sidi Santos/Arquivo Pessoal