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Quebra de um tabu: suicídio

O jornalista e escritor André Trigueiro fez uma palestra falando sobre suicídio para o lançamento do seu livro “Viver é a melhor opção” no último sábado, no auditório da Cesma. Em sua fala, ele destacou que depressão, bulling e aborto podem gerar o suicídio. Para Trigueiro, o bulling deve ser discutido com muito cuidado e muitos detalhes. O livro  é culminância do assunto suicídio. Em 1999, quando trabalhava como de uma rede local, investigou um caso de suicídio e se aproximou do CVV, tornando-se voluntario dessa organização e, mais tarde, diretor geral de comunicação. Foi a Brasilia na luta para conseguir um espaço nas linhas de saúde pública como 141. Foi na luta contra o Ministério Público para saber que ajudas eles podiam ter, escreveu artigos em jornais, fez programas na Globo News no Cidades Soluções, que é seu programa atual,e o livro é a culminância desses atos porque documenta estes atos como um meio de ajudar que necessita.

O jornalista comentou alguns recursos que podem ser usados para prevenção do suicídio, como o Centro de Valorização da Vida (CVV), organização não-governamental que atende pelo número 141. O CVV trabalha com escuta a pessoas com problemas emocionais e relacionais. Trigueiro menciona que apenas ao comentar seu problema a pessoa muda o tom de voz.

Em relação à repressão da mulher em seu livro, o jornalista ressalta a opressão da sociedade machista e patriarcal. Trigueiro lembra que a mulher não tem a vontade respeitada em vários aspectos, como diferença de salário mesmo no exercício da mesma função, com a mesma carga horária. “Vemos que existem inúmeras evidencias de que as mulheres não experimentam a igualdade de gênero, que a Constituição Brasileira afirma como uma cláusula petra”, observa. Ele acrescenta que a maior parte da agressão para com as mulheres parte de companheiro ou ex-companheiro. “É doloroso para ela dormir com o inimigo, pois não sabe como será no próximo dia. Muitas vezes por aflição e pânico, ela comete o suicídio”, conta. Nesses casos, o jornalista falou do clique 180, é um número para relatar agressões e que oferece recursos para que a mulher perca o medo e denunciar o agressor.

Nos casos diários, André Trigueiro fala que por mais que a cada dia o ser humano lide mais com a pressão do dia-a-dia, não se pode ter medo disso, pois todos lidam com a pressão dos desafios que a vida dá. “Pressão é uma condição inerente à vida. A pressão não deve ser encarada com uma coisa ruim. Não podemos estigmatizar a pressão. As melhores situações que a vida nos proporciona são perante pressão”, pondera. O jornalista cita uma declaração de Chico Buarque: “Minhas melhores composições saíram na pressão, pois eu tinha prazo de entrega”. Mas há aqueles que não sabem lidar com a pressão. “Não devemos sub julgar estes pela maior ou menor pressão, como o flanelinha que manobra o carro da avenida. Ele não sabe se vai ter algo para comer no final do dia, ou seja, uma grande pressão. Mesmo assim ele continua com o sorriso no rosto levando a vida”, afirma.

” Nunca foi melhor acontecer isso,pois hoje se construiu um conhecimento, um estoque de saber e conhecer das coisas. Temos ao alcance tudo que é amparo da psicologia, grupos como Alcoólicos Anônimos (AA), aonde as pessoas se reúnem, compartilham experiências, fazem terapia em grupo. Mas têm também riscos da pressão que é você chegar na primeira farmácia e pedir um remédio que vai alterar a sua função bioquímica. Você vai se sentir no primeiro momento bem, mais relaxado, e, dependendo do remédio, vai acabar se tornando um dependente químico, sem prescrição médica. Infelizmente no Brasil a medievalização da dor está tornando uma epidemia”, comenta

 

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O jornalista e escritor André Trigueiro fez uma palestra falando sobre suicídio para o lançamento do seu livro “Viver é a melhor opção” no último sábado, no auditório da Cesma. Em sua fala, ele destacou que depressão, bulling e aborto podem gerar o suicídio. Para Trigueiro, o bulling deve ser discutido com muito cuidado e muitos detalhes. O livro  é culminância do assunto suicídio. Em 1999, quando trabalhava como de uma rede local, investigou um caso de suicídio e se aproximou do CVV, tornando-se voluntario dessa organização e, mais tarde, diretor geral de comunicação. Foi a Brasilia na luta para conseguir um espaço nas linhas de saúde pública como 141. Foi na luta contra o Ministério Público para saber que ajudas eles podiam ter, escreveu artigos em jornais, fez programas na Globo News no Cidades Soluções, que é seu programa atual,e o livro é a culminância desses atos porque documenta estes atos como um meio de ajudar que necessita.

O jornalista comentou alguns recursos que podem ser usados para prevenção do suicídio, como o Centro de Valorização da Vida (CVV), organização não-governamental que atende pelo número 141. O CVV trabalha com escuta a pessoas com problemas emocionais e relacionais. Trigueiro menciona que apenas ao comentar seu problema a pessoa muda o tom de voz.

Em relação à repressão da mulher em seu livro, o jornalista ressalta a opressão da sociedade machista e patriarcal. Trigueiro lembra que a mulher não tem a vontade respeitada em vários aspectos, como diferença de salário mesmo no exercício da mesma função, com a mesma carga horária. “Vemos que existem inúmeras evidencias de que as mulheres não experimentam a igualdade de gênero, que a Constituição Brasileira afirma como uma cláusula petra”, observa. Ele acrescenta que a maior parte da agressão para com as mulheres parte de companheiro ou ex-companheiro. “É doloroso para ela dormir com o inimigo, pois não sabe como será no próximo dia. Muitas vezes por aflição e pânico, ela comete o suicídio”, conta. Nesses casos, o jornalista falou do clique 180, é um número para relatar agressões e que oferece recursos para que a mulher perca o medo e denunciar o agressor.

Nos casos diários, André Trigueiro fala que por mais que a cada dia o ser humano lide mais com a pressão do dia-a-dia, não se pode ter medo disso, pois todos lidam com a pressão dos desafios que a vida dá. “Pressão é uma condição inerente à vida. A pressão não deve ser encarada com uma coisa ruim. Não podemos estigmatizar a pressão. As melhores situações que a vida nos proporciona são perante pressão”, pondera. O jornalista cita uma declaração de Chico Buarque: “Minhas melhores composições saíram na pressão, pois eu tinha prazo de entrega”. Mas há aqueles que não sabem lidar com a pressão. “Não devemos sub julgar estes pela maior ou menor pressão, como o flanelinha que manobra o carro da avenida. Ele não sabe se vai ter algo para comer no final do dia, ou seja, uma grande pressão. Mesmo assim ele continua com o sorriso no rosto levando a vida”, afirma.

” Nunca foi melhor acontecer isso,pois hoje se construiu um conhecimento, um estoque de saber e conhecer das coisas. Temos ao alcance tudo que é amparo da psicologia, grupos como Alcoólicos Anônimos (AA), aonde as pessoas se reúnem, compartilham experiências, fazem terapia em grupo. Mas têm também riscos da pressão que é você chegar na primeira farmácia e pedir um remédio que vai alterar a sua função bioquímica. Você vai se sentir no primeiro momento bem, mais relaxado, e, dependendo do remédio, vai acabar se tornando um dependente químico, sem prescrição médica. Infelizmente no Brasil a medievalização da dor está tornando uma epidemia”, comenta