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Vestido de noiva e festa de casamento é opção na atualidade

O vestido de noiva continua em voga ao longo da história do casamento. Fotos: Juliano Dutra, Labfem

 A exposição que atraiu estudantes, professores e comunidade acadêmica para a mostra dos nove modelos criados entre os anos de 1986 e 2017, encerrou ontem terça-feira, 22. A mostra ‘Vestes Matrimoniais’ que estava acontecendo desde o dia 16 na Sala Angelita Stefani, no prédio 14 do Conjunto III, suscitou reflexões que perduraram para além do período de visitação. As peças que fazem parte do acervo do Curso de Tecnologia em Design de Moda da Unifra, eram doações e/ou criações dos alunos do curso.

As estudantes de psicologia, Gabriele Wakulicz (18) e Lidia Abascal (20), foram uma das pessoas que ficaram curiosas para visitar a exposição. Animadas ao conferirem os modelos, puderam entender melhor a proposta da mostra. “Alguns parecem antigos, tem até os mais atuais. É muito legal ver o que mudou ao longo do tempo”, declara Lidia, surpresa com as peças.

A partir da exposição, é possível observar que o casamento é uma das tradições humanas mais antigas e disseminadas pelo mundo, mas é comumente associado à imagem do cristianismo e, mais especificamente, à Igreja Católica. Atualmente, ele é visto como uma ação, contrato, formalidade ou cerimônia que deve ser realizado para uma união conjugal, em que os envolvidos têm como propósito a vida em conjunto.

Vestido de noiva com bordados.

A estudante de 17 anos, Mariana Silva, relata que seu maior sonho é casar e constituir uma família. “Desde muito nova eu penso em casar, claro que na hora certa. Acredito que a vida não tenha graça se a pessoa não se unir a um verdadeiro amor.” Ela conta ainda que quer realizar a cerimônia com tudo que tem direito, igreja, festa, bolo e o vestido branco com véu longo.

Mas nem toda a mulher tem essa vontade. Laura Duarte, estudante de 22 anos, diz que nunca teve esse sonho de casar, e que atualmente as prioridades são outras. “Nunca enxerguei o casamento como um propósito de vida, penso primeiro em me formar, conseguir um bom emprego e se acontecer o casamento, que bom. Se não, sem stress. Não vou ser menos mulher se eu não me casar”, finaliza.

Um dos vestidos da exposição na sala Angelita Stefani

De acordo com a socióloga Patrícia Alves, a tradição das noivas usarem vestido branco é mais recente, data da pós Idade Média. Ela conta que houve um tempo em que a noiva não precisava se preocupar com a cor, mas sim com a beleza e com o luxo do vestido. Isso porque o casamento era fruto de arranjos comerciais e deveria mostrar à sociedade que as famílias tinham posses. Vermelho e preto, por exemplo, foram cores muito usadas pelas noivas da Idade Média.

“A história mais conhecida é a da Rainha Vitória da Inglaterra, que casou de branco. Ela foi uma das primeiras nobres a se casar por amor e talvez isso tenha transformado o vestido branco em um símbolo do romantismo”, explica a socióloga.

Apesar da simbologia, Patrícia analisa que atualmente as mulheres não enxergam o casamento como antes, “elas até pensam em se juntar com o parceiro, mas a maioria não quer grandes festas como antigamente.” Ela constata que a mulher de hoje está mais preocupada em adquirir sucesso pessoal e profissional primeiro, para depois pensar em enlaces matrimoniais.

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O vestido de noiva continua em voga ao longo da história do casamento. Fotos: Juliano Dutra, Labfem

 A exposição que atraiu estudantes, professores e comunidade acadêmica para a mostra dos nove modelos criados entre os anos de 1986 e 2017, encerrou ontem terça-feira, 22. A mostra ‘Vestes Matrimoniais’ que estava acontecendo desde o dia 16 na Sala Angelita Stefani, no prédio 14 do Conjunto III, suscitou reflexões que perduraram para além do período de visitação. As peças que fazem parte do acervo do Curso de Tecnologia em Design de Moda da Unifra, eram doações e/ou criações dos alunos do curso.

As estudantes de psicologia, Gabriele Wakulicz (18) e Lidia Abascal (20), foram uma das pessoas que ficaram curiosas para visitar a exposição. Animadas ao conferirem os modelos, puderam entender melhor a proposta da mostra. “Alguns parecem antigos, tem até os mais atuais. É muito legal ver o que mudou ao longo do tempo”, declara Lidia, surpresa com as peças.

A partir da exposição, é possível observar que o casamento é uma das tradições humanas mais antigas e disseminadas pelo mundo, mas é comumente associado à imagem do cristianismo e, mais especificamente, à Igreja Católica. Atualmente, ele é visto como uma ação, contrato, formalidade ou cerimônia que deve ser realizado para uma união conjugal, em que os envolvidos têm como propósito a vida em conjunto.

Vestido de noiva com bordados.

A estudante de 17 anos, Mariana Silva, relata que seu maior sonho é casar e constituir uma família. “Desde muito nova eu penso em casar, claro que na hora certa. Acredito que a vida não tenha graça se a pessoa não se unir a um verdadeiro amor.” Ela conta ainda que quer realizar a cerimônia com tudo que tem direito, igreja, festa, bolo e o vestido branco com véu longo.

Mas nem toda a mulher tem essa vontade. Laura Duarte, estudante de 22 anos, diz que nunca teve esse sonho de casar, e que atualmente as prioridades são outras. “Nunca enxerguei o casamento como um propósito de vida, penso primeiro em me formar, conseguir um bom emprego e se acontecer o casamento, que bom. Se não, sem stress. Não vou ser menos mulher se eu não me casar”, finaliza.

Um dos vestidos da exposição na sala Angelita Stefani

De acordo com a socióloga Patrícia Alves, a tradição das noivas usarem vestido branco é mais recente, data da pós Idade Média. Ela conta que houve um tempo em que a noiva não precisava se preocupar com a cor, mas sim com a beleza e com o luxo do vestido. Isso porque o casamento era fruto de arranjos comerciais e deveria mostrar à sociedade que as famílias tinham posses. Vermelho e preto, por exemplo, foram cores muito usadas pelas noivas da Idade Média.

“A história mais conhecida é a da Rainha Vitória da Inglaterra, que casou de branco. Ela foi uma das primeiras nobres a se casar por amor e talvez isso tenha transformado o vestido branco em um símbolo do romantismo”, explica a socióloga.

Apesar da simbologia, Patrícia analisa que atualmente as mulheres não enxergam o casamento como antes, “elas até pensam em se juntar com o parceiro, mas a maioria não quer grandes festas como antigamente.” Ela constata que a mulher de hoje está mais preocupada em adquirir sucesso pessoal e profissional primeiro, para depois pensar em enlaces matrimoniais.