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Leishmaniose é monitorada em Santa Maria

Cerca de 20 casos estão sendo monitorados em SM. Foto: Mariana Olhaberriet/LABFEM

A Central de Controle e Bem-Estar Animal da Prefeitura Municipal de Santa Maria diz estar monitorando cerca de 20 casos de Leishmaniose em cachorros na cidade.  Essa doença é uma zoonose grave, ou seja, pode ser passado para o ser humano através de um agente transmissor, neste caso, o mosquito-palha.

De acordo com diretor do Hospital Veterinário Universitário de Santa Maria, Daniel Curvello de Mendonça Muller, o tratamento da doença no cão é caro e para o resto da vida. Existem diversos protocolos de conduta conforme a fase que o animal se encontra e, em casos extremos, a eutanásia é a única opção para excluir a doença do ciclo onde o animal vive, pois para o ser humano ela é letal.

“A discussão da leishmaniose é bem difundida na veterinária, mas na comunidade ela é pouco discutida. Então, quando o proprietário do animal chega aqui e recebe o diagnóstico, é um choque”, diz Muller, “Mas ele tem que saber que aquele animal representa um risco para ele e para família dele”, conclui.

Entre os sintomas estão febre, ausência de apetite, vômito, diarreia, sangramento nasal, além de afetar os principais órgãos do animal como fígado e rim. Também há um crescimento exagerado das unhas, alterações rugosas na almofada das patas e lesões cutâneas.

Segundo o Ministério da Saúde, a Leishmaniose está entre as seis endemias prioritárias do mundo. Entre os anos de 2009 e 2013  foram confirmados 18 mil casos em humanos no Brasil. “A gente sempre tenta deixar muito claro para o proprietário do animal que ele tem um dever com a sociedade de tratar aquele cão, pois ele pode ser uma fonte de disseminação da doença”, explica Muller.

As fêmeas do mosquito-palha são as transmissores da doença, elas medem cerca de 2 a 3 centímetros e vivem em áreas arborizadas. A doença é tida como dos pobres e desnutridos, pois falecem aqueles com sistema imunológico fraco. Além disso, é mais comum em regiões afastadas dos grandes centros, mas mesmo nas cidades é preciso prevenir.

Repelentes em coleiras são os mais indicados para proteger o seu animal, além da única vacina contra Leishmaniose: Leish-tec.

A população humana deve adotar medidas de proteção individual, como usar repelentes e evitar a exposição nos horários de atividades do vetor (crepúsculo e noite), recomenda o Ministério da Saúde. Limpar os quintais e terrenos para evitar o estabelecimento de criadouros para larvas do vetor, é uma das formas de manejo ambiental aconselhadas.

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Cerca de 20 casos estão sendo monitorados em SM. Foto: Mariana Olhaberriet/LABFEM

A Central de Controle e Bem-Estar Animal da Prefeitura Municipal de Santa Maria diz estar monitorando cerca de 20 casos de Leishmaniose em cachorros na cidade.  Essa doença é uma zoonose grave, ou seja, pode ser passado para o ser humano através de um agente transmissor, neste caso, o mosquito-palha.

De acordo com diretor do Hospital Veterinário Universitário de Santa Maria, Daniel Curvello de Mendonça Muller, o tratamento da doença no cão é caro e para o resto da vida. Existem diversos protocolos de conduta conforme a fase que o animal se encontra e, em casos extremos, a eutanásia é a única opção para excluir a doença do ciclo onde o animal vive, pois para o ser humano ela é letal.

“A discussão da leishmaniose é bem difundida na veterinária, mas na comunidade ela é pouco discutida. Então, quando o proprietário do animal chega aqui e recebe o diagnóstico, é um choque”, diz Muller, “Mas ele tem que saber que aquele animal representa um risco para ele e para família dele”, conclui.

Entre os sintomas estão febre, ausência de apetite, vômito, diarreia, sangramento nasal, além de afetar os principais órgãos do animal como fígado e rim. Também há um crescimento exagerado das unhas, alterações rugosas na almofada das patas e lesões cutâneas.

Segundo o Ministério da Saúde, a Leishmaniose está entre as seis endemias prioritárias do mundo. Entre os anos de 2009 e 2013  foram confirmados 18 mil casos em humanos no Brasil. “A gente sempre tenta deixar muito claro para o proprietário do animal que ele tem um dever com a sociedade de tratar aquele cão, pois ele pode ser uma fonte de disseminação da doença”, explica Muller.

As fêmeas do mosquito-palha são as transmissores da doença, elas medem cerca de 2 a 3 centímetros e vivem em áreas arborizadas. A doença é tida como dos pobres e desnutridos, pois falecem aqueles com sistema imunológico fraco. Além disso, é mais comum em regiões afastadas dos grandes centros, mas mesmo nas cidades é preciso prevenir.

Repelentes em coleiras são os mais indicados para proteger o seu animal, além da única vacina contra Leishmaniose: Leish-tec.

A população humana deve adotar medidas de proteção individual, como usar repelentes e evitar a exposição nos horários de atividades do vetor (crepúsculo e noite), recomenda o Ministério da Saúde. Limpar os quintais e terrenos para evitar o estabelecimento de criadouros para larvas do vetor, é uma das formas de manejo ambiental aconselhadas.