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A história de Tadeu Menezes está ligada ao Inter-SM

Tadeu Menezes diz que o futebol sempre teve bons e maus jogadores. Foto:Patrício de Freitas

Ele foi jogador e técnico do clube alvirrubro santa-mariense

Em 29 de outubro de 1946, nascia na cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, José Tadeu Menezes Ribas. Tadeu Menezes, como ficou conhecido, foi um grande jogador de futebol e, posteriormente, técnico, deixando seu nome marcado na história do Internacional de Santa Maria.

No entanto, sua trajetória no futebol profissional começou no rival, o Riograndense. Depois de aproximadamente dois anos jogando pelo Periquito, como é carinhosamente chamado o Riograndense, e alguns bons resultados conquistados, Tadeu Menezes, enfim, chegava ao Alvirrubro. A partir daí, começava então uma bonita e longa caminhada defendendo o clube vermelho e branco.

Talvez por ironia do destino, Tadeu fez sua estreia em jogos oficiais contra o Grêmio Porto Alegrense, time pelo qual ele torcia quando pequeno e acabou saindo derrotado por 2 a 0. O lateral-direito era um jogador técnico e exímio marcador, chegando inclusive a fazer um teste no Santos de Pelé, em 1970. Passou também por outros clubes gaúchos, como Esportivo de Bento Gonçalves e Brasil de Pelotas.

De volta ao Inter, Tadeu encerrou sua carreira como jogador profissional com uma vitória por 2 a 1 em cima do São Borja, no Estádio Presidente Vargas, em 1980, classificando o time para a Segunda Divisão do Futebol Brasileiro. No ano seguinte, começou a escrever sua história como treinador, nos juniores do Internacional. Algum tempo depois, já assumia como treinador do time principal do Inter de Santa Maria. E tudo estava só começando, Tadeu levou o clube a ser Campeão do Interior, isso tendo que jogar quatro jogos contra a dupla Gre-Nal, nos quais empatou dois e venceu outros dois. Com o título, o Inter-SM se classificou para disputar a Primeira Divisão do Futebol Brasileiro de 1982.

Hoje, com 73 anos, e muita bagagem, lembranças e histórias, Tadeu Menezes acompanha assiduamente o futebol. Ele não acredita em endeusamento de clubes, atletas ou técnicos e, sim, em trabalho com humildade e resultados. Tadeu também comenta que o futebol atual não é muito diferente de anos atrás, mas compreende que houve mudanças. “Futebol sempre teve bons e maus jogadores, os esquemas táticos mudaram as características, com evolução também na parte física dos atletas. Mas quando falamos de técnica, prevalece quem tem. Pelé, por exemplo, jogaria tranquilamente nos dias de hoje, assim como os bons jogadores de hoje jogariam na década de 80”.

Sobre os técnicos brasileiros, Tadeu acredita em uma grande falácia quando as pessoas e a imprensa dizem que um treinador é “ultrapassado”. Tadeu cita nomes, como Tite, Felipão, Luxemburgo, técnicos que já tiveram grandes conquistas e seguidamente têm seus nomes colocados em cheque.  “Hoje, quando um técnico mais velho não passa por um bom momento, se cria uma falácia que ele está ultrapassado, e as coisas não funcionam assim,” observa.

Tadeu Menezes deixou um legado no futebol, uma trajetória digna e exemplar, principalmente no Inter de Santa Maria, pois o time do qual ele fazia parte, até hoje, é considerado por muitos o melhor de todos os tempos. O conhecimento e a experiência adquiridos são passados adiante por Tadeu. Hoje, ele trabalha numa escolinha de futebol, em Santa Maria, ao lado do filho Fábio Ribas e do técnico Robson Centurião, que foi seu jogador no Inter-SM.

Por Alex Silveira, João Pedro Foletto e Patrício de Freitas . Reportagem produzida na disciplina de Jornalismo Esportivo orientada pelo professor Gilson Piber.

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Tadeu Menezes diz que o futebol sempre teve bons e maus jogadores. Foto:Patrício de Freitas

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Em 29 de outubro de 1946, nascia na cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, José Tadeu Menezes Ribas. Tadeu Menezes, como ficou conhecido, foi um grande jogador de futebol e, posteriormente, técnico, deixando seu nome marcado na história do Internacional de Santa Maria.

No entanto, sua trajetória no futebol profissional começou no rival, o Riograndense. Depois de aproximadamente dois anos jogando pelo Periquito, como é carinhosamente chamado o Riograndense, e alguns bons resultados conquistados, Tadeu Menezes, enfim, chegava ao Alvirrubro. A partir daí, começava então uma bonita e longa caminhada defendendo o clube vermelho e branco.

Talvez por ironia do destino, Tadeu fez sua estreia em jogos oficiais contra o Grêmio Porto Alegrense, time pelo qual ele torcia quando pequeno e acabou saindo derrotado por 2 a 0. O lateral-direito era um jogador técnico e exímio marcador, chegando inclusive a fazer um teste no Santos de Pelé, em 1970. Passou também por outros clubes gaúchos, como Esportivo de Bento Gonçalves e Brasil de Pelotas.

De volta ao Inter, Tadeu encerrou sua carreira como jogador profissional com uma vitória por 2 a 1 em cima do São Borja, no Estádio Presidente Vargas, em 1980, classificando o time para a Segunda Divisão do Futebol Brasileiro. No ano seguinte, começou a escrever sua história como treinador, nos juniores do Internacional. Algum tempo depois, já assumia como treinador do time principal do Inter de Santa Maria. E tudo estava só começando, Tadeu levou o clube a ser Campeão do Interior, isso tendo que jogar quatro jogos contra a dupla Gre-Nal, nos quais empatou dois e venceu outros dois. Com o título, o Inter-SM se classificou para disputar a Primeira Divisão do Futebol Brasileiro de 1982.

Hoje, com 73 anos, e muita bagagem, lembranças e histórias, Tadeu Menezes acompanha assiduamente o futebol. Ele não acredita em endeusamento de clubes, atletas ou técnicos e, sim, em trabalho com humildade e resultados. Tadeu também comenta que o futebol atual não é muito diferente de anos atrás, mas compreende que houve mudanças. “Futebol sempre teve bons e maus jogadores, os esquemas táticos mudaram as características, com evolução também na parte física dos atletas. Mas quando falamos de técnica, prevalece quem tem. Pelé, por exemplo, jogaria tranquilamente nos dias de hoje, assim como os bons jogadores de hoje jogariam na década de 80”.

Sobre os técnicos brasileiros, Tadeu acredita em uma grande falácia quando as pessoas e a imprensa dizem que um treinador é “ultrapassado”. Tadeu cita nomes, como Tite, Felipão, Luxemburgo, técnicos que já tiveram grandes conquistas e seguidamente têm seus nomes colocados em cheque.  “Hoje, quando um técnico mais velho não passa por um bom momento, se cria uma falácia que ele está ultrapassado, e as coisas não funcionam assim,” observa.

Tadeu Menezes deixou um legado no futebol, uma trajetória digna e exemplar, principalmente no Inter de Santa Maria, pois o time do qual ele fazia parte, até hoje, é considerado por muitos o melhor de todos os tempos. O conhecimento e a experiência adquiridos são passados adiante por Tadeu. Hoje, ele trabalha numa escolinha de futebol, em Santa Maria, ao lado do filho Fábio Ribas e do técnico Robson Centurião, que foi seu jogador no Inter-SM.

Por Alex Silveira, João Pedro Foletto e Patrício de Freitas . Reportagem produzida na disciplina de Jornalismo Esportivo orientada pelo professor Gilson Piber.