A comunicação socioambiental vai além do jornalismo. Ela pensa o posicionamento das organizações, buscando um equilíbrio entre a agenda ambiental e a social. Na quinta-feira, 29 de outubro, o último dia do 15º Fórum de Comunicação da UFN teve a participação da jornalista Gisele Neuls, que falou sobre o trabalho que faz a ponte entre as empresas e seus públicos em termos ambientais. A proprietária da Matiz Caboclo Comunicação destacou os três pilares dessa relação: entender a atual crise traduzida na emergência climática, conhecer as audiências e aliar-se a quem está na linha de frente. Entre essas pessoas que recebem e conhecem mais diretamente os impactos dos danos ambientais, estão os povos indígenas.
Conforme a jornalista, fazer comunicação socioambiental em um mundo em crise implica levar em consideração os nove limites do Planeta, fatores que resultam de uma pesquisa do Centro de Estudos de Resiliência da Universidade de Estocolmo.
Entre o seus clientes, a jornalista cita uma empresa de pecuária sustentável na Amazônia. Ativista e independente das redações tradicionais, ela afirma que só desenvolve trabalhos junto a empresas cujas atividades sejam efetivamente sustentáveis.
Jornalista e mestre em Comunicação e Informação pela UFRGS com quase 20 anos de experiência em comunicação socioambiental, Gisele já foi coordenadora de comunicação da ONG Instituto Centro de Vida, repórter de economia verde e sustentabilidade da revista Página 22, chefe da redação online do Canal Rural e coordenadora de comunicação da Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo.