Como parte da programação dos 18 anos do Curso de Jornalismo da UFN, a série Celeiro de Talentos apresenta mais um perfil, a jornalista santanense Barbara Zamberlan. Formada em janeiro de 2010, Barbara comenta que desde jovem sempre teve habilidade com a comunicação e seu lado artístico era bem aflorado.
“Quando eu tinha 13 anos, eu participei do concurso Jornalista por um dia da Zero Hora, um concurso que tínhamos que produzir textos. O meu texto foi escolhido, foi uma experiência bem impactante na infância”, salienta ela. Barbara conta sobre a identificação com Carlos Urbim, jornalista santanense que na época fez uma tour com as crianças na antiga Zero Hora. “Eu saí muito impactada e muito certa que queria trabalhar naquela redação”, acrescentou.
A jornalista afirma que passar pela Agência CentralSul contribuiu muito para a sua formação, uma experiência na qual ela aderiu com maturidade. “Desde o início da faculdade eu queria muito estagiar, e a agência foi o primeiro contato com um ambiente mais próximo de um ambiente de trabalho, aprendi muitas coisas, uma das experiências que mais me impactou dentro do curso”, declara.
No curso, o digital chamava sua atenção. Barbara recordou seu fascínio pelo laboratório da tevê, “eu fui apresentadora do unifra entrevista durante um tempo, e foi uma experiência muito legal, mas ao mesmo tempo, todas as experiências que me aproximavam do jornalismo digital sempre foram mais impactantes para mim, e ali já desenhava muito de um desejo de ter esse contato com o jornalismo mais dinâmico, mais rápido”. Ela também comentou sobre como esse interesse influenciou o seu TCC, “o meu TCC foi sobre o Twitter da Zero Hora, e eu lembro, que a minha análise foi uma crítica, porque o twitter era praticamente um feed de notícias, ele não respondia, ele não interagia, e eu desde nova já tinha aquela coisa mais crítica de que todos os ambientes mais dinâmicos, traziam para o jornalismo a possibilidade de estar mais próximo das pessoas”.
Na sua trajetória, trabalhou no Terra, na Zero Hora, na SEO lançou uma cartilha para jornalistas em 2012, exerceu o cargo de colunista na revista Donna, no Facebook trabalhou como Partner Manager de notícias e teve a oportunidade de conhecer os grandes jornais brasileiros e ter contatos com vários veículos. Atualmente Barbara trabalha no Spotify como Partner Manager com criação, hospedagem e distribuição de podcasts pela Anchor.
A egressa avaliou o papel do jornalismo na sociedade como: forte como sempre. “O jornalismo é mais importante do que nunca, se a gente enxerga a sociedade de agora, de todo mundo ter mais acesso, de todo mundo compartilhar a sua opinião, o jornalismo tem o papel de mostrar o que é fato, ainda mais nesse mundo do fato ou fake que vivemos hoje, eu não tenho dúvidas da importância fundamental do jornalismo hoje na sociedade”, salienta.
Para Barbara, o jornalismo possibilita ela construir caminhos que não sejam tão tradicionais, “para ser jornalista não precisa ser a Fátima Bernardes para sentar na bancada do jornal nacional, claro que esse é o caminho mais óbvio que as pessoas pensam, mas o bom jornalismo a gente pode construir outros caminhos que tenham a ver com a comunicação porque o jornalismo abre portas”, finaliza a jornalista afirmando que foi o curso certo para ela, ainda que não tenha sido uma jornalista tradicional, foi o curso que deu a possibilidade dela experimentar outras coisas que permeiam a comunicação.