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Vitória Gonçalves

Vitória Gonçalves

Dia de prova de vestibular é um momento de ansiedade tanto para os vestibulandos quanto para os familiares. Muitos participantes do Vestibular de Inverno 2022 vieram de outras cidade acompanhar os filhos e ficaram aguardando o término da prova.

Suzana Pagnussatt e Cezar Augusto Barcelos, pais do Martin. Foto: Caroline Freitas.

Cezar Augusto Barcelos e Suzana Pagnussatt deslocaram-se de Campos Borges para acompanhar seu filho Martin. Os pais sempre incentivaram seus filhos à educação, Cezar como educador físico e Suzana como fisioterapeuta acreditam ser muito importante que seu filho tenha uma formação superior. “Estamos dando apoio desde o cursinho, mas a expectativa desse vestibular após dois anos de pandemia é alta. Ele finalizou o ensino médio ano passado e não foi aquele que esperávamos, por causa dessa lacuna. Mas estamos dando todo o suporte para que ele possa ter sucesso no curso que ele escolheu que é medicina”, comentou Cezar. Os pais mencionam a importância da educação, “o que a gente pode deixar para os filhos é a educação, sempre incentivamos, um é formado em agronomia, o mais velho, já tivemos sucesso com o primeiro, ele está muito realizado. E agora estamos dando suporte ao Matias e esperamos que ele tenha sucesso no que ele quer”, acrescentou o educador físico.

Ivonete Amador acompanha sobrinha para realizar o vestibular. Foto: Caroline Freitas.

Além de pais, também teve vestibulanda acompanhada da tia no dia da prova. Ivonete Amador acompanhou sua sobrinha para prestar um apoio nesse dia importante. A professora garante que a jovem está tranquila pelo fato de realizar o exame como experiência e menciona que, por ser aluna de doutorado em ensino de ciências e matemática na instituição, foi por indicação dela que a vestibulanda se interessou pela UFN. “Eu não tenho queixas da instituição, a atenção, o acolhimento que recebemos dos professor e coordenadores é muito interessante”, mencionou. “Estou me sentindo muito bem apesar de não ter vindo para o presencial, ainda estou como aluna híbrida. Mas sempre que tenho oportunidade, acabo vindo.

Reitora da UFN, Iraní Rupolo. Foto: Julia Buttignol

Durante o Vestibular de Inverno de 2022 da Universidade Franciscana (UFN), realizado nesta sexta-feira (10), ocorreu o pronunciamento da reitora Iraní Rupolo na coletiva de imprensa, no hall do prédio 15, no conjunto III. A reitora da instituição estava acompanhada do grupo da reitoria composto pela professora e vice-reitora Solange Fagan, professora e pró-reitora acadêmica Vanilde Bisognin, professor e pró-reitor de pós-graduação e pesquisas Marcos Alves e a coordenadora do curso de Medicina, professora Leris Bonfanti.

Vale lembrar que além do processo seletivo para o curso de Medicina de forma presencial, também estão sendo realizados o processo para os demais cursos de modo online desde a última quinta-feira (09). As inscrições ocorreram durante o mês de maio, mas a reitora destaca que posteriormente terão novas inscrições. A instituição estará ofertando uma segunda licenciatura para professores que querem se atualizar ou pessoas que gostariam de realizar os cursos de licenciaturas, além do vestibular agendado para cursos que ainda mantém vagas para ingressar no segundo semestre do ano.

A reitora em sua fala abordou dois eventos importantes desse ano, a copa do mundo e as eleições. Destacou que no processo eletivo no contexto em que estamos vivendo precisamos estar muito atentos enquanto compreensão, boas discussões e esclarecimentos sobre os propósitos e as propostas dos candidatos, que geralmente são confusas. “Nós precisamos discutir política, não ideologia e nem só o partidário, mas o que é a política. Nós temos funções e precisamos ler a realidade, a compreensão da realidade, conversar abertamente, saber selecionar o que são notícias tendenciosas, saber distinguir fontes, buscar informações em diversos veículos de comunicação e não apenas um direcionamento político. Enfim, teríamos uma série de questões a ser tratadas.”, salientou.

Além de mencionar a importância das eleições, a reitora ressalta como a educação influencia nesse contexto. “Porque em um país onde a educação é desqualificada e desconsiderada, em que os professores quase não são percebidos nas suas necessidades, no seu trabalho, na sua significância e no seu valor, os estudantes precisam ser acolhidos e compreendidos porque são eles que estão trazendo o novo para esse país, e nós precisamos ter olhar muito atento para suas necessidades, onde os investimentos para a educação são reduzidos e mal conduzidos, além de contarmos sua quantidade, eles ainda são mal aplicados.”, comentou. “Isso tudo tem um significado importante para educação, a educação tem que discutir política sim! Política social, política educacional, política econômica. Mais um ponto ainda, não adianta pensar que a política vai resolver o problema de todos, quem vai resolver a moralidade, a ética, os valores, o respeito é a educação. Enquanto nós desconsiderarmos a educação, não evoluiremos como sociedade. “, acrescentou.

O gabarito da prova será divulgado nesta sexta-feira (3), a partir das 18h30 no site da instituição. Já o listão de aprovados no Vestibular de Inverno 2022 será divulgado no dia 21 de junho, terça-feira, às 15h, no Hall do Prédio 15, do conjunto III, e será disponibilizado no site www.ufn.edu.br/vestibular.

Estudantes chegam para as provas. Foto: Caroline Freitas

Os portões da Universidade Franciscana foram abertos e são aguardados , presencialmente, os candidatos ao curso de Medicina. A prova vai ter início às 13h30 e tem duração máxima de quatro horas. Para ingresso nos cursos de  Biomedicina, Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Nutrição, Odontologia, Psicologia e Radiologia a prova online foi realizada ontem. Hoje está sendo realizada online a prova de redação para quem quer cursar Administração, Arquitetura e Urbanismo, Ciência da Computação, Ciências Contábeis, Design, Design de Moda, Direito, Engenharia Biomédica, Engenharia Química, Física Médica, Filosofia, Física Médica, Gestão de Recursos Humanos EaD, História, Jogos Digitais, Jornalismo, Letras, Marketing EaD, Matemática, Pedagogia, Pedagogia EAD, Publicidade e Propaganda e Sistemas de Informação.

O vestibular presencial contempla apenas os estudantes que prestam prova para o curso de Medicina. Os demais realizam prova de modo online ou tem a possibilidade de ingressar com a nota do Enem ou da Redação. Muitos vestibulandos saíram da sua cidade para realizar a prova, como Julia Strelow, de 19 anos, que se deslocou de Espumoso. A vestibulanda destaca sua admiração pela instituição e reconhece que se preparou muito para o dia de hoje.

Julia Strelow, 19, vai realizar o vestibular pela primeira vez. Foto: Julia Buttignol.

“É a minha ideia desde pequena, eu sempre fui muito influenciada pela minha família a cursar medicina. Além de ser uma profissão admirável, ajuda a salvar vidas”, comenta a estudante.

Apesar de ser considerado um momento tenso pelos vestibulandos, Beatriz Albornoz, de 17 anos, veio sozinha de Porto Alegre para conhecer a experiência de participar do vestibular e ao mesmo tempo se preparar para quando for necessário. A vestibulanda conta que ainda não decidiu o que quer cursar quando sair do ensino médio, mas que medicina está entre as suas opções.

Beatriz Albornoz, 17, na sua primeira experiência com vestibulares. Foto: Julia Buttignol

“Eu acho que vai ser uma experiência única de treinar prova e treinar minha própria resistência, estou bem animada! Escutei muitas pessoas falarem da instituição e se referirem principalmente a área da saúde por ser muito boa”, relatou a estudante.

O gabarito da prova será divulgado nesta sexta-feira (3), a partir das 18h30 no site da instituição. Já o listão de aprovados no Vestibular de Inverno 2022 será divulgado no dia 21 de junho, terça-feira, às 15h, no Hall do Prédio 15, do conjunto III, e será disponibilizado no site www.ufn.edu.br/vestibular.

Os dois projetos que você vai conhecer hoje possuem enfoques diferentes, mas ambos buscam trabalhar a sustentabilidade e o conhecimento de nossas riquezas. Eles foram apresentados na Jornada do Meio Ambiente que ocorreu na última segunda-feira, 6 de junho, na Universidade Franciscana. Confira a seguir.

Vidas de Areia

O projeto Vidas de Areia: Estudo do Meio e a Educação para a Sustentabilidade, desenvolvido pelos profissionais e alunos da Educação Básica pertencentes à Escola Municipal de Ensino Fundamental Irineo Antolini, possui enfoque na extração de areia para que os estudantes percebam a importância dessa riqueza natural para a economia local. O trabalho foi instigado e construído através de uma roda de conversa com um dos proprietários do comércio de areeiras na região localizada no Distrito do Passo Verde.

Areias que foram utilizadas como decoração nos vasos. Foto: Heloisa Helena.

Nesse contexto, foi proposto para os estudantes o manuseio com a terra. Desafiando os alunos a colorir as areias com materiais específicos para a confecção de vasos artesanais e coloridos. Assim como Vidas de Areia, outras temáticas ambientais também são abordadas nos primeiros anos de educação formal, através de experiências com elementos da natureza dando significado à aprendizagem. “Além do projeto Vidas de Areia, também temos o projeto Vidas Verdes que é uma horta para trabalharmos com alimentos saudáveis”, comentou a aluna Juliana da Rocha Soares.

Juliana da Rocha Soares e Helena Gomes Antolini, alunas do Irineo Antolini apresentadoras do projeto na JIMA. Foto: Vitória Gonçalves

Ecoriso

O projeto Ecoriso: Reciclagem da Escova Dental foi desenvolvido pela Liga Acadêmica de Odontopediatria (LAOP-UFN), do curso de Odontologia, juntamente com os cursos de Engenharia de Materiais e Design, todos da Universidade Franciscana. O objetivo do trabalho em conjunto seria reciclar escovas dentais após seu uso, devido a substituição frequente desse material.

Alana Alves, acadêmica pertencente ao grupo do projeto apresentado na JIMA. Foto: Heloisa Helena.

Como informado pelos participantes, o cabo das escovas dentais é produzido a partir de materiais de difícil biodegradação, enquanto as cerdas, que efetivamente desorganizam o biofilme, tendem a se deformar e decompor com maior facilidade. O material acaba por agregar problemática da poluição por plástico. Para propor uma alternativa de reutilização das escovas dentais, os acadêmicos e profissionais instalaram pontos de coleta do material nos laboratórios de atendimento clínico do curso de Odontologia. O próximo passo consistiu em descontaminar e esterilizar os objetos, prosseguindo com a separação dos componentes da escova. Após a realização das duas etapas, os cabos foram triturados e colocados em uma forma, aquecidos e finalizados com um corte a laser, as cerdas de nylon seguirão sendo testadas como componente na produção de cimento.

“Os cabos transformados vão ser devolvidos para as crianças para que elas utilizem de forma mais lúdica. Podem desenvolver jogos ou poderão utilizá-los como régua ou quebra-cabeça”, esclareceu a acadêmica de Odontologia Alana Alves.

A ACS está publicando essa semana uma série de textos sobre a Jornada Integrada do Meio Ambiente. Veja aqui e aqui o que já foi publicado na série sobre a JIMA. Amanhã a série segue. Fique de olho.

  • Texto e fotos produzidos durante o primeiro semestre de 2022 na disciplina de Jornalismo Especializado do curso de Jornalismo da Universidade Franciscana.

Revie Bossoni veio da cidade de Frederico  Westphalen acompanhando o filho. Foto: Laura Fabrício

Dia de prova de vestibular é de ansiedade tanto para os candidatos quanto para os familiares. Muitos dos vestibulandos que participam do Vestibular de Verão 2022, são de outras cidades, trazido pelos pais.

Revie Bossoni e seu filho, deslocaram-se de Frederico Westphalen um dia antes da prova. Desde o início do exame, o pai aguarda ansioso “todos os pais ficam na expectativa da prova dos filhos, independente de serem selecionados ou não. A gente sempre torce para que sejam e, de qualquer forma, estaremos juntos”, comenta Revie. O pai manda uma mensagem para o vestibulando, Revie Filho, “eu desejo calma, paciência, acertar bem o pé, botar a mente para funcionar e aguardar, seja o que Deus quiser, e que os conhecimentos que ele deve ter tido ajudem ele”.

Claudia Steffanelo Bernhard, mãe da vestibulanda de medicina, Mariana, também se deslocou com a sua filha de Arroio do Tigre para acompanhá-la na prova. A mãe destaca a importância de um abraço antes do exame, “acompanhar eles é muito importante, porque eles se sentem confiantes e o emocional nessa hora é tudo. O emocional é grande parte do sucesso deles no fazer a prova”. Claudia acrescenta uma mensagem para sua filha e todos vestibulandos que estão realizando o exame, “eles são capazes, os jovens de hoje são inteligentes, e precisam ter muito foco, muita seriedade, muito comprometimento para ter sucesso e muita atenção na hora da realização das questões.”

A prova tem duração de 5h e sua finalização vai ocorrer às 17h30, o término das provas dos candidatos com necessidades especiais finaliza às 18h30, nesse mesmo horário, vai acontecer a divulgação online do gabarito da Prova do Vestibular UFN – Medicina.

Agostinho Soares,16, faz o vestibular pela primeira vez para Medicina. Foto: Eugênio Piovesan

Nessa sexta-feira, 03, ocorre o vestibular de verão da Universidade Franciscana, e 732 candidatos se reúnem em frente ao prédio 15 para aguardar a abertura do portão, que ocorre às 12h30 com acesso pela rua Duque de Caxias, conjunto III.

A vestibulanda Mariana Steffanello Bernhard, 17 anos, conta que está tentando, pela primeira vez, ingressar no curso de medicina.

Vindo de Arroio do Tigre, acompanhada de sua mãe, Mariana comenta que ter ela por perto é o apoio principal para esse momento, “independente de onde vou, ela vai sempre me apoiar. Ela me passa muita calma, muita tranquilidade, um apoio muito forte para mim. Meu pai também, mas ele não pode estar aqui”, mencionou. A vestibulanda estudou durante um ano para realizar o exame, “eu vou tentar dar o meu melhor, não sei se vai ser fácil ou difícil, mas vou fazer o possível”, comentou, “significa muito para mim passar no vestibular de medicina, vai ser um passo muito grande, tanto na questão de mudar de vida, quanto tentar algo novo”, acrescentou.

Fernanda Gubiani Steiger, 17 anos, está no terceiro ano do ensino médio e no seu primeiro ano de cursinho para realizar o exame para medicina, “a expectativa é grande. É uma grande conquista, apesar de cursar ou não, o primeiro bixo medicina marca qualquer um”, comentou a vestibulanda. Vindo de São Martinho, é a primeira vez que Fernanda se candidata ao processo seletivo da UFN.

O candidato Agostinho Soares, 16 anos, natural de São Chico, reside em Santa Maria há três anos, está no terceiro ano do ensino médio e está realizando pela primeira vez o vestibular para medicina. Agostinho estudou durante um ano no cursinho do Totem e suas expectativas são boas, “se manter igual os modelos anteriores, acho que vai ser fácil, talvez a redação seja mais complexa de elaborar, porque o tema às vezes é algo mais filosófico, mas acredito que pela prática vai ser simples”, comentou o vestibulando, “a escolha pela UFN foi pela estrutura, pelos professores, gosto do modelo da prova, pelo que eu li no site, o curso é bem bacana”, destacou.

Os professores dos cursinhos acompanharam seus alunos durante a espera da abertura do portão, Andreza Bolzan, professora de Biologia do Totem, foi uma delas. A orientadora destaca a importância de acompanhar os vestibulandos nesse momento, “para eles passa, principalmente, a questão de segurança, da gente estar com eles todo processo de aprendizado e conhecimento durante o ano inteiro, estar com eles também nesse momento, minutos antes de entrar para prova. Eles se sentem seguros, eles se sentem abraçados, acolhidos e isso com certeza faz diferença na tranquilidade deles na realização das questões”. A professora comenta suas expectativas com a prova, “a UFN normalmente na minha área, que é biologia, tende a manter um padrão. A gente acredita que os conteúdos e a forma que eles vão abordar as questões não mudem muito, e mesmo em função do último processo ter sido pelo Enem, a gente acredita que vai estar tudo dentro do padrão UFN de prova normal”, destacou.

A abertura dos prédios vai acontecer às 13h no Prédio 13 do Conjunto III e a prova vai iniciar às 13h30 com duração de 5h.

Nesta terça-feira, 19, prosseguiu a série “Jornalismo UFN: Trajetórias”. A série marca os 18 anos do Curso de Jornalismo na Universidade Franciscana e tem como objetivo compartilhar a jornada do curso. A transmissão ao vivo, via instagram, contou com a participação da professora Laura Fabrício.

Laura é jornalista graduada pela UNIJUÍ, fotógrafa, mestra em Comunicação e Estratégias midiáticas pela UFSM e professora de fotografia desde agosto de 2003 no então Centro Universitário Franciscano – hoje, UFN. É a segunda docente mais antiga do Jornalismo, criadora e coordenadora do LABFEM – Laboratório de Fotografia e Memória. 

Na Live realizada no instagram do curso de Jornalismo (@jornalismoufn) e apresentada pelo professor Bebeto Badke, Laura abordou sua trajetória como professora da instituição e como fotógrafa. A professora ressaltou a influência do seu pai em sua carreira, e como se encontrou em Santa Maria, “a minha vinda para Santa Maria, foi porque eu era nova, desinformada e as portas se abriram para mim pela fotografia”, comentou. A convidada ainda relatou sua experiência no Diário de Santa Maria em 2002 e como contribuiu com a sua fotografia, “foi onde eu fiz o meu chão, no que diz respeito ao fotojornalismo, foi um aprendizado com gente muito importante”. 

Laura mencionou episódios vividos durante na instituição, e a cumplicidade da primeira equipe de jornalismo da UFN, “a gente continua batalhando e fazendo com que esse curso seja o melhor possível, com toda nossa paixão, com todo conhecimento que a gente vem acumulando, sobre o que é fazer jornalismo ao longo desses anos, inclusive, depois das nossas formações, das nossas capacitações, de tudo, para tentar fazer o melhor para os alunos”, comenta a professora. A orientadora finaliza compartilhando o fotógrafo que marcou a sua vida, o fotojornalista de guerra Robert Capa, e o significado da fotografia para si, “fotografia é o que eu sou hoje como pessoa”, compartilhou, “fotografia é vida, é memória, é tudo que eu sou e eu agradeço muito a fotografia por isso”, acrescentou.

 

Foto: Reprodução Instagram (@pensandonarotina)

Nesse período de instabilidade, muitos brasileiros passaram por um processo de autoconhecimento. E muitos identificaram que esse momento de reflexão trouxe uma necessidade de autocuidado. Viver durante uma pandemia, obviamente, requer muita atenção à saúde, e muitas pessoas optaram por cuidar do maior órgão do corpo humano: a pele. 

A skincare – a tradução literal de “cuidados com a pele” – se encontra como um mercado em ascensão na pandemia. A rotina não é novidade, mas foi adotada por muitos atualmente, de acordo com os dados da Associação Brasileira da Indústria e da Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC). Segundo a pesquisa do órgão, “os produtos voltados aos cuidados com a pele registraram crescimento de 161,7% nas vendas durante os dez primeiros meses de 2020, em comparação com o mesmo período de 2019”. 

A ABIHPEC afirmou que as máscaras de tratamento facial foram as segundas mais vendidas (91%), ficando atrás apenas dos esfoliantes corporais (153,2%), considerando todo o ano passado. O órgão relatou que, além da estética, o novo coronavírus influenciou muito nesse crescimento, devido ao álcool em gel nas mãos e a quantidade elevada de lavagens, provocando o ressecamento da pele, exigindo uma maior atenção à hidratação

. As máscaras se tornaram uma das razões para o surgimento de espinhas na região do rosto, dessa maneira, explicando o aumento nas vendas de máscaras para tratamento facial. 

Apesar de não ser mencionada nos sintomas mais comuns, a Associação destacou as manifestações que a própria Covid-19 pode causar na pele – “em alguns casos foram observadas erupções e manchas ligadas à inflamação provocada pela doença. A vermelhidão e a irritação também podem estar ligadas à reação do organismo quando contrai o vírus”. 

Médica Dermatologista Ana Cristina Porto Alegrete. Reprodução Instagram (@bellevitta_alegrete)

 

A tendência da skincare está associada ao home office e devido ao estresse causado durante o isolamento, muitas doenças emocionais foram desenvolvidas. De acordo com a dermatologista Ana Cristina Porto Alegre, “foi uma mudança radical em nossas vidas e a incidência de dermatoses aumenta muito com o estresse, mas não observei aumento em nenhuma doença específica”. A médica destaca, “tenho 30 anos de formada, trabalho com dermatologia há 33 anos desde que passei pela disciplina no curso de graduação e nunca vi as pessoas tão estressadas”. Ela aponta algumas doenças que se destacaram nesse período, “observamos muito o aparecimento de doenças relacionadas ao uso da máscara, como dermatite de contato, rosácea e dermatite perioral”.

A dermatologista comenta que, quando o decreto ordenou o fechamento dos estabelecimentos, o número de atendimentos despencou. “As pessoas estavam com muito medo de sair de casa, aos poucos pela necessidade os pacientes foram retornando às consultas”, menciona ela. Além disso, ela acredita que as pessoas começaram a olhar mais a sua pele nesse período e pelo modismo da época começaram a falar muito sobre skincare e afirma que as consultas aumentaram para estes cuidados. 

Atualmente, com a facilidade de consultar dicas de cuidados com a pele na internet, muitas pessoas recorreram a esse meio. A Dra. Ana Cristina alerta que hoje com a internet e as redes sociais existe muita informação, mas nem todas confiáveis, “sugiro que as pessoas sempre saibam do currículo de quem está dando estas informações, chequem a fonte e vejam se tem embasamento científico”. Além disso, observou que essa facilidade de encontrar informações resultou em um paciente bem informado, “ele vem geralmente com uma lista de perguntas, sobre o que é mito e sobre o que é verdade no tratamento dermatológico”. 

Compartilhando as experiências

Psicóloga Alessandra Vasconcellos. Reprodução Facebook.

A psicóloga Andressa Vasconcellos explica, “acredito que a pandemia prejudicou tudo, os cuidados consigo mesma são importantes durante a vida. Na pandemia acredito que esses cuidados tenham aumentado, para trazer conforto, envolvimento, preencher o dia, olhar para si com mais carinho”. 

Algumas pessoas relatam sua experiência e compartilham com seus seguidores. Foi o caso de Leonardo Barreto, 42 anos, advogado e, atualmente, influenciador que possui quase 3 mil seguidores no seu instagram (@pensandonarotina). “Eu tenho interesse há muito tempo por cuidados pessoais, com rosto e corpo, muito por ver minha mãe se cuidando. Ela sempre gostou dos creminhos dela”, conta ele. “Desde bem novo eu já procurava ter pelo menos um hidratante que fosse pro rosto e outro pro corpo, mas na realidade eu não aderi 100%, não tinha muita disciplina sabe?”, acrescentou. 

“Comigo o divisor de águas foi exatamente a pandemia. Pouco antes de parar tudo aqui no Brasil, no início de 2020, eu trouxe alguns produtos de uma viagem. O interesse sempre esteve aqui e nesse período, já com 40 anos, eu estava sentindo mais necessidade mesmo”, relatou. “De repente, me vi trancado em casa, naquela incerteza e insegurança toda e cheio de produtinhos. Pronto, foi aí que a coisa

Leonardo Barreto. Reprodução Instagram.

aconteceu mesmo. Passei a ter uma rotina muito organizada de skincare e muito disciplinada. Foi meio que fundamental para mim ter esse momento de auto-observação, autocuidado”, declarou. 

Barreto menciona que paralelamente foi consumindo conteúdo sobre o assunto, para aprofundar seus conhecimentos, logo, além de consumir, começou a compartilhar as experiências. “Imagino que por isso o crescimento nos mercados de decoração e de skincare. O olhar sobre a nossa própria casa ficou mais forte, até por algumas novas necessidades, como um cantinho de Home Office; e o sobre si também se identificou. Se perceber, se cuidar, dar um carinho a si mesmo, tudo isso imagino que ajudou a fortalecer a cabeça das pessoas”, retratou o influencer. 

O influencer analisa que, inegavelmente, a maioria do público é feminino. Ele acredita que o movimento tenha crescido, até das próprias marcas de cosméticos para desvincular cuidados e produtos do gênero, mas a inclusão dos homens nos cuidados com a pele se encontra enraizada demais. 

Como esse cenário reflete na pele

Vitor Bitencourt. Reprodução Instagram (@jvitorbitencourt).

Mesmo não substituindo os procedimentos clínicos, as pessoas adaptaram sua rotina a produtos acessíveis que contribuíssem com seu novo costume. O mestrando em Comunicação, Vitor Bitencourt, comenta como iniciou com os hábitos de cuidado no seu dia, “acho que esse crescimento no interesse por cuidados da pele foi tanto por necessidade quanto por estética, já que ainda tinha algumas espinhas, um pouco menos, mas agora um problema maior com as consequências das espinhas que já passaram, como manchas e cicatrizes”. Ele menciona que durante a pandemiaacabou pesquisando ainda mais sobre o tema, principalmente, por ter tido um crescimento no poder aquisitivo teve a possibilidade de investir mais em produtos. 

Vitor analisa o cenário masculino nesse meio, “acredito que existe ainda um grande estigma de relação desses produtos com o público feminino por uma questão de preconceito, já que homens também tem muitos problemas de pele e muitas vezes por não procurar tratamentos acabam tendo problemas maiores, que penso muitas vezes afetar a confiança e autoestima deles”. O comunicólogo comenta alguns influencers brasileiros que ele costuma acompanhar, além de perfis de  instagram de dermatologistas e biomédicas. 

Mikael Queiroz. Reprodução Instagram (@mkaqueirozf)

Além de Vitor, seu namorado, Mikael Queiroz, coordenador de Marketing no 7 Night Bar, compartilham juntos a rotina de skincare. Mikael conta que por influência do namorado iniciou com os hábitos de cuidados com a pele, “eu iniciei as minhas rotinas de skincare durante a pandemia, muito por conta de necessidade e estética, depois do início da pandemia acredito que eu e outras pessoas ficaram muito expostas a estresse e problemas psicológicos, o que de alguma forma piorou minha pele drasticamente”. 

Maria Luiza Anacleto. Reprodução (@imluizaa).

A acadêmica de enfermagem, Maria Luiza Anacleto, menciona que começou sua rotina de skincare antes da pandemia, mesmo não possuindo um hábito contínuo. “Foi por necessidade, devido as espinhas que começaram a surgir após a pausa de anticoncepcional oral”, comentou. Ela ainda afirma que pretende continuar com a rotina pós-pandemia e que acredita que cuidar da pele tem ligação com seu psicológico, “a minha pele demonstra quando não estou bem”. 

Segundo o evento apresentado pela ABIHPEC em live, com a participação da Quintiles, empresa multinacional americana que atende os setores combinados de tecnologia da informação em saúde e pesquisa clínica, informa que os produtos que não podem faltar nas gôndolas no período pós-pandemia, são os itens para depilação, cremes de tratamento para cabelos e pele.

 

Há quem diga que o sofá era seu autocuidado, que chegar em casa, sentar e desfazer sua armadura emocional era comum. Atualmente ele se tornou sinônimo de descontentamento, o que era apenas para o final do dia, se transformou no dia inteiro. E como funciona quando o seu refúgio se torna o seu momento de profunda reflexão? Muitos afirmam que a mente vazia é a oficina do diabo.

 Atualmente, esse looping do sofá para a cama se tornou frustrante. Você se sente vivo? Quando eu digo vivo – é importante lembrar – eu naturalmente quero dizer o “antigo vivo”, o vivo pré-corona, o vivo 2019, que não tem absolutamente nada a ver com o “vivo de atualmente”, digamos quando não importa mais sentir e sim, estar.

 Antes da pandemia do novo coronavírus, o sofá significava o que ele significava. Agora, não. Agora, o sofá, assim como cada um de nós, têm dentro de si outra camada, outro conteúdo, outra densidade. Portanto, a rotina está sendo ressignificativa, e todos nós, sem exceção, estamos sendo obrigados a nos adaptar.

 Às vezes, acordo disposta e produtiva, e, em outras, dispersa e errante. E tenho de confessar, o sofá faz parte das duas fases. Eu, aqui da minha quarentena privilegiada de Alegrete, não tenho como conhecer seu estado de espírito, como também não conheço seu estado civil e muito menos seu estado de saúde. No entanto, há uma coisa a seu respeito que eu talvez saiba, e é sobre isso que me arrisco aqui: você está em casa, e possivelmente, no seu sofá.

 Apesar desse assento repleto de almofadas, às vezes ser enjoativo, ele pode ser considerado um companheiro. Você consegue chorar no seu sofá, consegue sorrir nele, consegue namorar, e até mesmo sonhar. Mas você não consegue viver. Assim, cabe falarmos que o contrário da vida não é a morte, o contrário da vida é o desencanto. E se você se encontrar eventualmente morto no seu sofá, eu compreendo, esses dias são frequentes. Porque você parou, o mundo parou, e parar não significa mais lazer, significa desencantamento.

 Essa conclusão sugere, que mesmo enfrentando esses meses dramáticos e apocalípticos, se sentir assim é inevitável, mas continuar assim é opcional.

Por Vitória Gonçalves é acadêmica do curso de Jornalismo na UFN e repórter-aprendiz na Agência Central Sul de Notícias.

A jornalista Bárbara Henriques se formou em 2009. Reprodução: redes sociais.

Como parte da programação dos 18 anos do Curso de Jornalismo da UFN, a série Celeiro de Talentos apresenta o perfil da jornalista  Bárbara Henriques, formada em janeiro de 2009. Já no início de  seu depoimento ela deixa claro: comunicar sempre foi uma paixão. E justifica contando  uma experiência de criança marcante dessa vocação: “Quando morava nas esquinas das ruas Presidente Vargas com a Barão do Triunfo, pegava o “walkman” da minha irmã e fazia gravações fingindo que estava entrevistando as pessoas e passando as informações sobre o trânsito”, compartilhou. “Além disso, na quinta série resolvi escrever um livro, participava de teatros e sempre amei as disciplinas de história e literatura. Acho que aí já estava gravado no meu DNA a veia jornalística que pulsava em mim”, acrescentou a jornalista. 

Bárbara menciona que logo que entrou na instituição, na época Unifra, automaticamente se encantou pela dinâmica do curso. “Professores jovens, descolados, com muita experiência de trabalho e amigos”, contou ela.  A jornalista ainda destacou as disciplinas que mais gostava, entre elas: Cinema, Redação, Teorias do Jornalismo, História da Comunicação, Fotografia  e outras.

Além das disciplinas, ela aponta os professores que se destacaram na sua trajetória, citou o professor Bebeto, seu orientador no TFG, a professora Rosana, que lhe apresentou o jornalismo ambiental, matéria em que seguiu estudando na especialização e no mestrado. Assim como a professora Laura, segundo Bárbara, “sempre tão dinâmica em suas aulas”, a professora Kitta, que a descreveu como dona de assuntos tão interessantes em todos os encontros, e  a professora Sibila, “quase uma mãe, que com sua fala compassada, prendia a nossa atenção em suas aulas e ainda, depois de tantos anos de formada, virou minha eterna orientadora, me impulsionando para as mais diversas atuações na profissão, que rendem até hoje muita experiência e profissionalismo à minha carreira”, declarou. 

Atualmente, a jornalista exerce sua função na Prefeitura Municipal de Santa Maria, na Secretaria de Meio Ambiente. “Percebo que o curso, somado à especialização em Educação Ambiental na UFSM e ao Mestrado em Comunicação e Informação na Universidade do Minho (Portugal), me preparam para diferentes áreas da profissão”, apontou ela.  “Costumo brincar que o bom de ser jornalista é que já temos um interesse nato sobre todos os assuntos que nos circundam e exercer nossa profissão é também estarmos preparados para os mais diversos desafios que surgem em nossa vida profissional. Ter a chance de exercer um cargo público, informar as pessoas e também conseguir atuar utilizando o trabalho como ferramenta de promoção da qualidade de vida da população é muito gratificante”, acrescentou. 

De acordo com a egressa, ocorreu um “boom” atualmente no jornalismo, “com as redes sociais e com o acesso mais fácil à tecnologias que permitem que o cidadão também “produza” notícias”. Ela ainda ressalta que, “com a pandemia, as pessoas voltaram a procurar fontes oficiais e, mais uma vez, quem pratica o chamado “bom jornalismo” conseguiu atuar como uma importante forma de conscientizar e sensibilizar a população acerca do grande problema que enfrentamos até hoje”. 

Para Bárbara, o jornalismo é o fato de estar constantemente em movimento, “é jamais ter um dia igual ao outro. É conhecer, informar, conectar, tocar em pontos importantes no nosso dia a dia e batalhar pelos cidadãos, a fim de contribuir sempre para a promoção de uma sociedade justa, igualitária e que, principalmente, saiba respeitar as diferenças”, finaliza a jornalista.