Eu errei. Confesso. Me iludi e iludi com quem conversei ou quem leu meus textos. Faz parte de quem vive e sobrevive ao futebol. Mas não chorei. É o esporte mais traiçoeiro que existe. Um jogo que parecia simples, pelo menos antes de começar, já que, durante, o nervosismo tomou conta e o ar de que algo daria errado era nítido.
Uma Croácia tranquila sendo atacada por um Brasil que não ameaçava tanto. Muito por falta de criatividade, muito por falta de sangue nos olhos ou até mesmo vontade de estar em uma semifinal de Copa. Depender de um lapso de habilidade de um jogador não serve para uma seleção que tem 5 mundiais, mas foi assim o jogo.
Neymar resolveu. Ou parecia que tivesse resolvido. Em uma jogada brilhante, deixou até o goleiro para trás e abriu o placar. Gritos, comemoração, um sentimento que passou rápido com o único chute que a seleção europeia acertou na meta, e foi gol.
Um banho de água fria, que virou uma enchente com o apito final. Pênaltis. Quando é o teu time não é nada legal ou emocionante, é simplesmente horrível e sofrível. Rodrygo fez com que mais água gelada caísse sobre os torcedores brasileiros, errando o primeiro. Marquinhos completou o banho com a bola na trave. Croácia classificada.
Agora só em 2026. Agora sem Tite. Agora, talvez, sem Neymar. Poucas certezas e muitas dúvidas caminham junto com a delegação brasileira depois da derrota. O ciclo pré-Copa já começou e o trabalho precisa ser forte, o hexa não pode escapar mais uma vez.